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1 Autarquia II DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online AUTARQUIA II CONTROLE ADMINISTRATIVO As entidades da Administração indireta não são subordinadas aos órgãos da Administração direta. No entanto, há vinculação administrativa entre tais órgãos, já que toda entidade fica vinculada a um órgão da Administração. Exemplo: a Anvisa é vinculada ao Ministério da Saúde. O único controle que há entre a Administração direta e indireta denomina-se controle finalístico, previsto no Decreto-Lei n. 200/1967, ou supervisão minis- terial, previsto na doutrina. As entidades da Administração indireta trabalham sempre com atividades específicas, como saúde, educação, meio ambiente, trânsito etc. Em razão do princípio da especialização, as entidades não podem praticar atividades distintas àquelas estabelecidas em lei. O controle finalístico tem por objetivo fiscalizar se a entidade está praticando atividade definida em lei. Se a entidade realizar atividades distintas, o Ministério supervisor realizará o controle finalístico. Direto do concurso 1. (CESPE/TRT 17ª REGIÃO/ANALISTA/ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Entre as entidades da administração indireta e os entes federativos que as instituíram ou que autorizaram sua criação inexiste relação de subordinação, havendo entre eles relação de vinculação que fundamenta o exercício do controle fi- nalístico ou tutela. Comentário Não existe subordinação entre a Administração direta e indireta, mas, sim, relação de vinculação. 2 Autarquia II DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online PRERROGATIVAS AUTÁRQUICAS As prerrogativas pertencem a todas as pessoas de direito público, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Prescrição quinquenal: significa que, se alguém tiver créditos contra autar- quia, deverá realizar a cobrança em até cinco anos, sob pena de prescrever o seu direito de ação. PRAZOS PROCESSUAIS Segundo o CPC: Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. Duplo Grau de Jurisdição Em regra, a ação judicial é considerada transitada em julgado quando for enviada para segunda instância. Há exceção, pois o processo pode ser transi- tado em julgado na primeira instância. Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; § 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á. Se não houver apelação ou recurso para segunda instância, o juiz pode orde- nar o processo ao tribunal. Caso não o faça, cabe ao Presidente do respectivo tribunal fazê-lo. 3 Autarquia II DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online § 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa neces- sária. § 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito eco- nômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I – 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fun- dações de direito público; Se o valor líquido da ação for inferior a 1.000 (mil) salários mínimos, não há remessa obrigatória para o segundo grau. II – 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; III – 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. § 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fun- dada em: I – súmula de tribunal superior; II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito admi- nistrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. SISTEMA DE PRECATÓRIOS Quando a autarquia for condenada em ações judiciais, o pagamento da obrigação será realizado pelo sistema de precatório, nos termos do art. 100 da CF/1988. Salvo as ações que representam pequeno valor, quando definidas em lei. 4 Autarquia II DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Atenção! Os bens das autarquias não estão a livre disposição, logo não podem ser penhorados para satisfação de créditos devidos ao particular. Valores correspondentes à condenação judicial transitada em julgado serão quitados através de precatórios judiciais incluídos em dotação orçamentária do ente federado a que a autarquia estiver vinculada, conforme consta no § 5º, do art. 100 da Constituição Federal. Mediante o exposto, nota-se que as autarquias gozam das mesmas prerrogativas do Estado em juízo. Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos res- pectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentá- rias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 62, de 2009). (Vide ADI 4425) Quando condenadas em juízo, as pessoas de direito público quitam suas obrigações por meio de precatórios. § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. União: até o valor de sessenta salários mínimos, considera-se requisição de pequeno valor. O pagamento é realizado em dinheiro (art. 3º da Lei n. 10.259/2001). Segundo a Lei n. 10.259/2001: Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em jul- gado da decisão, o pagamento será efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega da requisição, por ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, inde- pendentemente de precatório. 5 Autarquia II DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online GABARITO 1. C ����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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