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EAD-Enfermagem a Distância-Material do curso[Farmacologia Geral]

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FARMACOLOGIA GERAL 
 
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informando o seu percentual de acerto. 
Para emitir o certificado, o usuário precisa obter 
pontuação igual ou superior a 6,00 na avaliação. 
 
Boa sorte! 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O estudo da Farmacologia é sem dúvida umas 
das principais ferramentas para profissionais da 
área de saúde, ou em sentido mais amplo, para 
todos os profissionais que necessitam ou lidam 
diretamente e indiretamente com fármacos e 
medicamentos. 
 
Entender como os fármacos agem no organismo 
é de fundamental importância para o melhor 
emprego dos medicamentos. 
Em sua fundamentação, a farmacologia 
compreende o entendimento histórico, 
propriedades físico-químicas, composição, 
bioquímica, efeitos fisiológicos, mecanismo de 
ação, absorção, distribuição, biltra afirmação, 
excreção e terapêutica, relacionados a 
substâncias químicas que conseguem alterar a 
função normal do organismo humano. 
 
2. BREVE HISTÓRICO 
 
Em tempos atrás, a origem das doenças era 
quase sempre atribuída a causas sobrenaturais 
como castigo dos deuses ou infringida por 
outrem sob a forma de intenções ruins como 
“mau-olhado” ou outros meios semelhantes. 
(DIAS, 2003) 
 
A preocupação com a explicação da saúde e da 
doença, sem ser em bases sobrenaturais, nasceu 
com a filosofia grega, e, sua busca de uma 
explicação da constituição da natureza 
(ARANTES et al, 2008) 
 
Desde seus primórdios, o ser humano percebeu 
os efeitos curativos das plantas medicinais, 
notando que de alguma forma sob a qual o 
vegetal medicinal era administrado, seja em 
forma de chá, pó, banho ou outros, 
proporcionava a recuperação da saúde do 
enfermo. As plantas medicinais, utilizadas há 
milhares de anos, servem de base para estudos 
na produção de novos medicamentos. (DIAS, 
2003). 
 
A palavra Farmacologia é derivada de 
pharmakon, de origem grega, com vários 
significados desde uma substância de uso 
terapêutico ou como veneno, de uso místico ou 
sobrenatural, sendo utilizados na Antiguidade 
como remédios até mesmo insetos, vermes e 
húmus. 
 
Provavelmente, as plantas tiveram influência 
importante na alimentação, para alívio, e, 
 
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também para casos de envenenamento do 
homem primitivo. Algumas plantas e animais 
com características tóxicas, já eram utilizados 
para a guerra, execuções de indivíduos, e, para a 
caça. 
 
A palavra droga origina do holandês antigo 
droog que significa folha seca, pois, antigamente 
quase todos os medicamentos eram feitos à 
base de vegetais. Embora em francês drogue 
signifique erva, relacionada por alguns autores 
como a origem da palavra droga, a maioria dos 
autores, fundamentando-se em antigos 
dicionários, afirmam que se deve a palavra 
droog a origem do nome. 
 
Embora a Farmacologia tenha sido reconhecida 
como ciência no final do século XIX, na 
Alemanha, as ervas já serviam para a 
manipulação de remédios há bastante tempo, e, 
as drogas de origem vegetal predominaram no 
tratamento das doenças até a década de 1920 
quando a indústria farmacêutica moderna 
iniciou o desenvolvimento produzindo produtos 
químicos sintéticos. 
 
Mas todo fármaco pode ser considerado um 
remédio? E todo remédio, é a mesma coisa que 
um fármaco? 
 
Como você definiria um remédio? 
 
Remédio é qualquer tratamento ou dispositivo 
que faça bem à saúde do paciente. Pode ser 
uma sugestão, uma massagem, um fármaco ou 
qualquer outro procedimento terapêutico. 
Entretanto, a palavra remédio é frequentemente 
utilizada de forma coloquial como sinônimo 
apenas de fármaco ou especialidade 
farmacêutica. 
 
3. ENTENDENDO A FARMACOLOGIA 
 
É a ciência que estuda como as substâncias 
químicas reagem com os organismos vivos. Se 
essas substâncias têm propriedades medicinais, 
elas são referidas como “substâncias 
farmacêuticas” ou fármacos. 
 
Esta ciência engloba o conhecimento da história, 
origem, propriedades físicas e químicas, 
associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, 
mecanismos de absorção, biotransformação e 
excreção dos fármacos para seu terapêutico ou 
não. 
 
O objetivo da Farmacologia é promover as 
seguintes ações: 
 
Terapêutica: usada no tratamento das doenças. 
As ações terapêuticas podem ser: 
 
 Curativa ou específica (quando remove o 
agente causal das doenças. Ex: 
antibiótico); 
 Paliativa ou sintomática (quando alivia 
determinados sintomas de uma doença, 
como a dor. Ex: analgésico); 
 Substitutiva (quando repõe uma 
substância normalmente encontrada no 
organismo, mas, devido a um 
desequilíbrio orgânico, está em 
quantidade insuficiente ou é ausente. 
Ex: Insulina). 
 
Preventiva ou Profilática: Evita o surgimento de 
doenças ou diminui a gravidade das mesmas. Ex: 
vacinas. 
 
Diagnóstica: Auxilia o médico em sua decisão 
sobre a causa da sintomatologia apresentada 
pelo paciente, além de localizar a área exata 
afetada pela doença. Ex: contrastes usados em 
exames. 
 
Atualmente a farmacologia é subdividida em 
vários ramos e essa classificação é feita com 
base na evolução das técnicas e métodos 
farmacológicos. 
 
 
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Dentre as subdivisões, destaque maior pode ser 
dado para a Farmacologia Básica, 
Farmacodinâmica, Farmacocinética e 
Farmacologia Clinica. 
 
