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* INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA Profª Enfª Daniele Ceolin Lima * DRENOS TUBULARES E LAMINARES * DRENOS A origem da palavra drenar vem do inglês drain – esgoto, escoar. São usados em diversos contextos para possibilitar o “escapamento” de líquido de uma cavidade corporal específica. * Objetivos da colocação dreno: Permite a saída de ar e secreções; Evita infecções profundas nas incisões; Quando existe ou se espera coleção anormal de secreção. * Principais complicações dos drenos Hemorragia, Inflamação, Migração ascendente de microrganismos; Saída acidental; Dor; Perda de fluidos, proteínas e eletrólitos. * Mais utilizados são os laminares e os tubulares. Dreno laminar: É feito de látex ou silicone, maleável e macio com paredes finas. O mais conhecido é o PENROSE, que mede aproximadamente 30cm, podendo ser cortado conforme a necessidade. É usado para drenagem de secreções espessas e viscosas. Ele amolda-se às vísceras, sem causar danos; É atóxico, permanência longa , fácil manipulação e remoção. * Dreno laminar: Outro tipo é o MEDI-DRAIN, possui as mesmas características do PENROSE, entretanto tem a vantagem de ser transparente e possui uma fita radiopaca, o que possibilita visualização radiológica. Apresenta pouca possibilidade de aderência devido as linhas paralelas internas ao longo do seu trajeto. Deve-se avaliar a relação custo-benefício ( através de estudos comparativos), pois são muito semelhantes. * Dreno de Penrose e medi-drain SILICONE RADIOPACO SILICONE LÁTEX * DRENO TUBULAR É feito de borracha, látex, plástico, PVC ou silicone e, pelo fato de ser mais rígido, impede que a luz se colabe à compressão dos tecidos que o circundam; O dreno tubular fica situada mais profundamente na cavidade peritoneal, facilitando a remoção do conteúdo líquido; Pode ser acoplado a um sistema de aspiração contínua ou intermitente; pode através dele instilar ATB ou irrigação; Dreno de KHER é feito de látex = formado de duas hastes = drenagem via biliar principal. * Modelos de Drenos Abdominais http://www.solostocks.com.br * Modelos de drenos Abdominais http://www.kalmedica.com.br/descartaveis.html * * * DRENO PORTOVAC * * Dreno tubulo-laminar Watterman * Classificação dos drenos quanto ao material Borracha – são macios e maleáveis, porém são mais propensos a colonização bacteriana. * Cloreto de polivinil (PVC) Rígido, tende a endurecer com o tempo de uso, pode ocasionar traumas mecânicos, irritação e necrose; para utilização drenagem e lavagem gástrica, deverá ser usado por curto período de tempo. Ex: Sonda Levin CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MATERIAL * Politetrafluoretileno (teflon) – utilizado em alguns tipos de cateter venoso, superfície lisa e hidrofóbica(não absorve água), baixa adesividade e resistente a enzimas, porém não indicado para uso prolongado, pois sua rigidez pode levar a lesão. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MATERIAL * Poliuretano e silicone – flexíveis, biocompatíveis, radiopacos, menos rígidos do que o polietileno e menos relacionado a contaminação bacteriana em relação ao látex. Muito utilizado em cateter venoso de longa permanência (silicone e poliuretano), cateter enteral e de gastrostomia (ambos) foley. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MATERIAL * Relembrando: No manejo de um paciente com dreno o enfermeiro deve garantir tanto a segurança de ambos (paciente/profissional) quanto também garantir os princípios éticos: Higiene das mãos antes e após os procedimentos; Uso da mecânica corporal adequada; Prevenção quanto a queda e conforto do paciente; Promover a privacidade do paciente; Comunicar o procedimento a ser executado; Registro. * Assistência de Enfermagem a pessoa com dreno Engloba três diretrizes do cuidado: Manutenção/permanência do dreno; Mobilização ou tração do dreno; Remoção do dreno. * Manutenção/permanência do