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Tecnologias ultrassônicas desenvolvidas no Brasil Prof. Antonio Adilton O. Carneiro Universidade de São Paulo Ribeirão Preto adilton@usp.br www.giimus.usp.br 26 de setembro de 2015 Hardware para geração de imagens de Ultrassom A evolução computacional e da eletrônica digital permitiu avanços consideráveis na geração e aquisição de ondas ultrassônicas. Formação do feixe ultrassônico Formação do feixe ultrassônico Após múltiplas excitações e processamento dos sinais de ecos Manipulando os ecos para formar imagem e gerar diagnóstico quantitativo; Para cada elemento é registrado um sinal (RF) gerado pelos ecos ultrassônicos que reflete nas diferentes estruturas dos tecidos Elastografia Tumores mamários • Benignos (fibroadenoma) Rígidos • Malignos (carcinoma) Rígidos MUDANÇAS DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DE UM TECIDO PATOLOGIA Motivações J.Ophir,E.I.Cespedes,H.Ponnekanti,Y.Yazdi,andX.Li, “Elastography: A method for imaging the elasticity in biological tissues,” Ultrasond Imaging, vol. 13, pp. 111–134, 1991. “O principal objetivo dessa modalidade de imagem é encontrar a diferença das propriedades mecânicas entre os tumores de mama benignos e malignos e minimizar a realização de biópsias desnecessárias.’’ (Jonathan Ophir) O que mais fazer com ultrassom? Ultrassom tradicional Imagem anatômica! • Não podemos ir além? Imagem funcional e quantitativa; • Doppler; • Elastografia; • … Imagem molecular; • Óptica e ultrassom • Magnetismo e ultrassom Elasticity Imaging Quasi-static (Elastography) Tumor Ablation Elastography Relative parameters reconstruction Strain Imaging Nonlinear Elastography Relative parameters reconstruction Dynamic Contact Sonoelastography Transient Elastography Acoustic Radiation Force ARFI – Supersonic Imaging Vibroacoustography Vibromagnetography Acustografia pulse- emission (APE) Elastografia quase estática Pavan TZ, Neves, LP, Carneiro AAO; Elastografia por ultra-som: uma nova modalidade de imagem; Ciência Hoje; 2008. Deformação (Strain) m1 m2 Depth D is p la c e m e n t Displacement x x U x Strain U Deslocamento Deformação Strain Elastografia Black Before deformation Red After deformation Criando a imagem Inclusão 2,5 vezes mais rígida que o meio circundante Reconstrução do módulo elástico Kiessel LM et al. IEEE International Ultrasonic Symposium, 2007 0 0 0 0 / / F A FLstress E strain L L A L Transdutor com sensor de carga Strain Image Shear modulus Collaboration USP - RP University of Wisconsin Rensselaer Polytechnic Institute Dord, JF, Pavan TZ, Physics in Medicine and Biology, in review, 2012 Transverse B-mode (left) and strain (right) images of invasive ductal carcinoma displayed side by side. The lesion on the strain image is much larger than that on the B-mode image. Burnside E S et al. Radiology 2007; 245:401-410 Transverse B-mode (left) and strain (right) images of fibroadenoma displayed side by side. Elastografia da mama Elasticidade dos tecidos biológicos Biological tissues usually present nonlinear stress strain behavior. Conventional elastography does not take into account this fact. This approximation is fine for compressions up to 5%. Wellman SA et al ; Arch Surg; 2001 Elastografia Dinâmica Força de radiação acústica Crédito: Hermes Kamimura Kamimura H.A.S., Pavan T.Z. et al., Measurement Science &Technology, 2011 Método vibro-acústico Força aplicada usando campo acústico modulado ) )(c o s ()() )(c o s ()()( 222111 rtrPrtrPtP r z 0 z0 1 2 PZT1 PZT2 Força de radiação )c o s ( 2 2 t c P SdF or Pegando apenas a componente variável da densidade de energia, a força de radiação fica sendo igual a Observa-se que a amplitude da força de pressão modulada é proporcional ao quadrado da pressão do feixe incidente, ou