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1 
 
LEGISLAÇÃO E NORMAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
1- INTRODUÇÃO A DISCIPLINA 
 
 
 
2 - LEI E NORMA – DEFINIÇÕES 
 
Lei 
Não será conveniente expor as dezenas de conceitos de lei divulgados até nossos dias, mas teremos que 
tomar um critério como ponto de partida, estabelecendo um conceito que nos dê base de raciocínio. O termo "lei" 
originou-se de "Iex", que, por sua vez, parece estar ligado ao verbo "legere" (ler). Acredita-se que essa conexão 
"Iex/legere" tenha-se justificado pelo fato de que, na antiga Roma, a lei deveria ser lida em praça pública e afixada 
para que o povo também lesse o seu texto. Com que sentido a autoridade romana lia a lei e afixava seu texto em 
praça pública? É porque era uma ordem formal e explícita, para ser obedecida; era um preceito, uma prescrição 
(sem alusão à perda de direito). 
 
A lei era uma ordem de comando, uma regra obrigatória de comportamento, uma decisão do poder 
competente, imposta publicamente aos cidadãos. Era chamada de "lex publica", por ser manifestação direta do 
Estado. Distinguia-se da "Iex privata", como um compromisso bilateral entre as partes; por essa razão se diz que o 
contrato faz lei entre as partes. Distinguia-se ainda da "Iex rogata", votada pelo povo, nas reuniões em praça pública 
(comitia). No mundo moderno, não se modificou muito o conceito de lei, em relação à "lex publica". Continua sendo 
a lei, num sentido geral, a principal fonte do direito. 
 
Tomaremos então por base, nas esteiras do direito romano, o seguinte conceito: 
"A lei é uma regra de comportamento, geral, permanente e obrigatória, emanada do poder 
competente do Estado, imposta coativamente à observância dos cidadãos por ser provida de sanção". 
 
 
Contudo, a definição só define, delimita, restringe o sentido de alguma coisa, mas não explica e pouco 
esclarece. Procuramos esclarecer gramaticalmente esse conceito. A lei é uma regra, uma norma, um preceito, uma 
prescrição; visa a orientar o comportamento humano, levando o homem a agir na sociedade segundo os preceitos 
legais. A lei é, pois um preceito criador de direitos e obrigações para o cidadão; introduz algo de novo na 
sociedade, inova no direito. 
 
Representa uma ordem, retratando o poder de comando do Estado; por isso, ela é obrigatória e não 
facultativa. Não se impõe à compreensão dos cidadãos, mas à vontade deles; não exorta, mas ordena (jubeat non 
suadeat); se quiser um tipo de comportamento dos cidadãos, ordena; se não quiser, proíbe. Esse é o poder im-
perativo do Estado. 
 
Deve ser emanada de autoridade competente, ou seja, do órgão público a quem a Constituição outorga 
competência para legislar. Em princípio, o órgão competente para legislar é o Poder Legislativo, conforme o 
próprio nome faz supor. Consta do art. 49 da Constituição Federal: "O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso 
Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal". Nem sempre, porém certas normas de 
menor importância, como regulamentos específicos, podem ser estabelecidos por outros poderes, graças a 
2 
 
medidas provisórias, decretos, portarias, resoluções, circulares e outros atos legislativos. Tanto o Poder Executivo 
como o Poder Judiciário estabelecem normas na sua esfera de atuação. 
 
 Como a lei se impõe à observância dos cidadãos depende principalmente da sanção de que é dotada. A 
sanção é o meio coercitivo de que a lei se serve para torná-la obrigatória e fazer-se obedecer. É a conseqüência do 
cumprimento da lei. Não é um castigo, mas um efeito, uma vez que a sanção representa também uma vantagem que 
a lei confere a quem a obedece. Lei sem sanção seria uma faca sem gume, urna água sem oxigênio. Um dos efeitos 
da sanção é o de colocar a lei na teoria das nulidades. 
 
Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso 
comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de 
um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. 
 
Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas 
à utilização comum e repetitiva, com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem, em um dado contexto. 
 
Documento normativo é o documento que estabelece regras, diretrizes ou características para atividades ou seus 
resultados. “Documento normativo” é um termo genérico que engloba documentos como normas, especificações 
técnicas, códigos de prática e regulamentos. Os termos para diferentes tipos de documentos normativos são 
definidos considerando o documento e seu conteúdo como uma entidade única. 
 
Regulamento é o documento que contém regra de caráter obrigatório e que é adotado por uma autoridade. 
 
Regulamento técnico é o regulamento que estabelece requisitos técnicos, seja diretamente, seja pela referência ou 
incorporação do conteúdo de uma norma, de uma especificação técnica ou de um código de prática. Um 
regulamento técnico pode ser complementado por diretrizes técnicas, estabelecendo alguns meios para obtenção 
da conformidade com os requisitos do regulamento, isto é, alguma prescrição julgada satisfatória para obter 
conformidade. 
 
Norma mandatória é a norma cuja aplicação é obrigatória em virtude de uma lei geral, ou de referência exclusiva em 
um regulamento. 
 
 
3 - HISTÓRICO DA NORMALIZAÇÃO 
 Segundo a ABNT1 a Normalização não é uma atividade moderna. A palavra falada talvez seja a mais antiga 
das normas. Se as palavras não possuíssem significados definidos, não seria possível nos entendermos. Como as 
palavras, as letras e os números também são formas de expressões gráficas normalizadas dentro dos limites de uma 
extensão territorial na qual têm a mesma significação. 
 
 As ferramentas de pedra do homem pré-histórico apresentam uma marcante semelhança nos materiais, 
forma e mesmo nas dimensões. O mesmo pode ser constatado nos tijolos antigos e em objetos encontrados em 
escavações de antigas civilizações. As pirâmides do Egito são exemplos marcantes de Normalização na antiguidade. 
 
 A origem da normalização vem, historicamente, desde as remotas origens da cultura humana. Nos tempos 
antigos, a vida da comunidade era governada pelos costumes e pelas regras comuns, administrada por um chefe, o 
que fez surgir os primeiros padrões de vida: 
 
 
1 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – CB 25 – Extraído de artigo do site 
http://www.abntcb25.com.br/informanorma.pdf, em 05/02/2010. 
3 
 
- Costumes e regras comuns (família) 
- Linguagem comum 
- Escrita figurada 
- Símbolos fonéticos 
- Roupas e abrigos 
- Religião 
- Divisão de tempo 
- Forma e tamanho dos artigos 
- Dinheiro 
- Pesos e medidas 
- Leis 
 
 Com o desenvolvimento das primeiras agremiações humanas, da produção e do comércio dos artigos para 
uso comum, surgiu a necessidade de prescrever regras de ação como definir a forma e o tamanho desses artigos, o 
dinheiro e dos pesos e medidas. 
 
 Essas normas podem ser encontradas em todos os tempos, entre todos os povos e seu número aumenta 
com o progresso da cultura. 
 
3.1 PRIMÓRDIOS DA NECESSIDADE DE NORMALIZAÇÃO 
 
 As normas referentes às medidas foram uma das primeiras que se fizeram notar, devendo seu início a época 
em que o homem julgou necessário estimar dimensões e distâncias para fins de construção de percursos e de 
confecção de utensílios e artigos para uso de todas as espécies. Para tanto, o homem empregava seus membros e 
seus dedos. Para medir objetos, empregava unidades como a largura da falange do dedo indicador, a palma da mão, 
o palmo, o comprimentodo pé, o antebraço e a distância entre as pontas dos dedos com os braços abertos. Para 
distâncias maiores, as unidades eram “um dia de viagem” e passos. Tais medidas, muito embora aprimoradas para o 
uso comum dos mais esclarecidos, permanecem válidas em sua forma original em várias partes do mundo. A Índia 
apresenta um exemplo interessante de sistemas de unidade de medidas como: o grão de cevada, o pêlo de vaca e o 
pêlo de carneiro. 
 
 Dentre as mais antigas medidas, encontram-se os fragmentos de réguas egípcias, feitas de basalto, algumas 
das quais contendo precisas divisões de até 1,25 cm. Existe também um registro excepcional, na forma de pintura 
mural, datada aproximadamente do ano de 3000 AC e que mostra duas séries de medidas egípcias e capacidade 
para grãos, vinho e óleo, cada uma das quais consistindo de quatorze recipientes normalizados. 
 
 A necessidade de pesar parece haver surgido muito depois da necessidade de medir. Dizem os historiadores 
que a balança foi primeiramente empregada para pesar metais preciosos para os templos ou para o Rei e seus 
Conselheiros. 
 
 Existem evidências que na antiga Palestina, as olarias de propriedade do governo fabricavam vasos 
normalizados, adequadamente marcados e certificados, como recipientes legais para o recebimento de impostos 
pagos em espécie. 
 
 Hoje, identificamos povos inteiros e épocas de cultura pré-histórica por meio de padrões ou desenhos em 
fitas ou em cordas localizadas em urnas para cinzas, vasos para água, etc. 
 
4 
 
 Os estilos de construção das diversas épocas se tornaram característicos a ponto de definir “normas de 
discernimento de estilo”. Sob o Faraó Tutmosis I, aplicam-se já no velho Egito, tijolos uniformes, preparados de lama 
do Nilo, para a construção de casas, no formato de 410 x 200 x 130 mm. 
 
