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PM-SP
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ATUALIDADES
ATUALIDADES 2018
Livro Eletrônico
LUIS FELIPE ZIRIBA
Formado em Geografia pela Universidade de 
Brasília, leciona desde 2001 em cursos e pla-
taformas variadas pelo Distrito Federal, tendo 
começado em pré-vestibulares, seguindo para 
preparatórios para o concurso de admissão à 
carreira diplomática, escolas de ingresso na 
carreira militar (espcex) além de lecionar para 
os mais concorridos concurso do Brasil, tais 
quais Câmara dos Deputados, Senado Federal, 
BC ,PF, PCDF ,entre outros, promovendo nes-
tes últimos, principalmente, aulas na frente de 
Atualidades e de Realidade do DF
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SUMÁRIO
1. Introdução .............................................................................................6
2. A América Latina: Conceito Cultural e Geográfico e um Pouco de sua História .7
3. A Esquerdização na América Latina da Década Passada e o Atual Momento 
Político (2018) ...........................................................................................8
4. Mapa Político América Latina em 2010 e Atual Conjuntura ..........................10
5. A UNASUL: União das Nações Sul-Americanas (12 Países) ..........................10
Estrutura Institucional ...............................................................................13
O Compromisso da UNASUL com o Fortalecimento da Democracia ...................14
Infraestrutura ..........................................................................................15
Recursos Naturais .....................................................................................15
5.1. Fatos Recentes mais Importantes na UNASUL ........................................16
6. O Mercosul ...........................................................................................16
6.1. O Entraves Recentes do Mercosul .........................................................18
6.2. A Formação de um Tratado de Livre Comércio entre União Europeia e 
Mercosul .................................................................................................20
7. Argentina ............................................................................................21
7.1. O Governo de Maurício Macri ...............................................................21
8. Venezuela ............................................................................................22
9. A Crise dos Imigrantes Venezuelanos e a Entrada em Massa em Roraima .....24
10. Cuba .................................................................................................27
11. Os EUA Hoje .......................................................................................28
12. O Contexto da União Europeia ..............................................................30
12.1. O Reino Unido na União Europeia .......................................................31
12.2. O Brexit em 2018 .............................................................................34
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13. Rússia, Oriente Médio, China e Coreia do Norte Hoje ................................35
13.1. Introdução ......................................................................................35
13.2. A Copa do Mundo de 2018 .................................................................36
13.3. As Escalas de Poder da Rússia Atualmente ...........................................37
13.4 Um Pouco sobre a Síria ......................................................................41
13.5. O Confuso Cenário da Síria ................................................................42
13.6. A China Hoje ...................................................................................45
13.7 . Coreia do Norte ...............................................................................55
14. A Tecnologia Hoje e Quarta Revolução Tecnológica ...................................59
14.1 As Criptomoedas ...............................................................................59
14.2 A Computação em Nuvem ..................................................................60
14.3. O Conceito de Big Data e seus Usos ....................................................63
14.4. O Carro Elétrico ...............................................................................64
Brasil: Atualidades ....................................................................................66
1. Território: Posição, Extensão e Fronteiras .................................................66
2. População ............................................................................................69
2.1. O Crescimento Populacional e a Fecundidade .........................................69
3. A Política Brasileira ................................................................................71
4. A Economia Brasileira Atualmente ...........................................................78
4.1. O Deficit Primário e a Fragilidade das Contas Públicas .............................79
4.2. A Economia em 2017 ..........................................................................82
4.3. O Contexto do Comércio Exterior .........................................................82
4.4. O cenário de 2018 ..............................................................................83
4.5. A Divisão do PIB Nacional e o Agronegócio ............................................84
5. A Operação Lava Jato (51ª Fase em Abr./2018).........................................86
6. A Crise na Segurança Pública no Brasil .....................................................91
6.1. A Questão dos Homicídios ...................................................................91
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6.2. A Crise Prisional .................................................................................94
6.3. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) .............................................95
6.4. A Intervenção Federal no RJ ................................................................97
6.5. A Morte da Vereadora Marielle .............................................................99
Exercícios .............................................................................................. 105
Gabarito ................................................................................................ 113
Questões Comentadas ............................................................................. 114
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Caro(a) aluno(a), meu nome é Luís Felipe Ziriba. Sou professor de Geografia 
e Atualidades. Em 2004, formei-me em Geografia pela Universidade de Brasília e 
possuo mais de 15 anos experiência ministrando aulas em cursos variados por todo 
o Distrito Federal, bem como nos de admissão à carreira diplomática (CACD) – um 
dos mais difíceis do Brasil –, pré-vestibulares, escolas militares, como ingresso na 
Espcex (preparatória para Oficiais do Exército), além de aulas para concursos para 
admissão em carreiras do Governo Federal variados e bastante concorridos (Câma-
ra dos Deputados, Senado, Bacen etc.), e para o Governo do Distrito Federal (PCDF, 
PMDF, Secretaria de Saúde etc.). Estando sempre trabalhando junto aos renoma-
dos cursinhos preparatórios de Brasília, é com muito prazer que seguiremos juntos 
nessa jornada de conhecimentos em Atualidades no Gran Cursos On-line.
