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07/11/2013 1 Pré-História Idade Antiga Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea 4000 a. C Séc. V Séc. XV Séc. XVIII Bizantina Islâmico Românica Gótica Renascentista Maneirista Barroca Rococó Neoclássica Romântica Impressionista Expressionista ..... Linha do tempo: Homem Primitivo Mesopotâmica Egícia Grega Romana Paleocristã A Arte Cristã Ocidental: do Românico ao Gótico A Arte Cristã Oriental: o Bizantino A Arte Islâmica Antecedentes: Arte Paleocristã ss. X-XV ss. VI-XV desde s. VIII OCIDENTE ORIENTE A Arquitetura na Idade Média O Império Romano depois da divisão de Teodósio – ano 395. Contexto Geográfico Ocidental s. V s. XV ss. IV-V Expansão do cristianismo: Primeira arte Cristã [arte paleocristã] IDADE MÉDIA Baixa Idade Média ss. VI-X Arte pré‐românica [etapa de transição] Alta Idade Média ss. XI-XII Arte românica Idade Média Tardia ss. XII-XV Arte gótica 07/11/2013 2 IDADE MÉDIA – PERIODIZAÇÃO PERIODIZAÇÃO: Baixa Idade Média: (450 – 900 d.C) Fim do Império Romano do Ocidente. Alta Idade Média: (900 – 1200 d.C) Desenvolvimento do sistema feudal mais estável Recomeço das viagens e comércio através da Europa. Período da revitalização das construções em larga escala, em especial as igrejas. Idade Média Tardia: (1200 – 1450 d.C) Caracterizada pelo aparecimento das cidades Desenvolvimento da arquitetura gótica em edifícios religiosos, educativos e privados. Grande devastação devido a peste bubônica e agitação política pela Guerra dos 100 anos (Inglaterra x França). A Idade Média (Contexto e Fatos Reais) Organizada por guerreiros e artesãos. Período da formação da empresa capitalista na forma embrionária. Ousados melhoramentos técnicos e invenções - invenção do relógio mecânico - melhorias radicais nas práticas de mineração - aprimoramento das práticas de navegação - melhorias da arte de guerra - invenção da prensa móvel - invenção do moinho - moldagem do ferro (criação de utensílios e instrumentos) - manufatura de óculos de vidro - utilização da energia física Sociedade Medieval: Grupos Sociais (Feudalismo) Nobres Rei Clero Vilões Servos servidores de Deus, detentores da cultura e administradores das grandes propriedades da Igreja. (reis, duques, marqueses, viscondes, barões e cavaleiros) habitavam os castelos, que eram, ao mesmo tempo, residência e núcleo de defesa contra os ataques de inimigos. O senhor feudal procurava cercar-se em seu castelo com dezenas de parentes, amigos, cavaleiros, além de serviçais domésticos e artesãos (ferreiros, carpinteiros, tecelões, prateiros, ourives, curtidores, cervejeiros). A sociedade feudal era formada pela aristocracia proprietária de terras (composta pelo alto clero e pela nobreza) e pela massa de camponeses (servos e plebeus não proprietários). 3 - A Necessidade de Proteção A formação de aldeias/povoados cercados por muralhas e fossos. Levante de muralhas, até mesmo ao redor dos mosteiros e conventos de freiras para resguardá-los contra os ataques. A vida dentro das muralhas = segurança de vida e da propriedade, regularidade de comércio e trabalho, e culto religioso. Muralha = transformada em proteção permanente e regular. controlava as entradas e saídas de mercadorias, cobranças de impostos, etc.) 07/11/2013 3 (Castelo de Harlech, 1283-1290), localizado em Harlech, País de Gales, é um castelo concêntrico, construído no topo duma falésia junto ao Mar da Irlanda. Castelo de Harlech (1283 – 1290) Castelo de Harlech Castelo construído por Eduardo I (Conquista de Gales) Projeto de James of Saint George Castelo de Harlech (1283 – 1290) Castelo Turégano, Espanha - século XII Castelos Medievais Espanhóis 07/11/2013 4 Castelo Vale de Aosta, Itália - século XII Castelos Medievais Italianos Castelo Nozet, Borgonha, França - século XII Castelos Medievais Franceses A Cidade (Conceitos Gerais) Forma e símbolo de um conjunto integrado de relações sociais: sede de templos, mercado, corte de justiça, academia de ensino, etc. A Forma Urbana Medieval A) As Muralhas: Durante a Idade Média, as muralhas funcionavam como um sistema de defesa e posteriormente como barreiras aduaneiras – proteger os interesses comerciais dos cidadãos e cobrança de pedágio. A partir do crescimento populacional e comercial, as cidades não puderam crescer horizontalmente e de forma contínua. Houve necessidade de construir