 A pirâmide de Queóps, construída aproximadamente 2500 anos AC perto de Gizeh, foi erguida com 2 
milhões de pedras de medidas iguais. 
 
 Na velha Babilônia, aproximadamente 1700 anos AC, valiam as leis do Rei Hamurabi. Segundo estas leis, era 
condenado à morte o construtor de uma casa se esta casa não fosse erguida apropriadamente (dentro de normas) e 
se pelo seu desabamento algum homem viesse a morrer. 
 
 Também os romanos possuíam suas normas para tijolos, mas quanto ao formato, as dimensões variavam 
nos diferentes períodos de construção, no comprimento entre 212 mm e 495 mm e na espessura entre 40 mm e 50 
mm. Eles conheciam materiais de instalação normalizados, com os quais os dutos de distribuição de água da antiga 
Roma foram unificados. 
 
 De Frontenius, administrador dos aquedutos ao tempo do Imperador Nerva no ano 100 da Era Cristã, 
conhece-se a ordem de somente ligarem dutos com dimensões normalizadas, no encanamento urbano. A dimensão 
do duto representava, principalmente, maior simplicidade no conhecimento da tarefa para o cálculo da demanda de 
água. Este método é muito cômodo, pois através da indicação do tamanho do duto aplicado, era possível esclarecer 
problemas técnicos e financeiros. 
 
 A dimensão do duto, mais usual, compreendia mais ou menos cinco espessuras de dedo, algo pouco maior 
que 95 mm. 
 
 Na construção de castelos em seus domínios, os romanos aplicavam estacas normalizadas. 
 
 Quando Gutenberg presenteou o mundo com a impressa, não realizou isto, ao acaso, sem normalização. Os 
“tipos” devem ser permutáveis entre si e de mesma altura para poder fazer um conjunto impresso. Todas as letras 
possuem um pequeno entalhe uniformizado para que o tipógrafo possa, somente ao toque, sentir a letra. 
 
 No século XV, os venezianos armaram a sua a frota, entre outras coisas com mastros, velas, remos e lemes 
uniformes, para se conseguir que cada navio, sob as mesmas condições, tivesse o mesmo desempenho e assim, as 
frotas, no combate, pudessem estar adaptadas entre si. Depósitos com peças sobressalentes normalizadas, isto é, 
com mastros, velas e lemes uniformizados, permitiam reparos mais rápidos. 
 
3.2 – ORIGENS DA NORMALIZAÇÃO E DA PRODUÇÃO EM SÉRIE 
 
 Dentro da concepção moderna, o movimento atual de normalização pode encontrar suas origens na 
revolução francesa quando a responsabilidade pela normalização foi transferida do Governo para os cientistas. A 
Assembléia Constituinte Francesa designou oficialmente a Academia Francesa de Ciências para a tarefa de 
estabelecer o sistema métrico de medidas. 
 
 Nessa mesma época, ocorreu o surgimento do conceito de produção em série (em massa) através da 
intercambialidade de peças. Isto ocorreu nos Estados Unidos onde, em 1798, o Governo incumbiu um cidadão 
chamado Eli Whitney a fornecer dez mil mosquetões dentro de um prazo de dois anos. Eli Whitney é considerado o 
precursor do conceito de produção em massa. Ao final do primeiro ano, apenas 500 mosquetões foram entregues. O 
mesmo ocorreu ao findar o segundo ano. As armas eram confeccionadas por elementos altamente qualificados, cada 
5 
 
um fabricava, ele mesmo, cada uma das diferentes peças que iriam formar finalmente o produto acabado. Em vista 
dos fracos resultados obtidos no cumprimento do seu contrato, Eli Whitney organizou um sistema onde cada peça 
podia ser fabricada com precisão, por máquinas diferentes. As tarefas foram subdivididas e cada grupo de 
trabalhadores ocupava-se com uma determinada operação. Ferramentas para laminação, polimento e perfuração 
foram normalizadas. Assim, cada peça fabricada revela-se idêntica às outras. Finalmente, ao serem montadas todas 
as peças, elas se encaixavam perfeitamente. Uma outra vantagem desse sistema é que também facilitava a 
substituição de peças gastas, além de estabelecer um nível de qualidade aos mosquetões. Nasceu assim, o conceito 
moderno de normalização e produção em série. 
 
 A revolução industrial ou econômica foi precedida e acompanhada pelo que se pode chamar de revolução 
mecânica. Iniciada na Inglaterra com a invenção da máquina a vapor, a sua aplicação na indústria desenvolveu 
processos que substituiu a força muscular tornando possível uma mudança total nos critérios de produção. Foi a 
época em que as invenções se sucederam rapidamente. O aperfeiçoamento de máquinas operatrizes (tornos, 
frezadoras, plainas, etc) e a evolução da ciência metalúrgica fornecendo novos metais e ligas para a construção de 
máquinas constituíram “marcos” no progresso da indústria mecânica. Apesar de não serem utilizados ainda métodos 
científicos relativos à contabilidade e controle de administração, a necessidade de artífices puros havia declinado 
procurando-se desenvolver mais a habilidade dos operadores de máquinas altamente especializadas. 
 
 O progresso industrial introduziu, em escala crescente, a normalização e produção em massa. As operações 
industriais passaram a ser feitas de maneira mais uniforme, reduzidas as rotinas eram subdivididas em operações 
elementares, sendo cada uma delas entregue aos cuidados de máquinas especializadas. 
 
 A revolução mecânica permitiu a era do grande investimento e a organização da indústria em grande escala 
como resultado do desenvolvimento organizado e da ciência aplicada. Foi a época de mudanças sociais e financeiras 
das condições e negócios humanos. Estava assim iniciado o processo de desenvolvimento industrial que continua em 
evolução até nossos dias. 
 
 Em torno de 1839, Sir Josep Whitworth estabeleceu uma rosca para parafuso padronizada que, ainda hoje, 
leva seu nome. 
 
 Quando da eclosão da I Guerra Mundial, a normalização já havia sido reconhecida como um processo 
industrial capaz de garantir a intercambialidade não só dentro de uma mesma fábrica, como também entre uma 
fábrica e outra. Por outro lado, já era reconhecidatambém a importância da criação de normas em nível industrial e 
em nível nacional. No século XX começou-se a desenvolver um movimento de normalização em nível internacional. 
As experiências sofridas durante a I Guerra Mundial revelaram ainda outras potenciais vantagens da normalização. 
 
 Nos Estados Unidos, a Junta de Indústrias alcançou excepcionais resultados graças a um rígido processo de 
normalização. As restrições impostas sobre a variedade de estoques trouxeram um substancial aumento de 
produção. Mesmo após a guerra, a normalização mereceu grande apoio nos Estados Unidos: um Comitê Especial, 
nomeado por Herbert Hoover, então presidente das Associações Norte-Americanas de Engenharia, em 1921, 
apresentou um relatório segundo o qual a produção das indústrias norte-americanas não era superior a 50% da 
capacidade máxima possível. Tal relatório foi amplamente divulgado e debatido. Um movimento de âmbito nacional 
em prol da simplificação na indústria teve início através da Agência de Práticas Simplificadas do Departamento de 
Comércio dos Estados Unidos. Tal esforço conjugado resultou em substancial redução de variedades na faixa de 24 a 
98%. 
 
 Para citar alguns exemplos, 33 diferentes comprimentos e 44 diferentes alturas de camas hospitalares foram 
reduzidas para tão somente 3 tipos; 49 diferentes tipos de garrafas de leite foram reduzidas para 4; 715.200 tipos de 
rodas de moagem foram reduzidas para 225.800. 
6 
 
 Assim foi a Normalização, que teve seu início como mero processo mecânico, evoluiu e tornou-se um meio 
para assegurar a intercambialidade e uma técnica de simplificação e conservação de recursos e capacidade 
produtiva. 
3.3 – OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO 
 
 Os objetivos principais da normalização são: 
 
- Economia: proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. 
 
- Comunicação: proporcionar meios mais eficientes na troca de informações entre fabricante e cliente, melhorando 
a confiabilidade das relações comerciais e de serviços. 
 
- Segurança: proteger a vida humana e a saúde. 
 
- Proteção ao consumidor: prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos. 
 
- Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e 
serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio comercial. 
 