3.1. Farmacologia Básica 
 
Conceitos gerais de ação dos fármacos, com 
isso, são vistos os aspectos farmacocinéticos e 
farmacodinâmicos básicos a todos os fármacos. 
 
O objetivo é desenvolver os conhecimentos 
acerca do comportamento geral de ação dos 
fármacos no organismo, em posse desse 
conhecimento a interpretação de uma resposta 
farmacológica fica mais facilitada, como 
também, o planejamento terapêutico possa ser 
feito de forma mais racional. 
 
3.2. Farmacocinética x Farmacodinâmica 
 
A farmacocinética é o estudo dos mecanismos 
relacionados às drogas, que produzem 
alterações bioquímicas ou fisiológicas no 
organismo. A interação, a nível celular, entre um 
medicamento e certos componentes celulares – 
proteínas, enzimas ou receptores-alvo, 
representam a ação do fármaco. A resposta 
decorrente dessa ação é o efeito do 
medicamento. 
 
Em outras palavras, estuda a correlação do 
organismo com o fármaco, ou seja, em qual 
ponto ocorre a absorção, locais no qual o 
fármacose acumula no organismo, rota de 
biotransformação e onde ocorre a sua excreção. 
 
A Farmacocinética é muito aplicada para 
determinação adequada da posologia, reajuste 
posológico, interpretação de resposta 
inesperada ou ausência de efeito, melhor 
compreensão da ação dos fármacos e uso 
racional de fármacos. 
 
Já a farmacodinâmica é o caminho que o 
medicamento faz no organismo. Estuda a 
correlação do fármaco com o organismo, quais 
processos fisiológicos são afetados pelos 
fármacos, com isso pode-se afirmar que o foco 
da farmacodinâmica é: 
 
 Local e mecanismo de ação; 
 Relação entre concentração e magnitude 
do efeito; 
 Variação de efeitos e respostas. 
 
Não se trata do estudo do seu mecanismo de 
ação mais sim as etapas que a droga sofre desde 
a administração até a excreção, que são: 
 
 Absorção; 
 Distribuição; 
 Metabolismo; 
 Excreção. 
 
Vale ressaltar que uma vez as a droga no 
organismo, essas etapas ocorrem de forma 
simultânea sendo essa divisão apenas de caráter 
Didático. Acompanhe as etapas abaixo: 
 
3.3. Absorção 
 
3.3.1. Absorção Farmacológica 
 
A absorção é a primeira etapa que começa com 
a escolha da via de administração até o 
momento que a droga entra na corrente 
sanguínea. Algumas vias de administração como 
intravenosa e intra-arterial não passam por essa 
etapa, entram direto na circulação sanguínea. 
 
Existem fatores que interferem nessa etapa, 
dentre estes temos: 
 Ph do meio; 
 Forma farmacêutica e patologias 
(úlceras, por exemplo); 
 Dose da droga a ser administrada; 
 
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 Concentração da droga na circulação 
sistêmica; 
 Concentração da droga no local de ação; 
 Distribuição da droga organicamente; 
 As drogas nos tecidos de distribuição; e 
 Eliminação metabolizada ou excretada. 
 
Temos ainda um fator a ser relevado que é a 
característica química da droga, pois esta 
interfere no processo de absorção. 
 
Efeito de primeira passagem 
 
É a metabolização do medicamento pelo fígado 
e pela microbiota intestinal, antes que o 
fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias 
de administração que estão sujeitas a esse 
efeito são: via oral e via retal* (em proporções 
bem reduzidas). 
 
3.3.2. Distribuição farmacológica 
 
Nesta etapa a droga é distribuída no organismo 
através da circulação. O processamento da 
droga no organismo passa em primeiramente 
nos órgãos de maior vascularização, como 
Sistema Nervoso Central, pulmão e coração e 
depois sofre redistribuição aos tecidos de menos 
irrigação, como o tecido adiposo, por exemplo. 
 
É a hora em que a droga chega ao ponto onde 
vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer baixa 
concentração de proteínas plasmáticas, que são 
necessárias para a formação da fração ligada 
como desnutrição, hepatite e cirrose, que 
destroem hepatócitos, que são células 
produtoras de proteínas plasmáticas, reduzindo 
assim o nível destas no sangue. 
 
3.3.3. Metabolismo 
 
Fase onde a droga é transformada em um 
composto mais hidrossolúvel para a posterior 
excreção. O metabolismo se dá em duas fases: 
 
Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise. 
Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico. 
 
A fase 1 não é um processo obrigatório, 
variando de droga para droga e diferente da 
fase 2, obrigatória a todas as drogas. Essa é a 
fase que prepara a droga para a excreção. O 
fígado é o órgão responsável por essa ação. 
 
3.3.4. Excreção 
 
Pela excreção, os compostos são removidos do 
organismo para o meio externo. Fármacos 
hidrossolúveis, carregados ionicamente, são 
filtrados nos glomérulos ou secretados nos 
túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, 
pois têm dificuldade em atravessar membranas. 
Excretam-se, portanto, na forma ativa do 
fármaco. 
 
Os sítios de excreção denominam-se 
emunctórios e, além do rim, incluem: 
 Pulmões; 
 Fezes; 
 Secreção biliar; 
 Suor; 
 Lágrimas; 
 Saliva; 
 Leite materno. 
 
Retirando desta lista os pulmões para os 
fármacos gasosos ou voláteis, os demais sítios 
são quantitativamente menos importantes. 
 
As investigações farmacodinâmicas pesquisam 
especialmente os efeitos terapêuticos, e, 
adversos potenciais; tecidos particularmente 
atingidos; e, os sistemas metabólicos envolvidos 
no respectivo mecanismo de ação. 
Embora alguns autores não concordem com a 
comparação, mas, em resumo, tem sido 
utilizada seguinte a diferença: “A 
Farmacocinética descreve o que o corpo faz com 
a droga, enquanto a Farmacodinâmica estuda o 
que a droga faz com o corpo”. 
 
