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AA1 - Ensaios - Seminário Integrador

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Brasil: 200 anos de Estado, 200 anos de administração Pública, 200 anos de reformas (síntese)
A construção do país que, hoje, é conhecido como Brasil, foi regada por complexas situações, desde a alocação da família real portuguesa até golpes como a revolução de 1930 e, claro, a décima nona Emenda Constitucional. Fatores como estes e tantos outros, embora sejam de suma importância passaram a ser postos para segundo plano. No entanto, para compreender as transformações atuais, se faz necessário um estudo aprofundado das transformações históricas.
Primeiramente, a administração pública brasileira é alvo de grande discussão, enquanto pesquisadores afirmam que ela pode estar em seu último estágio, o estágio gerencial, vale ressaltar que, embora o período patrimonialista tenha siso ultrapassado, ainda, existem vestígios da administração burocrática. Visto que após a Ditadura, por exemplo, solucionar os problemas deixados pela centralização do poder deixou marcas. As heranças após cada nova administração pública, como durante o Governo Collor também se construíam destinadas a desburocratização, mas acabam seguindo o velho modelo de racionalismo dos recursos. Vale ressaltar, que administração pública visando uma melhor eficiência não poderia se atrelar a setores, como o mercado, quando não existe a necessidade, diferente do que ocorreu durante a crise de 1929, quando Vargas teve que intervir. Vimos transformações se seguirem nos âmbitos: econômicos, deixando a antiga Plantation para dar espaço a industrialização; social, possibilitando benefícios irreversíveis ao cidadão, como a CLT; e políticos, utilizando a contratação por mérito, além de treinamento para uma melhoria da funcionalidade de funcionários gastos.
Vale analisar, que generalizar a história da administração pública como um fracasso seria errôneo, já que em meio a turbulentas situações ela pode se modernizar considerando que um dos principais conceitos da administração, o planejamento, foi retomado, a fim de impedir recessão administrativa e trazer até benefícios para a sua nação. Ainda que a democracia, de um ponto de vista pragmático, esteja longe de ser igualitária.
A burocratização do Brasil: as bases para a da Administração Pública Nacional em perspectiva histórica (síntese)
A associação de administração pública e a sua burocracia à uma política ineficaz e demorada tem suas raízes fincadas em um passado, que ainda perdura, de interesses pessoais. Como, por exemplo, os conflitos entre poderes, latifundiários e o federal, combinadas até mesmo a corrupção, porém também é preciso fazer distinções entre a burocracia é centralização ou descentralização, enquanto a primeira faz parte das ações tomadas tanto de organizações públicas ou privada, a outra se dirige a maneira de atuação na economia, política e, claro, em sua administração do Governo, daí incluindo a burocracia. Pesquisadores possuem versões sobre a burocracia, para uns está fortemente ligada ao crescimento industrial e urbano, já para outros vai além dessas relações, possui característica do processo de centralização herdado do coronelismo. Com a ascensão da administração pública, possuir postos importantes era mais que um cargo público, era sinônimo de poder na tomadas de decisões.
Durante, o Governo Vargas a administração pública iniciou um processo de maiores reformas, que conseguiu seu sucesso pelo enfraquecimento da República oligárquica. Consta-se que até hoje as funções burocráticas enfrentam problemas como a lentidão; treinamento ineficiente aos profissionais; divisões de órgãos, causando complexidade para resolução de problemas, inadequação de funções técnicas dentre outros. No entanto, não se pode afirmar que a culpa seria apenas da administração pública ou da sua burocracia, na verdade, ambas andam juntas e para o funcionamento harmônico precisaria ser considerado diversas áreas políticas (órgãos que foram se construindo) e sociais, o relacionamento dos cidadãos com as decisões do Estado.
Relacionando ambos os textos
Contemporaneamente, tratando-se de Brasil e administração pública e ainda burocracia, podemos ter, a princípio, pensamento negativos até mesmo de revolta. Porém, com um estudo mais aprofundado podemos fazer uma comparação entre presente e passado para verificar, que por mais que existam problemas, estes caminharam ao rumo de soluções. De fato, várias propostas foram testadas o método de racionalização, intervenção, liberalismo econômico são alguns exemplos de formas usadas para possibilitar o desenvolvimento do país.
Outro ponto importante a frisar são as questões sobre os períodos que tiveram maior contribuição para o Brasil de hoje. A década de 1930 pode-se dizer que foi uma das mais importantes, era o fim da primeira República era o início de um novo país, industrializado, inflado pelo nacionalismo, ao mesmo tempo em que foram momentos tensos de crise, inflação, conflitos de interesses e mais golpes. Contudo, em meio a esse turbilhão de acontecimentos encontrava-se um povo, os cidadãos passaram a ser afetados tanto direta como indiretamente, padrões culturais modificados e insatisfações que cresciam a um ritmo assustador. Nesse sentido, as transformações afetaram setores e classes, e a cada avanço da classe burguesa novos segundo interesses eram formados, vimos que o Brasil deixou de ser em totalmente agroexportador e passou a caminhar para o progresso, mas comparado às nações modernas da época, ainda estava atrasado.
Ou seja, a organização estava deficitária, planos como os elaborados pelo presidente Juscelino Kubtischek prometiam 50 anos em 5, embora tenha conseguido seu avanço nem todas as camadas puderam ser atingidas por seus benefícios. A cada passo que se tentava solucionar uma questão, novas eram feitas e acabavam ficando sem respostas. Possivelmente, a formação tardia de profissionais voltados para a administração pública, em vez de uma administração empresarial tenha dificultado a perspectiva de organização pública. Reconfigurar o acúmulo de poder obtido durante anos dentre órgão e comitivas formadas e extintas não era apenas uma nova reforma que o Brasil teria de enfrentar e suportar com suas bases já debilitas, era uma tentativa de volta aos princípios da administração o planejamento, a organização, o controle e a liderança.

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