novas muralhas para abrange o território expandido. (crescimento urbano em anéis concêntricos) 07/11/2013 5 Muralhas da Cidade do Porto, Portugal As Ruas Medievais: A cidade medieval era um mercado. O comércio e a produção tinham lugar em todas as partes da cidade: espaços abertos e fechados, espaços públicos e privados. Muralhas da Cidade do Porto, Portugal Vias públicas principais ligavam o centro com as portas das cidades = ruas mais largas, destinadas a circulação de carruagens e sobre elas estavam os edifícios mais significativos e o comércio. Muralhas da Cidade do Porto, Portugal O deslocamento nas cidades medievais eram efetuados a pé, apenas no final da Idade Média o tráfego rodado adquiriu maior expressividade. Os edifícios tinha a tendência de invadir ruas, pontes e espaços públicos abertos. Os pisos superiores aumentavam formando enormes balanços sobre a rua, sendo que as fachadas das casas dispostas frente a frente eram separadas por poucos dimensões. Siena, Itália 07/11/2013 6 Representação dos mercados medievais nos séculos XII e XIII Praças e Mercados: Durante a Idade Média, as feiras e os mercados eram importantes locais não só para a troca de mercadorias, assumindo um papel econômico muito importante, como contribuíam para o desenvolvimento social das populações. A praça era centro de reunião pública, como o ágora ou o fórum, onde se desenvolvia o mercado ou realizavam-se festas religiosas. Categorias de Cidades Medievais A) Cidades de Crescimento Orgânico: desenvolvidas na maioria dos casos a partir da formação de aldeias. B) Cidades de Planejamento Sistemático: modelo de cidade traçada para a colonização de postos de fronteira, caracterizada por uma clara ordem geométrica e regularidade espacial. Categorias de Cidades Medievais 1-Cidade de Origem Romana (Crescimento Orgânico): conservaram seu status de cidade ao longo da Alta Idade Média. 07/11/2013 7 1- Cidade de Origem Romana (Cidade de Crescimento Orgânico) Ratisbona - Alemanha • Abandono da quadrícula romana por se revelar de pouca utilidade devido às condições topográficas • Superposição de traçados: ao traçado ortogonal romano sobrepõe-se o traçado radiocêntrico • Falta de espaço devido a estrutura amuralhada que impede o crescimento horizontal contínuo • Falta de materiais de construção: utilização de pedras dos antigos templos e edifícios romanosC 1700 Categorias de Cidades Medievais 2-Burgos (Crescimento Orgânico): construídas como bases militares fortificadas (sistema de defesa contra os bárbaros: vikings, magiares, eslavos, sarracenos e dinamarqueses). Braga Romana e Braga Medieval Portugal, 1070 2- Burgos Medievais (Cidade de Crescimento Orgânico) Abandono da escala monumental das cidades romanas em favor de uma morfologia mais intimista. O desenvolvimento dos burgos se apóia em classes sociais: artesãos e comerciantes, agrupados em sistemas de guildas, corporações. Categorias de Cidades Medievais 3-Assentamento Aldeão (Crescimento Orgânico): aldeias agrícolas baseadas na economia de subsistência. 07/11/2013 8 3 - Assentamentos Aldeãos (Cidade de Crescimento Orgânico) Forma Linear Eamont Bridge, Inglaterra - Aldéia (Forma Linear) MilburnVillage Cumbria, Inglaterra - Aldéia (Forma Nucleada) 3 - Assentamentos Aldeãos (Cidade de Crescimento Orgânico) Forma Nucleada Milburn Village Cumbria, Inglaterra - Aldéia (Forma Nucleada) 3 - Assentamentos Aldeãos (Cidade de Crescimento Orgânico) Forma Nucleada Categorias de Cidades Medievais 4-Cidades Bastides (Planejada): fundadas na França, Inglaterra e Gales (cidades novas, estabelecidas oficialmente). A maioria dos bastides tem uma disposição de grade de ruas cruzando- se, com passagens largas que dividem a planta de cidade. 07/11/2013 9 Cidade Bastide (Cidade Fortificada) Cadw Cidade Bastide (Cidade Fortificada + Esquema de Grade ) Monflanquin, França - Século XIII 4 - As Bastides (Planejamento Sistemático) (Cidade Fortificada + Esquema de Grade ) Retícula aplicada em partes da cidade Construídas por autoridade central – o Rei Nem sempre havia castelo e/ou igreja Cidade Bastide (Cidade Fortificada + Esquema de Grade ) Winchelsea, Inglaterra 4 - As Bastides (Planejamento Sistemático) Bastide de Caerbarfon, Irlanda - século XII Bastide de Winchelsea, Inglaterra - 1288 Categorias de Cidades Medievais 5-Cidades de Nova Planta (Planejada): (Replanejamento de aldeãos ou Cidades novas planejadas - fundadas por toda Europa em geral). 