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PROCESSO PENAL II - Prazo razoavel do processo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-OESTE
UNIDESC
PROCESSO PENAL II
Acadêmica: Jackeline Sampaio Pereira
Turma/Semestre: DIN7ºA
PRAZO RAZOÁVEL DO PROCESSO PENAL
Tempo Vs Direito Fundamental
O princípio da duração razoável do processo já existia no ordenamento jurídico brasileiro, considerando que o art. 8º do Pacto San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre os Direitos Humanos), em sua redação já trazia o direito de toda pessoa ser ouvida, com todas as garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz competente.
A razoável duração do processo é um princípio fundamental que garante a dignidade do acusado, uma vez que, com esse direito o acusado passou a ter garantias de ser julgado dentro de um prazo adequado. Tal princípio ganhou força com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, em 08 de Dezembro de 2004, onde foi inserido o inciso LXXVIII no art. 5º da Constituição Federal o qual veio assegurar a todos, no âmbito judicial e administrativo, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
No Processo Penal vigente existem muitos prazos mas a maiorias destes completamente despidos de sanção processual, o que equivale a não ter prazo algum. 
O legislador foi omisso ao não fixar qual seria o prazo razoável para a duração do processo e qual seria o critério de aplicação desse princípio. Ao não fixar um prazo determinado, o legislador deixou uma descomedida lacuna, ficando uma margem para várias interpretações do que seria um prazo razoável para o término do processo e também desamparou em determinar quais instrumentos seriam utilizados em caso desse prazo ser dilatado injustificadamente. Em outras palavras, o princípio da celeridade do processo não se torna eficaz pelo simples fato de não fixar um prazo para o término do mesmo, bem como uma sanção pelo não cumprimento, havendo assim um vácuo processual.
A sensação do tempo depende de diversos fatores pessoais e, por isso, não compartilhados. Para o acusado ou/ e a vítima, o prolongamento do processo pode ser compreendido de maneira diversa dos demais sujeitos processuais (Ministério Público, Defensor, Advogado, Magistrado, que (às vezes), tratam o processo singular do acusado e da vítima como sendo mais um. Quando a duração de um processo supera o limite da duração que se considera razoável, o processo em si mesmo se transforma numa pena.
É basilar que a aplicabilidade das normas e do direito acompanhem de perto a evolução social, para que se ofereça um sistema justo, capaz de dirimir as injustiças e preconizar a igualdade de seus litigantes. O direito a razoável duração do processo penal é um capítulo a ser escrito no processo penal brasileiro e que deveria merecer atenção especial por parte das comissões de reforma do CPP, é necessário definir claramente o prazo máximo de duração do próprio processo penal, bem como de outros instrumentos em seu corpo, como por exemplo, as prisões cautelares, para que o direito não seja perdido e/ou lesado.
Referência(s): 
http://www.conteudojuridico.com.br/monografia-tcc-tese,razoavel-duracao-do-processo -penal,25796.html 
http://www.conjur.com.br/2014-jul-18/limite-penal-duracao-razoavel-contrapartida-igual -prometer-amor 
http://www.conjur.com.br/2014-jul-25/direito-duracao-razoavel-processo-sido-ignorado-pais

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