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4. SUBDIVISÕES DA FARMACOLOGIA 
 
Alguns tipos 
 
Farmacologia Geral: Estuda os conceitos básicos 
e comuns a todas as drogas; 
 
Farmacologia Especial ou Aplicada: estuda os 
fármacos reunidos em grupos de ação 
farmacológica semelhante. 
 
Farmacognosia: estuda a origem, as 
características, a estrutura anatômica e 
composição química das drogas no seu estado 
natural, de matéria-prima, sob a forma de 
órgãos ou organismos vegetais ou animais, 
assim como dos seus extratos, sem qualquer 
processo de elaboração. A fitoterapia tem sido 
estudada. 
 
Farmacotécnica: estuda a preparação das 
formas farmacêuticas sob as quais os 
medicamentos são administrados, como em 
cápsulas, suspensões, comprimidos e outras 
formas. Antigamente, era função exclusiva dos 
farmacêuticos bioquímicos, sendo, atualmente, 
exercida em maioria pela indústria farmacêutica. 
 
Farmacoepidemiologia: Aplicação do método e 
raciocínio epidemiológico no estudo dos efeitos, 
que podem ser benéficos e adversos, e do uso 
de medicamentos em populações humanas. 
 
Farmacovigilância: Identificação e avaliação dos 
efeitos, agudos ou crônicos, do risco do uso dos 
tratamentos farmacológicos no conjunto da 
população ou em grupos de pacientes expostos 
a tratamentos específicos. 
 
Farmacogenética: estuda os efeitos das drogas 
em relação à genética molecular, inclusive a 
natureza genética das reações adversas a 
drogas. Por exemplo, em alguns pacientes com 
hipertensão arterial não ocorre à diminuição da 
pressão arterial com este medicamento em 
doses habitualmente indicada para os demais 
pacientes porque é rapidamente metabolizado 
reduzindo sua atividade devido à modificação 
genética da atividade enzimática. 
 
Farmacogeriatria: estuda as variações da 
sensibilidade às drogas, absorção, metabolismo, 
toxicidade, e, excreção das drogas na pessoa 
idosa, incluindo todos os fatores fisiológicos e 
patológicos. 
 
Farmacoeconomia: estuda os efeitos das drogas 
em termos sociais e econômicos, e, surge como 
nova disciplina importante na orientação de 
decisões governamentais sobre a política de 
prescrição de fármacos e de assistência 
sanitária. 
 
Farmacoterapia: corresponde à terapêutica 
medicamentosa. 
 
Farmacologia Experimental: realiza 
experimentos com medicações e novas drogas. 
 
Farmacologia Clínica: estuda a aplicação clinica 
das drogas. 
 
Toxicologia: estuda os efeitos tóxicos das drogas 
no organismo. 
 
5. PRINCIPAIS CONCEITOS 
 
Juntamente com a Farmacocinética, a 
compreensão das ações dos fármacos no 
organismo são fundamentais para o 
planejamento clínico da terapêutica. 
O conhecimento da farmacologia está alicerçado 
em diversos conceitos. O entendimento destes 
facilita o entendimento desta ciência. 
 
Como alguns conceitos básicos, pode-se citar: 
 
BIODISPONIBILIDADE: indica a quantidade de 
drogas que atingeseu local de ação ou um fluido 
biológico de onde tem acesso ao local de ação. É 
 
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uma fração da droga que chega à circulação 
sistêmica. 
 
BIOEQUIVALÊNCIA: é a equivalência 
farmacêutica entre dois produtos, ou seja, dois 
produtos são bioequivalentes quando possuem 
os mesmos princípios ativos, dose e via de 
administração, e apresentam estatisticamente a 
mesma potência. 
 
DOSE: Quantidade de fármaco capaz de 
provocar alterações no organismo. 
 
Esta dose pode ser: 
 Dose Eficaz (DE): é dose capaz de 
produzir o efeito terapêutico desejado, 
podendo ser classificada em mínima 
eficaz e máxima tolerada. 
 Dose Letal (DL): é a dose capaz de causar 
mortalidade. 
 Ataque ou de manutenção. 
 
DROGA: É qualquer substância química, simples 
ou composta, de múltiplas origens, a qual é 
utilizada com várias finalidades. Quando 
administrada em organismos vivos, são capazes 
de provocar alterações somáticas e funcionais. 
 
EFEITO TERAPÊUTICO: É o efeito benéfico e 
desejado, que o medicamento provoca no 
organismo quando administrado. 
 
EFEITO INDESEJADO: efeito provocado pela 
ação do fármaco no organismo indiferente do 
planejado. Pode se classificado em previsível e 
imprevisível. 
Os efeitos previsíveis podem se dividir em: 
 Toxicidade por superdosagem; 
 Efeito secundário (reação provocada 
pelo efeito principais do fármaco em um 
sítio diferente do alvo principal); 
 Efeito colateral; 
 Interações medicamentosas. 
 
Os efeitos imprevisíveis podem ser divididos em: 
 Idiossincrático; 
 Alérgico; 
 Intolerância. 
 
E você sabe diferenciar o efeito colateral e o 
efeito adverso? 
 
EFEITO COLATERAL: trata-se de um efeito 
paralelo ao efeito terapêutico, o qual é 
rotineiramente esperado, mas não é desejado. 
Normalmente não traz grandes prejuízos. 
 
EFEITO ADVERSO: geralmente é um efeito 
nocivo e incômodo, originado da administração 
de um fármaco. 
 
FARMACOPEIA: é o Código Oficial Farmacêutico 
do País, que estabelece a qualidade dos 
medicamentos em uso no Brasil. De um modo 
geral, a função de uma farmacopeia é 
estabelecer os requisitos de qualidade que os 
medicamentos devem obrigatoriamente 
obedecer. Esses requisitos incluem todos os 
componentes empregados na fabricação dos 
medicamentos. 
 