07/11/2013 10 5 - Cidades de Nova Planta (Planejamento Sistemático) Cidade de Berna, Suíça - 1191 5 - Cidades de Nova Planta (Planejamento Sistemático) As principais criações arquitetônicas desta época são os monastérios e as igrejas. Das igrejas destaca-se a tipología das chamadas igrejas de peregrinação. Catedral de Santiago de Compostela (ss. XI-XII) CABECEIRA transepto PORTADA PRINCIPAL CORPO LONGITUDINAL presbitério abside capela radial cimbório cruzeiro Portada lateral torre arcadas tribuna OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 07/11/2013 11 OMONASTÉRIO ROMÂNICO O monastério, como tipología arquitetônica, está concebido para resolver as necessidades materiais e espirituais de um grupo humano que decide abandonar a sociedade para entregar sua vida a Deus. Dependências do monastério claustro Igreja abacial O CLAUSTRO ROMÂNICO Pátio adoçado ao templo, em torno do qual se constrói uma galería coberta, sustentada por arcos de meio ponto que descansam sobre colunas geralmente duplas. Os capitéis das colunas são decorados com passagens do evangelho ou com motivos simbólicos. 07/11/2013 12 A PLANTA DO TEMPLO ROMÂNICO: A CRUZ LATINA Eixo longitudinal. Cabeceira semicircular. A nave do transepto acentua a separação entre o espaço dos fiéis e o espaço sagrado do presbitério. O TEMPLO ROMÂNICO COM PLANTA EM CRUZ LATINA: ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO EDIFÍCIO Santa Fe de Conques San Martín de Tours San Marcial de Limoges San Sernin de Toulouse Santiago de Compostela Características das igrejas de peregrinação: FACHADA DO TEMPLO ROMÂNICO O emprego de coberturas de pedra abóbadas, mais resistentes ao fogo que as de madeira. As abóbadas de pedra exercem dois tipos de pressão: vertical e lateral. O empuxe vertical é absorvido pelos muros interiores; E o lateral, pelos grossos muros exteriores e os contrafortes que os reforçam. 07/11/2013 13 Vãos (permitem a entrada de luz) Tribuna (segundo piso sobre as naves laterais) Arcadas Os muros interiores que se abrem para a nave central têm dois níveis (arcadas e tribuna) ou três níveis (arcadas, tribuna e janelas). No primeiro nível, as arcadas se apoiam sobre pilares cruciformes o colunas, que imprimem um rítmo característico ao espaço interior. A tribuna, galería situada sobre a nave lateral, se abre tanto à nave central como ao exterior e proporciona luz indireta à nave central. OS SISTEMAS DE COBERTURA: GENERALIDADES A nave central é coberta com abóbada DE CANHÃO As naves laterais com abóbada DE ARESTA A absides são cobertas com abóbadaS DE QUARTO DE ESFERA O cruzeiro é coberto com CÚPULA sobre pendentes OS SISTEMAS DE COBERTURA E SUPORTES NO TEMPLO ROMÂNICO: A abóbada DE CANHÃO Grossos muros Contrafortes exteriores Arcos abóbada de pedra Vãos estreitos e arqueados Arcos abóbada DE ARESTA (o cruzamento de duas abóbadas de canhão gera este tipo de abóbada) A nave central é coberta com abóbada de canhão, exceto as naves laterais que são com abóbada de aresta. 07/11/2013 14 A necessidade de construir paredes grossas para sustentar a cobertura de´pedra, impediu construir grandes vãos abertos; Por conseguinte, o alargamento das aberturas foi uma solução original e prática para iluminar os interiores escuros da igreja românica. A DECORAÇÃO DA PAREDE PILASTRAS ADOÇADAS ARCOS CEGOS GALERIAS de arcadas de meio ponto FAIXA DE ARCOS CEGOS O PÓRTICO ROMÂNICO A FACHADA OU PORTADA DO TEMPLO ROMÂNICO Pórtico abobadado arquivoltas Colunas adoçadas tímpano parteluz 07/11/2013 15 Plantas poligonais - Igreja de EUNATE (Navarra), relacionadas com ritos funerarios. Essas plantas seguem os modelos de planta centralizada, típicos da Antiguidade no Oriente. O TEMPLO ROMÂNICO COM PLANTA POLIGONAL Alguns exemplos de Catedrais Românicas Abadia Notre‐Dame de Sénanque Nossa Senhora de Sénanque é um mosteiro cisterciense em atividade no município de Gordes (Vaucluse). Fundada em 1148, tornou‐se uma abadia em 1150. Arquitetura Romana 07/11/2013 16 07/11/2013 17 07/11/2013 18 07/11/2013 19 07/11/2013 20 07/11/2013 21 07/11/2013 22 Catedral de Spira (s. XI) ALEMANHA Planta restituÍda da catedral de Spira (1060) ALEMANHA 07/11/2013 23 Catedral de Módena (exterior) ITÁLIA Catedral de Módena (cabeceira) Catedral de Módena (planta) ITÁLIA Catedral de Módena (interior) ITÁLIA