3.4 – PRINCÍPIOS DA NORMALIZAÇÃO 
 Segundo a ABNT2 o processo de elaboração de normas técnicas está apoiado em princípios, que são 
fundamentais para que todos os objetivos da normalização sejam atendidos e para que ela seja eficaz na sua 
aplicação e reconhecida por todos. 
 Voluntariedade – A participação em processo de normalização não é obrigatória e depende de uma decisão 
voluntária dos interessados. Essa vontade de participar é imprescindível para que o processo de elaboração de 
normas ocorra. Outro aspecto que fundamenta a voluntariedade do processo de normalização é o fato de que o uso 
da norma também não é obrigatório, devendo ser resultado de uma decisão em que são percebidas mais vantagens 
no seu uso do que no não uso. 
Representatividade – É preciso que haja participação de especialistas cedidos por todos os setores – produtores, 
organizações de consumidores e neutros (outras partes interessadas tais como universidades, laboratórios, institutos 
de pesquisa, órgãos do governo), de modo que a opinião de todos seja considerada no estabelecimento da norma. 
Dessa forma, ela de fato reflete o real estágio de desenvolvimento de uma tecnologia em um determinado 
momento, e o entendimento comum vigente, baseado em experiências consolidadas e pertinentes. 
Paridade – Não basta apenas a representatividade, é preciso que as classes (produtor, consumidor e neutro) estejam 
equilibradas, evitando-se assim a imposição de uma delas sobre as demais por conta do maior número de 
representantes. Assim, deve-se buscar assegurar o equilíbrio das diferentes opiniões no processo de elaboração de 
normas. 
Atualização – A atualização do processo de desenvolvimento de normas, com a adoção de novos métodos de gestão 
e de novas ferramentas de tecnologia da informação, contribui para que o processo de normalização acompanhe 
evolução tecnológica. Esse princípio de atualização deve ser constantemente perseguido para que a normalização 
atenda à intensa demanda considerando que uma norma defasada tecnologicamente fatalmente cairá no desuso. 
 
2 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas – Site oficial www.abnt.org.br, em 07/02/2010 
7 
 
Transparência – Todas as partes interessadas devem ser disponibilizadas, a qualquer tempo, as informações 
relativas ao controle, atividades e decisões sobre o processo de desenvolvimento de normas técnicas. 
 Simplificação – O processo de normalização deve ter regras e procedimentos simples e acessíveis, que garantam a 
coerência, a rapidez e a qualidade no desenvolvimento e implementação das normas. 
Consenso – Para que uma norma tenha seu conteúdo o mais próximo possível da realidade de aplicação, é 
necessário que haja consenso entre os participantes de sua elaboração. Consenso é processo pelo qual um Projeto 
de Norma deve ser submetido, compreendendo as etapas de análise, apreciação e aprovação por parte de uma 
comunidade, técnica ou não. A finalidade desse processo de consenso é o de atender aos interesses e às 
necessidades da coletividade, em seu próprio beneficio. Não é uma votação, mas um compromisso de interesse 
mútuo, não devendo, portanto, ser confundido com unanimidade. 
3.5 – BENEFÍCIOS DA NORMALIZAÇÃO 
 
 A ABNT também enfatiza que os benefícios da normalização ajudam a: 
 
- Organização do mercado; 
- Constituição de uma linguagem única entre produtor e consumidor; 
- Melhora da qualidade de produtos e serviços; 
- Orientar as concorrências públicas; 
- Produtividade aumentar, com conseqüente redução dos custos de produtos e serviços, a contribuição para o 
aumento da economia do país e o desenvolvimento da tecnologia nacional. 
 
3.6 – NÍVEIS DA NORMALIZAÇÃO 
 
 De forma sistematizada, a normalização é executada por organismos que contam com a participação de 
todas as partes interessadas (produtores, consumidores, universidades, laboratórios, centros de pesquisas e 
Governo). Um organismo de normalização tem como principal função a elaboração, aprovação e divulgação de 
normas, que devem ser colocadas à disposição do público. 
 
 Organismo nacional de normalização é o organismo reconhecido para executar o processo de normalização 
em nível nacional. Nessa condição, ele é indicado para ser membro da correspondente organização internacional e 
regional de normalização. 
 
 São exemplos de organismos nacionais de normalização reconhecidos em seus respectivos países: 
 
Alemanha – Deutsches Institut für Normung (DIN); 
Argentina – Instituto Argentino de Normalización y Certificación (IRAM); 
Brasil – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); 
Canadá – Standards Council of Canada (SCC); 
Espanha – Associación Española de Normalización y Certificación (AENOR). 
 
 Organização regional de normalização é aquela que congrega organismos nacionais de normalização 
reconhecidos por cada país situado em uma mesma área geográfica, política ou econômica. 
 
São exemplos de organizações regionais de normalização: 
 
8 
 
Comité Europeén de Normalisation (CEN), um organismo que promove a harmonização voluntária de normas 
técnicas, na Europa; 
Comité Europeén de Normalisation Eletrotechnique (CENELEC), uma associação civil, integrada por organismos 
nacionais no âmbito europeu que opera exclusivamente no campoeletrotécnico; 
Comissão Pan-americana de Normas Técnicas (COPANT), uma associação civil, que congrega hoje os países das três 
Américas, além da participação dos organismos nacionais de normalização da Espanha (AENOR), França (AFNOR), 
Itália (UNI) e Portugal (IPQ); a ABNT representa o Brasil nesse foro. 
 
 Nas organizações internacionais de normalização a participação é aberta a todos os organismos de 
normalização nacionais existente no mundo. Entre as principais organizações internacionais de normalização podem 
ser citadas: 
 
- International Organization for Standardization (ISO), uma organização não governamental integrada por 
organismos nacionais de normalização de 157 países, contando com um representante por país; a ABNT é a 
representante do Brasil; 
 
- International Electrotechnical Commission (IEC), uma federação mundial integrada por 68 organismos nacionais de 
normalização, contando com um representante por país, atuando especificamente na normalização internacional no 
campo da eletricidade, eletrônica; 
 
3.7 - A NORMALIZAÇÃO NO BRASIL 
 
 A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o órgão responsável pela elaboração das Normas 
técnicas no Brasil. Foi fundada em 1940 visando fornecer a base necessária ao desenvolvimento tecnológico 
brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – Único 
– por intermédio da Resolução n° 07 do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(CONMETRO), de 24.08.1992. 
 
 O objetivo principal da ABNT é elaborar e fomentar o uso de Normas técnicas, conceder certificados de 
qualidade e representar o Brasil em entidades internacionais de normalização técnica, como a International 
Organization for Standardization –(ISO) e International Electrotechnical Comission- (IEC), bem como nas entidades de 
normalização regional2, como a Comissão Panamericana de Normas Técnicas (COPANT) e Associação Mercosul de 
Normalização (AMN). 
 
 O processo de elaboração de uma Norma técnica, pela ABNT, é conduzido segundo procedimentos e 
conceitos definidos pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO), do qual 
fazem parte o setor governamental e a iniciativa privada. O SINMETRO tem a finalidade de dotar o País de infra-
estrutura de serviços tecnológicos para a qualidade e produtividade. São também observados alguns princípios da 
Organização Mundial do Comércio (OMC) e da ISO. 
 
 
4. NORMAS A.B.N.T. PARA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
4.1 – DEFINIÇÕES 
 
 ABNT NBR é a sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT, de caráter voluntário, e fundamentada no 
consenso da sociedade. Torna-se obrigatória quando essa condição é estabelecida pelo poder público. 
 
9 
 
NR é a sigla de Norma Regulamentadora estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com caráter 
obrigatório. 
 
São os órgãos técnicos, formados por Comissões de Estudo, onde as Normas Brasileiras são desenvolvidas. A ABNT 
possui 55 Comitês Brasileiros e 4 Organismos de Normalização Setorial, os quais chamamos genericamente de 
Comitês Técnicos. 
 
O Comitê Brasileiro é órgão da estrutura da ABNT e Organismo de Normalização Setorial é a designação dada a uma 
Entidade Setorial, com experiência em normalização, credenciada pela ABNT para atuar no desenvolvimento de 
Normas Brasileiras do seu setor. 
 
4.2 – PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE UMA NORMA BRASILEIRA 
 
 O processo de elaboração de uma Norma Brasileira se inicia com uma demanda da sociedade, pelo setor 
envolvido ou mesmo dos organismos regulamentadores. 
 
 A pertinência do pedido e da demanda é analisada pela ABNT. Se tiver mérito, será levada ao Comitê Técnico 
do setor para inserção no Plano de Normalização Setorial (PNS) da Comissão de estudo pertinente. Caso contrário, 
será criada uma Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE). 
 
 Em ambos os casos há uma grande preocupação da ABNT em disseminar a todos os envolvidos, para que 
haja uma participação bastante representativa para elaboração da norma. 
 
 As Comissões de Estudo devem discutir e chegar ao consenso para elaborar o projeto de Norma. De posse do 
Projeto de Norma, a ABNT o submete a consulta nacional, como forma de dar oportunidade a todas as partes 
envolvidas de examinar e de emitir suas considerações. Passado o tempo necessário para Consulta Nacional, a 
Comissão de Estudo fará uma reunião para análise da pertinência ou não das considerações recebidas. Não havendo 
impedimento, o Projeto será encaminhado para homologação pela ABNT, onde recebe a sigla ABNT NBR e seu 
numero respectivo. A seguir a Norma é colocada no acervo de Normas Brasileiras 
 
4.3 – CONSULTA NACIONAL 
 
 É o processo em que o Projeto de Norma, elaborado por uma Comissão de Estudo (CE), é submetido à 
apreciação das partes interessadas. Durante esse processo, todos os interessados podem se manifestar sobre o 
Projeto de Norma, sem qualquer ônus, recomendando sua aprovação sem restrição ou com observações de forma 
ou a reprovação por objeções técnicas fundamentadas. 
 Em seqüência, há a etapa de análise do resultado da Consulta Nacional. Nessa fase, a CE autora do Projeto 
de Norma se reúne com todos os interessados que se manifestaram durante o processo de Consulta Nacional. O 
objetivo é deliberar, por consenso, se o Projeto de Norma pode atingir a condição de Norma Brasileira. 
 