MEDICAMENTO: é toda substância ou mistura 
de substâncias que, ao ser introduzido no 
organismo humano, produzirá um efeito 
terapêutico. 
 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: efeito 
resultante da infecção entre dois fármacos, 
podendo como resultado final ocorrer o 
aumento, redução ou atenuação do efeito 
farmacológico de ou mais fármacos envolvidos. 
POSOLOGIA: estudo da dosagem, de como a 
dose deve ser empregada. 
 
PRINCÍPIO ATIVO: corresponde à substância, ou 
grupo destas, responsável pela ação terapêutica, 
com composição química e ação farmacológica 
conhecidas. 
 
 
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TÓXICO: É uma droga que, ao ser administrada 
produz efeitos nocivos ao organismo. 
 
6. MEDICAMENTOS 
 
Um medicamento é todo produto tecnicamente 
elaborado contendo um ou mais fármacos. Os 
outros componentes do medicamento recebem 
a denominação de excipientes, os quais podem 
ter as mais variadas funções, como melhorar o 
sabor, odor e até mesmo atuar como 
conservantes do mesmo. Do ponto de vista 
terapêutico o excipiente é inerte, não devendo 
também, interagir com o fármaco. 
 
Existem medicamentos introduzidos antes do 
século XX e que continuam sendo utilizados, por 
exemplo, a morfina e a atropina, ambos de 
origem vegetal, enquanto outros medicamentos 
foram proibidos de serem utilizados devido a 
diferentes causas, como a toxicidade excessiva, 
potencial para causar dependência, falta de 
comprovação científica de eficácia, possibilidade 
de estimular o aparecimento de micróbios 
patogênicos resistentes. 
 
As drogas ou medicamentos atuam no 
organismo exercendo: 
 
6.1. Ação dos Medicamentos 
 
Os medicamentos podem agir no organismo 
provocando uma AÇÃO LOCAL ou SISTÊMICA 
 
AÇÃO LOCAL: o medicamento tem efeito no 
local da aplicação. Ex.: uso de pomadas e creme 
na pele ou mucosa. 
Pode ser: 
 Adstringente: contrai os tecidos; 
 Anti-Séptica: inibe o desenvolvimento de 
microorganismos. Ex. Povidine. 
 Emoliente: lubrifica e amolece os 
tecidos. Ex. Pomadas 
 Irritante: irrita os tecidos. Ex. Iodo; 
 Paliativo: diminui a dor. 
AÇÃO SISTÊMICA: ou geral, o efeito da droga se 
manifesta após a penetração do medicamento 
no meio interno. 
 
Pode ser: 
 Antagônica: corta o efeito de outra 
droga; 
 Cumulativa: acumula no organismo; 
 Depressora: deprime a função de um 
órgão ou tecido; 
 Estimulante: estimula a função de um 
órgão ou tecido. 
 Sinérgica: reforça o efeito de outro 
medicamento e vice-versa. 
 
6.2. Origem dos Medicamentos 
 
Pode ser Natural, animal, vegetal, mineral e 
sintético. 
 
Animal: Quando são extraídos de diversas 
glândulas de animais ou partes específicas. Ex: 
hormônio da tireoide. 
 
Vegetal: Quando são fornecidos por certas 
raízes, folhas e frutos. Ex: beladona, digital, etc. 
 
Mineral: Quando são produzidos por minerais. 
Ex: cloreto de sódio, cloreto de potássio. 
 
Sintéticos: Feitos através de combinações 
químicas elaboradas em laboratório. Ex: 
quimioterápicos. 
 
6.3. Classificação dos Medicamentos 
 
Os medicamentos podem ser classificados em: 
 Magistrais; 
 Oficiais, que por sua vez podem ser 
classificais em: 
 Referência; 
 Similares; 
 Genéricos. 
 Oficinais. 
 
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No Brasil, o Ministério da Saúde, através do 
órgão do Governo Federal denominado Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
observando os critérios da DCI, aprova a 
denominação do fármaco ou princípio ativo com 
efeito farmacológico conhecido como 
Denominação Comum Brasileira (DCB). 
 
6.3.1. Medicamento Magistral 
 
O medicamento magistral diferencia-se do 
medicamento industrializado por ser preparado 
em farmácia e por ser personalizado, ou seja, 
específico para atender as necessidades 
individuais de um paciente, onde o médico ou 
outro profissional de saúde habilitado a indicar 
medicamentos aos seus pacientes, leva em 
consideração características fundamentais como 
idade, peso, sexo e condição de saúde. 
 
Os fármacos ou substâncias que compõem o 
medicamento magistral são idênticos aos 
utilizados pela indústria de medicamentos, 
sejam químicos ou naturais, pois devem atender 
as exigências de qualidade e pureza para a sua 
finalidade básica, que é fazer parte de um 
medicamento destinado ao tratamento eficaz e 
seguro de um paciente. 
 
A principal razão da existência do medicamento 
magistral é suprir as necessidades detectadas 
pelos profissionais de saúde, como os médicos, 
dentistas e veterinários, que não encontram 
disponíveis nas farmácias e drogarias, o produto 
ideal para o tratamento de seu paciente 
especial. 
 
Entre estas razões, as principais são: 
 Medicamentos com doses diferenciadas, 
considerando as necessidades do 
paciente, como idade, peso, sexo e 
condição de saúde; 
 Associação de fármacos ou substâncias 
em uma mesma cápsula, que possam 
reduzir a quantidade de medicamentos a 
ser ingerido; 
 Medicamentos inexistentes oudescontinuados pela indústria, onde a 
possibilidade de manter o tratamento é 
somente através da preparação 
individualizada; 
 Formas farmacêuticas não disponíveis 
pela indústria, como xaropes sem açúcar 
para diabéticos; 
 Medicamentos sem componentes 
prejudiciais a grupos especiais de 
usuários, como a lactose para pessoas 
com intolerância a esta substância e 
medicamentos sem corantes ou 
produtos sem perfume para alérgicos. 
 
