Resenha critica Brasilia

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Quando pensamos em arquitetura, logo vem a nossa mente Brasília, capital de grande referência e com características únicas, seja por sua forma, obras ou estruturas. No artigo lido o enfoque são nas principais obras de Brasília em especial as estruturas de concreto armado, que nada mais é do que o concreto que possui armações feitas com barras de aço, esse tipo de concreto é muito usado para atender a deficiência que o concreto tem de resistir a esforços de tração e são muito importantes na execução de peças como vigas e lajes.
	No ano de 1955 Juscelino Kubitschek, quando estava concorrendo a presidência tinha um item de plataforma eleitoral que era a transferência da capital da república para a região central do país para o planalto goiano e assim que eleito, Juscelino cumpriu essa promessa, a capital foi oficialmente transferida num prazo de apenas 3 anos, acredito que construir uma capital do zero por apenas 3 anos era um grande desafio e tinha tudo para dar errado devido ao tempo curto, mas incrivelmente deu tudo certo e hoje Brasília é uma grande referência a arquitetura brasileira.
	Para escolher o responsável do planejamento da capital, foi feito um concurso público, havia muita liberdade de trabalho e os participantes deviam projetar um planalto e um lago artificial para alteração do clima de predominância seco para um mais ameno, que eu acredito que seria o clima de Brasília. O vencedor foi Lucio Costa com um projeto bem simples, sem muitos detalhes, se chamava Plano Piloto e coube a Oscar Niemeyer Projetar todos os prédios da capital e o engenheiro Joaquim Cardozo fez os cálculos das obras.
	Sobre o sistema estrutural, houve simultaneamente obras com estrutura de concreto armado, de concreto protendido e de aço. Neste texto serão tratadas as principais estruturas de concreto: Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional, Catedral de Brasília, Palácio do Itamaraty, Palácio da Justiça, Teatro Nacional, o Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília, a Plataforma Superior da Estação Rodoviária, a “Igrejinha” Nossa Senhora de Fátima e o Hospital Sarah Kubitscheck. (LEYENDECKER DE ANDRADE; LUNA DE MELO,2017)
	O palácio da Alvorada junto com o Hotel de Turismo, foi umas das obras pioneiras em Brasília, sendo construído entre 1957 e 1958. Niemeyer tinha como conceito para este projeto a leveza e queria que os suportes oferecessem ao edifício essa característica, para isso ele e o engenheiro abandonaram as técnicas tradicionais e pensar como se tivessem criando um novo concreto armado. 
	Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Buscavam as mesmas ideia de monumentalidade e pilares inusitados, ambos foram construídos entre 1958 e 1960. O prédio do Supremo Tribunal Federal é parecido aos outros dois palácios, possui pilares externos com formas parecidas e função estrutural secundária, recebendo carga apenas da cobertura e da parte externa da primeira laje. O funcionamento da parte estrutural é bastante semelhante ao do Palácio do Planalto: sistema de concreto armado.
	O congresso nacional construído entre 1958 e 1960, possui formas e dimensões fora dos padrões, o que ajudou a conferir à obra seu caráter de monumentalidade. É composto por 5 volumes, duas torres e uma cúpula virada para baixo (Senado Federal, com vão de 39m) e outra virada para cima e um volume horizontal (Câmara dos deputados, 62m de cobertura e 30,7m na base). As torres são de estrutura metálica e foram construídas para serem os prédios mais altos do plano piloto, com 28 andares. Os demais volumes são de concreto armado.
	Catedral de Brasília, construída entre 1959 e 1970, a catedral é a sua estrutura, são 16 colunas em concreto armado com forma de foice. A concretagem dos pilares foi realizada em segmentos de quatro metros. O concreto era lançado através de guindastes e dosado na própria obra. 
	O Palácio do Itamaraty, projetado por Oscar Niemeyer, com participação de Milton Ramos e calculado por Joaquim Cardozo, é um dos três prédios que formam o conjunto do Ministério das Relações Exteriores. Foi construído entre 1963 e 1970. Toda essa estrutura é de concreto armado e possui uma função estrutural secundária e possui 15 pilares em cada fachada. Possui também uma escada helicoidal, elemento que se destaca, é feita em concreto aparente, possui uma viga central que sustenta os degraus com laterais em balanço.