 Caso o Projeto de Norma seja alterado tecnicamente, como resultado das sugestões ou objeções técnicas 
oriundas da Consulta Nacional, a Comissão de Estudo deve submetê-lo à nova Consulta Nacional, como 2º Projeto de 
Norma. Porém, se as objeções recebidas forem de tal ordem que não seja possível obter o consenso necessário para 
a sua aprovação, a CE poderá solicitar o seu cancelamento à ABNT ou continuar a sua discussão. 
 
 Após aprovação obtida no processo descrito, o Projeto de Norma aprovado é encaminhado à ABNT que, na 
qualidade de Foro Nacional de Normalização, faz a sua homologação, após o que passa a ser denominado de Norma 
Brasileira (ABNT NBR). A ABNT deve sempre tornar pública uma ABNT NBR. 
10 
 
 
4.4 – COMITÊ BRASILEIRO Nº 02 (CB-02 ou COBRACON). 
 
 O CB-02 é o responsável pela elaboração das normas técnicas de componentes, elementos, produtos ou 
serviços, utilizados na construção Civil, abrangendo seus aspectos referentes ao planejamento, projeto, execução, 
métodos de ensaio, armazenamento, transporte, operação, uso e manutenção e necessidades do usuário, 
subdivididas setorialmente. 
 
 O âmbito de atuação do CB-02 abrange: cerâmica vermelha e para revestimento; argamassa; pisos; gesso 
para construção civil; pedras naturais; componentes de fibrocimento; produtos de cimento; blocos sílico calcáreo; 
sistemas e componentes pré-fabricados de concreto; aparelhos e componentes sanitários; plásticos, plásticos 
reforçados e materiais sintéticos para construção civil; componentes de borracha; tintas e vernizes para construção 
civil; forros, divisórias e pisos elevados; esquadrias de ferro, aço e alumínio e seus componentes, incluindo 
fechaduras e acessórios; aplicação de vidros em edificações; aplicação de esquadrias de madeira e seus 
componentes em edificações; projeto estrutural; alvenaria estrutural; estruturas metálicas, de concreto e de 
madeira; propriedades dos solos e rochas; obras geotécnicas e de fundação; produtos e processos geossintéticos, 
construção metro-ferroviária; portos; rodovias e vias públicas; engenharia de avaliações; perícias na construção civil; 
conforto ambiental e energia nas edificações; desempenho de edificações e seus componentes; topografia; 
urbanização; projetos urbanísticos e de arquitetura; gerenciamento ecustos na construção civil; engenharia de 
manutenção; ferramentas na construção, segurança e condições de trabalho; tratamento e abastecimento de água; 
coleta e tratamento de esgotos; componentes para saneamento básico; componentes e tubulações de aço; ferro 
fundido e ferro galvanizado para saneamento; sistemas prediais hidráulico-sanitários; sistemas prediais de 
automação e comunicação; no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades. 
 
 Existem outros comitês técnicos que se relacionam diretamente ao CB-02, como mostra a figura 01: 
 
 
 
 
 
 
Figura 01 – Comitês que se relacionam com o CB-02 
Texto original de Kelly Carvalho - Construção Mercado 41 - dezembro de 2004 
11 
 
 
4.5 – NORMAS TÉCNICAS RELACIONADAS COM A CONSTRUÇÃO CIVIL 
A fim de auxiliar no conhecimento, relacionamos abaixo algumas normas técnicas relacionadas com a 
construção civil, separadas por assunto: 
 
a. ACESSIBILIDADE 
NBR 9050: Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, mobiliário e equipamentos urbanos 
b. AÇO 
 
c. ACÚSTICA 
NBR 8572: Fixação de valores de redução de nível de ruído para tratamento acústico de edificações expostas ao 
ruído aeronáutico – procedimento 
NBR 10151: Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – procedimento 
NBR 10152: Níveis de ruído para conforto acústico 
NBR 10830: (TB 355) Acústica dos edifícios 
NBR 12179: Tratamento acústico em recintos fechados - procedimento 
d. ALVENARIA - BLOCOS 
NBR 5712: Blocos vazados modular de concreto 
NBR 6460: jun-83 Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Verificação da resistência à compressão 
NBR 7170: jun-83 Tijolo maciço cerâmico para alvenaria 
NBR 7173: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural 
NBR 8041: jun-83 Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Forma e dimensões 
NBR 8545: 01-jul-84 Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos 
NBR 12117: 01-out-91 Blocos vazados de concreto para alvenaria - Retração por secagem. 
NBR 12118: 01-out-91 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Determinação da absorção de água, do 
teor de umidade e da área líquida 
NBR 14956-1: 01-mai-03 Blocos de concreto celular autoclavado - Execução de alvenaria sem função estrutural - 
Parte 1: Procedimento com argamassa colante industrializada 
NBR 14956-2: 01-mai-03 Bloco de concreto celular autoclavado - Execução de alvenaria sem função estrutural - Parte 
2 : Procedimento com argamassa convencional 
NBR 15270-1: 31-ago-05 Componentes cerâmicos - Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação - 
Terminologia e requisitos 
NBR 15270-2: 31-ago-05 Componentes cerâmicos - Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - 
Terminologia e requisitos 
NBR 15270-3: 31-ago-05 Componentes cerâmicos - Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação 
- Método de ensaio 
 
12 
 
e. ALVENARIA - ESTRUTURAL 
NBR 6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural 
NBR 8215: 01-out-83 Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio à 
compressão 
NBR 8798: 01-fev-85 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto 
NBR 8949: 01-jul-85 Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio à compressão simples 
NBR 10837: Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto - procedimento 
NBR 14321: 01-mai-99 Paredes de alvenaria estrutural - Determinação da resistência ao cisalhamento. 
NBR 14322: 01-mai-99 Paredes de alvenaria estrutural - Verificação da resistência à flexão simples ou à flexo-
compressão. 
f. AMOSTRAGEM 
NBR 5425: Guia para inspeção por amostragem no controle e certificação de qualidade 
NBR 5426 Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos 
NBR 5427: Guia para utilização da norma NBR 5426 – Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por 
atributos 
NBR 5428: Procedimentos estatísticos para determinação da validade de inspeção por atributos feitos pelos 
fornecedores 
NBR 5429: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por variáveis 
NBR 5430: Guia de utilização da norma NBR 5429 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por 
variáveis 
g. AR CONDICIONADO 
NBR 6401: Instalações de centrais de ar condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projeto 
NBR 10080: 01-nov-87 Instalações de ar condicionado para salas de computadores 
h. AR CONDICIONADO - CONDICIONADORES 
NBR 6675: 02-jul-93 Instalação de condicionadores de ar de uso doméstico (tipo monobloco ou modular) 
NBR 14679 01-abr-01 Sistemas de condicionamento de ar e ventilação - Execução de serviços de higienização 
i. ARGAMASSA 
NBR 8490: 01-abr-84 Argamassas endurecidas para alvenaria estrutural - Retração por secagem 
NBR 9778: 29-jul-05 Argamassa e concreto endurecidos - Determinação da absorção de água, índice de vazios e 
massa específica - (Errata 31/05/2006) 
NBR 9779: 02-abr-95 Argamassa e concreto endurecidos - Determinação da absorção de água por capilaridade 
NBR 10908 :01-jan-90 Aditivos para argamassa e concretos - Ensaios de uniformidade 
NBR 11173: Projeto e Execução de Argamassa Armada 
NBR 11801: 01-abr-92 Argamassa de alta resistência mecânica para pisos 
NBR 12041: 01-abr-92 Argamassa de alta resistência mecânica para pisos - Determinação da resistência à 
compressão simples e tração por compressão diametral 
13 
 
NBR 13276: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e 
determinação do índice de consistência 
NBR 13277: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da retenção 
de água 
NBR 13278: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da 
densidade de massa e do teor de ar incorporado 
NBR 13279: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da 
resistência à tração na flexão e à compressão 
NBR 13280: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da 
densidade de massa aparente no estado endurecido 
NBR 13281: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos 
NBR 15259: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da absorção 
de água por capilaridade e do coeficiente de capilaridade 
NBR 15261: 30-set-05 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da variação 
dimensional (retração ou expansão linear) 
j. ARGAMASSA - ASSENTAMENTO 
NBR 9287: 01-mar-86 Argamassa de assentamento para alvenaria de bloco de concreto - Determinação da retenção 
de água 
NBR 14081: 01-dez-04 Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Requisitos 
NBR 14083: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – determinação do tempo 
em aberto 
NBR 14084: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – determinação da 
resistência de aderência 
NBR 14086: 31-dez-04 Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Determinação da 
densidade de massa aparente 
k. ARGAMASSA - REVESTIMENTO 
NBR 7200: 01-ago-98 Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento 
NBR 13528: 01-nov-95 Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Determinação da resistência de 
aderência à tração 
NBR 13529: 01-nov-95 Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Terminologia 
NBR 13530: 01-nov-95 Revestimento de paredes e tetos de argamassasinorgânicas - Classificação 
NBR 13749: 01-dez-96 Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação 
NBR 15258: 30-set-05 Argamassa para revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência potencial de 
aderência à tração 
l. AZULEJO / CERÂMICA 
NBR 5716: fev.82 Componentes de cerâmica, de concreto ou de outro material utilizado em lajes mistas na 
construção coordenada modularmente. 
NBR 8214: 01-out-83 Assentamento de azulejos 
14 
 