seja, o objeto alvo irá oscilar em baixa freqüência com energia mecânica correspondente a energia acústica do campo de alta freqüência Estudo in vitro Em cada ponto, a diferença de freqüência foi varrida de 250 a 2250Hz Freqüências de ressonância dos diapasões na água: Esquerda:1709Hz; Meio: 809Hz; Direita: 407Hz Fatemi M and Greenleaf JF (1999) Imagens por interação não linear do pulso com o meio Sistema de Vibro-Acustografia do GIIMUS Imagens por Acustografia Pulso- Emissão (APE) Acustogrfia Pulso Emissão (APE) Simulador Imagem APE Imagem modo -B Imagem APE da tíbia de um rato Imagem de Vibro acustografiade um alvo de 1 mm de diâmetro Magnetoacustografia Sinal Doppler x concentração de partículas Material de base= 100 ml de iogurte de chocolate 100 200 300 400 500 600 700 800 0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040 Concentração de Ferrita 2% 1,5% 1% 0,5% Am pl itu de d o si na l D op pl er ( V) Frequência de excitação ( Hz) 0,5 1 1,5 2 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040 Am pl itu de d o si na l D op pl er ( V) Concentração de ferrita % Materiais e Métodos 31 Resultados 32 DISCUSSÃO 33 ARFI (Acoustic Radiation Force Impulse) Aplica força de radiação acústica pulsada para vibrar o tecido biológico em uma região focal; A amplitude da vibração dos tecidos é determinada pela análise dos ecos das regiões adjacentes à região focal; A velocidade e a atenuação da onda é intrínseco do meio material Palpação mecânica das estruturas internas dos tecidos biológicos Onda transversal (Shear wave) swc m 0 10 20 30 40 50 60 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 shear wave speed (m/s) Yo un g' s M od ul us (k Pa ) 2(1 ) sw E c 22(1 ) swE c 2(1 ) E m incompressible (ν = 0.5), linear, isotropic, elastic media Phantoms (Fibroadenoma) Módulo de Young Young’s Modulus Tissue mimicking material Storage Modulus - ELF 1Hz (kPa) Elastic contrast Storage Modulus Shear wave (4c1) (kPa) Elastic contrast Fibroadenoma 97.8 ± 2.9 2.45 ± 0.11 18.7 ± 1.2 (19%) 2.06 ± 0.15 (84%) Cancer 64.6 ± 1.9 1.62 ± 0.07 15.1 ± 0.4 (23%) 1.67 ± 0.15 (103%) Glandular 39.9 ± 1.3 1.00 9.06 ± 1.2 (23%) 1.00 Fat sphere 20.6 ± 0.5 0.52 ± 0.02 4.2 ± 0.6 (20%) 0.46 ± 0.15 (88%) SF 21.5 ± 0.6 0.54 ± 0.02 5.7 ± 2.1 (26%) 0.63 ± 0.15 (117%) Palpação por ARFI Como o deslocamento causado pela força de radiação acústica muda com a regidez do meio? O contraste entre as lesões e o background é bom porque a propriedades da onda transversal ( shear wave) muda considerávelmente com os tipos de cancer. Shear Waves – Ondas de cisalhamento Phantoms para treinamento guiado por ultrassom Telemedicina. • Equipe (GIIMUS – USP – RP) • Prof. Antônio Adilton Carneiro • Prof. Theo Pavan • Alexandre Bruno • Ebenézer Cavalcanti • Hermes Kamimura • Tenysson Lemos • Thiago Almeida • Larissa Ferrato • Fernanda Biagioni • Breno Andrade • Larissa Gatto • Diego Thomaz • Felipe Grillo • Gulherme Braz • Agnelo Bastos Obrigado • FMRP – USP • UNB • UFG • UFAL • University of Wisconsin • University of Texas Grupo de Inovação emInstrumentação Médica e Ultrassom www.giimus.usp.br Contato: adilton@usp.br Ultrassom em Biomedicina Aula inaugural sobre Ultrassom Antonio Adilton O. Carneiro História do Ultrassom Princípio Físico do Ultrassom Ultrassom Doppler Interação do Ultrassom com o Tecido Biológico Formação da Imagem de Ultrassom Novas tecnologias Ultrassônicas em Biomedicina História do Ultrassom 1793 – Observação de Morcegos Primeira observação sobre os morcegos por Lazzaro Spallanzani (naturalista Italiano). 1826 – Determinação da velocidade do som na água. Jean-Daniel Colladon, físico suíço, usou um sino submerso para calcular a velocidade do som na água do lago Geneva. 