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Capítulo 64 – Funções secretoras do trato alimentar (1)

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12/01/2018
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Capítulo 64 – Funções 
secretoras do trato alimentar
Bibliografia: HALL, J. E. (2011) Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia 
Médica (*), 12ª ed.
Dr. Cristian Rafael Morato Nunes – Médico Cirujano
Introdução
• As glândulas secretoras do TGI servem
a duas funções primárias:
1. Enzimas digestivas são secretadas na
maioria das áreas do trato alimentar,
desde a boca até a extremidade distal
do íleo.
2. Glândulas mucosas, desde a boca até
o ânus, proveem muco para lubrificar
e proteger todas as partes do trato
alimentar.
Tipos anatômicos de Glândulas
• Glândulas mucosas/células caliciformes: muco
• (Intestino delgado): criptas de Lieberkühn possui células secretoras
especializadas;
• (Estomago e duodeno): glândulas tubulares profundas: ácido,
pepsinogênio no estomago;
• Glândulas associadas ao trato: glândulas salivares, o pâncreas e o
fígado: produzem secreções para digestão e emulsificação dos
alimentos;
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Mecanismos de Estimulação das
Glândulas do Trato Alimentar 
• O contato do alimento com o epitélio estimula a função secretora
dos estímulos nervosos entéricos.
• Os tipos de estímulos que ativam o sistema nervoso entérico:
1. Estimulação tátil;
2. Irritação química;
3. Distensão da parede do trato gastrointestinal;
Estimulação Autônoma da Secreção
• A estimulação parassimpáticas aumenta a secreção no trato digestivo
glandular:
• Glândulas salivares;
• Glândulas esofágicas;
• Glândulas gástricas;
• Pâncreas;
• Glândulas de Brunner no duodeno;
Estimulação Autônoma da Secreção
• A estimulação simpática tem efeito duplo na secreção do trato
digestivo glandular:
1. A estimulação simpática por si só normalmente aumenta por pouco
a secreção;
2. Se a estimulação parassimpática ou hormonal já estiver causando
franca secreção pelas glândulas, a estimulação simpática
sobreposta, em geral, reduz a secreção devido à redução do
suprimento de sangue pela vasoconstrição;
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Regulação da Secreção Glandular por 
Hormônios
• No estomago e no intestino, vários hormônios gastrointestinais,
liberados pela mucosa em resposta à presença de alimento no lúmen,
regulam o volume e as características químicas das secreções.
• Os hormônios são, então, secretados no sangue e transportados para
as glândulas, onde estimulam a secreção.
Secreção de Água e Eletrólitos
• A secreção pelas glândulas salivares, fornece exemplo de como a
estimulação nervosa gera a passagem de água e sal nas células
glandulares, lavando as substancias orgânicas através da extremidade
secretória das células ao mesmo tempo.
Secreção de Saliva
• Principais glândulas: parótidas, submandibulares e sublinguais.
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Glândulas salivais e suas secreções
1. Glândulas parótidas: produzem secreção de tipo seroso;
2. Glândulas submandibulares e sublinguais: produzem secreção
serosa e mucosa.
3. Glândulas bucais só secretam muco.
• A saliva tem pH entre 6,0 e 7,0 faixa favorável à ação digestiva da
ptialina.
Secreção de Íons na Saliva
• Quantidade elevada de K+ e HCO3.
• Quantidade menor de Na+ e Cl- do que no
plasma.
Função da saliva na higiene oral
• A boca hospeda bactérias patogênicas que podem destruir os tecidos
e causar cáries dentárias. A saliva ajuda a evitar os processor de
deterioração de diversas maneiras:
1. O fluxo de saliva ajuda a lavar a bica das bactérias patogênicas;
2. A saliva contém vários fatores que destroem as bactérias (ex:
lisozima, enzimas proteolíticas, íons tiocinato):
a) Atacam as bactérias;
b) Ajudam os íons tiocianato a entrar nas bactérias;
c) Digerem partículas de alimentos, ajudando, assim a remover ainda mais o
suporte metabólico das bactérias;
3. A saliva contém anticorpos proteicos que podem destruir as
bactérias.;
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Regulação nervosa da Secreção Salivar
Secreção Esofágica
• As secreções esofágicas são totalmente mucosas e fornecem
principalmente, a lubrificação para a deglutição.
• O muco produzido pelas glândulas compostas no esôfago superior
evita a escoriação mucosa causada pela nova entrada de alimento.
• Glândulas compostas próximas à junção esofagogástrica, protegem a
parede esofágica da digestão por sucos gástricos ácidos provenientes
do refluxo GE.*
Secreção Gástrica
• Além das células secretoras de muco,
existem outros dois tipos de glândulas
tubulares na mucosa gástrica:
1. Glândulas oxínticas;
• Ácido clorídrico,
• Pepsinogênio,
• Fator intrínseco,
2. Glândulas pilóricas;
• Muco;
• Gastrina
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Mecanismo Básico da Secreção de Ácido 
Clorídrico
Fatores básicos que estimulam a secreção 
gástrica
• Acetilcolina (parassimpático) estimula a secreção de:
• Pepsinogênio pelas células pépticas;
• Ácido clorídrico pelas células parietais;
• Muco pelas células da mucosa;
• Gastrina e Histamina estimulam, fortemente, a secreção de:
• Ácido pelas células parietais;
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Secreção e Ativação de Pepsinogênio
• O pepsinogênio não tem atividade digestiva. Entretanto, assim que
entra em contato com o HCl, ele é clivado para formar pepsina ativa.
