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Resumo Empresarial - Gialluca 2014

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(ver aula 1 online)
4 – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
4.1 – REQUISITOS
a) Pleno gozo da capacidade civil;
b) Não ter impedimento legal.
4.2 – HIPÓTESES EXCEPCIONAIS DE AUTORIZAÇÃO PARA INCAPAZ SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
a) Após a interdição (incapacidade superveniente);
É quando a pessoa tinha dado início à atividade em pleno gozo da capacidade civil, a lei permite que ele continue sendo empresário individual.
b) Sucessão.
Ex.: o dono de um hotel, na condição de empresário individual, tem um único filho, menor de idade. Ele morre. O filho poderá administrar o hotel, apesar da idade. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
Idéia de preservação da atividade.
REQUISITOS PARA O INCAPAZ CONTINUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL:
a) ele deve estar devidamente assistido ou representado;
b) autorização judicial (esse alvará judicial é revogável a qualquer tempo).
4.3 – EMPRESÁRIO CASADO
O empresário individual casado NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO DO CÔNJUGE para alienar/gravar de ônus real os imóveis que integrem o patrimônio DA EMPRESA, independentemente do regime de bens.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; EXCETO O EMPRESÁRIO INIDIVIDUAL NO CASO DE IMÓVEIS DA EMPRESA!
Porém, para dar a destinação de patrimônio empresarial a um imóvel (no registro do imóvel), o cônjuge precisa autorizar.
4.4 – RESPONSABILIDADE DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
A responsabilidade do empresário individual é ILIMITADA. Ele responderá com seus bens pessoais às dívidas da empresa.
Os bens patrimoniais responderão pela dívida empresarial. Como ele só tem um patrimônio, ele todo responderá pela dívida. 
Princípio da Unidade Patrimonial: a pessoa física ou jurídica só pode ter um patrimônio (a diversidade está nos bens, mas o patrimônio é único).
OBS.: o inverso também é possível, ou seja, seu patrimônio empresarial responderá pelas dívidas pessoais.
Enunciado 5 da I JD Comercial: “quanto às obrigações decorrentes de sua atividade, o empresário individual tipificado no art. 966/CC, responderá primeiramente com os bens vinculados à exploração de sua atividade econômica, nos termos do art. 1024/CC”.
Benefício de ordem: 1º bens patrimoniais, depois bens pessoais.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
5 – EIRELI
Os empresários individuais estavam fazendo sociedades com “laranjas”, para poder separar o patrimônio empresarial do individual.
Criou-se, então, para o empresário individual, o EIRELI. Pela Lei 12.441/11, que acrescentou o art. 980-A ao Código Civil.
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
5.1 – Conceito: EIRELI é uma empresa individual de responsabilidade limitada. É uma nova pessoa jurídica de Direito Privado constituída por um único titular (NÃO é um tipo de sociedade).
Enunciado 469 da V JDC – Arts. 44 e 980-A: A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) não é sociedade, mas novo ente jurídico personificado. 
Enunciado 3 da I JD Comercial.. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI não é sociedade unipessoal, mas um novo ente, distinto da pessoa do empresário e da sociedade empresária.
5.2 – RESPONSABILIDADE DO TITULAR DA EIRELI
É LIMITADA. O titular não responde por dívidas contraídas pela pessoa jurídica.
5.3 – CABE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PARA EIRELI
É o veto do §4º do art. 980-A. 
§ 4º ( VETADO).
Enunciado 470 da V JDC – Art. 980-A: O patrimônio da empresa individual de responsabilidade limitada responderá pelas dívidas da pessoa jurídica, não se confundindo com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, sem prejuízo da aplicação do instituto da desconsideração da personalidade jurídica. 
5.4 – CAPITAL MÍNIMO 
a) Valor: Não pode ser inferior a 100x o valor do salário mínimo FEDERAL.
b) Formas de integração: dinheiro, bens (móveis e imóveis) e créditos.
