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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
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LEI N. 8.429/1992 
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Lei n. 8.429/1992
Prof. Filipe Cunha 
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SUMÁRIO
1. Introdução .............................................................................................3
2. Base Constitucional .................................................................................4
3. Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992) ................................5
3.1 Disposições Gerais ............................................................................5
3.2 Improbidade x Crime de Responsabilidade ..........................................13
3.3 Natureza da Ação de Improbidade Administrativa ................................15
3.4 Cumulação de Instâncias ..................................................................19
3.5 Atos de Improbidade Administrativa ..................................................21
3.6 Atos de Improbidade que Importam em Enriquecimento Ilícito ..............22
3.7 Atos de Improbidade que Causam Prejuízo ao Erário ............................24
3.8 Atos de Improbidade Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida 
de Benefício Financeiro ou Tributário (Novidade!) ......................................27
3.9 Atos de Improbidade que Atentem Contra os Princípios da Administração 
Pública ................................................................................................28
4. Declaração de Bens ...............................................................................30
Resumo da Aula .......................................................................................33
Questões Comentadas em Aula ..................................................................34
Gabarito ..................................................................................................37
Lista de Questões Cespe ............................................................................38
Gabarito ..................................................................................................49
Referências ..............................................................................................50
Ato Normativo – Anexo .............................................................................51
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1. Introdução
Olá, futuro(a) técnico(a) do MPU, como estão os estudos?
Seja bem-vindo(a) para a 3ª aula do nosso curso, elaborado especificamente 
para o concurso do Ministério Público da União, que será realizado neste ano, para 
o cargo de técnico administrativo.
Na primeira aula do nosso curso de Ética no Serviço Público, apresentamos 
a primeira parte do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal – Decreto n. 1.171/1994. Os conteúdos estudados nessa aula 
inicial foram: as regras deontológicas e os principais deveres do servidor público.
Na segunda aula, abordamos a 2ª parte do Decreto n. 1.171/1994, a partir dos 
temas: vedações ao servidor público e comissões de ética. Ademais, podemos ver, 
também, os conceitos de Ética e moral; Ética, princípios e valores; Ética e demo-
cracia: exercícios da cidadania; Ética e função pública.
Nesta terceira aula, apresentaremos a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 
n. 8.429/1992), especificamente as disposições gerais e os atos de improbidade 
administrativa. Esse normativo constou do último edital de técnico administrativo 
de 2013. Lembre-se de que será disponibilizado um resumo no final da nossa aula. 
Não deixe de fazer a leitura desse resumo perto da sua prova.
FILIPE CUNHA
Especialista em Gestão Pública, formado em Ciência Política pela Uni-
versidade de Brasília – UnB. Professor de Pós-Graduação pela Escola 
Superior do Ministério Público – ESMPU. Professor de cursos da Escola 
Nacional de Administração Pública – ENAP. Conteudista e tutor de di-
versos cursos EAD no Ministério Público do Trabalho – MPT. Coaching de 
concursos pelo GEP Concursos. Analista de Gestão Pública do Ministério 
Público da União.
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Vamos continuar nossos estudos sobre Ética no Serviço Público.
Sigamos em frente, olhando para o alvo: seu cargo no MPU!
2. Base Constitucional
O texto da Constituição da República prevê a punição 
para os atos de improbidade administrativa no art. 37, § 
4º, ao afirmar que “Os atos de improbidade adminis-
trativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e 
o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previs-
tas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.
A referida norma constitucional é considerada uma norma de eficácia limitada, 
ou seja, possui aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência 
de uma lei para “mediar” a sua aplicação. No intento de regulamentar a previsão 
constitucional e coibir efetivamente a prática de atos de improbidade, foi promulga-
da a Lei n. 8.429/1992, que disciplinou os atos de improbidade administrativa, os 
sujeitos ativos e passivos dos atos de improbidade, as sanções cabíveis, bem como 
os procedimentos administrativos e judiciais aplicáveis.
Quanto à abrangência, a Lei n. 8.429/1992 alcança a Administração direta e in-
direta de qualquer dos Poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário –, em todos os 
entes da Federação – União, Estados, Distrito Federal e Municípios –, sendo assim, 
uma norma de caráter nacional.
São diversos os aspectos que singularizam a chamada “Lei de Improbidade Ad-
ministrativa”. Especialmente, instituiu uma nova esfera de responsabilização, que 
coexiste com as tradicionais esferas de natureza penal, administrativa e política. 
Além disso, alcançou todo agente que mantenha contato com recurso público, mes-
mo que sua atividade seja estritamente privada, assim como aqueles que possuam 
algum tipo de vínculo com o Poder Público.
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Após essa breve contextualização do assunto, analisaremos os aspectos da Lei 
n. 8.429/1992 do edital de 2013, para o cargo de técnico administrativo do Minis-
tério Público da União.
3. Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992)
3.1 Disposições Gerais
O objeto do nosso estudo nesta aula é a Lei 
n. 8.429/1992, de 02 junho de 1992, chamada 
Lei de Improbidade Administrativa (LIA), que 
“dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes 
públicos nos casos de enriquecimento ilícito 
no exercício de mandato, cargo, emprego 
ou função na administração pública direta, 
indireta ou fundacional”.
Desde a sua vigência, a Lei de Improbidade Administrativa tem se mostrado 
como um dos principais instrumentos de defesa do patrimônio público e da morali-
dade e eficiência no desempenho na gestão dos recursos públicos.Em seus cinco capítulos, a referida lei estabelece os principais aspectos mate-
riais e processuais necessários à apuração dos atos de improbidade administrativa 
e punição dos responsáveis, como: definição dos sujeitos ativos e passivos, as es-
pécies dos atos de improbidade, as penas aplicáveis, o procedimento administrati-
vo e processo judicial e os prazos prescricionais.
Veremos adiante que o ato de improbidade pode referir-se não apenas a um ato 
administrativo, mas também a uma conduta ou mesmo a uma omissão.
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Conceito
O que é improbidade administrativa?