• A pepsina atua como enzima proteolítica, ativa em meio muito ácido
(pH ideal entre 1,8 e 3,5), mas, no pH acima de 5, não tem quase
nenhuma propriedade proteolítica e é completamente inativada em
pouco tempo.
Secreção do Fator Intrínseco pelas Células 
Parietais
• O fator intrínseco é essencial par absorção de vitamina B12 no íleo, e
é secretado pelas células parietais, juntamente com a secreção de
ácido clorídrico.
Secreção de Muco e Gastrina
• As glândulas pilóricas contem poucas células pépticas e quase
nenhuma célula parietal. Em vez disso, contém, células mucosas que
secretam pequena quantidade de pepsinogênio, e grande quantidade
de muco, ajudando na lubrificação gástrica e na proteção da parede.
• As glândulas pilóricas também liberam o hormônio chamado gastrina.
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Estimulação da secreção de ácido pelo 
estomago.
• A secreção é controlada por órgãos endócrinos e nervosos. Além
disso, as células parietais são controladas por outro tipo de célula,
denominada células semelhantes às enterocromafins (ECL), cuja
função primária é a de secretar histamina (estimulado pela gastrina).
Regulação da Secreção de Pepsinogênio
• São 2 os tipos de sinais que regulam a secreção desse peptídeo:
1. Estimulação das células pépticas por acetilcolina, liberada pelo
plexo miontérico (Auerbach);
2. Estimulação da secreção das células pépticas, pelo ácido no
estomago;
Fases de secreção gástrica
1) Fase cefálica;
2) Fase gástrica;
3) Fase intestinal;
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Inibição da Secreção Gástrica
1) Quimo no intestino delgado superior pelo reflexo enterogástrico;
2) Presença de ácidos, gorduras, proteínas, ou qualquer fator irritante
no intestino delgado superior estimulam a secreção de secretina:
• Secretina;
• GIP – Peptídeo inibidor gástrico;
• VIP – Polipeptídio intestinal Vasoativo
• Somatostatina;
Secreção Gástrica durante o Período 
Interdigestivo
• O estomago secreta poucos ml de suco gástrico por hora durante o
“período interdigestivo”.
• ****ESTIMULOS EMOCIONAIS****
Secreção Pancreática
• As enzimas pancreáticas são secretadas pelos acinos pancreáticos, e
grandes volumes de solução de NaHCO3
-
são secretados pelos ductos
pequenos e maiores que começam nos acinos.
• O produto combinado flui então pelo ducto
pancreático, que drena para o colédoco
imediatamente antes de se esvaziar no
duodeno pela papila de Vater, envolta pelo
esfíncter de Oddi.
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Enzimas Digestivas Pancreáticas
• As mais importantes das enzimas pancreáticas, na digestão de
proteínas são:
1. Tripsina (a mais abundante) – Hidrolisa proteína;
2. Quimotripsina – Hidrolisa Proteína;3. Carboxipolipeptidase – Cliva peptídeos, aminoácidos individuais;
Enzimas Proteolíticas Pancreáticas INATIVAS 
• O tripsinogênio é ativado pela enzima enterocinase, secretada pela
mucosa intestinal, quando o quimo entra em contato com a mucosa.
Além disso o tripsinogênio pode ser ativado, autocataliticamente,
pela própria tripsina já formada.
• O quimotripsinogênio é ativada pela tripsina, para formar
quimotripsina;
• Procarboxipolipeptidase é ativada de maneira semelhante.
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Enzimas Pancreáticas
• Digestão de carboidratos:
1. Amilase pancreática – Hidrolisa amidos, glicogênio, e outros
carboidratos com exceção da celulosa – Forma dissacarídeos e
trissacarídeos;
Enzimas Pancreáticas
• Digestão de Gorduras:
1. Lipase pancreática – Hidrolisa gorduras neutras a ácidos graxos e
monoglicerídeos;
2. Colesterol esterase – Hidrolisa ésteres de colesterol;
3. Fosfolipase – Cliva os ácidos graxos dos fosfolipídios;
Secreção do Inibidor da Tripsina
• As mesmas células glandulares que secretam enzimas proteolíticas,
no acido do pâncreas, secretam simultaneamente, outra substancia
denominada inibidor de tripsina.
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Secreção de Íons Bicarbonato
• Quando o pâncreas é estimulado a
secretar quantidade abundante de
suco pancreático, a concentração dos
íons bicarbonato pode atingir
145mEq/L, concentração álcali
suficiente para neutralizar o ácido
clorídrico presente no quimo do
duodeno.
Regulação da Secreção Pancreática
• Estímulos que causam secreção pancreática:
1. Acetilcolina liberada pelas terminações do X par craniano e outros
colinérgicos para o SNE;
2. CCK, secretada pela mucosa duodenal e jejunal superior, quando o
alimenta entra no intestino delgado;
3. Secretina, também secretada pela mucosa duodenal e jejunal,
quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado;
Fases da Secreção Pancreática
• Fase Cefálica;
• Fase Gástrica;
• Fase Intestinal;
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A secretina estimula a secreção de íons 
Bicarbonato
Anatomia Fisiológica 
da Secreção Biliar
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