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Questões discursivas de História do Brasil Colônia
A economia colonial, ainda que com a constante diretriz mercantilista de fomentar o acúmulo primitivo de capital para a metrópole, acabou por vivenciar transformações em torno do seu produto central de exploração. Nesse sentido, aponte três diferenças entre o sistema estabelecido na mineração e o sistema açucareiro.
R – Ambas eram baseadas no trabalho escravo africano. O centro da vida social na sociedade açucareira era no campo ao redor dos engenhos, havia mais proximidade com o litoral e praticamente não tinha mobilidade social. O centro da vida social nas regiões mineradoras era a cidade (sociedade urbana), havia mais mobilidade social com várias camadas intermediárias entre a elite e os escravos. Na sociedade açucareira, mesmo o negro trabalhando, ele não conseguiria dinheiro para comprar sua liberdade, na sociedade mineradora havia mobilidade social , quando o negro achava ouro , ele podia ser libertado
Aponte o significado da batalha de Ambuila (Congo, África), em 1665, dentro do contexto da História do Atlântico. Em sua resposta considere a importância do catolicismo para os europeus e a busca de riquezas.
R - A propagação do cristianismo não estava em primeiro plano, mas sim a conquista de riquezas – escancarando os interesses mercantis. Essa batalha marca o fim da penetração portuguesa e o apogeu do reino do Congo. A justificativa portuguesa era a negação do caráter cristão do rei do Congo, além do desejo do governador de Angola de adquirir escravos e controlar o tráfico conquistando o reino do Congo. Os congoleses eram superiores numericamente, todavia, as tropas do reino português, ao utilizarem armas e técnicas brasílicas, acabaram conseguindo a vitória.
Apesar de a Espanha não ter sido pioneira nas navegações, inegavelmente, superou a força portuguesa com as conquistas empreendidas na América. Nesse sentido, quais foram os dois fatores do atraso espanhol? E como foram superados?
R - A Espanha precisava antes de poder estabelecer estes grandes empreendimentos, recuperar o controle sobre todo o seu território e expulsar os invasores árabes, coisa que levou certo tempo e exigiu um investimento que "atrasou" as navegações. Quando os espanhóis ainda estavam lutando na Guerra da Reconquista, Portugal já havia se lançado ao mar. Outro fator é que Burguesia espanhola não era tão empreendedora e ficou temerosa de que as viagens de expansão marítimas dessem erradas.
Dois movimentos, principalmente na segunda metade do século XVIII, sonhavam com mudanças estruturais no Brasil: foram a Inconfidência mineira (1789) e a Baiana (1798). Ambos eram emancipacionistas, mas com características bastante diferentes. Aponte uma semelhança entre os movimentos referidos e também três diferenças relevantes entre eles.
R – Semelhança: Ambas lutaram pela independência do Brasil. Os revoltosos de ambas as revoltas foram presos, violentados, torturados ou mortos.
Diferenças: 
- Os líderes da Inconfidência Mineira eram, em boa parte, nobres e ricos, insatisfeitos com a política fiscal e a cobrança da derrama.
- Os líderes da Conjuração Baiana era composta por alguns intelectuais, negros livres, mulatos e escravos. A região sofria com a fome, a miséria e com a cobrança abusiva de impostos.
- A Inconfidência Mineira lutava apenas pela independência do Brasil. Já a Conjuração Baiana teve, além disso, motivos sociais, como igualdade de raças, abolição da escravatura, corte dos altos impostos, abolição dos privilégios dos nobres, etc.
O Antigo Sistema Colonial, que foi peça fundamental no desenvolvimento dos Estados Modernos da Europa, infligiu raízes históricas bastante significativas na América portuguesa e assistiu a sua crise a partir de meados do século XVIII. Faça uma breve reflexão acerca da crise do Antigo Sistema Colonial. Quais foram seus fatores e suas repercussões? Não deixe de inserir o quadro no contexto maior, para aprofundar sua análise.
