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Parasitologia Resumo neves toxoplasmose

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Toxoplasma gondii 
 	A forma mais grave é encontrada em crianças recém-nascidas, sendo ca racterizada por encefalite, icterícia, urticária e hepatomegalia, geralmente associada a coriorretinete, hidrocefalia e microcefalia, com altas taxas de morbidade e mortalidade
	 indivíduos com o sistema imune gravemente comprometido causando encefalite, retinite ou doença disseminativa. Entre o grupo de risco incluem-se os receptores de órgãos, indivíduos em tratamento quimioterápico e aqueles infectados com HIV
	Gato hospedeiro Definitivo e o homem intermediário
	Felídeos não imunes forma sexuada no ep. intestinal, forma assexuada em outras células e nas fezes.
	As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo bio- lógico são: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos
	O parasito entra na célula hospedeira inicialmente pela adesão da sua parte apical na membrana da célula hospedeira e na seqüência, secreta proteínas de micronemas, roptrias e grânulos densos, conforme sua entrada na célula hospedeira, formando em seguida o vacúolo parasitóforo.
	Taquizoito: é a forma encontrada durante a fase agu- da da infecção, sendo também denominada forma pro- liferativa, forma livre ou trofozoíto 
	É uma forma móvel, de multiplicação rápida (tachos = rápido), por um processo denominado endodiogenia encontrada dentro do vacúolo parasitoforo de várias células, como nos líquidos orgânicos, excreções, células do SMF, células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares. Os taquizoitos são pouco resistentes à ação do suco gástrico no qual são destruídos em pouco tempo.
	Bradizoíto: é a forma encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso, retina), geralmente durante a fase crônica da infecção, sendo também denominada cistozoíto. Os bradizoítos são encontrados dentro do vacúolo parasitóforo de uma célula, cuja membrana forma a cápsula do cisto teci- dual. Os bradizoítos se multiplica^ lentamente . Os bradizoitos são muito mais resistentes a tripSina e à pepsina do que os taquizoítos e podem permanecer viáveis nos tecidos por vários anos. Mais comum na fase crônica, mas pode aparecer na aguda
	Oocistos: e a forma de resistência que possui uma pa- rede dupla bastante resistente às condições do meio ambiente. Os oocistos são produzidos nas células in- testinais de felídeos não-imunes e eliminados imaturos junto com as fezes 
	Ciclo Biológico : Assexuada: no linfonodos e nos tecidos de vários hospedeiros - homem.
			Fase sexuada: nas células do epitélio in- testinal de gatos jovens (e outros felídeos) não-imunes. 
	FASE ASSEXUADA
	Homem ingere oocisto maduro contendo esporozoítos na água, o taquzoitos no leite,mas esses são destruídos no estômago, só se penetrar na mucosa oral ou inaladas que se desenvolvem.
	Cada esporozoíto, bradizoíto ou taquizoíto, liberado no tubo digestivo, sofrerá intensa multiplicação intracelular, como taquizoítos, após rápida passagem pelo epitélio intes- tinal e invadirá vários tipos de célula do organismo forman- do um vacúolo parasitóforo onde sofrerão divisões sucessivas por endodiogenia, formando novos taquizoítos e liberando no hospedeiro causando infecção - essa é FASE AGUDA. Pós o ataque do sistema imuni, alguns podem regredir para cistos e se inicia a fase crônica .
	Endodiogenia: representa uma forma especializada de divisão assexuada na qual duas células-filhas são for- madas dentro da célula-mãe
	FASE SEXUADA
	O ciclo coccidiano ocorre somente nas células epiteliais dos felídeos.Durante o desenvolvimento desse ciclo ocorre uma fase assexuada (merogonia) e outra sexuada (garnogonia) do parasito. 
	Os esporozoítos, bradizoítos ou taquizoítos ao pene- trarem nas células do epitélio intestinal do gato sofrerão um processo de multiplicação por endodiogenia e merogonia (esquizogonia), dando origem a vários merozoítos. O con- junto desses merozoítos formados dentro do vacúolo parasitóforo da célula é denominado meronte ou esquizon- te maduro.