1877 – A Teoria do Som Foi publicada pela primeira vez em 1877 por um cientista inglês chamado Lorde Rayleigh. Descreveu o som a partir de equações matemáticas. 1880 – Efeito Piezoelétrico Os irmãos Jacques e Pierre Curie deram uma contribuição valiosa para o estudo do ultrassom. Descreveu as características físicas de alguns cristais(piezoeletricidade) 1914 - SONAR Primeiro trabalho sobre sonar foi desenhado e construído nos Estados Unidos por Reginald Fessenden. Bobina móvel eletromagnética que emitia sons de baixa freqüência, e recebia os ecos. Capaz de perceber submarinos ou icebergs a 2Km de distância. 1914 – 1918 Primeira Guerra Mundial Durante a primeira grande guerra a teoria descrita em “A teoria do som” foi posta em prática. Geradores de baixa frequência facilitando a navegação. Permitia a detecção de icebergs distantes de até 5 quilômetros. SONAR apesar de já estar pronto não foi usado antes do fim da primeira guerra mundial. 1915 – Melhoramento do Hidrofone Na virada do século o Físico Paul Langevin, e o cientista Constantin Chilowsky inventaram um dispositivo que permite poderosas amplificações. Mosaico de finos cristais de quartzo coladas entre duas chapas de aço com uma fr= 150KHz. Implantado na vigilancia de submarinos alemães Terapia Clínica 1920: Langévin - poder de destruição do ultrassom (dor induzida na mão quando colocada em um tanque de água com ultrassom de alta intensidade) Até meados1940 - ‘cura tudo’ :como dores de artrite, úlceras gástricas, eczema, asma, tireotoxicose, hemorróidas, incontinência urinária, elefantíase. 1939 -1945 Segunda Guerra Mundial Intensificou-se o estudo da utilização do ultrassom para fins militares. SONAR (Sound Navigation and Ranging) Análogo ao RADAR que utilizava ondas de rádio para localização de objetos no ar. Desenvolvimento notável do ultrassom para a metalurgia(fissura em metais). Precursores dos aparelhos de Ultrassonografia. Década de 1940 1944 – Livro “Princípios do RADAR” publicado pelo MIT. 1945 - Primeiro computador digital ( O ENIAC- Electronic Numerical Integrator and Computer) Contruído na Universidade da Pensilvania 1947 – Invenção do transistor de ponto de contato pelo laboratório AT & T's Bell . Somascope - 1954 A primeira imagem em 2D Imagem do rim Usando modo-B Princípio Físico do Ultrassom Estudando a Natureza - Ecolocalização Gerando Tecnologia - Ecografia Princípio de funcionamento Ondas Longitudinais O pulso de ultrassom é transmitido em forma de onda longitudinal. Gerando regiões de compressão e rarefação Faixa de Frequencia do Som Som audível: de 20 Hz a 20 KHz Principais características do Ultrassom Frequência Velocidade Comprimento da Onda Amplitude Intensidade/potencia Frequencia A frequência do som é determinada pela fonte. Em biomedicina 1 – 20 MHZ; A velocidade do ultrassom não muda com a frequência para um mesmo meio (v=lf) Velocidade do Feixe de Ultrassom A velocidade de propagação do pulso ou eco é quem determina a profundidade da estrutura no corpo. V=(k/r)1/2 K=constante elástica do meio R = densidade materialGordura __________1450 Água_____________1480 Tecido mole_______1540 Osso_____________4100 O Ultrassom diagnóstico é ajustado com V=1540 m/s O princípio do pulso-eco O feixe de Ultrassom pode ser contínuo ou pulsátil. Velocidade nos tecidos moles do corpo humano é de ~ 1.540 m/s. O feixe de Ultrassom pode ser parcialmente absorvido, refletido e transmitido no meio material O ELEMENTO PIEZOELÉTRICO Energia Elétrica + + + + - - - - + + + + - - - - dilatação compressão Cristal PZT Material Amortecedor Camada de interposição Transdudor O pulso-Eco Pulso longo Pulso Curto Pulso elétrico ELEMENTO PIEZO Amortecedor Formação do pulso P Z T Zona de Fresnel Zona de Fraunhofer Frequência => Zona de Fresnel Formação do foco Transdutores O destino das ondas de Ultrassom Podem ser absorvidas e