6.3.2. Medicamento Oficial 
 
Medicamento oficial é o fármaco que faz parte 
da farmacopéia. 
 
Os nomes dos medicamentos oficiais em nosso 
país, inicialmente, são determinados pelos 
critérios publicados pela Organização Mundial 
de Saúde (OMS) com o objetivo de padronizar os 
nomes genéricos dos fármacos através de listas 
conhecidas como Denominações Comuns 
Internacionais (DCI) em inglês, e, em espanhol 
para a posterior adaptação em Português ou 
outro idioma de acordo com o país. 
 
A. Medicamento de Referência 
 
É conceituado como o produto inovador 
registrado no órgão federal responsável pela 
Vigilância Sanitária e comercializado no País, 
cuja eficácia, segurança e qualidade foram 
comprovadas cientificamente junto ao órgão 
federal competente, por ocasião do registro. 
 
B. Medicamento de Similares 
 
Aquele que contém o mesmo ou os mesmos 
princípios ativos apresenta a mesma 
 
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concentração, forma farmacêutica, via de 
administração, posologia e indicação 
terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do 
medicamento de referência registrado no órgão 
federal responsável pela vigilância sanitária, 
podendo diferir somente em características 
relativas ao tamanho e forma do produto, prazo 
de validade, embalagem, rotulagem, excipientes 
e veículos, devendo sempre ser identificado por 
nome comercial ou marca. No registro dos 
medicamentos similares não são exigidos os 
testes de bioequivalência. 
 
C. Medicamento Genérico 
 
Consiste no medicamento semelhante a um 
produto de referência ou inovador, que 
pretende ser com este intercambiável, 
geralmente produzido após a expiração ou 
renúncia da proteção patentária ou de outros 
direitos de exclusividade, comprovada a sua 
eficácia, segurança e qualidade. 
 
No Brasil, os medicamentos genéricos para 
serem comercializados devem ser identificados 
na embalagem com uma tarja amarela, 
contendo uma grande letra G, e, a inscrição 
Medicamento Genérico, conforme a Lei Nº 
9.787, de 1999. A ANVISA autoriza a circulação 
de medicamentos semelhantes, ou seja, tenham 
a mesma biodisponibilidade. 
 
6.3.3. Medicamento Oficinal 
 
O medicamento oficinal corresponde ao 
fármaco preparado na própria farmácia de 
acordo com as normas e doses estabelecidas 
pela Farmacopéia, apresentando uma 
denominação uniforme. 
 
Portanto, todo medicamento oficinal deve ser 
oficial, ou seja, tem que constar na 
Farmacopéia, mas, nem todo fármaco oficial é 
oficinal. 
 
As farmácias autorizadas a manipular 
medicamento, inclusive o que contêm 
psicotrópicos ou entorpecentes, cuja atividade 
requer autorização especial de funcionamento 
expedido pelo órgão competente do Ministério 
da Saúde, são denominadas de Farmácias 
Magistrais. 
 
7. FORMAS FARMACÊUTICAS DOS 
MEDICAMENTOS 
 
Podem ser apresentados nos seguintes tipos: 
 Sólidos; 
 Líquidos; 
 Gasosos; 
 Semi sólidos; 
 Irradiantes. 
 
Medicamentos Sólidos: Podem ser são 
encontrados nas seguintes formas: 
 
 Cápsulas: Medicamentos em pó ou 
grânulos, envolvidos em gelatina 
solúvel, que se dissolve no intestino; 
 Comprimidos: medicamento(s) em pó, 
sob compressão em geral, de forma 
circular; 
 Drágeas: grânulos com medicamentos 
envolvidos em camadas de açúcar, 
polidos e coloridos; 
 Pílulas: Pequenas drágeas; 
 Supositório: Forma alongada, à base de 
glicerina, gelatina ou manteiga de cacau; 
 
Medicamento Líquido: Podem ser encontrados 
em forma de: solução, porção, elixir, emulsão, 
suspensão, tintura extrato e colírio. 
 
Medicamentos Gasosos: encontra se sob a 
forma de aerossóis e vapores. 
 
Medicamento Semi Sólidos ou Intermediários: 
são as pomadas, cremes e geleias em geral. 
 
 
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Drogas Irradiantes: são representados por 
Cobalto, Césio, raios lazer e iodo radioativo. 
 
8. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
 
A administração de medicamentos deve ser 
realizada com eficiência, segurança e 
responsabilidade, a fim de que sejam alcançados 
os objetivos da terapêutica implementada. 
 
As drogas podem ser em sua maioria, 
administradas por uma variedade de vias. Para 
tanto, a escolha de determinada via ou sistema 
de administração das drogas, depende de vários 
fatores: 
 Efeito local ou sistêmico; 
 Propriedades da droga e da forma 
farmacêutica administrada; 
 Idade do paciente; 
 Tempo necessário para o início do efeito; 
 Duração do tratamento; 
 Obediência do paciente ao regime 
terapêutico. 
 
As vias podem ser: 
 
8.1. Via Enteral 
 
A administração enteral compreende a via oral, 
por meio de sonda gástrica ou intestinal ou 
gastronomia. 
 
8.1.1. Via Oral 
 
Consiste na passagem do medicamento pelo 
tubo digestivo. Seu principal benefício é também 
seu maior risco: a automedicação. 
 
É o mais antigo meio de administração de 
drogas ou medicamentos. Podem ser 
administradas por via oral as formulações 
sólidas: pós, comprimidos, cápsulas, drágeas e 
as formulações líquidas: elixires, xaropes, 
emulsões, misturas. A absorção acontece 
através da mucosa oral. 
 
