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Projeto de Processos Prof. Izabele Soares Feedback Atividade 4: Utilidade dos objetivos de desempenho • Assista o vídeo do link abaixo até o minuto de 6:39 e justifique como os objetivos/atributos de desempenho/performance podem contribuir para a adequação da estratégia de produção e maior sucesso de uma empresa. • Equipe: até 4 pessoas. Prof. Marcos Maita. Link: https://www.youtube.com/watch?v=30Pl hGJtg5k Projeto de Processos “A maneira como as empresas tratam a definição do produto que produzirão para atender ao mercado tem variado ao longo dos tempos, assim como variam também suas formas de administrar o respectivo processo produtivo.” Fases do como produzir 1. Artesão atendia às necessidades específicas de seus clientes. O consumidor ditava as regras. 2. Com o advento da Revolução Industrial, surge a necessidade da padronização dos produtos e processos.= Assim o consumidor perdeu o poder de influenciar na definição dos produtos que iria consumir, ficando esse poder com o projetistas, que via de regra, não consultavam o mercado quanto à sua necessidade.. Fases do como produzir • A fase de PRODUÇÃO EM MASSA a preocupação dos engenheiros era produzir o máximo possível, cabendo ao pessoal de vendas o problema de colocar os produtos no mercado. • É bem característica dessa a fase uma famosa frase de Henry Ford: "TODO CLIENTE PODE TER UM AUTOMÓVEL DE QUALQUER COR DESDE QUE SEJA DA COR PRETA". Denomina-se essa fase do desenvolvimento da empresa de PRODUCT-OUT, isto é: a preocupação é "colocar" o produto no mercado. Mudanças Pós Segunda Guerra Mundial • Japoneses desenvolveram nova estratégia empresarial voltada para a exportação de seu produto visando conquistar o mercado mundial. • Utilizaram a QUALIDADE como uma estratégia mercadológica e foram pouco a pouco ganhando do americano, que ainda permanecia atrelado ao antigo conceito de grandes volumes de produção. • Na definição de a estratégia de conquista de novos consumidores as empresas foram obrigadas a dar cada vez mais atenção à voz do mercado. Surge. então , uma nova abordagem à definição dos produtos a serem fabricados ou serviços a serem prestados. A nova pergunta feita, ao contrário da afirmativa formulada por Henry Ford. era: “O QUE MERCADO QUER?” A resposta a essa pergunta define uma nova fase de desenvolvimento empresarial, denominada MARKET-IN. O que produzir? Empresa atenta para dois aspectos: 1. Identificar as necessidades dos consumidores. 2. Procurar atendê-las. A forma como a empresa aborda essas duas questões indissociáveis define sua capacidade competitiva ou em outras palavras sua COMPETITIVIDADE. Um dos problemas encontrados: Quanto Produzir? O conflito é evidente: - Produzir a mais gera custos desnecessários. - Produzir a menos, gera custos de não-atendimento. Desgaste na imagem da empresa e perda de clientes. Alcançar o PONTO DE EQUILÍBRIO é um dos objetivos básicos da Administração das Operações e está intimamente relacionado com a estratégia global da empresa. Esse ponto é alcançado com o auxílio das técnicas de projeção de demandas! PROJETO DO PRODUTO como vantagem competitiva O sucesso de uma empresa está diretamente relacionado à sua capacidade de satisfazer e até mesmo suplantar as expectativas de seus clientes. Dessa forma, o projeto de seu produto seja um bem tangível ou um serviço adquire alta relevância no mundo atual. • O PROJETO pode ser diferenciado quanto: A seu custo, com menor número de peças, Mais padronização A sua qualidade, Robustez e inexistência de falhas. Estudos demonstram que a maioria -até 80% - dos problemas de qualidade decorre do projeto do produto e não dos processos produtivos. Desenvolver novos produtos, um desafio constante! • No mundo em transformação em que vivemos, a empresa que não se antecipar às necessidades de seus clientes, com produtos e serviços inovadores, estará condenada ao desaparecimento. • Todo produto deve ser : Funcional; Fácil utilização; Considerar os aspectos ergonômicos envolvidos, ter estética; Comandos autoexplicativos. Um bom projeto de produto deve levar em consideração AS TÉCNICAS 1.Facilidade de montagem –design for as embly (DFA); 2.Facilidade de fabricação -design for manufacture DFM); 3.Facilidade para a desmontagem –design for disassembly (DFD); 4.Adaptabilidade ao meio ambiente –design for enviroment (DFE). 5.Engenharia Simultânea 6.Engenharia Robusta 7.Engenharia de Valor 1. FACILIDADE DE MONTAGEM -DESIGN FOR AS EMBLY (DFA); - É uma prática que tem em mente o objetivo de projetar um produto de modo que POSSA SER FACILMENTE MONTADO. - Montagem menos custosa e mais otimizada possível. 