OBS.: Não se admite integração com serviços
Segundo o Enunciado 4 da I Jornada de Direito Comercial, não há necessidade de aumento no capital por aumento posterior do salário mínimo.
4. Uma vez subscrito e efetivamente integralizado, o capital da empresa individual de responsabilidade limitada não sofrerá nenhuma influência decorrente de ulteriores alterações no salário mínimo.
5.5 – APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA
Devem-se aplicar, de forma subsidiária, as regras de Sociedade Limitada.
Art. 980-A. § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.
5.6 – LIMITAÇÃO DE EIRELI POR PESSOA
Só é permitida uma EIRELI por CPF.
Se o individuo quiser, além de uma EIRELI, ser empresário individual ou participar de alguma sociedade, ele pode.
Art. 980-A. § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
5.7 – TITULAR
1ª CORRENTE: A PJ não pode ser titular da EIRELI (instrução normativa 117 do Departamento Nacional de Registro de Comércio).
Enunciado 468 da V JDC – Art. 980-A: A empresa individual de responsabilidade limitada só poderá ser constituída por pessoa natural. 
A idéia da EIRELI é acabar com a informalidade do empresário individual, e limitar a responsabilidade da responsabilidade do empresário individual.
Esta posição deve ser adotada na prova OBJETIVA. 
2ª CORRENTE: a PJ pode ser titular da EIRELI, pois a lei não proíbe expressamente o fato de a pessoa jurídica ser titular.
Esta corrente se fundamenta no fato de que o Departamento Nacional de Registro e Comércio (DNRC) não tem competência para legislar, ou seja, ele não poderia vedar essa titularidade por meio da instrução normativa 117.
Além disso, como a EIRELI faz uso de forma subsidiária das regras de sociedade limitada, lá o titular pode ser PJ, então aqui também poderia.
Por fim, o termo “única pessoa” previsto no art. 980-A, caput/CC, daria liberdade de escolha entre pessoa física ou jurídica. Os defensores desta corrente dizem que se trata de uma omissão proposital do legislador.
Esta corrente só deve ser alegada em fases SUBJETIVA ou ORAL.
5.8 – ADMINISTRADOR
Podem ser administrador da EIRELI o Titular ou o Não titular.
Apesar de não expresso no art. 980-A, por aplicação subsidiária das regras pertinentes ás Sociedades Limitadas(que permite que o sócio ou o não-sócio seja seu administrador).
Da administração da Sociedade Limitada
Art. 1.061.  A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização.
5.9 – TRANSFORMAÇÃO
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
Enunciado 483 da V JDC – Art. 1.033, parágrafo único: Admite-se a transformação do registro da sociedade anônima, na hipótese do art. 206, I, d, da Lei n. 6.404/1976, em empresário individual ou empresa individual de responsabilidade limitada. 
5. 10 – NATUREZA EMPRESÁRIA ou SIMPLES
A princípio a EIRELI tem natureza empresarial, porém ela também pode ter natureza simples (art. )
Já o advogado, que tem responsabilidade limitada por força do art. 17 do EOAB, não pode ser titular de EIRELI. 
6 – OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS
São exigidas do Empresário individual
 Sociedade Empresária
 EIRELI
Obrigações Registro
 Escrituração dos livros comerciais
 Realização de balanços
6.1 – REGISTRO
a) SINREM (Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis)
Está estabelecido na Lei 8934/94.
Trata do registro público de serviços mercantis.
Este sistema é composto por 2 órgãos: 
JUNTA COMERCIAL (órgão estadual e executor)
DNRC DREI 
O DNRC foi extinto pelo Decreto 8001/2013, que criou o Departamento de Registro Empresarial e Integração. É um órgão federal que normatiza e fiscaliza os atos de registro.
b) ATO OBRIGATÓRIO
O registro é ato obrigatório.
c) ATOS DE REGISTRO
Matrícula: está relacionada aos auxiliares do comércio (não são empresários, mas auxiliam na atividade empresarial).