Improbidade está relacionada diretamente com “moralidade” (probo = honesto). 
Há quem sustente que “improbidade” e “princípios” são palavras consideradas si-
nônimas, pois trazem a ideia de lealdade, honestidade, boa-fé da conduta na con-
dução da res publica. Vamos aprofundar um pouco nessa conceituação, pois será 
importante para a compreensão do normativo em análise.
A partir de um estudo específico da Lei n. 8.429/1992, realizado pela Procura-
dora Federal Renata Elisandra de Araújo, compreendemos que não foi definido um 
conceito específico para improbidade administrativa na Lei, apenas foram estabe-
lecidas as espécies de atos de improbidade em categorias distintas, os quais serão 
analisados no decorrer da nossa aula.
Na ausência de um conceito legal de improbidade administrativa, uma parte dos 
doutrinadores busca formular um conceito que melhor reflita o objetivo das normas 
constitucionais e infraconstitucionais.
Dessa forma, vários doutrinadores buscam diferenciar o conceito de improbida-
de do conceito de moralidade, em razão do fato de ter a Carta Magna se referido 
à probidade administrativa e à moralidade em dispositivos diferentes. Entre esses 
doutrinadores está Wallace Paiva Martins, que considera a probidade administrativa 
um subprincípio do princípio da moralidade, dotado de contorno próprio e função 
instrumentalizadora da moralidade por meio da LIA.
Não obstante, outros autores, como é o caso da Maria Sylvia Zanella Di Pietro 
e Rogério Pacheco, entendem que probidade, como princípio regente dos atos da 
administração, é um conceito mais amplo que o de moralidade, pois submete os 
atos administrativos à observância de todo o ordenamento jurídico, incluindo toda 
a ordem de princípios, e não apenas o princípio da moralidade.
Ademais, também, existe uma terceira corrente doutrinária, a qual se filia José 
dos Santos Carvalho filho, que defende que não existe diferença semântica entre os 
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significados das expressões moralidade e probidade e que essas expressões podem 
ser utilizadas para o mesmo fim de preservação da moralidade administrativa.
Conclui-se que a terceira corrente doutrinária mostra-se mais coerente aos pro-
pósitos da Constituição Federal, pois de fato não existe necessidade de se distinguir 
os sentidos das expressões probidade e moralidade, já que ambas buscam o mes-
mo objetivo: a eficiência e o zelo na administração e gestão do patrimônio público.
SUJEITO PASSIVO (VÍTIMA DO ATO DE IMPROBIDADE)
São consideradas sujeito passivo as entidades contra as quais os atos de im-
probidade administrativa podem ser praticados. Assim sendo, o art. 1º da Lei n. 
8.429/1992 elencou os atos de improbidade administrativa como aqueles pratica-
dos contra ou em detrimento do(a):
I – Administração direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, dos 
Municípios, do Distrito Federal e de Territórios;
II – Empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou 
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patri-
mônio ou da receita anual;
III – Patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou cre-
ditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita 
anual, limitando-se, nesses casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a 
contribuição dos cofres públicos.
Observemos que as entidades privadas são consideradas com regras específicas:
• Caso a entidade possua mais de 50% (cinquenta por cento) do seu patrimô-
nio composto com dinheiro público. Então, ela se equiparará aos entes da 
administração para fins de aplicação da Lei de Improbidade Administrativa.
• Por outro lado, se a entidade possuir menos de 50% (cinquenta por cento) 
do seu patrimônio composto com dinheiro público, a LIA será aplicada apenas 
no que diz respeito às sanções patrimoniais, no limite do recurso público. 
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O restante será objeto de ação privada. Temos como exemplos os serviços 
sociais autônomos (Sesc, Sesi, Senai etc.), as organizações sociais, as 
organizações da sociedade civil de interesse público e qualquer outro tipo de 
entidade criada ou mantida com recurso público.
Empresa incorporada ao patrimônio público ou entidade 
privada que o Estado participe com mais de 50% do 
patrimônio ou receita anual.
Entidade privada que o Estado participe com menos de 
50% do patrimônio ou da receita anual; ou entidade 
privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, 
fiscal ou creditício, de órgão público.
Administração direta e indireta de qualquer Poder e 
ente da Federação.
SUJEITOS PASSIVOS 
(vítimas do ato de 
improbidade)
Façamos uma questão do Cespe para aplicar o conhecimento que acabamos de 
aprender.
1. (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016) Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — 
um ocupante exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de caráter 
efetivo — foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem 
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de 
Improbidade Administrativa — Lei n. 8.429/1992.
Assim como a administração direta e indireta, os órgãos do Poder Judiciário podem 
ser sujeitos passivos de atos de improbidade administrativa.
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Certo.
Veja que a banca não tem muito o que inventar. Sabendo a letra da lei, não temos 
como errar. Se nos lembrarmos de “Administração direta de qualquer dos Poderes 
de qualquer dos Entes federativos”, acertamos rapidamente a questão.
Vamos relembrar o que estudamos acima. São sujeitos passivos dos atos deimpro-
bidade administrativa:
a) Administração direta e indireta de qualquer dos Poderes de qualquer dos Entes 
federativos;
b) Empresa incorporada ao patrimônio público;
c) Entidade privada da qual o erário participe com MAIS de 50% do patrimônio ou 
da receita anual;
d) Entidade privada da qual o erário participe com MENOS de 50% patrimônio ou 
da receita anual;
e) Entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou credi-
tício, de órgão público.
SUJEITO ATIVO (COMETE O ATO DE IMPROBIDADE)
Neste momento, conheceremos quais os sujeitos que terão legitimidade para 
figurar no polo passivo da ação judicial de improbidade administrativa, ou seja, 
aquelas pessoas que podem praticar os atos de improbidade administrativa e, con-
sequentemente, sofrer as devidas sanções previstas pela em análise.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, agente ativo é “aquele que 
pratica o ato de improbidade, concorre para sua prática ou dele extrai vantagens 
indevidas. É o autor da conduta”.