Vantagens: 
 Mais seguro; 
 Conveniência e conforto para ministrar, 
tanto para o médico quanto para o 
paciente; 
 Baixo custo; 
 Facilidade para reverter efeitos 
indesejáveis por meio de lavagem 
gástrica; 
 Pode produzir efeitos tanto locais quanto 
sistêmicos; 
 Meia-vida do medicamento aumentada; 
 Não é um procedimento invasivo; 
 Não requer técnica apurada. 
 
Desvantagens 
 Fácil acesso as medicações pode 
influenciar o uso em excesso ou de 
forma inadequada; 
 Pode ter gosto desagradável; 
 Possibilidade de irritação gástrica; 
 Dificuldade em uso em pediatria; 
 Defasagem de tempo no surgimento do 
efeito em relação às demais vias; 
 Não pode ser utilizada em pacientes 
inconscientes ou com vômitos; 
 Destruição de alguns agentes 
farmacológicos por enzimas digestivas 
ou pelo pH gástrico; 
 Algumas drogas são destruídas pela 
ação gástrica. 
 
8.1.2. Via Sublingual 
 
Permite a retenção do fármaco por tempo mais 
prolongado. Propicia absorção rápida de 
pequenas doses. 
 
Os medicamentos ao colocados debaixo da 
língua para serem absorvidos pelos pequenos 
vasos sanguíneos ali situados. Apenas as drogas 
 
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lipossolúveis e não irritantes podem ser 
administradas por essa via. A absorção é 
relativamente rápida, podendo a ação ser 
produzida em poucos minutos. 
 
Vantagens: 
 Omitir a passagem pelo fígado; 
 Rápida absorção. 
 
8.1.3. Retal 
 
Utilizada quando o paciente apresenta vômitos 
ou se encontra inconsciente. A administração, 
utilizando-se de supositórios, tem por objetivo 
deixar o fármaco livre do metabolismo de 
primeira passagem, no fígado, mas a absorção 
retal costuma ser irregulare incompleta e 
muitos fármacos provocam irritação da mucosa 
retal. 
 
Absorção: é mais lenta, irregular e, com 
frequência, imprevisível. 
 
Vantagens: administração de medicamentos a 
pacientes inconscientes ou com náuseas e 
vômitos, principalmente em lactentes. 
 
Desvantagens: absorção irregular e incompleta; 
irritação da mucosa retal. 
 
8.2. Via Parenteral 
 
Refere-se à administração da droga por injeção, 
liberando-a diretamente no líquido tecidual ou 
no sangue, sem atravessar a mucosa intestinal. 
 
A ação é mais rápida e segura, não provocando 
irritação gástrica nem vômito. Pode ser utilizada 
para pacientes inconscientes, não há 
probabilidade de interferência pelos alimentos 
ou sucos digestivos e o fármaco não passam 
pelo fígado. 
 
Suas desvantagens: 
 A preparação precisa ser esterilizada e o 
seu custo é mais alto; 
 A técnica é invasiva e dolorosa; 
 Existe a probabilidade de lesão tecidual 
local; 
 Em geral, é mais perigosa. 
 
8.2.1. Intradérmica (ID) 
 
Via bastante restrita, usada para pequenos 
volumes de medicação (de 0,1 0,5ml). O 
tamanho da seringa é de 1ml, similar a de 
insulina, com escalas de frações em mililitros. 
 
As agulhas indicadas para essa via são 10x5 e 
15x5. O ângulo para introdução da agulha 
deverá ser abaixo de 150. Não é necessário 
aspirar antes de administrar a medicação. 
 
Indicada para reações de hipersensibilidade, 
como provas de PPD (tuberculose) e testes de 
sensibilidade para algumas alergias. Utilizada 
também na aplicação da BCG (vacina contra 
tuberculose). 
 
O local mais apropriado para a aplicação de 
medicamento através da via intradérmica é a 
face anterior do antebraço, uma vez que é pobre 
em pelos, tem pouca pigmentação e 
vascularização, e apresenta fácil acesso para 
leitura. 
 
8.2.2. Subcutânea (SC) 
 
A medicação é introduzida na tela subcutânea 
(tecido subcutâneo ou hipoderme). A absorção é 
mais lenta, pois a droga é depositada no tecido 
subcutâneo que é menos vascularizado, mas 
ricamente suprido por nervos, por essa razão, as 
drogas irritantes não podem ser administradas 
por essa via. 
 
Usada para a administração de vacinas, 
anticoagulantes e hipoglicemiantes. 
 
 
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O volume varia de 0,5 a 2 ml. Não é necessário 
aspirar, porque há possibilidade de desarranjo 
do tecido subcutâneo. Recomenda-se que os 
locais de aplicação tenham pouca inervação, 
acesso facilitado e capacidade de distensão do 
tecido. 
 
Os locais mais utilizados são: 
 Parede abdominal; 
 Face ântero lateral da coxa; 
 Face externa do braço. 
 
Em uso repetido, é necessário revezar o local da 
aplicação. A angulação da agulha deve variar de 
450 a 900. Em pessoas com acúmulo de tecido 
adiposo, pode-se usar agulhas mais longas, 
como as de 25mm, e o calibre variará de acordo 
com a viscosidade da droga. 
 
Há complicações no uso das injeções 
subcutâneas, tais como: 
 Infecções inespecíficas ou abscessos; 
 Formação do tecido fibrótico; 
 Embolias (por lesão de vasos e uso de 
drogas oleosas ou em suspensão. 
 Lesões de nervos, úlceras ou necrose de 
tecidos. 
 