Ex.: leiloeiro, tradutor intérprete, 
Arquivamento: está relacionado aos atos de constituição, modificação e extinção do Contrato Social.
Autenticação: esta relacionada aos livros comerciais (os livros comerciais devem ser levados à Junta Comercial para serem autenticados).
d) CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE REGISTRO
Não possui legitimidade ativa para pedido de falência de terceiro e pedido de recuperação judicial.
Tratando-se de sociedade ou de EIRELI, haverá responsabilidade ilimitada dos sócios (no caso da sociedade) ou do titular (no caso de EIRELI).
Não pode participar de licitação.
Não terá CND (Certidão Negativa de Débito Tributário).
e) REGISTRO FACULTATIVO*** (cai muito em prova)
O empresário rural não tem obrigatoriedade de registro.
Empresário Rural: é a pessoa física ou jurídica que exerce atividade agrária, seja ela agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativa (vegetal ou mineral), procurando conjugar, de forma racional, organizada e econômica, os fatores terra, trabalho e capital.
Segundo o artigo 971/CC, o registro para o empresário rural é de natureza facultativa:
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
f) NATUREZA JURÍDICA
Empresário comum: é mera condição de regularidade
Empresário rural: seu registro tem natureza constitutiva. Só será considerado empresário se tiver registro na junta comercial.
Enunciado 198 - Art. 967: A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário.
Enunciado 199 - Art. 967: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização.
g) COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DE ATOS DO PRESIDENTE DA JUNTA COMERCIAL
Mandado de Segurança impetrado contra ato de presidente da Junta Comercial é de competência da Justiça Federal.
Atenção! A Junta Comercial, no âmbito administrativo, é subordinada ao Estado, enquanto que, no âmbito técnico ela é subordinada à DNRC (órgão federal).
6.2 – ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS COMERCIAIS
a) ATO OBRIGATÓRIO: a escrituração dos livros comerciais é ato obrigatório.
b) LIVROS QUE DEVEM SER ESCRITURADOS:
Classificação Livro FACULTATOVO (Ex.: conta corrente, caixa, razão)
 Livro OBRIGATÓRIO COMUM: livro diário
 ESPECIAL: livro de registro de duplicata
Art.. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
c) CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE ESCRITURAÇÃO: inexistência de eficácia probatória dos livros comerciais (art. 379/CPC).
Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.
Se o empresário deixar de escriturar e tiver uma crise, vindo a ter uma sentença declaratória de falência, uma concessão de recuperação judicial ou homologação de recuperação extrajudicial, aquela conduta que antes não era considerado crime, passa a ser CRIME FALIMENTAR (art. 178, Lei de Falências).
Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
d) EXCEÇÃO: o pequeno empresário (não se trata de ME ou EPP) está dispensado da escrituração dos livros.
Art. 1179. §2o. É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
Pequeno empresário ≠ Microempresa ≠ Empresa de Pequeno Porte
(segundo a LC 123/06 c/c Lei 139/11)
	PEQUENO EMPRESÁRIO
(micro empreendedor individual - MEI)
	
MICROEMPRESA
	
EMPRESA DE PEQUENO PORTE
	Empresário individual (apenas pessoa física)
	Empresário individual, Sociedade Empresária, Sociedade Simples e EIRELI
	Empresário individual, Sociedade Empresária, Sociedade Simples e EIRELI
	
Receita Bruta anual igual ou inferior a R$60.000,00
	Receita Bruta anual igual ou superior a R$360.000,00
	Receita Bruta anual superior a R$360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00
e) PRINCÍPIO DA SIGILOSIDADE: É o princípio que rege a escrituração dos livros (art. 1190/CC).