R – Por definição, a função histórica das colônias no sistema colonial era complementar a economia das metrópoles, subordinando-se completamente às necessidades e aos interesses destas. As Metrópoles e suas burguesias mercantis transferiram o ônus da colonização e a produção de gêneros tropicais, como o açúcar, para o produtor colonial, ficando em sua responsabilidade apenas a sua comercialização. Apesar disso, durante os séculos XVI e XVII houve uma relativa harmonia entre os interesses das elites coloniais (as aristocracias rurais) e das burguesias dos Estados absolutistas da Europa. Mesmo com a política monopolista europeia e a exploração colonial, as colônias se desenvolveram. Portugal controlou mais as colônias quando houve movimentos de emancipação. Até o século XIX, não havia projeto unificado de Brasil, as províncias pensavam regionalmente quando o assunto era independência. Além disso, a palavra independência não tinha o mesmo significado para todos. Boa parte da elite colonial não se enxergava como brasileira, mas como portuguesa, por isso havia interesses “portugueses” conflitantes. O processo de independência do Brasil foi inevitável só após a volta de dom João a Portugal: as elites coloniais, agora em reino unido, não queriam perder o status nem os privilégios econômicos. E os portugueses em Portugal queriam a permanência de seus privilégios, agora com um governo mais liberal, submetido a uma Constituição. Mais uma vez, o rei se viu sem saída; desagradaria uma das partes portuguesas” do reino. A permanência de dom Pedro no Brasil configurava um acordo com uma nova elite, que em parte defendia a união a Portugal. Poucos queriam uma separação efetiva. Assim, o acordo de dom Pedro com as elites coloniais garantiria uma independência sem revolução (em 7 de setembro de 1822) e, estranhamente, de uma colônia ainda comandada por membros da metrópole.
O final do século CVIII, dentro da conjuntura da crise do sistema colonial, passou a desenvolver, na América Portuguesa, as revoltas emancipacionistas, tendo como maiores expressões a Inconfidência Mineira (1789) e a Baiana (1798), Compare os dois movimentos.
Ambas lutaram pela independência do Brasil. Os revoltosos de ambas as revoltas foram presos, violentados, torturados ou mortos. Os líderes da Inconfidência Mineira eram, em boa parte, nobres e ricos, insatisfeitos com a política fiscal e a cobrança da derrama. Os líderes da Conjuração Baiana era composta por alguns intelectuais, negros livres, mulatos e escravos. A região sofria com a fome, a miséria e com a cobrança abusiva de impostos. A Inconfidência Mineira lutava apenas pela independência do Brasil. Já a Conjuração Baiana teve, além disso, motivos sociais, como igualdade de raças, abolição da escravatura, corte dos altos impostos, abolição dos privilégios dos nobres, etc.
Os bandeirantes geraram uma ideologia muito forte entre os paulistas. Para sua historiografia tradicional, tratava-se de grandes heróis que formaram um país gigante. No entanto, a historiografia hoje descortina o papel desses homens em nossa história. Faça um balanço dos bandeirantes. O que faziam, quais eram suas motivações e por que surgiu essa historiografia glorificante paulista?
R – A idealização dos bandeirantes como os heróis desbravadores pura e simplesmente já foi descortinada pela historiografia atual, porém, a academia paulista continua a exaltar seus homens e seus feitos. Não que eles não mereçam as glórias pelo crescimento territorial da Colônia, mas há de se registrar que os verdadeiros motivos da entrada dessa elite paulista na aventura do desbravamento fora a busca por mão de obra indígina, os pretos da terra. Mais tarde esses mesmos bandeirantes descobriram ouro pelos caminhos o eu despertou grande interesse pela coroa, que passou a criar leis para favorecer a essas elites.
Os indígenas do Brasil desfrutavam de uma natureza exuberante e conseguiam obter seus alimentos, basicamente, através da caça e da coleta. Suas aldeias eram razoavelmente temporárias. Os povos eram preparados e acostumadosa percorrer e viver em novos locais sempre que a necessidade de alimentos surgisse. Contido, não encontravam animais que fossem facilmente domesticáveis; em contrapartida, vários grupos tinham conhecimento da agricultura de alguns produtos, como a mandioca. Quais são as outras marcas centrais da cultura indígena no Brasil relacionadas às suas formas de organização social, política e cultural?