E este curso em específico, voltado ao concurso para oficial PM-SP, iniciaremos 
abordando a América Latina e alguns pontos mais importantes em voga, tal qual 
pedido no edital, ou seja, fatos que estiveram na mídia a partir de 2018, com ên-
fase em análises acerca dos contextos mais importantes de países que costumam 
ser os mais cobrados em provas, e os temas mais presentes: Una Sul, Mercosul; 
Argentina (nossa vizinha); Venezuela (o “chavismo” e seu esfacelamento); Cuba 
(as reformas tímidas no regime e a atual transição no poder das mãos dos irmãos 
Castro). Após, feita tal compreensão acerca dos contextos atuais de nossos amigos 
latinos, abordaremos com mesmo recorte temporal os EUA, Rússia, Oriente Médio, 
China e Coreia do Norte, ou seja, os países que mais aparecerem na mídia ao longo 
deste ano, para, enfim, chegarmos ao mais recente contexto da União Europeia, 
principalmente enquanto o Brexit – a saída do Reino Unido do bloco. Por fim, abor-
daremos o atual contexto da quarta revolução tecnológica para então fazermos 
uma digressão sobre os principais fatos de Atualidades de 2018 no Brasil.
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Gostaria, finalmente, de ressaltar que mesmo com tal recorte temporal expli-
citado pelo edital sendo do ano de 2018, algumas de nossas leituras pedem uma 
compreensão de fatos anteriores a este período, afinal nada ocorre isolado no tem-
po e no espaço, ok? Então atenção a todo o conteúdo, e vamos ao que interessa. 
Rumo à aprovação!
2. A América Latina: Conceito Cultural e Geográfico e um Pouco 
de sua História
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O conceito (termo) “América Latina” atende a um viés cultural. São aque-
les países que possuem línguas latinas (no caso português, castelhano e francês) 
como línguas oficiais. A região engloba 20 países (em azul no mapa): Argentina, 
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guiana 
Francesa, República Dominicana, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, 
Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Sendo assim, vale destacar que no subconti-
nente da América do Sul não constam, nessa divisão cultural, o Suriname (língua 
holandesa) nem a Guiana (língua inglesa) oficialmente.
No caso do subcontinente da América do Norte, composto por Estados Unidos, 
Canadá e México, temos apenas este último considerado como um país latino.
Não é necessário que você decore os países da América latina, mas que entenda o 
contexto de sua existência dentro dessa delimitação cultural e étnica.
3. A Esquerdização na América Latina da Década Passada e o 
Atual Momento Político (2018)
Um processo político de extrema relevância observado na América Latina se deu 
por meio da entrada de uma série de governos de esquerda no poder ao longo da 
década passada (2000-2010) em inúmeros países. Foi o apogeu da ascensão de 
governos de esquerda, eleitos democraticamente, iniciado em 1999, quando o Pre-
sidente venezuelano Hugo Chávez toma posse pela primeira vez e declara seu país, 
a partir de então, como sendo uma “República Bolivariana”. A mesma retórica foi 
utilizada pelos presidentes Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia), todos 
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inspirados por Cuba (república socialista desde 1959, comandada então pelos dita-
dores Fidel Castro e seu irmão Raul Castro). É importante salientar que dentro da 
acepção da palavra, a associação entre bolivarianismo e socialismo é questionável, 
à medida que esse “bolivarianismo” instituído por Chávez na Venezuela foi inspi-
rado nos ideais de Simon Bolívar, tais como o combate a injustiças e a defesa do 
esclarecimento popular e da liberdade. Mas a apropriação de seu nome por Chávez 
e outros mandatários latinos, pode ser entendida como errada historicamente, pois 
Bolívar não era socialista de forma alguma, sendo, em certos momentos, um ditador 
de direita. Porém, as práticas adotadas nesses países visando ao assistencialismo, 
buscando dialogar com as necessidades dos mais pobres e vinculada a Cuba, sem-
pre crítica aos Estados unidos, esteve enviesada por um pensamento de esquerda.
O mapa a seguir mostra como estavam divididos os governos na América Latina em 
2009-2010. Note que a imensa maioria dos países era comandada por Governos 
de esquerda. Contudo, atualmente, esse cenário já mudou bastante e esse é um 
ponto-chave de atualidades. Países como o Brasil (Michel Temer sucedendo Dilma 
Rousseff), Argentina (Maurício Macri sucedendo Christina Kirchner), Paraguai (Fer-
nando Lugo, impeachmado) e Peru já não possuem mais governos de esquerda no 
comando. Assim, caro(a) aluno(a), para efeitos de prova, podemos afirmar que 
atualmente não ocorre mais uma Esquerdização efetiva na América Latina, mas tal 
processo esteve em marcha de forma muito contundente na década passada.