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
EXCEÇÕES:
1 - Exibição Integral: (art. 1191/CC) o juiz só pode determinar a exibição total de livros quando se tratar de sucessão, sociedade/comunhão, gestão a conta de outrem ou falência.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
2 - Exibição Parcial: é possível a exibição parcial dos livros de registro em qualquer ação judicial, desde que determinada pelo juiz.
 3 - Regra do art. 1193/CC: a sigilosidade não se aplica às autoridades fazendárias, quando do exercício da fiscalização do pagamento de tributos.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias,no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
f) CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE EXIBIÇÃO DOS LIVROS: a parte que deveria apresentar os livros, não apresentou. Como conseqüência, há presunção de que os fatos narrados pela outra parte são verdadeiros. Essa presunção é relativa, pois pode ser contestada por meio de documentos.
O juiz pode, ainda, determinar a busca e apreensão desses livros.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
g) FALSIFICAÇÃO DOS LIVROS COMERCIAIS: De acordo com o art. 297, §2º/CP, equipara-se à falsificação de documento público.
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
6.3 – REALIZAÇÃO DE BALANÇOS
Existem dois tipos de balanço: o balanço patrimonial (art. 1188/CC) e o de resultado econômico (1189/CC). Todos os empresários têm que fazer esses balanços periodicamente.
Balanço Patrimonial: é aquele que vai apurar o patrimônio, ou seja, qual é o ativo e qual o passivo da atividade empresarial.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Balanço de Resultado Econômico: vai apurar resultado, ou seja, os lucros ou as perdas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
7 – NOME EMPRESARIAL (ou NOME COMERCIAL)
7.1 – Conceito: é o elemento de identificação do empresário, da sociedade empresária ou do EIRELI.
7.2 – Tanto a proteção ao nome empresarial quanto a previsão estão no art. 5º, inciso XXIX/CF.
Art. 5º. XXIX - A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
7.3 – MODALIDADES DE NOME EMPRESARIAL
Pode ser na modalidade FIRMA ou DENOMINAÇÃO.
A firma está subdividida em FIRMA INDIVIDUAL ou FIRMA SOCIAL.
Para fins de prova, deve-se entender o temo “razão social” como firma social.
7.4 - APLICAÇÃO/COMPOSIÇÃO 
a) FIRMA INDIVIDUAL: 
Aplicação: a firma individual aplica-se ao empresário individual.
Composição: nome civil do empresário (completo ou abreviado) + ramo de atividade (facultativo).
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
b) FIRMA SOCIAL: 
Aplicação: para sociedade que possui sócio com responsabilidade ilimitada.
Composição: nome (s) do(s) sócio(s) (completo ou abreviado) + ramo de atividade (facultativo).
Ex.: Nestor Távora e Cleber Masson ou N. Távora e C. Masson ou N. Távora e C. Masson Casa de Massagens.
O nome do sócio tem que constar na firma social uma vez que a responsabilidade é ilimitada, então a pessoa precisa saber quem vai responder perante ela.
c) DENOMINAÇÃO:
Aplicação: para sociedade que possui sócio com responsabilidade Limitada.
Composição: frase, palavra, letras, termos etc. + ramo de atividade OBRIGATÓRIO
Ex.: Divina Gula Restaurante.
7.5 – ANÁLISE INDIVIDUALIZADA
	
	FIRMA
	DENOMINAÇÃO
	Empresário Individual
	×
	Ø
	Sociedade em Nome Coletivo
	×
	Ø
	Sociedade em Comandita Simples
	×
	Ø
	Cooperativa
	Ø
	×
	Sociedade Anônima
	Ø
	×
	Sociedade Limitada*
	×
	×
	EIRELI*
	×
	×
Sociedade limitada: Deve ter a expressão “limitada” no FINAL do nome empresarial.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
EIRELI: também pode adotar firma ou denominação, devendo constar o termo “EIRELI” ao FINAL do nome empresarial
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
7.6 – PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do registro do empresário, da sociedade empresária ou da EIRELI da Junta Comercial.