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A Lei de Improbidade Administrativa prevê que os sujeitos ativos dos atos de 
improbidade administrativa podem ser limitados em dois gêneros de sujeito, quais 
sejam: os agentes público e terceiros.
Esses dois gêneros estão descritos nos arts. 2º e 3º da Lei. Para melhor enten-
dimento, analisaremos os indivíduos dentro de cada gênero. Vamos transcrever os 
artigos que tratam dos sujeitos ativos, sobretudo do agente público como sujeito 
ativo do ato de improbidade administrativa:
I – Os agentes públicos: “Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, 
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior”; e
II – Os terceiros: “Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àque-
le que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de 
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta”.
Para efeitos do normativo, agente público é todo aquele que exerce mandato, 
cargo, emprego ou função na Administração Pública, mesmo que transitoriamente 
ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura. O conceito disposto no 
art. 2º é de enorme abrangência, fiquemos atentos no momento de fazer as ques-
tões.
Observemos que não é necessário ser servidor público para se esquadrar como 
sujeito ativo de ato de improbidade administrativa. Porém, o terceiro não pode atu-
ar isoladamente, ou seja, precisa existir alguma relação com agentes públicos para 
que alguém de “fora” cometa ato de improbidade administrativa.
De tal modo, de acordo com a Lei, temos três tipos hipóteses em que o terceiro 
poderá ser responsabilizado:
I – a pessoa induz um agente público a praticar ato de improbidade;
II – ela pratica um ato de improbidade junto com um agente público, isto é, 
concorre para a prática do ato;
III – ela se beneficia de um ato de improbidade administrativa que não praticou, 
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direta ou indiretamente.
Também está sujeito às sanções de improbidade administrativa terceiro que apenas 
se beneficiou, direta ou indiretamente, de um ato de improbidade administrativa.
Terceiro que induza ou concorra 
para a prática de ato de 
improbidade.
Agente público
(sentido amplo).
SUJEITOS ATIVOS
 (que cometem ato de 
improbidade)
Ressaltamos que a Lei de Improbidade tem como foco penalizar os atos de 
improbidade praticados por pessoas físicas. No entanto, o Superior Tribunal de 
Justiça (STJ) admitiu no Recurso Especial 1.122.177/MT que pessoas jurídicas 
sejam responsabilizadas, caso tenham participado ou se beneficiado dos atos 
de improbidade.
Em suma, os terceiros, para fins da Lei de Improbidade Administrativa, podem 
ser pessoas físicas ou jurídicas.
Faremos agora mais questões recentes do Cespe para entendermos bem como 
a banca cobra o tema em prova.
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2. (CESPE/FUB/2016) A respeito de atos de improbidade administrativa, julgue o 
item que se segue de acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa.
A referida lei é aplicável, no que couber, ao particular que concorrer para a prática 
de ato ímprobo ou que dele se beneficie.
Certo.
Exatamente como estudamos acima, o art. 3º da Lei n. 8.429/1992 afirma que são 
aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público (ou seja, 
um particular), induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se 
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
3. (CESPE/TJDFT/2015) Julgue o item seguinte, com base no disposto na Lei de Im-
probidade Administrativa.
O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade 
administrativa, em virtude do vínculo precário e transitório que mantém com a ad-
ministração pública.
Errado.
Perceba nesta questão a importância de compreender bem a definição de Agente 
Público para a Lei n. 8.429/1992. Para os efeitos da Lei, considera-se agente públi-
co todo aquele que exerce mandato, cargo, emprego ou função na Administração 
Pública, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por qualquer forma de 
investidura, inclusive eleição. Logo, um estagiário é considerado agente público. 
Questão equivocada.
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3.2 Improbidade x Crime de Responsabilidade
Futuro(a) servidor(a) do MPU, o assunto é um pouco controverso no que diz 
respeito à aplicação da LIA aos agentes políticos. Abordaremos o tema com objeti-
vidade e com questões do Cespe para facilitar a compreensão.
De acordo com a Constituição Federal, alguns agentes políticos respondem por 
crimes de responsabilidade (infração de natureza civil, política e administrativa). A 
Lei n. 1.079/1950 define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo pro-
cesso de julgamento. Não aprofundaremos nesse dispositivo, pois ele não consta 
do seu edital.
Segundo a referida Lei, são passíveis de pena por crime de responsabilidade:
I – Presidente da República;
II – Ministros de Estado;
III – Ministros do Supremo Tribunal Federal;
IV – Procurador-Geral da República.
O questionamento agora é: quando uma mesma conduta configurar crime de 
responsabilidade e ato de probidade administrativa, qual lei deverá ser aplicada?Em 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os agentes políticos 
passíveis de responder por crime de responsabilidade não respondem por impro-
bidade administrativa. Porém, o caso concreto tratava-se especificamente de um 
Ministro de Estado (Rcl 2.138/DF).
Atualmente, o que prevalece na doutrina e na jurisprudência (STF e STJ) é de 
que APENAS o Presidente da República responde por crime de responsabilidade, e 
não por atos de improbidade previstos na Lei n. 8.429/1992. Eventualmente, nos 
crimes conexos com o Presidente da República, os ministros de Estado respondem 
por crime de responsabilidade e não por atos de improbidade.
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Assim sendo, o entendimento que prevalece é de que não existe foro por prer-
rogativa de função em ações de improbidade administrativa (posição majoritária 
do STF e STJ).
Vejamos abaixo como o Cespe cobrou esse assunto recentemente.
4. (CESPE/TJDFT/2015) Julgue o item a seguir à luz da Lei de Improbidade Admi-
nistrativa.
Considerando a interpretação conferida pelo Supremo Tribunal Federal ao conceito 
de agentes públicos, todos os agentes políticos estão sujeitos às disposições da Lei 
de Improbidade Administrativa.
Errado.