	O gato jovem é capaz de eliminar oocistos durante um mês, aproximadamente
	O tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento de novos oocistos nas fezes dos felídeos (período pré-paten- te) dependerá da forma ingerida. Este período será de três dias, quando a infecção ocorrer por cistos, 19 dias ou mais, por taquizoitos e 20 ou mais dias, por oocistos
	O ser humano adquire a infecção por três vias principais
	1) Ingestão de oocistos presentes em alimento ou água contaminadas
	2) Ingestão de cistos encontrados em carne crua ou mo trimestre da gestação. É interessante esclarecer que as mal cozida, especialmente do' porco e do carneiro
	3) Congênita ou transplacentária
	Mulheres soropostiva antes da gravidez tem menos chances de infectar o seu feto. Comparado com as que se infectam durante a gestação.
	IMUNIDADE
	Quando um hospedeiro se infecta com o parasito, ocor- re a multiplicação na porta de entrada e logo em seguida ocorre a sua disseminação por todo o organismo através das vias linfática e sangiiínea. Durante a fase crônica da toxoplasmose, somente os bradizoítos persistem e são responsáveis pela manuten- ção de títulos sorológicos que podem durar toda a vida do hospedeiro. 
	A produção de imunoglobulinas da classe IgM apa- rece inicialmente seguida de IgG, após a infecção do hos- pedeiro. As imunoglobulinas da classe IgG podem ser de- tectadas pelas reações sorológicas dentro de oito a 12dias após a infecção pelo T gondii. A produção de IgM geralmente é de curta duração.
	A pesquisa de IgM em recém-nascidos é utilizada para o diagnóstico de toxoplasmose congênita, pois, não atravessa a placenta e quando presente no soro indica a produção pelo pró- prio feto, em resposta a uma infecção pelo T: gondii
	Toxoplasmose congênita ou Pré-Natal
	Para que se instale uma toxoplasmose congênita é necessário que a mãe esteja na fase aguda da doença ou tenha havido
uma reagudização da mesma durante a gravidez.
	Gestante na fase aguda da doença podem abortar.
	Primeiro trimestre da gestação: aborto
	Segundo trimestre da gestação: aborto ou nascimento prematuro, podendo a criança apresentar-se normal ou já com anomalias graves, típicas.
	Terceiro trimestre da gestação: a criança pode nascer normal e apresentar evidências da doença alguns dias, semanas ou meses após o parto. Nesta situação, a toxoplasmose pode ser multiforme, mas em geral há um comprometimento ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia e lesões oculares, as quais são patognomônicas.
Taquizoítos atingem a coróide e a retina( lesão na retina uveíte) (uni ou bilateralmente), provocam inflamação e degeneração em graus variáveis que, ao exame oftalmológico, recebe o nome de "foco em roseta". Mas ao nascer pode não apresentar o sintoma no olho, porém depois de anos poderá acontecer uma reagudização e manifestar uma toxoplasmose ocular de origem intra-uterina.
	A transmissão para os seres humanos parece ocorrer principalmente por três vias:
	Ingestão de oocistos presentes na água, alimentos, solo, areia, jardins, latas de lixo ou qualquer lugar contaminado com fezes de gato ou cujos oocistos foram disseminados por artrópodes etc. Os oocistos maduros têm grande importância epidemiológica, pois já foi comprovado que podem permanecer viáveis no solo úmido sombreado, durante 12 a 18 meses
	Ingestão de cistos presentes em carnes de aves, suínos, ovinos, caprinos ou bovinos, quando servidas cruas ou malcozidas.
	Transplacentária por taquizoítos durante a fase aguda ou, mais raramente, pela reativação da infecção nas mulheres grávidas
	TRATAMENTO
	As drogas utilizadas atuam contra taquizoítos, mas não contra os cistos. Usado apenas em casos agudos, devido a toxicidade das drogas.