Se a Junta Comercial é órgão estadual, logo a proteção se dá no âmbito estadual (art. 1.166 do CC).
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.
Quanto ao parágrafo único, infelizmente ainda não foi feita a referida lei especial para a proteção em âmbito nacional.
7.7 – PRINCÍPIOS DO NOME EMPRESARIAL
Eles estão no art. 34 da Lei 8.934/94
Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.
PRINCÍPIO DA NOVIDADE: decorre do artigo 1.163 do Código Civil. Não poderão coexistir na mesma unidade federativa, dois nomes empresariais idênticos, prevalecendo aquele já protegido pelo prévio registro.
PRINCÍPIO DA VERACIDADE ou DA AUTENTICIDADE: Impõe que a firma individual ou social seja composta a partir do nome do empresário ou dos sócios, respectivamente. 
Ex.: Alexandre Gialluca e Eike Batista Consultoria Ltda (impossível esse nome, pois já é nome (quando ao segundo sócio) de outra empresa).
QUESTÃO: O que acontece com a firma social se um dos sócios for excluído da sociedade?
Caso um dos sócios saia da sociedade ou faleça, o nome da firma deve ser alterado.
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social.
7.8 – DIFERENÇA ENTRE NOME EMPRESARIAL E MARCA:
Nome empresarial: identifica pessoa física ou jurídica.
Marca empresarial: identifica um produto ou serviço.
Ex.: Hypermarcas – é o nome social de uma sociedade anônima, companhia aberta. 
7.9 – NOME EMPRESARIAL x TÍTULO DE ESTABELECIMENTO
Nome empresarial: se refere à pessoa física e jurídica. 
Título de estabelecimento: é o apelido comercial (popularmente chamado de nome fantasia). É criado para atrair o consumidor.
Ex.: Pernambucanas, Frango Assado, Ponto Frio. 
O que está no cupom fiscal é o nome empresarial. Porém, a sociedade possui o estabelecimento, que é o apelido comercial, criado para atrair o comprador. É o que chamamos de nome de fantasia. 
Ex.: Cia Brasileira de Distribuição Pão de Açúcar
Globex Utilidades Domésticas S/A Ponto Frio
	Renata Franlo e Guilherme Sila Sorveteria Ltda (nome empresarial)
	Beijo Gelado (título de estabelecimento ou apelido comercialou nome de fantasia)
	Na sorveteria vê-se um Panetone
	O nome da marca dele é Panegel (a marca identifica o produto).
	Nome Empresarial
	É aquele que identifica a pessoa física ou a pessoa jurídica.
Às vezes, a mesma expressão é usada para os três propósitos acima. Por exemplo: Banco Itaú (é nome empresarial, nome de fantasia bem como identifica a marca.
7.10 – CARACTERÍSTICAS DO NOME EMPRESARIAL
a) INALIENÁVEL: não admite alienação (art. 1164/CC). Mas o título de estabelecimento pode.
Art. 1164 – O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
b) REGRA DO ARTIGO 1167: o prejudicado pode a qualquer tempo ajuizar Ação de Anulação de inscrição de nome empresarial.
Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato
7.11 – CONFLITO ENTRE NOME EMPRESARIAL x MARCA
Ex.: 
	.All Star Artigos Esportivos Ltda 
(nome empresarial)
	All Star 
(marca)
	Caracu e Comércio Ltda
(nome empresarial)
	Caracu
		(marca)
Havendo conflito entre nome empresarial e marca, é preciso, segundo o STJ, analisar alguns critérios:
1º - ESPECIFICIDADE ou ESPECIALIDADE: primeiramente deve-se analisar o ramo de atividade. Se forem especialidades distintas, elas podem coexistir pois isso não vai trazer prejuízo ao consumidor. Porém, caso seja o mesmo ramo de atividade, por ter risco de induzir o consumidor a erro, passa-se ao segundo critério.
2º - ANTERIORIDADE: o registrado primeiro terá o direito.