8.2.3. Intramuscular (IM) 
 
Considerada a segunda via de efeito mais 
rápido, cerca de 30 minutos após sua 
administração. A aplicação do medicamento 
ocorre no espaço mais profundo do tecido 
muscular. Por se tratar de um tecido altamente 
vascularizado, poderá ocorrer “punção” 
acidental de um vaso sanguíneo, fato esse que 
deverá ser evidenciado aspirando-se o êmbolo 
da seringa após a introdução da agulha no 
músculo. 
 
A agulha deverá penetrar no músculo fazendo 
um ângulo de 900 com a superfície do mesmo, 
sendo as agulhas mais apropriadas as de 
número 30 x 0,7 e 25 x 0,8, para aspirar e diluir o 
medicamento a agulha mais apropriada é de 40 
x 1,2. 
 
Algumas medicações são extremamente tóxicas 
ao tecido subcutâneo. Pode-se amenizar essa 
característica ao evitar o refluxo do 
medicamento para esse tecido. Teoricamente, 
todos os tecidos poderiam ser utilizados nessa 
técnica, porém, se levarmos em consideração a 
massa muscular e a sua localização no corpo, os 
mais indicados são: 
 Glúteo; 
 Deltoide; 
 Vasto-lateral da coxa. 
 
O glúteo é um músculo vasto capaz de suportar 
até 5ml. O local de administração deverá ser o 
quadrante superior externo, a fim de evitar que 
o nervo ciático seja atingido. O deltoide suporta 
no máximo 4ml, contudo medicações muito 
densas ou oleosas, mesmo abaixo dessa 
quantidade, devem ser preferencialmente 
aplicadas no glúteo. O vasto-lateral da coxa é 
indicado em neonatologia. Pode suportar até 
6ml. 
 
8.2.4. Intravenosa (IV) 
 
Amplamente utilizada em prática hospitalar. 
Requer habilidade na técnica de punção venosa, 
a qual deverá ser acompanhada de antissepsia e 
utilização de material estéril e descartável. 
A principal vantagem dessa via de acesso é o 
efeito imediato, mais rápido que o efeito da via 
IM. Isso acontece por que o princípio ativo 
percorrerá a corrente sanguínea de forma 
direta. Em contrapartida, o tempo de 
permanência desse efeito é o menor de todas as 
vias. 
 
Deve ser administrado lentamente durante 
várias horas em uma das veias superficiais e com 
monitorização das reações do paciente. O 
fármaco alcança diretamente a corrente 
sanguínea e os efeitos são produzidos 
 
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imediatamente. Uma vez injetado um fármaco, 
não há maneira de retirá-lo. Constitui a via mais 
perigosa e, os órgãos vitais, como o coração, o 
cérebro, etc., são expostos a altas concentrações 
da droga. 
 
Dentre as desvantagens de utilização dessa via 
podemos citar o maior risco de: 
 Infecção; 
 Reações alérgicas intensas; 
 Embolias e flebites; 
 Impossibilidade de administração de 
substâncias oleosas. 
 
Alguns medicamentos vão exigir uma via de 
acesso profunda, como é o caso das soluções 
hipertônicas. A maioria das aplicações, 
entretanto, pode ser realizada em acessos 
periféricos. 
 
9. CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
A responsabilidade em administrar 
medicamentos é um dos maiores pesos sobre a 
equipe de enfermagem. 
 
O sistema de medicamentos envolve vários 
profissionais da equipe de saúde como médicos, 
enfermeiros, auxiliares e técnicos de 
enfermagem, farmacêutico e técnico em 
farmácia hospitalar. Os profissionais de 
enfermagem realizam a maior parte deste 
evento, portanto estão passíveis a erros, como 
os demais profissionais, mas a assistência direta 
ao paciente pode evidenciar estes erros. 
 
Os principais erros relacionam-se a 
administração errada de medicamentos, 
equívocos com dosagens, via de administração e 
horário de administração e também sobre a 
administração em pacientes errados. 
 
Para minimizar estes erros podemos utilizar um 
método denominado cinco “certos”, ou seja: 
 Paciente CERTO; 
 Medicamento CERTO; 
 Via de administração CERTA; 
 Dose CERTA; 
 Horário CERTO. 
 
Há literaturas que já consideram os sete “certos” 
incluindo a diluição certa e o registro certo. 
 
Estes métodos podem diminuir e muito a 
ocorrência de erros de medicamentos, porém 
estes fatos possuem o relacionamento apenas 
com as pessoas, mas devemos avaliar também 
todo o sistema de medicação, que vai desde a 
prescrição até a avaliação dos efeitos destes 
medicamentos nos pacientes. 
 
Contudo, a equipe de enfermagem deve sempre 
estar atenta as principais funções dos 
medicamentos e as possíveis mudançasde 
rotinas, pois assim podemos melhorar sempre a 
qualidade da assistência de enfermagem 
prestada ao paciente. Deve-se conhecer: 
 A ação do fármaco no organismo; 
 A dosagem e os fatores que a 
modificam; 
 As vias de administração; 
 Absorção e eliminação 
(Farmacocinética). 
 
Caso o enfermeiro não tenha em consideração 
os fatores acima descritos, podem ocorrer os 
seguintes erros: 
 Omissão; 
 Administração; 
 Dose extra; 
 Relacionados com a via de 
administração devida e horário 
incorreto; 
 Preparação incorreta; 
 Utilização de técnicas incorretas; 
 Medicamentos deteriorados. 
 
Os erros na medicação também podem estar 
relacionados com: 
 
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 As deficiências da formação acadêmica 
e/ inexperiência; 
 Negligência; 
 Desatenção; 
 Desatualização quanto aos avanços 
tecnológicos e científicos ao manusear 
de equipamentos aos procedimentos 
definidos. 
 