Não esqueça! Atualmente, o que prevalece na doutrina e na jurisprudência (STF e 
STJ) é de que APENAS o Presidente da República responde por crime de responsa-
bilidade, e não por atos de improbidade previstos na Lei n. 8.429/1992. Eventual-
mente, nos crimes conexos com o Presidente da República, os ministros de Estado 
respondem por crime de responsabilidade, e não por atos de improbidade. Logo, 
questão incorreta.
Façamos mais uma questão sobre a temática para que não fiquem dúvidas do 
entendimento adotado pelo STF na hora da sua prova. É uma questão mais antiga, 
mas continua atual.
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5. (CESPE/MIN/2013) Os agentes políticos cujos atos puderem configurar crimes 
de responsabilidade não se submetem ao regime da Lei de Improbidade Adminis-
trativa.
Certo.
Lembremos que o conceito de agente público da LIA é bem amplo. O conceito 
abrange todos que exercem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidu-
ra ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades alcançadas pela 
referida Lei.
Contudo, como discorremos acima, o STF (Rcl 2.138/DF) afirmou que os agentes 
políticos passíveis de responder por crime de responsabilidade (na forma prevista 
no art. 102, I, “c”, da Constituição Federal, e na Lei n. 1.079/1950) não se sujeitam 
às disposições da Lei n. 8.429/1992. De tal modo, podemos concluir que a assertiva 
está correta.
O referido diploma legal dispõe expressamente em seu art. 4º que os agentes pú-
blicos são obrigados a velar pela estrita observância em suas ações dos princípios 
da LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE e PUBLICIDADE, não importan-
do o nível de hierarquia.
3.3 Natureza da Ação de Improbidade Administrativa
A Lei de Improbidade Administrativa estabelece sanções de ordem administrati-
va, civil e política. Algumas encontram-se previstas no art. 37, §4º, da Constituição 
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Federal (suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponi-
bilidade dos bens e o ressarcimento ao erário), e o legislador acrescentou outras 
sanções na Lei n. 8.429/1992, que serão discutidas a seguir.
Assim, de forma geral, podemos afirmar que essa Lei não possui sanção de na-
tureza penal, mas de natureza CÍVEL. Contudo, as penalidades atribuídas na LIA 
são aplicáveis independente de outras sanções previstas em outras leis.
As sanções previstas na referida Lei para penalizar os atos de improbidade ad-
ministrativa são:
CIVIL:
- Multa civil;
- Ressarcimento ao erário;
- Perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio.
POLÍTICA:
- Suspensão dos direitos políticos.
ADMINISTRATIVA:
- Proibição de contratar com o Poder Público e receber 
benefícios fiscais e creditícios;
- Perda da função pública.
SANÇÕES
Lei n. 8.429/1992
Dando seguimento ao estudo da norma, vamos ler a redação dos artigos 5º a 
8º da Lei n. 8.429/1992:
Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, 
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro benefi-
ciário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar 
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
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Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre 
bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito.
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Observemos que o ressarcimento do dano será integral se ocorrer lesão ao 
patrimônio público, seja por ação ou omissão do agente. Além disso, o legislador 
prevê a perda dos bens em caso de enriquecimento ilícito por parte do agente ou 
terceiro que tenha beneficiado. O legislador dispôs, também, que a indisponibilida-
de dos bens do agente público recairá sobre os bens que assegurem ressarcimento 
integral do dano causado ou sobre o acréscimo patrimonial contraído.
6. (CESPE/ANAC/2012) O agente público deverá ressarcir integralmente o dano 
causado ao patrimônio público somente se restar comprovado que sua ação ou 
omissão foi dolosa.
Errado.
Não esqueçamos o art. 5º da Lei n. 8.429/1992: “Ocorrendo lesão ao patrimônio 
público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á 
o integral ressarcimento do dano”. Dessa forma, a ação poderá ser culposa ou do-
losa, e o agente deverá ressarcir integralmente o dano causado ao erário.
De acordo com o art. 8º da LIA, o sucessor de 
quem enriquecer ilicitamente ou causar lesão ao pa-
trimônio público está sujeito às cominações da refe-
rida Lei até o limite do valor da herança. Portanto, 
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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nesses dois casos específicos – lesão ao patrimônio público ou enriquecimento 
ilícito –, é possível que o sucessor seja atingido pelas penalidades da Lei de Impro-
bidade Administrativa.
Vejamos como esse assunto já foi cobrado em provas anteriores do Cespe.
7. (CESPE/TCDF/2014) O herdeiro de deputado distrital que tenha, no exercício do 
mandato, ocasionado lesão ao patrimônio público e enriquecido ilicitamente está 
sujeito às cominações da Lei de Improbidade Administrativa, mas somente até o 
limite do valor da herança recebida.
Certo.
Exatamente como acabamos de ver, o sucessor daquele que causar lesão ao patri-
mônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da LIA até 
o limite do valor da herança (art. 8º). Dessa forma, o herdeiro poderá ser atingido 
pelas penalidades da LIA, até o limite do valor da herança recebida. Com feito, vale 
mencionar que não há nenhuma vedação para a responsabilização de deputado por 
improbidade administrativa.
8. (CESPE/TJDFT/2013) Com base no disposto na Lei n. 8.429/1992, julgue o item 
seguinte.
As penalidades aplicadas ao servidor ou a terceiro que causar lesão ao patrimônio 
público são de natureza pessoal, extinguindo-se com a sua morte.
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Errado.
Não podemos esquecer o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público 
ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da LIA até o limite do valor 
da herança. Por conseguinte, mesmo com a morte do agente público que causar 
lesão ao patrimônio, é possível que as penalidades alcancem o seu sucessor.
3.4 Cumulação de Instâncias
É importante observarmos que um mesmo ato de improbidade administrativa 
disposto na LIA poderá corresponder também a um crime previsto em outra nor-
ma do ordenamento jurídico, de tal modo que poderão ser instaurados processos 
simultâneos, via de regra.
A regra é a independência das instâncias administrativa, penal e civil, razão 
pela qual um indivíduo poderá sofrer ações nas três esferas. Há situações em que 
o processo administrativo pode absolver o indivíduo e o processo penal condená-lo, 
pois existe independência das instâncias.