7.12 – CANCELAMENTO DO NOME EMPRESARIAL
Dissolução da sociedade;
Cessação da atividade para o empresário individual;
Inatividade (presumida, em decorrência da regra do art. 60 da Lei 8934/94)
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer arquivamento no período de dez anos consecutivos deverá comunicar à junta comercial que deseja manter-se em funcionamento.
§ 1º Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será considerada inativa, promovendo a junta comercial o cancelamento do registro, com a perda automática da proteção ao nome empresarial.
QUESTÃO: decisão judicial, em ação de anulação de nome empresarial, seria também caso de cancelamento? 
O Enunciado 1º da I Jornada de Direito Comercial estabeleceu que ao invés de cancelar diretamente o nome empresarial, procede-se à modificação do nome empresarial (em vez do cancelamento do nome).
Enunciado 1 - Decisão judicial que considera ser o nome empresarial violador do direito de marca não implica a anulação do respectivo registro no órgão próprio nem lhe retira os efeitos, preservado o direito de o empresário alterá-lo.
8 – ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
Também chamado de “estabelecimento comercial”, “fundo de comércio” ou “azienda” (artigos 1142 ao 1149/CC - não é necessário ler doutrina).
Conceito: É o conjunto de bens organizado para o exercício de uma atividade empresarial.
BENS Bens MATERIAIS/CORPÓREOS (móveis, equipamentos, maquinários, mercadoria, imóvel, veículos).
Bens IMATERIAIS/INCORPÓREOS (ponto comercial, marca, patente, domínio).
Atenção! Imóvel não é o estabelecimento, mas sim elemento integrante do estabelecimento.
OBS.1: o estabelecimento é imprescindível para o exercício da atividade empresarial.
Só se devem considerar aqueles bens que estão diretamente relacionados à atividade empresarial.
OBS.2: Estabelecimento é diferente de patrimônio.
8.2 – NATUREZA JURÍDICA DO ESTABLECIMENTO
É objeto unitário de direito (art. 1143/CC). Por isso, pode vender, arrendar, dar em usufruto, pois trata-se simplesmente de um objeto.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Esse conjunto de bens se refere à UNIVERSALIDADE.
QUESTÃO: Esta universalidade do estabelecimento é de fato ou de direito?
O estabelecimento empresarial classifica-se como uma universalidade de fato, pois universalidade de direito é apenas aquele conjunto de bens que é reunido por vontade da lei, do legislador. Ex.: herança e massa falida.
8.3 – TRESPASSE
Conceito: É o nome que se dá ao contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial.
Trespasse ≠ Cessão de Cotas
CESSÃO DE COTAS: Não existe transferência da titularidade do estabelecimento, mas, tão somente, a transferência das cotas sociais. É alteração apenas do quadro societário.
8.4 – EFICÁCIA DO TRESPASSE
A eficácia do trespasse é garantida pelos bens que permanecem com o devedor, que devem ser suficientes para saldar a dívida. 
Caso não seja, deve-se observar a regra do art. 1145, que estabelece o pagamento de todos os credores ou a autorização de todos os credores. É feita uma notificação dos credores, para que se manifestem, no prazo de 30 dias, dizendo se são contra ou a favor do trespasse. O silêncio, aqui, é entendido como consentimento.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Atenção! A penhora da sede do estabelecimento comercial é possível, devido à súmula 451 do STJ. Porém, vale ressaltar que esta medida é excepcional, devendo ocorrer apenas em caso de não se encontrar outros bens para penhora. 
STJ Súmula nº 451 - É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
8.5 – PUBLICIDADE 
Para que o trespasse produza seus efeitos entre o alienante e o adquirente, , não é necessário nenhum tipo de publicidade. Porém, para que o contrato de trespasse produza efeitos perante terceiros, é preciso que haja averbação na junta comercial + publicação na imprensa oficial.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
8.6 – RESPONSABILIDADE POR DÍVIDAS ANTERIORES
Ele responde desde que a dívida esteja regularmente contabilizada, mas apenas no prazo de 1 ano.
