jurisprudencia Revogacao da Prisao Preventiva

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27/04/2018 Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC - Revogacao da Prisao Preventiva : 166293 SC 2005.016629-3
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27 de Abril de 2018
Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC - Revogacao da Prisao
Preventiva : 166293 SC 2005.016629-3 - Inteiro Teor
RESUMO INTEIRO TEOR EMENTA PARA CITAÇÃO
Inteiro Teor
Dados do acórdão
Classe:Revogação da Prisão Preventiva
Processo:
Relator:Solon d´Eça Neves
Data:2005-07-05
Revogação da Prisão Preventiva n. , de São Francisco do Sul.
Relator: Des. Solon d"Eça Neves.
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA - PRETENSA DESCONSTITUIÇÃO DA
CUSTÓDIA CAUTELAR DECRETADA POR ESTA PRIMEIRA CÂMARA
CRIMINAL - REMÉDIO HERÓICO IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA TIDO COMO
AUTORIDADE COATORA EM RAZÃO DE TER DECRETADO A PRISÃO
CAUTELAR EM RECURSO CRIMINAL INTERPOSTO PELO REPRESENTANTE
DO MINISTÉRIO PÚBLICO - MANIFESTAÇÃO A RESPEITO DA QUAESTIO
PERTENCE TÃO-SOMENTE ÀQUELA SUPERIOR INSTÂNCIA - ABSOLUTA
AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL - NÃO CONHECIMENTO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Revogação da Prisão Preventiva n. , da
comarca de São Francisco do Sul (2ª Vara) em que é requerente Março Aurélio
Aranha da Silveira, sendo requerida a Justiça, por seu Promotor:
ACORDAM , em Primeira Câmara Criminal, por votação unânime, não conhecer
do pedido.
Custas legais.
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27/04/2018 Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC - Revogacao da Prisao Preventiva : 166293 SC 2005.016629-3
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Cuida-se de pedido de revogação de prisão preventiva ajuizado pela defesa de
Março Aurélio Aranha da Silveira, denunciado como incurso nas sanções dos arts.
121 e 135, ambos do Código Penal, e art. 16 da Lei n. 10.826/03.
Pugna o recorrente a desconstituição da custódia cautelar decretada por esta
Câmara Criminal, que julgou procedente, em sede de recurso criminal, pleito
aforado pelo representante do Ministério Público, que objetivava a prisão
preventiva do acusado.
Assevera, em sede de preliminar, que existiu nulidade processual no recurso em
sentido estrito anteriormente processado e julgado, porquanto a defesa do réu não
foi intimada para apresentar as contra-razões recursais e que, por isso, teria sido
decretada a prisão cautelar de Março Aurélio Aranha da Silveira. No mérito,
argumenta que não subsiste nenhum motivo para a mantença do decreto de prisão
preventiva ora guerreado.
Impetrado habeas corpus preventivo no Superior Tribunal de Justiça, com pedido
de liminar, registrado sob o n. 43457, este indeferiu a liminar, estando aqueles
autos aguardando decisão de mérito (fls. 57/59).
É o relatório.
A matéria é de simples solução pelas próprias alegações do reclamante.
Adoto como razão de decidir o bem-lançado parecer do Dr. Paulo Antônio
Günther, que assim se manifestou acerca da matéria:
"A Primeira Câmara Criminal do TJ/SC não é a sede adequada para rever
julgado proferido por ela mesma.
"O art. 316 do CPP determina que"o juiz poderá revogar a prisão preventiva se,
no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista". Tal
dispositivo, a toda evidência, faz referência ao juízo da causa, conceito que
certamente não abarca o Colegiado que decide mera questão incidente ( in casu,
prisão preventiva) no curso da ação.
"A decisão proferida no Recurso Criminal n. , por outro lado, opera o efeito de
tornar o Tribunal"autoridade coatora"para fins de impetração de ação de habeas
corpus, cuja competência original para processo e julgamento é do Superior
Tribunal de Justiça, na forma da regra estampada no art. 105, I, c, da Constituição
Federal.
"Verifica-se, aliás, que o recorrente já ingressou com o remédio heróico junto ao
STJ (fl. 58), cabendo tão-somente àquela instância manifestar-se acerca da
quaestio.
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" Em suma, por absoluta ausência de previsão legal, e por falecer-lhe
competência para tanto, não pode a Primeira Câmara Criminal do TJ/SC
conhecer do presente "pedido de revogação da prisão preventiva" [...] "(fls. 90 e
91)
Assim, diante do exposto, não se conhece do pedido.
Participou do julgamento, com voto vencedor, o Exmo. Sr. Des. Gaspar Rubik.
Lavrou parecer, pela douta Procuradoria-Geral de Justiça, o Exmo. Sr. Dr. Paulo
Antônio Günther.
Florianópolis, 5 de julho de 2005.
Des. Amaral e Silva
Presidente com voto
Des. Solon d" Eça Neves
Relator
 
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teor-11690313