	Palácio da Justiça construído entre 1962 e 1970, se assemelha ao Palácio do Itamaraty em vários aspectos, suas fachadas em concreto aparente abrigam o volume interior envidraçado. Entretanto, neste edifício, cada fachada possui uma aparência diferente. 
	A fachada oeste é composta por “brise-soleil” formada por lâminas de concreto armado com dimensões e ângulos variáveis. Sua função é de impedir a incidência direta de radiação solar no edifício. Já a fachada leste, por não ser tão prejudicada por fatores externos, é extremamente aberta, com sete pilares retangulares esbeltos, com espaçamento de 13 m. A face norte corresponde à fachada posterior do palácio, e é composta por nove arcos plenos entre os pilares, com espaçamento de 6,50 m, assim como a fachada principal. O volume interno abrigado pelas fachadas externas constitui de fato o Palácio da Justiça, apresentando a forma de um quadrado com 61,1 m de lado. Sua solução estrutural utilizada até o 5º pavimento foi, na maioria, de lajes nervuradas (vencendo 13 m de vão), vigas e vigas-faixa em concreto armado. (LEYENDECKER DE ANDRADE; LUNA DE MELO,2017).
	Teatro Nacional A forma do teatro é a de tronco de pirâmide. Sua estrutura principal, em concreto protendido, é definida por quatro vigas localizadas nas arestas dessa forma, que por sua vez se apoiam em quatro pilares principais As fachadas leste e oeste são constituídas por vigas inclinadas de até 72 m de comprimento e 50 cm de largura, que atuam como suporte para os elementos de fechamento e vedação (painel de vidros escuros). Já as fachadas norte e sul são formadas por vigas pré-moldadas em forma de L, que ficam escondidas pela decoração plástica de AthosBulcão.
	A Estação Rodoviária de Brasília, localizada no cruzamento do Eixo Rodoviário com o Monumental, teve um prazo curto de execução – um ano e nove meses. Foi projetada por Lúcio Costa e calculada pelo Escritório Sérgio Marques de Souza, entre eles o engenheiro Bruno Contarini. A Estação foi projetada para funcionar como terminal rodoviário interestadual e urbano, mas devido ao crescimento populacional e consequentemente da frota de veículos, hoje só funciona o transporte urbano e a Estação de Metrô Estruturalmente, a Estação é dividida em: Plataforma Superior,Plataforma Inferior, Mezanino, Cobertura e Passagem Inferior.
	A construção da Igrejinha ocorreu devido a vários fatores – a necessidade de um templo religioso para os católicos que haviam ocupado a região e um desejo particular da família Kubitschek, uma promessa a Nossa Senhora de Fátima. 
A posição escolhida foi a porção central da Asa Sul, e sua construção levou 100 dias, sendo inaugurada em 28 de junho de 1958. A estrutura da Igrejinha, em concreto armado, consiste em três elementos básicos: três pilares externos, duas paredes estruturais e uma cobertura. Sua cobertura trata-se de uma laje triangular em curva com cinco grandes vigas de sustentação, que irradiam do pilar frontal até a parte posterior da cobertura, invisíveis ao observador.
	Os hospitais da rede Sarah foram criados pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, em parceria com o médico Aloysio Campos da Paz Junior e o economista e engenheiro Eduardo Kertész. Sua inspiração nasceu quando Lelé e sua esposa ficaram internados no hospital de Brasília devido a um acidente automobilístico. O Hospital SARAH Brasília foi o primeiro da rede, com projeto iniciado em 1975 e a obra concluída em 1980. Como o clima de Brasília é ameno, não houve justificativa para uso geral de ar condicionado, o que criaria mais custos e dificuldade futura para manutenção do prédio. Outra característicamarcante nesse hospital é a padronização dos elementos de construção, a fim de facilitar os serviços de manutenção, além de reduzir os custos da obra.
	A setorização, ou seja, criação de áreas para moradia, comércio, recreação e trabalho é uma dos principais pontos da Carta de Atenas. Tais princípios foram atacados por urbanistas, que consideram o sistema de setorização desumano e por demais rígido, e também condenam a exaltação do sistema viário como meio circulação o privilégio do carro sobre o pedestre.