Se a divida for vencida, será 1 ano contado da data da publicação na imprensa oficial. Se a dívida for vincenda, conta-se 1 ano a partir da data do vencimento.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Atenção! A regra do art. 1146 não se aplica para dívida trabalhista ou tributária.
Atenção! Não haverá responsabilidade do adquirente em caso de falência ou recuperação judicial. (artigo 60 c/c 141, inciso II, da Lei de Falência + enunciado 47 da I JD Comercial).
8.7 – CONCORRÊNCIA
É o contrato que define se pode ou não ter concorrência. Em caso de omissão do contrato, aplica-se a regra do artigo 1147/CC:
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
8.8 – SUB-ROGAÇÃO DOS CONTRATOS DE EXPLORAÇÃO
O adquirente recebe os contratos dos fornecedores automaticamente. É uma forma que o adquirente tem de garantir o seu investimento.
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidadedo alienante.
8.9 – AVIAMENTO ou GOODWILL OF TRADE
Conceito: é o potencial de lucratividade do estabelecimento.
Aviamento não é elemento integrante do estabelecimento, mas sim um atributo deste.
No calculo do aviamento considera-se a clientela. Porém a clientela não é elemento integrante do estabelecimento, mas sim mera situação de fato. 
2 – BENS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Invenção Patente 
Modelo de Utilidade 
Desenho Industrial Registro 
Marca 
 
“Ih, me dei mal”
“Invenção, cadê você? 20 ver” 
	INVENÇÃO
	Patente no INPI
	Prazo de 20 anos, contados do depósito
	Improrrogável
	MODELO DE UTILIDADE
	Patente no INPI
	Prazo de 15 anos, contados do depósito
	Improrrogável
	DESENHO INDUSTRIAL
	Registro
	Prazo de 10 anos, contados do depósito
	Prorrogável
	MARCA
	Registro
	Prazo de 10 anos da concessão
	Prorrogável
3 – PATENTE
3.1 – Conceito: é um título de monopólio temporário sobre uma Invenção ou Modelo de Utilidade outorgado pelo Estado aos inventores pessoa física ou jurídica para exploração econômica. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.
3.2 – BENS PATENTEADOS
Invenção e Modelo de utilidade
3.3 – INVENÇÃO
3.3.1 – Requisitos:
Novidade;
Atividade inventiva;
Aplicação industrial;
Não ter impedimento legal.
NOVIDADE: novo é aquilo que não está compreendido no estado da técnica.
ATIVIDADE INVENTIVA: sempre ter para um especialista no assunto não decorra de forma obvia ou evidente do estado da técnica (estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data do depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior).
IMPEDIMENTOS: (art. 18/LPI – inciso III despenca em prova!!) não pode ser patenteado os seres vivos, EXCETO os microorganismos transgênico.
3.3.2 – NÃO se considera invenção: (art. 10)
Descobertas, teorias cientificas e métodos matemáticos;
 Esquemas, métodos comerciais, educativos, publicitários, de sorteio e fiscalização.
Obras literárias, artísticas, científicas e arquitetônicas.
Técnicas, métodos cirúrgicos ou operatórios.
Programa de computador (cai em concurso!! Se protege pelo direito autoral, mas não é considerado uma invenção)
3.3.3 – Titularidade de uma patente:
No Brasil prevalece o sistema declarativo: há uma presunção (relativa, pois pode ser quebrada por meio de documentos) de que o titular é aquele que efetuou o depósito. Assim, quem primeiro depositar terá os direitos da patente. 
3.3.4 – Empregado
	A patente será do:
	Contrato de Trabalho
	Meios / equipamentos do Empregador
	Empregador
	
	
	Empregador e Empregado
	Ø
	
	Empregado
	Ø
	Ø

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