2. FACILIDADE DE FABRICAÇÃO -DESIGN FOR MANUFACTURE (DFM); • Objetiva projetar um produto de modo que POSSA SER FACILMENTE FABRICADO A UM CUSTO BAIXO. DIRETRIZES QUE ENVOLVEM DFM: • Simplificação das operações, pelos processos repetitivos e bem compreendidos, sem o manuseio excessivo e o uso de ferramentas. • O projeto, seguindo os conceitos do DFM, deve ser modular com um número mínimo de componentes e submontagens, dessa forma os componentes utilizados normalmente têm mais de um uso, e são padronizados, sempre que possível. 3.Facilidade para a desmontagem –design for disassembly (DFD); Tem em mente o objetivo de projetar um produto que seja facilmente desmontável, de modo a facilitar a sua disposição após o uso ou mesmo a sua manutenção ou recuperação com a substituição dos componentes que se desgastaram. Os produtos assim recuperados e prontos para novamente serem usados, recebem a denominação genérica de refurbished. 4. Adaptabilidade ao meio ambiente -design for enviroment (DFE). - Tem o objetivo de projetar um produto composto de materiais recicláveis ou biodegradáveis e que consuma pouca energia, tanto na fabricação quanto no seu uso. - É cada vez maior a preocupação das sociedades com os produtos que, após a sua utilização, são descartados. Esta preocupação já está vigente no Brasil por meio da ISO 14000. Na Europa já está implantado o "selo verde" para os produtos que atendam às exigências ambientais. 5. Engenharia SIMULTÂNEA ou concorrente Técnica que o termo CONCORRENTE = significa aquilo que ocorre ao mesmo tempo. Exemplo: Uma empresa que desenvolveu o projeto de um novo ônibus , para isso pesquisou entre: Os passageiros nos terminais de embarques e rodoviárias, entre os motoristas, pessoal de manutenção e também junto aos proprietários de empresas de transporte de passageiros (concorrentes). Vantagens da Engenharia simultânea ou concorrente - Redução do período gasto para o lançamento do produto (time-to- market), pois várias atividades são desenvolvidas simultaneamente. - A qualidade é melhorada, já que todos os envolvidos contribuíram para com o projeto. - As chances de sucesso no mercado são maiores, pois os possíveis clientes foram previamente consultados. • Muito da vantagem obtida pelos fabricantes japoneses, em relação aos americanos e europeus, deve-se à aplicação criteriosa da engenharia simultânea! Engenharia simultânea ou concorrente 6. Engenharia ROBUSTA • Para o consumidor, a prova da qualidade do produto é seu desempenho quando submetido a golpes, sobrecargas e quedas! • O produto deve suportar: - Variações no processo produtivo - As mais difíceis situações de uso sem apresentar defeito. Observação: Os próprios componentes do produto podem criar situações extremamente adversas. Um produto de qualidade robusta ou projeto robusto SUPORTA ADVERSIDADES. O conjunto de técnicas. -entre as quais o delineamento de experimentos -que permite dar ao projeto do produto tais características é denominado engenharia robusta. 7. Engenharia de VALOR Concebida pelo pessoal de compras das empresas, que se deparando com novas tecnologias, novos materiais e novos processos produtivos, começou a QUESTIONAR, NA HORA DE COMPRAR matérias-prima e/ou componentes para seus produtos, SEU VALOR NO CONJUNTO DO PRODUTO. - Esse questionamento seria quanto à possibilidade da substituição por outros materiais mais baratos e que exercessem a mesma função com a mesma, ou melhor, qualidade. A essa análise sistemática, devidamente documentada dá-se o nome de engenharia de valor ou análise de valor. Metodologia da Engenharia de VALOR • Selecionar o produto: escolher um produto que esteja em condições de ser melhorado. Um bom número de empresas já dispõe de pessoal voltado exclusivamente para esse tipo de análise. Essas empresas procuram constantemente por melhorias no processo. • Obter informações: levantar fluxogramas de processos desenhos, especificações, roteiros de fabricação, levantamento de custo etc.: definir funções de forma objetiva. A função do componente no produto como um todo. Por incrível que pareça, existem vários exemplos de componente que após análise, demonstraram não ter função alguma e foram simplesmente eliminados. • Gerar alternativas: é a fase criativa. Utilizar o brainstorming para gerar o máximo possível de alternativas. Metodologia da Engenharia de VALOR • Avaliar alternativas: efetuar análise crítica das alternativas procurando identificar as que mais benefícios podem trazer; • Selecionar alternativas: selecionar uma alternativa, devidamente justificada, e obter a aprovação da alteração junto à engenharia de produto; implantar a alternativa escolhida e efetuar as atualizações dos projetos, lista de material, especificações etc. por meio de uma ordem de alteração de produto. • RESUMO: engenharia de valor tem por diretrizes básicas: a) Reduzir o número de componentes. b) Usar materiais mais baratos. c) Simplificar processos. Bibliografia MARTINS, P.; et al. Administração da produção. São Paulo: Saraiva ,2005.