NBR 13753: 01-dez-96 Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa 
colante - Procedimento 
NBR 13754: 01-dez-96 Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa 
colante - Procedimento 
NBR 13755: 01-dez-96 Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de 
argamassa colante - Procedimento 
NBR 13816: 01-abr-97 Placas cerâmicas para revestimento - Terminologia 
NBR 13817:01-abr-97 Placas cerâmicas para revestimento – Classificação 
NBR 13818: 01-abr-97 Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios 
m. CAIXILHOS 
NBR 6485: Caixilho para edificações – janela, fachada – cortina e porta externa – verificação de penetração de ar 
NBR 6486: Caixilho para edificações – janela, fachada – cortina e porta externa – verificação de estanqueidade à 
água 
NBR 6487: Caixilho para edificações – janela, fachada – cortina e porta externa – verificação de comportamento 
quando submetidos a cargas uniformemente distribuídas 
NBR 10820: (TB 354) Caixilho para edificação – janela – terminologia 
NBR 10821: Caixilho para edificação – janelas 
NBR 10829: (NB 1220) Caixilho para edificação – janela – medição de atenuação acústica – método de ensaio 
NBR 10831: (NB 1220) Projeto e utilização de caixilhos para edificações de uso residencial e comercial – janelas 
n. COBERTURA 
NBR 8039: Projeto e execução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa 
NBR 8055: 01-set-85 Parafusos, ganchos e pinos usados para a fixação de telhas de fibrocimento - Dimensões e tipos 
NBR 13858-1: 01-abr-97 Telhas de concreto - Parte 1: Projeto e execução de telhados 
NBR 13858-2: 01-abr-97 Telhas de concreto - Parte 2: Requisitos e métodos de ensaio 
NBR 14513: 01-nov-02 Telhas de aço revestido de seção ondulada - Requisitos 
NBR 14514: 01-jun-02 Telhas de aço revestido de seção trapezoidal - Requisitos 
NBR 15310: 30-nov-05 Componentes cerâmicos - Telhas - Terminologia, requisitos e métodos de ensaio. 
o. ELÉTRICA 
NBR 5111: 01-mai-97 Fios de cobre nus, de seção circular, para fins elétricos - Especificação 
NBR 5118: 01-nov-85 Fios de alumínio nus de seção circular para fins elétricos 
NBR 5349: 01-fev-97 Cabos nus de cobre mole para fins elétricos - Especificação 
NBR 5354: Requisitos gerais para material de instalações elétricas 
NBR 5382: Verificação de iluminância de interiores 
NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão 
NBR 5413: Iluminância de Interiores 
NBR 5444: Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais 
NBR 5456: Eletricidade geral – Terminologia 
15 
 
NBR 5461: Iluminação 
NBR 6150: 01-dez-80 Eletroduto de PVC rígido 
NBR 6349: 01-abr-91 Fios, barras e cordoalhas de aço para armaduras de protensão - Ensaio de tração 
NBR 6689: 30-jul-81 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas prediais 
NBR 8451: 01-fev-98 Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica - Especificação 
NBR 8452: 01-fev-98 Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica – Padronização 
NBR 8837: Iluminação esportiva 
NBR 12523: Símbolos gráficos de equipamentos de manobra e controle e de dispositivos de proteção 
NBR 13418: 01-jul-95 Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança 
NBR 13534: 01-nov-95 Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde – Requisitos para segurança 
NBR 13570: Instalações elétricas em locais de afluência de público – requisitos específicos 
NBR 13571: 01-fev-96 Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios 
NBR 14039: 31-mai-05 Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV 
p. ELEVADORES 
NBR 5665: Cálculo de tráfego nos elevadores – procedimento 
q. EQUIPAMENTO URBANO 
NBR 9283: Mobiliário urbano – classificação 
NBR 9284: Equipamento urbano – classificação 
r. ESQUADRIAS (ver caixilho) 
 
s. ESTRUTURA 
NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - procedimento 
NBR 6120: 01-nov-80 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações - (Errata 01/04/2000) 
NBR 6123: 01-jun-88 Forças devidas ao vento em edificações - (Errata 01/12/1990) 
NBR 8953: Concreto para fins estruturais – classificação por grupos de resistência 
t. ESTRUTURA - AÇO 
NBR 8800: 01-abr-86 Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites) - Erratas 
(30/07/1988 e 30/04/1997) 
NBR 9971: 01-ago-87 Elementos de fixação dos componentes das estruturas metálicas 
NBR 14323: 01-jun-99 Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio Procedimento 
u. ESTRUTURA – CONCRETO 
NBR 5738: 30-dez-03 Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova 
NBR 5739: 01-jul-94 Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos 
NBR 7176: Mourões de concreto armado para cercas de arame farpado 
NBR 7211: 30-mar-05 Agregados para concreto - Especificação - (Errata 29/07/2005) 
16 
 
NBR 7212: 01-dez-84 Execução de concreto dosado em central 
NBR 7584: 01-mar-95 Concreto endurecido - Avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão 
NBR 7680: 01-jan-83 Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto 
NBR 8224: 01-nov-83 Concreto endurecido - Determinação da fluência 
NBR 8453: Cruzeta de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica 
NBR 8454: Cruzeta de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica – Dimensões 
NBR 9062: Projeto e execução de Estruturas de concreto Pré-moldado 
NBR 9607: 01-set-86 Prova de carga em estruturas de concreto armado e protendido. 
NBR 9935: 29-jul-05 Agregados - Terminologia 
NBR 10342: 02-set-92 Concreto - Perda de abatimento 
NBR 10786: 01-nov-89 Concreto endurecido - Determinação do coeficiente de permeabilidade à água 
NBR 11768: 01-jan-92 Aditivos para concreto de cimento Portland 
NBR 12317: 01-jan-92 Verificação de desempenho de aditivos para concreto 
NBR 12654: 01-jun-92 Controle tecnológico de materiais componentes do concreto – (Errata 01/03/2000) 
NBR 12655: 14-ago-06 Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento. (NORMA 
ATUALIZADA ) 
NBR 12815: 01-fev-93 Concreto endurecido - Determinação do coeficiente de dilatação térmica linear 
NBR 12816: 01-fev-93 Concreto endurecido - Determinação da capacidade de deformação de concreto submetido à 
tração na flexão 
NBR 12817: 01-mar-93 Concreto endurecido - Determinação do calor específico 
NBR 14931: Execução de estruturas de concreto - procedimento 
NBR 15146: 01-out-04 Controle tecnológico de concreto - Qualificação de pessoal – Requisitos 
NBR 15305: - Produtos pré-fabricados de materiais cimentícios reforçados com fibra de vidro - Procedimentos para o 
controle da fabricação 
NBR NM 33: 01-fev-98 Concreto - Amostragem de concreto fresco 
NBR NM 67: 01-fev-98 Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone 
NBR NM 9: 17-jul-03 Concreto e argamassa - Determinação dos tempos de pega por meio de resistência à 
penetração 
NM 55: 01-jan-96 Concreto - Determinação da resistência à tração na flexão de corpos-de-prova prismáticos 
NM 8: 01-jan-94 Concreto - Determinação da resistência à tração por compressão diametralv. FUNDAÇÃO 
NBR 6122: Projeto e execução de fundações 
NBR 9061: 01-set-85 Segurança de escavação a céu aberto 
NBR 11682: 01-set-91 Estabilidade de taludes 
w. FUNDAÇÃO - ESTACA 
NBR 12131 01-abr-92 Estacas - Prova de carga estática 
17 
 
x. FUNDAÇÃO – SOLO 
NBR 5681: 01-nov-80 Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações 
NBR 6484: Solo – sondagens de simples reconhecimento com SPT – método de ensaio 
NBR 6497: Levantamento geotécnico 
NBR 7182: 01-ago-86 Solo - Ensaio de compactação 
NBR 8036: Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios 
NBR 8044: Projeto geotécnico - procedimento 
NBR 9603: Sondagem a trado 
NBR 12069: 01-jun-91 Solo - Ensaio de penetração de cone in situ (CPT) 
NBR 12102: 01-nov-91 Solo - Controle de compactação pelo método de Hilf 
NBR 14545: 01-jul-00 Solo - Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável 
y. GÁS 
NBR 13103: 31-mar-06 Instalação de aparelhos a gás para uso residencial — Requisitos dos ambientes 
NBR 13523: 28-fev-06 Central de gás liquefeito de petróleo (GLP) 
NBR 13932: Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – projeto e execução 
NBR 13933: 01-ago-97 Instalações internas de gás natural (GN) - Projeto e execução 
NBR 14024: Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) - sistema de abastecimento a granel 
NBR 14177: 01-ago-98 Tubo flexível metálico para instalações domésticas de gás combustível 
NBR 14570: 01-ago-00 Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e execução 
z. GESSO 
NBR 12127: Gesso para construção- determinação das propriedades físicas do pó – métodos de ensaio 
NBR 12128: (MB 3469) Gesso para construção- determinação das propriedades físicas da pasta 
NBR 12129: (MB 3470) Gesso para construção- determinação das propriedades mecânicas 
NBR 12130: (MB 3471) Gesso para construção- determinação da água livre e de cristalização e teores de óxido de 
cálcio e anidrido sulfúrico – métodos de ensaios 
NBR 12775: Placas lisas de gesso para forro – determinação das dimensões e propriedades físicas 
NBR 13207: Gesso para construção civil 
NBR 13867: Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de gesso – materiais, preparo, aplicação e 
acabamento 
aa. GESSO ACARTONADO 
NBR 14715: 01-jul-01 Chapas de gesso acartonado – Requisitos 
NBR 14716: 01-jul-01 Chapas de gesso acartonado - Verificação das características geométricas 
NBR 14717: 01-jul-01 Chapas de gesso acartonado - Determinação das características físicas 
NBR 15217: 29-abr-05 Perfis de aço para sistemas de gesso acartonado – Requisitos 
NBR 15758-1: 04.10.2009 Sistemas construtivos em chapas de gesso para Drywall – projetos e procedimentos 
executivos para montagem – parte 1: Requisitos para sistemas usados como paredes. 
18 
 