se transformarem em calor, podendo ser usadas para o tratamento de certas patologias. Podem ser refletidas de forma: especular - incidência perpendicular, a maioria das ondas incidentes volta à fonte de ultra-sons difusa - o feixe refletido se espalha por todas as direções, conhecido também por espalhamento. Podem ser transmitidas Impedância acústica (Za) Za = r.v Za - impedância acústica r - densidade do meio v - velocidade do som nesse meio O eco só surge quando o feixe de ultra som passa por dois meios com diferentes Impedâncias Impedância acústica (Za) Piezo 1 2 RI = (Z2-Z1)/(Z2+Z1) TI = 1 - R R = Intensidade Refletida I = Intensidade Insidente RI = Coeficiente de Intensidade Refletida TI = Coeficiente de Intensidade Transmitida Pulso eco Parâmetros dos Ultra-sons Frequência 2-10 MHz Velocidade de Propagação 1400 – 1700 m/s Frequência de repetição do pulso 2-10 KHz Ciclos por pulso 1-3 Duração do pulso 0,5-3 ms Comprimento espacial do pulso 0,1-1 mm Intensidade espacial máxima 0,01-100 mW/cm2 Coeficiente de atenuação 1-5 dB/cm Comprimento de onda (l) O comprimento de onda determina o tamanho do pulso l=V/f Varredura do feixe de Ultrassom Mecânica (Cristal oscilatório e girante em meio aquoso) Eletrônico (rede de cristais com aplicação de pulsos controlados eletronicamente) Eletrônico e mecânico (Para a geração de imagens em 3D) Modos de aprentar os resultados Modo A (Amplitude) Modo B (Brightness) Modo M (Movement) Princípio de aplicação Modo A Computador A m p lit u d e Profundidade Modo B Ganho =+ Modo B Ganho =+ O valor do pixel é representado pela amplitude do eco Amplifica Compensa Comprimi Demodula Rejeita o ruido O potencial do Ultrassom em Biomedicina? É um método quantitativo não invasivo; Tem uma vasta aplicação nas mais; diversas áreas de diagnóstico clínico; É de baixo custo; É uma das áreas que mais avançou tecnologicamente. O Ultrassom moderno faz uso de métodos avançados de processamento de sinal digital que concatena os modelos matemáticos de processamento com o limite de funcionamento dos hardware. Recepção, amplificação, compensação e discriminação dos ecos. Resolução espacial Frequência Profundidade da imagem Largura do feixe Resolução Lateral Comp. Espacial do pulso Resolução axial Ciclos por pulso Resolução axial Frequência Resolução axial Resolução Axial (RA) RA=comprimento do pulso/2x = v. t x = 1.540 m/s . 10-6 s = 1,54 mm objetos separados por uma distância menor que 0,77 mm não podem ser distinguidos. Resolução Axial (RA) A resolução não pode ser maior que o comprimento de onda (l) das ondas de Ultrassom Freqüência (MHz) Comprimento de onda (mm) 1,6 0,96 2,0 0,77 2,25 0,68 3,5 0,44 5,0 0,31 Resolução Lateral (RA) Taxas de refexão em interfaces biológicas Interface Pr/Pi Ir/Ii Rim- Figado 0,006 0,00004 Fígado-Músculo 0,10 0,0003 Gordura-Fígado 0,120 0,01 Musculo-Osso 0,64 0,41 Musculo-Ar -0,99 0,98 Atenuação do ultrassom Meio DMP (cm) Água 380 Sangue 15 Tecido mole (exceto músculo) 1 - 5 Músculo 0,6 - 1 Osso 0,2 - 0,7 Ar 0,08 Pulmão 0,05 DMP - Distância de meia potência Ecodoppler Quando o refletor se movimenta, a freqüência do Ultrassom que compõe cada eco é alterada. Esse efeito permite que os objetos que se movem, aproximando-se ou afastando-se do transdutor, possam ser detectados. A ecodoppler permite a medição de fluxos nos vasos sangüíneos, bem como o registro do movimento das paredes e das válvulas do coração. A velocidade com que o refletor se move Velocidade c Transdutor Feixe de Ultrassom Fluxo sanguíneo Imagem Color-Doppler 2d t c c velocidade do som V t t d Ecodoppler com fluxo em cores Ecodoppler com fluxo em cores Usando contraste de microbolhas Evolução Tecnológica Siem ens GE MobiSa nte Ultrasom Diagnóstico 3D
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