Para evitar os erros supracitados, alguns 
cuidados devem ser seguidos durante a 
preparação e administração medicamentos: 
 Não conversar durante o processo de 
preparação de medicamentos. 
 Enquanto prepara o medicamento deve 
ter sempre à frente a bula do 
medicamento e a prescrição médica. 
 Ler o rótulo do medicamento com 
atenção; 
 Não tocar com a mão em pastilhas, 
drágeas, cápsulas, comprimidos. 
 Antes da administração do 
medicamento, deve-se esclarecer ao 
paciente qualquer dúvida existente; 
 Lembrar a regra dos 5 CERTOS; 
 Somente após administrar a medicação 
é que se deve dar baixa, nunca antes. 
 Fazer sempre a anotação no relatório; 
 Sempre que o medicamento não for 
administrado indicando qual o motivo. 
 Qualquer efeito dos medicamentos ou 
queixas do paciente deve ser anotado de 
forma detalhada. 
 Ao despejar o medicamento no copo 
graduado, garantir que ele esteja numa 
superfície plana. 
 
É importante que tenha um protocolo em cada 
instituição determinando quais as normas e 
rotinas na administração de medicamentos. Um 
avanço importante para que este sistema 
funcione adequadamente é a instalação das 
prescrições e prontuários eletrônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1) Quando falamos sobre o efeito nocivo e 
incômodo, originado da administração 
de um fármaco. 
 
a) Efeito Adverso; 
b) Efeito Terapêutico; 
c) Efeito Indesejado; 
d) Efeito Local. 
 
2) São exemplos de ações terapêuticas: 
 
a) Paliativa – diagnóstica – substitutiva; 
b) Substitutiva – curativa – preventiva; 
c) Curativa - paliativa – substitutiva; 
d) Profilática – substitutiva – curativa. 
 
3) A maioria das aplicações via parenteral 
pode ser realizada em acessos 
periféricos. Entretanto, alguns 
medicamentos vão exigir uma via de 
acesso profunda, como é o caso de: 
 
a) Soluções hipertônicas; 
b) Medicamentos sublinguais; 
c) Drágeas; 
d) Supositórios. 
 
4) Para minimizar os erros frequentes 
durante a preparação e administração 
de medicamentos, podemos utilizar um 
método denominado cinco “certos”. 
Fazem parte desse método, EXCETO: 
 
a) Horário CERTO; 
b) Medicamento CERTO; 
c) Paciente CERTO; 
d) Médico CERTO. 
 
5) Identifique abaixo os tipos de 
tratamentos que podem ser 
considerados remédio? 
 
a) Apenas os medicamentos orais; 
b) Apenas os medicamentos injetáveis; 
c) Apenas os medicamentos vendidos na 
farmácia pública; 
d) Qualquer tratamento ou dispositivo que 
faça bem à saúde do paciente. Pode ser 
uma sugestão, uma massagem, um 
fármaco ou qualquer outro 
procedimento terapêutico. 
 
6) Quando falamos sobre o efeito 
benéfico e desejado que o 
medicamento provoca no organismo 
quando administrado, estamos falando 
sobre: 
 
a) Efeito Adverso; 
b) Efeito Terapêutico; 
c) Efeito Indesejado; 
d) Efeito local. 
 
7) Em relação às subdivisões da 
Farmacologia, responda: 
 
I. A Farmacodinâmica estuda a correlação 
do organismo com o fármaco, enquanto 
 
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a Farmacocinética estuda a correlação 
do fármaco com o organismo; 
II. A Farmacologia Básica trata dos 
conceitos gerais de ação dos fármacos, 
observando os aspectos 
farmacocinéticos e farmacodinâmicos 
básicos a todos os fármacos. 
III. A Farmacodinâmica avalia, entre outras 
coisas, o local e mecanismo de ação, 
relação entre concentração e magnitude 
do efeito e variação de efeitos e 
respostas. 
IV. O objetivo da Farmacologia Básica é 
desenvolver os conhecimentos acerca 
do comportamento geral de ação dos 
fármacos no organismo. 
 
Estão erradas, as opções: 
 
a) Apenas II e IV; 
b) Apenas III; 
c) Apenas I; 
d) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
8) Tipo de Medicamento que se diferencia 
do medicamento industrializado, por 
ser personalizado e específico para 
atender as necessidades individuais do 
enfermo. De qual tipo de medicamento 
estamos falando? 
 
a) Medicamento de Referencia; 
b) Medicamento Oficial; 
c) Medicamento Magistral; 
d) Medicamento Genérico. 
 
9) Quando falamos sobre o efeito 
provocado pela ação do fármaco no 
organismo indiferente do planejado, 
estamos falando sobre: 
 
a) Efeito Adverso; 
b) Efeito Terapêutico; 
c) Efeito Indesejado; 
d) Efeito local. 
10) A Ação Sistêmica é o efeito da droga 
que se manifesta após a penetração do 
medicamento no meio interno. Ela 
pode acontecer das seguintes formas: 
 
a) Estimulante; 
b) Sinérgica; 
c) Cumulativa 
d) Todas as alternativas acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAS 
 
1- GOODMAN & GILMAN. As bases 
farmacológicas da terapêutica. 10. ed. 
Rio de Janeiro : Mc Graw Hill, 2003. 
 
2- ABRAMS, A. C. Farmacoterapia clínica: 
princípios para prática em enfermagem. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006. 
 
3- HARDMAN, J. E.; LIMBIRD, L. E. 
GOODMAN & GILMAN: As bases 
farmacológicas da terapêutica. 10. ed. 
Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 2003. 
 
4- RANG, H. P. et al. Farmacologia. 5. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
 
5- PAGE, C. et al. Farmacologia integrada. 
2. ed. São Paulo: Manole, 1999. 
 
6- LEONE, G.S.G.; KATZUNG, B.G. 
Farmacologia: básica e clínica. Rio de 
Janeiro: Guanaba Koogan, 2005. 
 
7- VOEUX, P. L. Farmacologia clínica. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

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