R - A diversidade e heterogeneidade; utilizavam materiais perecíveis no artesanato o que fez com que não ficassem grandes registros desse período; não tinham qualquer sistema de escrita ou numeração (algumas de suas lendas e tradições foram mantidas pela tradição oral).
Um dos elementos formativos do povo brasileiro foi constituído da maior migração forçada da história da humanidade: a escravidão africana da época moderna. Um intenso debate foi promovido a partir de então, muito permeado por ideias racistas e preconceituosas acerca do uso da mão de obra escrava africana em detrimento da escravidão indígena. Faça uma pequena reflexão debatendo os argumentos constituídos e a análise contemporânea.
R - Vários fatores influenciaram para que a escravidão indígena fosse substituída, na maior parte, pela africana, dentre os quais a principal foi tráfego negreiro pelo Atlântico que se tornara uma atividade extremamente rentável. Os estudos recentes entendem claramente que o lucro com o tráfico negreiro foi o fator central para o uso de escravos negros na América, pois atendia aos interesses metropolitanos, dentro dos moldes do capitalismo mercantil. Houve ainda um grande número de epidemias que assolaram a população indígena, motivamos pelo contato com os europeus. Outro fator é que Já havia rotas de comércio de escravos negros da África, pois a escravidão já era um prática adotada pelos próprios africanos e pelos árabes, bem como eles já estavam acostumados ao trabalho agrícola.
Uma das maiores façanhas empreendidas pelos portugueses – que, inclusive, se tornou um mito da capacidade lusitana – foi desenvolver o pioneirismo nas Grandes Navegações. Quais foram os fatores que tornaram essa proeza portuguesa?
R – Sua posição geográfica privilegiada, o fato de estar diretamente ligado ao oceano facilitava ao país a logística de toda a empreitada e, ao mesmo tempo, impedia problemas diretos com outros países para qualquer deslocamento no Atlântico. Além disso, Portugal trazia uma tradição navalmercantil bastante importante, e essa necessidade mercantil foi como que mola propulsora para que Portugal se fizesse além mar.
Uma das problemáticas bastante importantes de análise histórica é a relação social estabelecida ao longo do tempo, uma história de embates, de visões discordantes, de debates políticos e de sonhos, a qual vem crescendo em importância nos últimos anos. Nesse sentido, por que as revoltas na colônia só surgiram a partir do século XVII? E como podemos caracterizar essas revoltas nessa primeira fase?
R - A colonização portuguesa do Brasil foi resultante da conjugação de interesses do Estado, de mercadores e de religiosos. Ao Estado interessava a ampliação do poder e da riqueza, aos mercadores, o lucro por meio da obtenção de privilégios comerciais e, aos religiosos, a expansão da fé cristã com a conversão do gentio. Havia uma comunhão de interesses envolvendo metropolitanos e colonos. Esta harmonização, entretanto, não foi vista em várias ocasiões no espaço colonial, pois nem sempre os interesses dos colonos eram atendidos pela coroa portuguesa. Invariavelmente, os conflitos latentes se transformaram em revoltas declaradas dos colonos. Essas revoltas estavam sempre pautadas no pilar “interesse econômico”, podem ser citadas a Guerra dos Mascates, Emboabas, Revolta de Beckman, Revolta de Vila Rica.
Uma mudança colonial bastante sentida em toda a América portuguesa foi o governo do Marquês de Pombal. Aponte quatro características de governo associadas à América Portuguesa.
R – O Governo do Marquês de Pombal teve uma administração muito centralizadora e com inspiração das práticas inglesas sob suas colônias. Ele rejuvenesceu a exploração colonial; Restaurou a grandeza do Império Português. Surgiram as definições principais de fronteira; Geração de novas condições econômicas com o renascimento agrícola e o fortalecimento de uma diversidade de artigos de exportação; e Geração de um mercado interno de abastecimento consideravelmente significativo.

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