NBR 15758-2: 04.10.2009 Sistemas construtivos em chapas de gesso para Drywall – projetos e procedimentos 
executivos para montagem – parte 2: Requisitos para sistemas usados como forros. 
NBR 15758-3: 04.10.2009 Sistemas construtivos em chapas de gesso para Drywall – projetos e procedimentos 
executivos para montagem – parte 3: Requisitos para sistemas usados como revestimentos. 
ab. HIDRÁULICA 
NBR 6493: Emprego de cores para identificação de tubulações 
NBR 12266: 01-abr-92 Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou drenagem 
urbana 
ac. HIDRÁULICA - AF 
NBR 5626: Instalação predial de água fria 
NBR 5648: 01-jan-99 Sistemas prediais de água fria - Tubos e conexões de PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldável – 
Requisitos 
NBR 5680: Dimensões de tubos de PVC rígido 
NBR 9256: 01-fev-86 Montagem de tubos e conexões galvanizados para instalações prediais de água fria 
NBR 10570: 01-dez-88 Tubos e conexões de PVC rígido com junta elástica para coletor predial e sistema condominial 
de esgoto sanitário - Tipos e dimensões 
NBR 14301: 01-mai-99 Sistemas de ramais prediais de água - Tubos de polietileno PE – Determinação das dimensões 
ad. HIDRÁULICA - AP 
NBR 5688: 01-jan-99 Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação - Tubos e conexões de PVC, tipo 
DN – Requisitos 
NBR 10844: Instalações prediais de águas pluviais - procedimento 
ae. HIDRÁULICA - AQ 
NBR 7198: 02-set-93 Projeto e execução de instalações prediais de água quente 
NBR 15345: 31-mar-06 Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre - Procedimento 
af. HIDRÁULICA - CERÂMICO 
NBR 15098: 30-jun-04 Aparelhos sanitários de material cerâmico - Procedimento para instalação 
ag. HIDRÁULICA - ESGOTO 
NBR 7229: 01-set-93 Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos 
NBR 7367: Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto sanitário – procedimento 
NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução 
NBR 9814: Execução de rede coletora de esgoto sanitário – procedimento 
NBR 13969: 01-set-97 Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes 
líquidos - Projeto, construção e operação 
NBR 14486: Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário – projeto de redes coletoras com tubos de PVC 
ah. IMPERMEABILIZAÇÃO 
NBR 9574: Execução de impermeabilização 
NBR 9575: Projeto de impermeabilização 
19 
 
NBR 9690: Mantas e polímeros para impermeabilização 
ai. INCORPORAÇÃO 
NBR 5670: 30-dez-77 Seleção e contratação de serviços e obras de engenharia e arquitetura de natureza privada 
NBR 5671: 01-jun-90 Participação dos intervenientes em serviços e obras de engenharia e arquitetura 
NBR 5675: 01-nov-80 Recebimento de serviços e obras de engenharia e arquitetura 
NBR 12721: 28-ago-06 Avaliação de custos unitários de construção para incorpooração imobiliária e outras 
disposições para condomínios edifícios edilícios - Procedimento 
NBR 12722: 01-ago-92 Discriminação de serviços para construção de edifícios 
NBR 13752: 01-dez-96 Perícias de engenharia na construção civil 
NBR 14645-1: Elaboração do "como construído" (as built) para edificações - Parte 1: Levantamento planimétrico e 
cadastral de imóvel urbanizado com área até 25.000 m2, para fins de estudos, projetos e edificação - Procedimento 
NBR 14645-2: 30-dez-05 Elaboração do "como construído" (as built) para edificações - Parte 2: Levantamento 
planimétrico para registro público, para retificação de imóvel urbano - Procedimento 
NBR 14645-3: 30-dez-05 Elaboração do "como construído" (as built) para edificações - Parte 3: Locação topográfica e 
controle dimensional da obra - Procedimento 
aj. LAJES PRÉ-FABRICADAS 
NBR 14859-1: Laje pré-fabricada – requisitos – parte 1: lajes unidirecionais 
NBR 14859-2: Laje pré-fabricada – requisitos – parte 1: lajes bidirecionais 
NBR 14860-1: Laje pré-fabricada – pré-laje - requisitos – parte 1: lajes unidirecionais 
NBR 14860-2: Laje pré-fabricada – pré-laje - requisitos – parte 1: lajes bidirecionais 
NBR 14861: Laje pré-fabricada – painel alveolar de concreto protendido - requisitos 
ak. MANUTENÇÃO 
NBR 5674: 01-set-99 Manutenção de edificações Procedimento 
NBR 14037: 01-mar-98 Manual de operação, uso e manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para 
elaboração e apresentação 
al. PAVIMENTAÇÃO 
NBR 11171: 01-jan-90 Serviços de pavimentação 
am. PINTURA 
NBR 5829: Determinação de Massa específica 
NBR 5839: Coleta de amostras de tintas e vernizes 
NBR 6312: (NB 2014) Inspeção visual de embalagens contendo tintas, vernizes e produtos afins 
NBR 9675: Segurança na fabricação de tintas 
NBR 9676: Tintas determinação do poder de cobertura (opacidade) – métodos de ensaio 
NBR 9675: Segurança na fabricação de tintas– procedimento 
NBR 11702: Tintas para edificações não residenciais 
NBR 12311: 01-abr-92 Segurança no trabalho de pintura 
20 
 
NBR 12554: Tintas para edificações não industriais - terminologia 
NBR 13245: 01-fev-95 Execução de pinturas em edificações não industriais 
NBR 14847: 01-abr-02 Inspeção de serviços de pintura em superfícies metálicas Procedimento 
NBR 14942: Determinação do Poder de cobertura de tinta seca 
NBR 14943: Determinação do Poder de cobertura de tinta úmida 
NBR 14951: 01-abr-03 Sistemas de pintura em superfícies metálicas - Defeitos e correções 
NBR 15078: Determinação de Resistência a abrasão úmida sem pasta abrasiva 
NBR 15079: Tintas para a construção civil - especificação dos requisitos mínimos de desempenho de tintas para 
edificações não industriais – tinta látex econômica nas cores claras 
NBR 15299: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Determinação de brilho 
NBR 15301: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Determinação da resistência de tintas e complementos ao crescimento de fungos em 
câmara tropical 
NBR 15303: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Determinação da absorção de água de massa niveladora 
NBR 15304: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Avaliação de manchamento por água 
NBR 15311: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Determinação do tempo de secagem de tintas e vernizes por medida instrumental 
NBR 15312: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Determinação da resistência à abrasão de massa niveladora 
NBR 15313: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Procedimento básico para lavagem, preparo e esterilização de 
materiais utilizados em análises microbiológicas 
NBR 15314: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método para avaliação de desempenho de tintas para 
edificações não industriais — Determinação do poder de cobertura em película de tinta seca obtida por extensão 
NBR 15315: 30-dez-05 Tintas para construção civil — Método de ensaio de tintas para edificações não industriais — 
Determinação do teor de sólidos 
an. PISCINA 
NBR 9816: Piscina – Terminologia 
NBR 9818: Projeto e execução de piscina (tanque e área circundante) 
NBR 9819: Piscina – Classificação 
NBR 10339: Projeto e execução de piscina – sistema de recirculação e tratamento 
NBR 10819: Projeto e execução de piscina (casa de máquinas, vestiários e banheiros) 
NBR 11238: Segurança e higiene de piscinas 
NBR 11239: (NB 1300) Projeto e execução de piscina (equipamentos para a borda do tanque) 
ap. PISO 
NBR 6451: Taco de madeira para soalho - especificação 
21 
 