	Associação de pirimetamina (Daraprim) com a sulfadiazina ou a sulfadoxina (Fansidar).
Toxoplasmose ocular – antinflamatório (Meticorten) e antiparasitários. Mais usado é Cloridrato de clindamicina, sulfadiazina e meticorten (alcança 93% de cura, porém a clindamicina altera profundamentea flora intestinal causando colites)
	Amebíase – Entamoeba Histolytica/Dispar
	Todas as espécies do gênero Entamoeba vivem no intestino grosso de humanos ou de animais
	Entamoeba de cistos com quatro núcleos, também chamada grupo hystolytica: E. histolytica (homem), E. díspar (homem)
	MORFOLOGIA
	As amebas citadas se distinguem umas das outras pelo tamanho do trofozoíto e do cisto
	E. HISTOLYTICA 
	Trofozoíto
		Geralmente tem um só núcleo, bem nítido nas formas coradas e pouco visível nas formas vivas. O Trofozoíto não-invasivo ou virulento apresenta bactérias, grãos de amido ou outros detritos em seu citoplasma, mas nunca eritrócitos.
	Pré-Cisto
		Uma fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto
		
	Metacisto
		Forma multinucleada que emerge do cisto no I. delgado, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos.
	Cistos
		Esférico e ovais.
	BIOLOGIA E CICLO BIOLÓGICO
		Trofozoíto vive na luz do intestino grosso, mas pode penetra a mucosa e causar ulcerações intestinais ou em outras partes, fígado, pulmão, rim, e cérebro. São anaeróbios. Mas pode crescer em até 5% de O2.
		É monoxênico
	Ingestão de cisto, que passam pelo estômago, resistindo à ação do suco gástrico, chegam ao final do intestino delgado ou início do intestino grosso, onde ocorre o desencistamento, com a saída do metacisto, através de uma pequena fenda na parede cística. Em seguida, o metacisto sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas, dando origem a quatro e depois oito trofozoítos, chamados trofozoítos metacísticos. Estes trofozoítos migram para o intestino grosso onde se colonizam. Em geral, ficam aderidos à mucosa do intestino, vivendo como um comensal, alimentando-se de detritos e de bactéria. No cólon, sofrem a ação da desidratação, eliminar substâncias nutritivas presentes no citoplasma, transformando-se em pré-cistos; em seguida, secretam uma membrana cística e se transformam em cistos, inicialmente mononucleados. Através de divisões nucleares sucessivas, se transformam em cistos tetranucleados, que são eliminados com as fezes normais ou formadas.
	Patogenia e fator de virulência 
	Parece que o início da invasão amebiana é resultante da ruptura ou quebra do equilíbrio parasito-hospedeiro, em favor do parasito. São inúmeros os fatores ligados ao hospedeiro: localização geográfica, raça, sexo, idade, resposta imune, estado nutricional, dieta, alcoolismo, clima e hábitos sexuais.
	Determinadas bactérias, principalmente anaeróbicas, são capazes de potencializar a virulência de cepas de E. histolytica, cujos mecanismos envolvidos nesta interação são ainda especulativos. Dentre estas bactérias encontram-se várias cepas de Escherichia coli, Salmonella, Shiguela, Enterobacter e Clostridium.	
	Com relação ao parasito, sabe-se que a evolução da patogenia ocorre através da invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos e virulentos, Uma vez invadida a mucosa, os trofozoítos se multiplicam e prosseguem penetrando nos tecidos sob a forma de microulcerações em direção à muscularis mucosae, com escassa reação inflamatória.
	As lesões amebianas são mais frequentes no ceco e na região retossigmodiana.
	As amebas podem penetrar nos vasos sanguíneos e, através da circulação porta, atingir primeiramente o fígado, que é o principal órgão com acometimento extra-intestinal, formando abscessos ou, mais propriamente, "necrose coliquativa". Podem também atingir o pulmão e mais rararnente o cérebro. Atingem ainda, em certas circunstâncias, a pele e as regiões anal ou vaginal.
	Manifestações clínicas PAGINA 138

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