Entretanto, de acordo com Alexandrino e Paulo (2011), o entendimento é de 
que a ação penal poderá interferir nas instâncias civil e administrativa quando o 
Poder Judiciário decidir pela absolvição na inexistência do fato ou na ausência de 
autoria. Ademais, quando ocorre a condenação criminal, invariavelmente, ocorre a 
condenação nas esferas civil e administrativa.
Dessa forma, numa mesma conduta, é possível um agente público cometer um 
crime previsto no Código Penal, ser responsabilizado na esfera civil pelo prejuízo 
causado ao erário e ser punido com pena de demissão na esfera administrativa.
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Façamos uma questão para compreender a aplicação do conteúdo em provas do 
Cespe.
9. (CESPE/MJ/2013) Um ato de improbidade administrativa praticado por servidor 
público não pode ser simultaneamente enquadrado como um ilícito administrativo, 
o que exime a autoridade competente de instaurar qualquer procedimento para 
apuração de responsabilidade de natureza disciplinar.
Errado.
Acabamos de falar que as instâncias são independentes. Lembremos que o ato de 
improbidade também poderá ser enquadrado nas esferas administrativa e penal. 
Dessa forma, na mesma conduta um agente público poderá cometer um crime pre-
visto no Código Penal, ser responsabilizado na esfera civil pelo prejuízo causado ao 
erário e ser punido com pena de demissão na esfera administrativa. Assim, pode-
mos concluir que a questão está incorreta.
O art. 19 da LIA tipifica que “constitui crime 
a representação por ato de improbidade contra 
agente público ou terceiro beneficiário, quan-
do o autor da denúncia o sabe inocente”. Nesse 
caso, o autor do crime é a pessoa que oferece 
denúncia sobre improbidade administrativa sa-
biamente infundada. O legislador determinou 
que o denunciante estará sujeito a detenção de 6 a 10 meses e multa, bem como 
a ter de indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que 
houver provocado.
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A LIA no art. 20 dispõe que as sanções previstas independem:
I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressar-
cimento;
II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal 
ou Conselho de Contas.
Contudo, a LIA prevê que se deve avaliar o elemento subjetivo da conduta do 
agente, ou seja, o enquadramento da Lei de Improbidade exige DOLO ou CULPA. 
Dessa forma, objetivamente, a Lei exige DOLO para os atos dos art. 9º (enriqueci-
mento ilícito), 10-A (concessão ou aplicação indevida de benefício tributário ou finan-
ceiro), 11 (violação dos princípios da Administração Pública); e DOLO ou CULPA para 
os do artigo 10 (prejuízo ao erário). Vamos analisar cada um desses artigos adiante.
3.5 Atos de Improbidade Administrativa
A Lei de Improbidade Administrativa definiu três gru-
pos de atos considerados como de improbidade adminis-
trativa:
I – Atos que importam enriquecimento ilícito (art. 9º);
II – Atos que causam prejuízo ao erário (art. 10);
III – Atos decorrentes de concessão ou aplicação indevi-
da de benefício financeiro ou tributário (art. 10-A);
IV – Atos que atentam contra os princípios da Administração Pública (art. 11).
Após a definição do grupo em que o ato de improbidade administrativa faz par-
te, será aplicada a penalidade prevista na Lei. Observemos que existe uma hierar-
quia de gravidade das condutas e sanções, sendo as penalidades mais brandas as 
que atentam contra os princípios da administração pública; e as mais rigorosas as 
que importam enriquecimento ilícito.
A imagem abaixo representa, da esquerda para direita, o grau da gravidade do 
ato de improbidade administrativa (do menos gravoso para o mais gravoso).
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A LIA faz uma breve definição para cada um dos grupos e lista alguns exemplos 
de atos de improbidade que poderiam ser enquadrados em cada grupo. Assim, 
ressaltamos que a lista de atos deimprobidade apresentada em cada dispositivo é 
exemplificativa.
Neste momento, vamos ver a definição de cada modalidade e as respectivas 
sanções previstas na Lei.
3.6 Atos de Improbidade que Importam em Enriquecimento 
Ilícito
Conforme o disposto no art. 9º da Lei n. 8.429/1992, configura ato de improbi-
dade administrativa que importa em enriquecimento ilícito: “auferir qualquer tipo 
de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, fun-
ção, emprego ou atividade nas entidades abrangidas pela Lei”.
Segue o rol, definido pela Lei, das condutas mais graves, que receberão as pe-
nalidades mais gravosas:
I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra 
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratifica-
ção ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou 
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amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
II – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, per-
muta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades 
referidas no art. 1º por preço superior ao valor de mercado;
III – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, per-
muta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço 
inferior ao valor de mercado;
IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou ma-
terial de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-
gados ou terceiros contratados por essas entidades;
V – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a 
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, 
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer 
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro ser-
viço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou 
bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou fun-
ção pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do 
patrimônio ou à renda do agente público;
VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessora-
mento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou 
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante 
a atividade;
IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba 
pública de qualquer natureza;
X – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para 
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
XII – usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei.
Ressaltamos que as penalidades podem ser aplicadas isolada ou cumulativa-
mente, tanto nessa como nas demais categorias, de acordo com a gravidade do 
fato ocorrido.
De acordo com o art. 12, I, da LIA, independentemente das sanções penais, 
civis e administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato 
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de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito está sujeito às 
penalidades a seguir:
• Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
• Ressarcimento integral do dano, quando houver;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos;
• Pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial; e
• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incenti-
vos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio 
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
3.7 Atos de Improbidade que Causam Prejuízo ao Erário
De acordo com o art. 10 da Lei n. 8.429/1992, consiste em qualquer ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, que “enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades passíveis de ser 
enquadradas como sujeito passivo de atos de improbidade administrativa”.