NBR 7686: 01-jan-83 Revestimentos têxteis de piso 
NBR 7206: Placas de mármore natural para revestimento de pisos - Padronização 
NBR 12260: 01-dez-90 Execução de piso com argamassa de alta resistência mecânica 
NBR 14833-2: 21-jul-03 Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta resistência - Parte 2: Procedimentos 
para aplicação e manutenção 
aq. PISOS ELEVADOS 
NBR 11802: 01-fev-91 Pisos elevados - Adequação ao uso 
NBR 12516: 01-fev-91 Pisos elevados - Simbologia 
ar. PLAYGROUND 
NBR 14350-1: 01-jul-99 Segurança de brinquedos de playground - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio - ( Errata 
(02/10/1999) 
as. PORTA 
NBR 8037: 01-jun-83 Porta de madeira de edificação 
NBR 8052: Porta de madeira de edificações – Dimensões - Padronização 
NBR 8542: 01-set-86 Desempenho de porta de madeira de edificação 
at. PROJETOS 
NBR 6492: Representação de projetos de arquitetura 
NBR 7190: Projeto de estrutura de madeira 
NBR 7808: Símbolos gráficos para projetos estruturais 
NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico – procedimento 
NBR 10068: Folha de desenho - leiaute e dimensões 
NBR 13531: Elaboração de projetos de edificações – atividades técnicas 
NBR 13532: Elaboração de projetos de edificações – arquitetura 
NBR 13707: Projeto de revestimento de paredes e estruturas com placa de rocha 
au. SEGURANÇA 
NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas 
NBR 6135: 30-abr-92 Chuveiros automáticos para extinção de incêndio Especificação 
NBR 6479: 02-abr-92 Portas e vedadores Determinação da resistência ao fogo 
NBR 7195: Cores para segurança 
NBR 7679: Termos básicos relativos à cor – terminologia 
NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas – procedimento 
NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios 
NBR 9441: 01-mar-98 Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio Procedimento 
NBR 10898: Sistema de Iluminação de emergência 
NBR 11742: Porta corta-fogo para saída de emergência – especificação 
22 
 
NBR 11785: Barra Antipânico – Requisitos 
NBR 11836: Detectores de automáticos de fumaça para proteção contra incêndio 
NBR 12615: Sistema de combate a incêndio por espuma - procedimento 
NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio – procedimento 
NBR 13434-1: 31-mar-04 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1: Princípios de projeto 
NBR 13434-2: 31-mar-04 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 2: Símbolos e suas formas, 
dimensões e cores 
NBR 13434-3: 29-jul-05 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio 
NBR 13714: Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 
NBR 13768: 01-jan-97 Acessórios destinados à porta corta-fogo para saída de emergência – Requisitos 
NBR 13792: Proteção contra incêndio por sistema de chuveiros automáticos para áreas de armazenamento em geral 
– procedimento 
NBR 13848: Acionador manual para utilização em sistemas de detecção e alarme de incêndio 
NBR 14100: Proteção contra incêndio – símbolos gráficos para projetos 
NBR 14432: Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações - procedimento 
NBR 14718: 01-jul-01 Guarda-corpos para edificação 
NBR 14880: Saídas de emergência em edifícios- escadas de segurança – controle de fumaça por pressurização 
av. TELEFONIA 
NBR 13300: Redes telefônicas internas em prédios 
NBR 13301: Redes telefônicas internas em prédios 
NBR 13726: Redes telefônicas internas em prédios – Tubulação de entrada telefônica – projeto 
NBR 13727: Redes telefônicas internas em prédios – Plantas / partes componentes de projeto de tubulação 
telefônica 
NBR 13822: 01-mai-97 Redes telefônicas em edificações com até cinco pontos telefônicos – Projeto 
NBR 14306: Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas de telecomunicações em 
edificações – Projeto 
NBR 14565: Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede 
interna estruturada 
ax. TOPOGRAFIA 
NBR 13133: 30-mai-94 Execução de levantamento topográfico 
ay. VIDRO 
NBR 7199: Projeto, execução e aplicação de vidros na construção civil 
NBR 11706: Vidros para construção civil - especificação 
NBR 14207: Boxes de banheiro, fabricados com vidro de segurança temperado – projeto, instalação e materiais 
utilizados 
 
 
23 
 
5. A CONSTRUÇÃO CIVIL NOS CÓDIGOS DO CONSUMIDOR E CIVIL 
 
 
5.1 – DEFINIÇÕES 
 
 O Código do consumidor3 estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e 
interesse social, nos termos dos artigos 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federale artigo 48 de suas 
Disposições Transitórias. 
 
 Este código define consumidor como sendo toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou 
serviço como destinatário final. Equipara-se consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que 
haja intervindo nas relações de consumo. 
 
 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 
 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
 
 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de 
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
 
5.2 – RELAÇÃO CONSUMIDOR/FORNECEDOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO CDC 
 
 Segundo VASCONCELOS4 o Código de Defesa do Consumidor – CDC entrou em vigor em 11/03/1991 e 
mudou profundamente as relações consumidores / fornecedores, inclusive na construção civil, alterando alguns 
prazos de reclamação e prescrição e explicitando que os prazos de garantia contratuais se somam aos prazos de 
garantia legais, mas sem revogar o Código Civil. Conforme seu artigo 1º “é de ordem pública”, indicando que suas 
disposições não podem ser alteradas por cláusulas contratuais, que seriam considerações nulas. 
 
 O CDC prevê a responsabilidade do construtor nas três fases do empreendimento: 
1ª - na fase de projeto, quando os vícios previsíveis podem ser evitados; 
2ª - na fase de fabricação ou execução, quando outros vícios imprevistos podem e devem ser contornados; 
3ª - na fase pós-ocupação, dentro do prazo de garantia, dentro do qual é de se esperar desempenho da obra 
correspondente ao prometido, e onde informações ou instruções adequadas podem evitar o aparecimento de novos 
problemas. 
 
5.3 – DISTINÇÃO ENTRE VÍCIO E DEFEITO NO CDC 
 As falhas construtivas no Código de Defesa do Consumidor distinguem os vícios, defeitos e danos deles 
decorrentes e estão adiante resumidas baseando-se nas definições em GRANDISKI (2003)5: 
 
DEFEITO - de acordo com o artigo 12 § 1º do CDC, a palavra defeito passa a caracterizar um tipo especial de falha ou 
anomalia, que afeta ou ameaça afetar a saúde ou segurança do consumidor (risco potencial). Portanto, o defeito é 
um vício acrescido de uma coisa extrínseca, que causa um dano maior que simplesmente o mau funcionamento. 
 
3 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – Lei nº 8.078 de 11/09/1990. 
4 VASCONCELOS, IRACILDE CLARA; Gerenciamento pela qualidade na construção civil: a importância do 
perito engenheiro em empreendimentos, artigo publicado no XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 
2006. 
5 GRANDISKI,P: Apostila Perícias em Edificações. São Paulo. 2003. 
24 
 
 
A NBR 13752/966 define DANO E VÍCIO como: 
 
VÍCIOS: Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados aos fins a que se 
destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor. Podem decorrer de falha de projeto, ou da 
execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua utilização ou manutenção. 
 
DANO: Ofensa ou diminuição do patrimônio moral ou material de alguém, resultante de delito extracontratual ou 
decorrente de instituição de servidão. No Código de Defesa do Consumidor, são as conseqüências dos vícios e 
defeitos do produto ou serviço. 
 
 Temos notícias de defeitos na construção civil que afetam a incolumidade físicopsíquica do consumidor e de 
terceiros, como por exemplo, os casos de obras que desabam, e/ou suas artes e componentes, como marquises, 
forros, pontaletes, caibros, martelos, etc, que ocorreram causando lesões ou mortes; canos de esgoto mal instalados 
que contaminam a caixa d’água, podendo causar doenças, etc. 
 
 São classificados como defeitos os que podem afetar a saúde do consumidor, como os pisos escorregadios 
ou irregulares ou que se tornam escorregadios quando molhados, degraus com alturas não uniformes, mal 
sinalizados em pisos e calçadas, vidros não laminados passíveis de rompimento, iluminação insuficiente ou falta de 
sinalização que possibilitem quedas ou acidentes, falta de advertência quanto à manipulação de produtos químicos 
(ácido muriático, soda cáustica, tintas, solventes, etc), falhas construtivas de grande porte, que permitam infiltração 
de água, com formação de fungos e mofo, resultando numa edificação inabitável, etc. 
 
5.4 – DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO OU SERVIÇO 
 
 Os artigos 12 a 17 do CDC constituem a Seção II – DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO OU 
SERVIÇO, dizem respeito à proteção e segurança do consumidor (danos causados pelo produto ou serviço). O Código 
de Defesa do Consumidor abandonou a teoria da culpa, adotada pelo Código Civil, para aceitar a teoria do risco 
(responsabilidade objetiva) aplicável aos construtores, nos casos dos defeitos (falhas que afetam ou ameaçam afetar 
a segurança do consumidor). No texto do art. 12 (Seção II – que trata dos defeitos), consta literalmente que: 
 
 “O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos 
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e 
riscos”. 
 
 Simplificando, nas relações de consumo envolvendo defeitos não há necessidade de provar a culpa do 
construtor, basta provar que existem os danos causados pela falha construtiva, causando um prejuízo à sua saúde 
(defeito) e que existe um nexo de causalidade entre construção e esses danos para que o executante (construtor ou 
construtora) seja condenado. Porém, se for provado que a origem do problema foi provocada por terceiros a 
responsabilidade poderá ser abrandada, como por exemplo:- outra obra ao lado, fazendo rebaixamento de lençol 
freático, que deu origem ao risco de desabamento. 
 