Dreno Paciente ao chegar do CC , o enfermeiro deverá realizar o exame físico geral e direcionar a observação ao dreno quanto tipo; localização, fixação, e características da secreção (coloração, quantidade, odor, espessura). E após 24h ou após o banho determinar se manterá o dreno ocluído com gazes, ou se há necessidade de colocar uma bolsa coletora (indicada quando o volume drenado for superior a 50 ml). Comunicar a equipe médica quando houver alteração relacionado as características do efluente; * A permanência do dreno deverá variar com o tipo de cirurgia e conduta de cada cirurgião; orientar o paciente quanto a importância da sua permanência; Aplicar medidas e cuidados , visando prevenir perdas ou deslocamento. * Como realizar a limpeza e cobertura dos drenos Toda a inserção do dreno deve ser limpa com SF 0,9% e ocluída com gaze estéril e adesivo após o banho ou 1x ao dia; Quando o dreno estiver com uma bolsa coletora a troca dependerá do tipo de dispositivo coletor podendo ser: 1 vez ao dia quando for do tipo fechada/descartável ou a cada 7 dias quando for do tipo drenável/permanente; Observar sempre no momento da limpeza da inserção do dreno sinais flogísticos de inflamação ou infecção e anotar no prontuário. * Como realizar a limpeza e cobertura dos drenos Manter a pele peridreno limpa e seca, fazendo a antissepsia no local. Geralmente, o conteúdo drenado da cavidade peritoneal é seroso e viscoso, sendo excelente meio para crescimento bacteriano e, às vezes, dependendo do pH da secreção e da própria umidade, a pele peridreno corre o risco de perder a integridade. Em caso de irritação da área, utilizar barreira protetora, para evitar o contato com o efluente drenado e possibilitar a cicatrização. * Dreno de tórax São inseridos no espaço pleural para drenagem de: ar, sangue ou fluido. Observar durante a avaliação do paciente com dreno torácico: Estado hemodinâmico e respiratório. Características da drenagem. Avaliar o aspecto da inserção a cada 24h : Sinais de infecção (vermelhidão, calor, odor, secreção...); Sinais de infiltração de ar (enfisema subcutâneo); Vazamento de ar do sistema. * Dreno de tórax: ações de enfermagem A inserção do dreno deve ser limpa com SF 0,9% e ocluída com gaze estéril e adesivo após o banho ou 1x ao dia; No momento da selagem do dreno este deverá ser clampeado; Selar o dreno de tórax a cada 24h com água destilada estéril ou SF 0,9% (quantidade obedecerá o protocolo de cada instituição), identificar no dreno/frasco a data, horário e volume de liquido colocado; * Dreno de tórax: ações de enfermagem Manter o frasco coletor seguramente tampado; Orientar o paciente quanto aos cuidados para não tracioná-lo; Anotar no prontuário as características da drenagem quanto a: ( volume, cor, odor, espessura e quantidade) * Mobilização ou Tração do dreno Geralmente os drenos abdominais longos devem ser mobilizado e tracionado aos poucos - para permitir a obliteração de seu trajeto; A mobilização deve ser feita sob prescrição médica. * Remoção do Dreno Antes de remover o dreno se faz necessário: Observar o volume que ainda está drenando; ausência ou desaparecimento de sinais de complicações e acompanhamento com exames; Após remoção fazer curativo local, com gazes ou coberturas que protejam a pele e realizar a anotação no prontuário do paciente. * REFERENCIAS Médicas, 1994. cap. 9, p. 44-49. Felicetti J, Camargo J. Trauma torácico. In: Corrêa da Silva L, 1°ed. Felicetti JC, Corso CO, Mesquita CAC. Drenagem pleural fechada (toracostomia com tubo). In: NASI, L.A. Rotinas em pronto-socorro. Porto Alegre: Artes. 2016. Médicas, 1994. cap. 9, p. 44-49. Felicetti J, Camargo J. Trauma torácico. In: Corrêa da Silva L, 1°ed. 2016. Pinto JAF, Leite AG, Calvet D. Drenagem torácica: princípio básicos. In: Filho D, Cardoso P, PintoJ, Schneider A, 1°ed. Manual de cirurgia torácica. Rio de Janeiro: Revinter, 2015. *
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