Segue, abaixo, rol exemplificativo de condutas que causam prejuízo ao erário:
I – facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio parti-
cular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do 
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, 
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 
1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie;
III – doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de 
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qual-
quer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades 
legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
IV – permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patri-
mônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de 
serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
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V – permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço 
superior ao de mercado;
VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares 
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII – conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades 
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração 
de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regula-
mento;
X – agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz 
respeito à conservação do patrimônio público;
XI – liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de 
qualquer forma para a sua aplicação irregular;XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII – permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipa-
mentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer 
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidor públi-
co, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de servi-
ços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação 
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei;
XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio par-
ticular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transfe-
ridos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, 
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VII – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, ren-
das, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade pri-
vada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie;
XVIII – celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a ob-
servância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XIX – agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de con-
tas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;
XX – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma 
para a sua aplicação irregular;
XXI – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma 
para a sua aplicação irregular.
Essas são situações que geram penas de nível intermediário, conforme previsão 
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na LIA. Nesses casos de prejuízo ao erário, fica como responsável pelo ato de im-
probidade administrativa o sujeito às cominações de acordo com o art. 12 da Lei n. 
8.429/1992, que podem ser aplicadas isoladas ou em conjunto.
De acordo com o art. 12, II, da LIA, independentemente das sanções penais, 
civis e administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato de 
improbidade administrativa que importe prejuízo ao erário está sujeito às penali-
dades a seguir:
• Ressarcimento integral do dano;
• Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer 
esta circunstância;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos;
• Pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano; e
• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incenti-
vos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio 
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
Façamos mais uma questão do Cespe para colocar em prática o conteúdo apren-
dido até aqui.
10. (CESPE/IBAMA/2013) A utilização de cargo público para favorecer enriqueci-
mento ilícito de amigo ou parente é considerada improbidade administrativa que 
causa prejuízo ao erário.
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Certo.
Acabamos de ver que constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão 
ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patri-
monial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres 
das entidades do Poder Público. A LIA ainda dispõe que: “XII – permitir, facilitar ou 
concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente”. Portanto, o caso descrito na 
questão: “utilização de cargo público para favorecer enriquecimento ilícito de ami-
go ou parente”, enquadra-se nas hipóteses de atos que causam prejuízo ao erário. 
Dessa forma, a questão está de acordo com a legislação.
3.8 Atos de Improbidade Decorrentes de Concessão ou Aplica-
ção Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário (Novidade!)
Em 2016, o legislador, por meio da Lei Complementar n. 157/2016, alterou a 
Lei n. 8.429/1992, a fim de instituir uma nova categoria de atos de improbidade 
administrativa.
A alteração está na inclusão do art. 10-A na LIA, que afirma “constituir ato de 
improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou 
manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º 
do art. 8º-A da Lei Complementar n. 116/2003”.
Nesse caso específico, as condutas, seja comissiva ou omissiva, consistem no 
descumprimento das regras para concessão de benefícios tributários e financei-
ros impostas pelo na Lei Complementar n. 116/2003, que dispõe sobre o Imposto 
Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), de competência do Distrito Federal e 
Municípios.
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Assim sendo, o agente público responsável que conceder, aplicar ou manter be-
nefício financeiro ou tributário relativo ao ISS de forma que contrarie o que dispõe 
a LC n. 116/2003 estará praticando um ato de improbidade administrativa.
Obs.:� a nova hipótese de ato de improbidade está em vigor desde dezembro de 
2016, mas produzirá efeitos apenas em 30/07/2017.
De acordo com o art. 12, IV, da LIA, independentemente das sanções penais, 
civis e administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato de 
improbidade administrativa, decorrente de concessão ou de aplicação indevida de 
benefício financeiro ou tributário, está sujeito às penalidades a seguir:
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos;
• Multa civil de até três vezes o valor do benefício financeiro ou tributário con-
cedido.
Fiquemos atentos para essa novidade na LIA. A banca Cespe sempre busca as 
alterações recentes na legislação para elaborar novas questões.
3.9 Atos de Improbidade que Atentem Contra os Princípios da 
Administração Pública
O art. 11 da LIA dispõe que constitui ato que atenta contra os princípios da Ad-
ministração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições.
Sabemos que constitui ato de improbidade a violação a qualquer princípio da 
Administração Pública – motivação, razoabilidade, proporcionalidade, eficiência etc. 
– além dos princípios mencionados na expressamente LIA.
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Segue abaixo rol exemplificativo de condutas de agente público que implicariam 
em atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública:
I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, 
na regra de competência;
II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que 
deva permanecer em segredo;
IV – negar publicidade aos atos oficiais;
V – frustrar a licitude de concurso público;
VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respecti-
va divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de 
mercadoria, bem ou serviço;
VIII – descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas 
de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.
IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legisla-
ção.
Comparando com as anteriores, essas são as condutas para as quais a LIA im-
põe as penalidades mais brandas, ou seja, são consideradas menos gravosas.
De acordo com o art. 12, III, da LIA, independentemente das sanções penais, 
civis e administrativas previstas na legislação específica, o responsável pelo ato 
de improbidade administrativa que atente contra os princípios da Administração 
Pública está sujeito às penalidades a seguir:
• Ressarcimento integral do dano, se houver;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;
• Pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida 
pelo agente; e
• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incenti-
vos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio 
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11. (CESPE/TCE-PA/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o 
próximo item.
Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil 
no valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que 
podem ser aplicadas ao servidor no caso de ato de improbidade.
Errado.
Para a questão ser correta, era necessário especificá-la da seguinte forma: Sus-
pensão dos direitos políticos de 03 a 05 anos. Quanto à multa, pode ser de até 100 
vezes o valor da remuneração, e não até 10 vezes. Fiquemos atentos, a banca vai 
tentar confundir invertendo as categorias de ato de improbidade e suas penalidades.
4. Declaração de Bens
Agora, estudaremos o que está disposto no art. 
13 da Lei de Improbidade administrativa. Vamos ler 
abaixo o dispositivo e comentaremos em seguida.