 No mesmo artigo 12 o CDC salienta: 
 
 
6 NBR 13.752/96:Associação Brasileira de Normas Técnicas: ABNT: Perícias de engenharia na construção civil. 
25 
 
a. Parágrafo 1: o serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, 
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
I – o modo de seu fornecimento; 
II – o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III – a época em que foi fornecido. 
b. Parágrafo 2: O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 
c. Parágrafo 3: O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: 
I – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
Devemos atentar que nem o caso fortuito e o de força maior foram incluídos nos itens excludentes da 
responsabilidade na prestação de serviços. Os detalhes conceituais estão no item seguinte. A gravidade deste fato 
evidencia-se, por exemplo, no caso de perdas de prazo de execução de fundações ou pinturas externas, afetadas por 
chuva contínua. 
 
5.5 - DEFEITOS DE CONSTRUÇÃO 
 
 O Código Civil de 2002 garante ao consumidor seu direito de pleitear junto às incorporadoras e construtoras 
as devidas reparações de danos decorrentes de vícios e defeitos da construção de suas unidades e das áreas comunsdos prédios, mesmo após seis meses de sua ocorrência e conhecimento. Segundo Grandiski (2003), a lei em vigor 
manteve o prazo de cinco anos de garantia. E de forma análoga ao disposto no parágrafo único do artigo 618 do 
Novo Código Civil, em vigor, aparecendo o vício ou defeito, o proprietário do imóvel (área privativa) ou síndico (área 
comum) deverá propor a ação contra o incorporador/construtor em 180 dias a partir do conhecimento da existência 
de um vício ou defeito, sob pena de decadência. No entanto, não explicita qual seria a ação proposta sob pena de 
perda deste direito. 
 
5.6 - PRAZO DE GARANTIA DE 5 ANOS PARA SOLIDEZ E SEGURANÇA 
 
 No art. 1245 do Novo Código Civil, o prazo de garantia para solidez e segurança na construção civil foi 
mantido em 5 anos, no Novo Código Civil no art. 618 simplesmente reproduz o art. 1245 do Código Civil, acrescido 
da palavra “irredutível” e eliminando a possibilidade de isenção de responsabilidade quanto ao solo. Entretanto, 
conforme regulamenta o Parágrafo Único do mesmo artigo, surgindo o vício ou o defeito, o dono da obra tem prazo 
máximo de 6 meses para reclamar após seu surgimento: 
 
“Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construção consideráveis, o empreiteiro de materiais e 
execução responderá durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em 
razão dos materiais, como do solo.” 
 
Parágrafo Único – “Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o 
empreiteiro, nos seis meses seguintes ao aparecimento do vício ou defeito. Porém, se a feita a reclamação, se a 
mesma não for atendida, o reclamante terá prazo de prescrição máximo de 10 anos para promover a respectiva ação 
contra o construtor”. 
 
 Segundo Grandiski ( 2003), convém ressaltar que:- 
a. o prazo máximo de prescrição de 10 anos, substitui os 20 anos para prédios entregues a partir de 11/01/2003; 
b. se a falha estrutural ou muito grave aparecer dentro dos cincos anos de garantia, previstos no art. 618 do Novo 
Código Civil, presume-se a culpa do construtor; 
c. se surgir após o prazo de cinco anos, a culpa do construtor não pode ser presumida, deve-se prová-la através de 
perícia judicial. 
26 
 
 
6. PLANO DIRETOR 
Definições, diretrizes da NBR 12.267:1992 – Norma para elaboração de Plano Diretor 
 
6.1 – Definições 
 
6.1.1 - Plano Diretor 
 
 Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de 
desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados. 
 
6.1.2 – Política de desenvolvimento urbano 
 Conjunto de objetivos e diretrizes para orientar a ação governamental relativa à distribuição da população e 
das atividades urbanas no território, definindo as prioridades respectivas, tendo em vista ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e o bem-estar da população. 
 
6.1.3 – Função social da cidade 
 
 Função que deve cumprir a cidade a fim de assegurar as condições gerais para o desenvolvimento da 
produção, do comércio e dos serviços, e, particularmente, para a plena realização dos direitos dos cidadãos, como o 
direito à saúde, ao saneamento básico, à educação, ao trabalho, à moradia, ao transporte coletivo, à segurança, à 
informação, ao lazer, à qualidade ambiental e à participação no planejamento. 
 
6.1.4 – Função social da propriedade urbana 
 
 Aquela que é atendida quando o uso e ocupação da propriedade urbana respondem às exigências 
fundamentais da sociedade, consolidadas nas diretrizes do Plano Diretor, em conformidade com os dispositivos da 
instrumentação legal decorrente. 
 
6.2 - Configuração do Plano Diretor 
O Plano Diretor é constituído de pelo menos três partes: 
a) fundamentação; 
b) diretrizes; 
c) instrumentação. 
 
6.2.1 Fundamentação do Plano Diretor 
 
6.2.1.1 A fundamentação do Plano Diretor é explicitada pelos objetivos, caracterização, diagnósticos e prognósticos, 
alternativas e critérios de avaliação. 
6.2.1.2 O Plano Diretor deve explicitar os seus objetivos relativamente às funções sociais da propriedade urbana e da 
cidade e a política de desenvolvimento urbano. 
 
6.2.1.3 A caracterização do município, para efeito desta Norma, deve contemplar pelo menos os seguintes aspectos: 
 
a) situação do município no âmbito regional em que se encontrem, quanto às principais diretrizes federais, estaduais 
e regionais, principalmente quanto aos recursos disponíveis, limitações à sua utilização, restrições e incentivos que 
condicionem o desenvolvimento municipal; 
Nota: O Plano Diretor deve atender as constituições federal e estaduais e às leis orgânicas municipais, no que for 
pertinente. 
 
b) principais aspectos do meio físico que condicionem o uso e ocupação do solo, identificando os problemas 
existentes e potenciais, bem como as possibilidades futuras de ocupação, adensamento e expansão urbana; 
 
27 
 
c) principais aspectos sócio-econômicos identificando os problemas existentes e potenciais, bem como as 
possibilidades futuras de desenvolvimento; 
 
d) principais aspectos da dinâmica de uso e ocupação do solo urbano e rural; 
 
e) principais aspectos da infra-estrutura, equipamentos sociais e serviços urbanos; 
 
f) principais aspectos da estrutura administrativa existente. 
 
6.2.1.4 - Os diagnósticos e prognósticos são baseados na comparação das análises da caracterização com os 
objetivos estabelecidos, levantando os principais óbices ao desenvolvimento do município e à plena realização das 
funções sociais da propriedade urbana e da cidade, bem como avaliando os principais recursos disponíveis para 
superá-los. 
 
6.2.1.5 As alternativas devem contemplar diferentes conjuntos de diretrizes para a consecução dos objetivos do 
Plano Diretor. 
 
6.2.1.6 Os critérios de avaliação das alternativas referem-se ao nível de atendimento dos objetivos, em face das 
prioridades de desenvolvimento e do seu custo social e ambiental. 
 
6.2.2 Diretrizes do Plano Diretor 
 
6.2.2.1 As diretrizes devem abranger pelo menos os aspectos relativos ao tipo e intensidade do uso do solo, ao 
sistema viário e respectivos padrões, à infra-estrutura e aos equipamentos sociais e serviços urbanos, tendo em vista 
o atendimento das funções sociais da propriedade urbana e da cidade. 
 
6.2.2.2 As diretrizes devem explicitar o (s) horizonte (s) de sua vigência, bem como conter claramente os critérios de 
seu estabelecimento. 
 
6.2.2.3 As exigências de ordenação da cidade incluem parâmetros para urbanização, parcelamento, uso e ocupação 
do solo e para a utilização e preservação ambiental e de recursos naturais. 
 
6.2.2.4 A intensidade do uso do solo refere-se tanto à ocupação, quanto ao aproveitamento dos lotes, especificando 
distintos indicadores. 
 
6.2.2.5 O sistema viário deve abranger a hierarquização e padrões das vias interurbanas e urbanas e sua expansão. 
 
6.2.2.6 A infra-estrutura urbana inclui os sistemas de saneamento básico e drenagem, energia e iluminação pública, 
comunicações e sistema viário, prevendo a manutenção e a expansão das diversas instalações e sua interferência na 
ordenação do espaço. 
 
6.2.2.7 Os equipamentos sociais e serviços urbanos relacionam-se com a programação de atendimento à população, 
considerando sua distribuição no território e condições de acessibilidade, nos setores de saúde, habitação de 
interesse social, educação, lazer, atividades comunitárias e outros, cuja localização prende-se às diretrizes gerais de 
uso e ocupação do solo. 
 
6.2.2.8 Os serviços urbanos incluem limpeza pública, transporte coletivo, defesa civil e segurança pública, prevenção 
e combate aos incêndios e assistência social. As diretrizes respectivas referem-se à localização dos equipamentos 
necessários ao desempenho de cada um desses serviços, bem como à programação

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