Art. 13. A posse e o exercício de agente público 
ficam condicionados à apresentação de declara-
ção dos bens e valores que compõem o seu patri-
mônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, 
e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no ex-
terior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou 
companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica 
do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente pú-
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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blico deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de 
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, 
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens 
apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto 
sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para 
suprir a exigência contida no caput e no § 2º deste artigo.
Desse modo, para que o agente público possa tomar posse ou entrar em exercí-
cio, deverá obrigatoriamente entregar declaração dos bens e valores que compõem 
o seu patrimônio privado. Além disso, a declaração deverá abranger os bens e va-
lores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que 
vivam sob a dependência econômica. Assim, são excluídos da declaração apenas os 
objetos e utensílios de uso doméstico.
A LIA prevê que a declaração de bens será anualmente atualizada, devendo ser 
atualizada também na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, 
cargo, emprego ou função.
De acordo com a Lei, o agente público que se recusar a prestar declaração dos 
bens, dentro do prazo, ou que a prestar falsa, será PUNIDO com pena de DEMIS-
SÃO, a bem do serviço público.
Façamos uma questão atual do Cespe para ver como o conteúdo é cobrado em 
prova.
12. (CESPE/TCE-PA/2016) A respeito dos conceitos doutrinários relativos ao contro-
le da administração pública, julgue o item a seguir.
Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo 
determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço 
público.
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Certo.
Exatamente como acabamos de ver no art. 13 da LIA: Será punido com a pena de 
DEMISSÃO, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o 
agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo de-
terminado, OU QUE A PRESTAR FALSA. Questão certa!
Bom pessoal, com isso chegamos ao fim da nossa aula de hoje. Ao final desta 
aula, há mais uma lista de questões atuais da banca Cespe. Divirtam-se!!! Bons 
estudos.
Até próxima aula!
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RESUMO DA AULA
RESUMO
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Lei n. 8.429/1992
Sujeitos Ativos
- Agente público
- Terceiro que induza ou concorra para prática de ato de improbidade.
Sujeitos Passivos
- Administração direta ou indireta de qualquer dos Poderesda União, 
dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal e de Território;
- Empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja 
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual;
- Patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incen-
tivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja 
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, 
nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a 
contribuição dos cofres públicos.
Sanções
- Administrativa: perda da função pública, proibição de contratar com 
o Poder Público.
- Civil: ressarcimento ao erário, multa e indisponibilidade de bens.
- Política: suspensão dos direitos políticos.
Obs.: A LIA não prevê sanções penais.
Declaração de Bens
- Apresentação obrigatória para posse ou exercício.
- Fica sujeito à demissão quem deixar de entregar ou falsificar.
Aplicação das san-
ções da LIA exige:
DOLO: Enriquecimento ilícito; Violação dos princípios da Administração 
Pública; Concessão indevida de benefício tributário ou financeiro.
DOLO ou CULPA: Prejuízo ao erário.
PUNIÇÕES
Suspensão dos 
Direitos Políticos Multa
Proibição de Contratar 
direta ou indiretamente
Enriquecimento Ilícito 8 a 10 anos
Até 3X o valor 
acrescido ao patri-
mônio
10 anos
Prejuízo ao Erário 5 a 8 anos Até 2X o valor do dano 5 anos
Benefício ISS 
indevido 5 a 8 anos
Até 3X o valor do 
benefício -
Atos que atentem 
contra os Princípios 
da Administração 
Pública
3 a 5 anos Até 100X o valor da remuneração [3 anos]
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
Caro aluno, as questões resolvidas durante a aula estão todas aqui. Entretanto, 
repare que você fez as questões logo após da teoria. Procure refazê-las e perceba 
se ficou alguma lacuna durante a leitura da parte teórica. Essa é a hora da verdade.
1. (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016) Dois agentes públicos de um tribunal de justi-
ça — um ocupante exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de 
caráter efetivo — foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, 
por terem cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de 
Improbidade Administrativa — Lei n. 8.429/1992.
Assim como a administração direta e indireta, os órgãos do Poder Judiciário podem 
ser sujeitos passivos de atos de improbidade administrativa.
2. (CESPE/FUB/2016) A respeito de atos de improbidade administrativa, julgue 
o item que se segue de acordo com o disposto na Lei de Improbidade Adminis-
trativa.
A referida lei é aplicável, no que couber, ao particular que concorrer para a prá-
tica de ato ímprobo ou que dele se beneficie.
3. (CESPE/TJDFT/2015) Julgue o item seguinte, com base no disposto na Lei de Im-
probidade Administrativa.
O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade 
administrativa, em virtude do vínculo precário e transitório que mantém com a ad-
ministração pública.
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4. (CESPE/TJDFT/2015) Julgue o item a seguir à luz da Lei de Improbidade Admi-
nistrativa.
Considerando a interpretação conferida pelo Supremo Tribunal Federal ao conceito 
de agentes públicos, todos os agentes políticos estão sujeitos às disposições da Lei 
de Improbidade Administrativa.
5. (CESPE/MIN/2013) Os agentes políticos cujos atos puderem configurar crimes 
de responsabilidade não se submetem ao regime da Lei de Improbidade Adminis-
trativa.
6. (CESPE/ANAC/2012) O agente público deverá ressarcir integralmente o dano 
causado ao patrimônio público somente se restar comprovado que sua ação ou 
omissão foi dolosa.
7. (CESPE/TCDF/2014) O herdeiro de deputado distrital que tenha, no exercício do 
mandato, ocasionado lesão ao patrimônio público e enriquecido ilicitamente está 
sujeito às cominações da Lei de Improbidade Administrativa, mas somente até o 
limite do valor da herança recebida.
8. (CESPE/TJDFT/2013) Com base no disposto na Lei n. 8.429/1992, julgue o item 
seguinte.
As penalidades aplicadas ao servidor ou a terceiro que causar lesão ao patrimônio 
público são de natureza pessoal, extinguindo-se com a sua morte.
9. (CESPE/MJ/2013) Um ato de improbidade administrativa praticado por servidor 
público não pode ser simultaneamente enquadrado como um ilícito administrativo, 
o que exime a autoridade competente de instaurar qualquer procedimento para 
apuração de responsabilidade de natureza disciplinar.
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10. (CESPE/IBAMA/2013) A utilização de cargo público para favorecer enriqueci-
mento ilícito de amigo ou parente é considerada improbidade administrativa que 
causa prejuízo ao erário.
11. (CESPE/TCE-PA/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o 
próximo item.
Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil no 
valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que po-
dem ser aplicadas ao servidor no caso de ato de improbidade.
12. (CESPE/TCE-PA/2016) A respeito dos conceitos doutrinários relativos ao con-
trole da administração pública, julgue o item a seguir.
Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo 
determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço 
público.
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GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. E
5. C
6. E
7. C
8. E
9. E
10. C
11. E
12. C
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LISTA DE QUESTÕES CESPE
1. (CESPE/PRF/2012) Um terceiro que pratique, juntamente com um agente públi-
co, ato do qual decorra prejuízo ao erário não estará sujeito às sanções previstas 
na Lei de Improbidade Administrativa.
2. (CESPE/FUB/2016) Julgue o item que se segue, de acordo com o disposto na Lei 
de Improbidade Administrativa.
Não dar publicidade a ato oficial configura ato de improbidade administrativa.3. (CESPE/FUB/2016) No que diz respeito aos poderes e deveres dos administra-
dores públicos, julgue o item que se segue.
O administrador público que cometer ato de improbidade administrativa poderá ser 
punido com a suspensão de seus direitos políticos.
4. (CESPE/FUB/2016) No que diz respeito aos poderes e deveres dos administra-
dores públicos, julgue o item que se segue.
Atos de improbidade administrativa ferem o dever de probidade dos administrado-
res públicos e sujeitam esses administradores a punições nas esferas administrati-
va e penal.
5. (CESPE//MJ/2013) A Lei de Improbidade Administrativa é aplicável a qualquer 
agente público que seja servidor estatutário vinculado às pessoas jurídicas de di-
reito público, não abrangendo os empregados públicos vinculados à administração 
indireta.
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6. (CESPE/PROCURADOR-MUNICÍPIO-FORTALEZA/2017) Um servidor da Procura-
doria-Geral do Município de Fortaleza, ocupante exclusivamente de cargo em co-
missão, foi preso em flagrante, em operação da Polícia Federal, por fraudar licitação 
para favorecer determinada empresa.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo como 
fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei de Improbi-
dade Administrativa e da Lei Municipal n. 6.794/1990, que dispõe sobre o Estatuto 
dos Servidores do Município de Fortaleza.
Mesmo que o servidor mencionado colabore com as investigações e ressarça o erá-
rio, não poderá haver acordo ou transação judicial em sede de ação de improbidade 
administrativa.
7. (CESPE/SEDF/2017) O prefeito de determinado município utilizou recursos do 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização 
dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e para a 
compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência médico-
-odontológica das crianças em idade escolar do município.
Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o 
estoque de medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar 
situação emergencial e dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produ-
tos, a preços superfaturados, da empresa Y, pertencente a sua sobrinha, que des-
conhecia o esquema fraudulento.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a 
ela relacionados, julgue o item a seguir.
A sobrinha de Mauro poderá ser responsabilizada criminalmente.
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8. (CESPE/SEDF/2017) O prefeito de determinado município utilizou recursos do 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização 
dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e para a 
compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência médico-
-odontológica das crianças em idade escolar do município.
Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o 
estoque de medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar 
situação emergencial e dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produ-
tos, a preços superfaturados, da empresa Y, pertencente a sua sobrinha, que des-
conhecia o esquema fraudulento.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a 
ela relacionados, julgue o item a seguir.
A conduta de Mauro constitui ato de improbidade administrativa.
9. (CESPE/FUB/2016) A respeito de atos de improbidade administrativa, julgue o 
item que se segue de acordo com o disposto na Lei de Improbidade Administrativa.
O herdeiro do agente que causar lesão ao patrimônio público não estará sujeito às 
cominações da referida lei, isto é, a responsabilização encerra-se com o falecimen-
to do acusado.
10. (CESPE/ANVISA/2016) Carlos, formado em medicina, foi contratado tempo-
rariamente pela União para atuar na rede de saúde do Rio de Janeiro, de modo a 
apoiar eventual crescimento da demanda em decorrência dos Jogos Olímpicos Rio 
2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que fazia uma consulta de ro-
tina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem capacitação prévia, 
resolveu operar, sozinho, um aparelho de ressonância magnética, danificando-o e 
gerando um prejuízo de mais de um milhão de reais ao hospital. A comissão de 
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ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que ela seria passível de punição 
com a penalidade de censura, mas deixou de aplicá-la por se tratar de servidor 
temporário.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A conduta praticada por Carlos não constituiu ato de improbidade administrativa, 
por não ter havido dolo.
11. (CESPE/PGE-AM/2016) Por ter realizado contratação direta sem suporte legal, 
determinado agente público é réu em ação civil pública por improbidade adminis-
trativa, sob o argumento de violação ao princípio de obrigatoriedade de licitação, 
tendo-lhe sido imputado ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei de Improbi-
dade Administrativa (violação aos princípios da administração pública).
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.
Não poderá ser aplicada a medida cautelar de indisponibilidade dos bens, dada a 
natureza do ato imputado ao réu — violação dos princípios administrativos.
12. (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016) Dois agentes públicos de um tribunal de justi-
ça — um ocupante exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de 
caráter efetivo — foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, 
por terem cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de 
Improbidade Administrativa — Lei n. 8.429/1992.
Por não possuir vínculo efetivo com a administração, o agente público ocupante 
exclusivamente de cargo em comissão não estará sujeito às sanções decorrentes 
da Lei de Improbidade Administrativa.
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13. (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016) Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — 
um ocupante exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de caráter 
efetivo — foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem 
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo

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