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4. Mapa Político América Latina em 2010 e Atual Conjuntura
Destaco que as bancas atualmente não cobram o direcionamento político na Amé-
rica Central em específico (mas cobram o de Cuba no Caribe, que veremos ao fim 
desta aula). Sendo assim, devemos nos ater ao atual contexto da América do Sul. 
Por aqui, hoje (2018), permanecem com governos de esquerda apenas o Uruguai, 
Bolívia e Venezuela.
5. A UNASUL: União das Nações Sul-Americanas (12 Países)
Embora não seja um bloco econômico, originou-se basicamente da fusão dos 
países do Mercosul + CAN (Comunidade Andina das Nações), este último um 
bloco econômico foi criado em 1969 pelo Protocolo de Cartagena.
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Atualmente, a Comunidade Andina das Nações tem 4 membros efetivos: Peru, Co-
lômbia, Equador e Bolívia (o Chile saiu em 1976, já a Venezuela, em 2006, para 
entrar no Mercosul).
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No mapa apresentado, constam os 12 países da UNASUL. São todos os países 
da América do Sul, com exceção da Guiana Francesa, que é um protetorado (ou 
projeção ultramarina) francesa.
Pontos importantes sobre a UNASUL que merecem atenção:
• não é um Bloco Econômico, e, sim, uma iniciativa de cooperação mútua;
• tratado de 2008: possui um Conselho de Defesa De Defesa Comum e uma 
iniciativa comum de Obras de Infra, a IIRSA;
• a democracia sempre ao centro.
Vale a leitura do seguinte texto retirado do site do Itamaraty
A integração regional é prioridade para a diplomacia brasileira. O Brasil incentiva 
esse projeto não apenas por estar convicto dos benefícios para a inserção e a pro-
jeção do país e da região em um mundo cada vez mais multipolar, mas também 
porque se trata de objetivo determinado pela Constituição Federal à nossa política 
externa. Em seu artigo 4º, parágrafo único, estabelece que “a República Federa-
tiva do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos 
da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações”.
A criação da UNASUL faz parte de processo recente de superação da desconfiança 
que havia entre os países sul-americanos desde os movimentos de independência, 
no século XIX. Até 2008, a América do Sul se relacionava com o resto do mundo 
por meio de um modelo do tipo “arquipélago”: cada país atuava de maneira isolada 
e desintegrada, dialogando primordialmente com os países desenvolvidos de fora 
da região. Quando do estabelecimento da UNASUL, os países da região passaram 
a articular-se em torno de áreas estruturantes, como energia e infraestrutura, e a 
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coordenar posições políticas. A UNASUL privilegia um modelo de “desenvolvimento 
para dentro” na América do Sul – complementando, dessa forma, o antigo modelo 
de “desenvolvimento para fora”.
A UNASUL tem como objetivo construir um espaço de integração dos povos sul-a-
mericanos. A região passa por um importante momento de estabilidade democrática 
e avanços sociais – consequência, dentre outros fatores, dos benefícios decorren-
tes da coordenação política entre os países. A organização tem demonstrado que é 
possível fortalecer a integração e identificar consensos, respeitando a pluralidade.
Estrutura Institucional
A UNASUL é estruturada por Conselhos formados por Chefes de Estado, por 
Chanceleres e por Delegados, por uma Secretaria-Geral – que passa por uma fase 
de consolidação e fortalecimento – e por doze Conselhos Setoriais, que tratam de 
temas específicos:
• energia;
• defesa;
• saúde;
• desenvolvimento social;
• infraestrutura;
• problema mundial das drogas;
• economia e finanças;
• eleições;
• educação;
• cultura;
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• ciência, tecnologia e inovação;
• segurança cidadã, justiça e coordenação de ações contra a delinquência or-
ganizada transacional.
O Compromisso da UNASUL com o Fortalecimento da Democra-
cia
A UNASUL está comprometida com o fortalecimento da democracia, tendo atin-
gido avanços importantes na mediação de tensões regionais – a exemplo da crise 
separatista do Pando (Bolívia, 2008), da crise entre Colômbia e Venezuela (2010), 
do apoio à ordem constitucional e democrática do Equador quando da sublevação 
de sua Polícia Nacional (2010) e da elaboração de medidas de fomento à confiança 
e segurança pelo Conselho de Defesa Sul-Americano.
Com o objetivo de desestimular aventuras antidemocráticas na região, os Che-
fes de Estado da UNASUL decidiram inserir uma cláusula democrática na organiza-
ção – o que foi feito por meio do Protocolo Adicional ao Tratado Constitutivo assi-
nado na Cúpula de Georgetown (2010).
A UNASUL teve atuação destacada na crise desencadeada pela deposição do 
Presidente paraguaio Fernando Lugo (junho de 2012), realizada sem respeito às 
garantias democráticas como o devido processo legal e o direito à ampla defesa. 
O Paraguai foi suspenso da UNASUL até que houvesse pleno restabelecimento da 
ordem democrática no país – o que se deu com a posse do novo Presidente demo-
craticamente eleito (agosto de 2013).
Nos primeiros meses de 2014, no contexto da crise desencadeada por protestos 
na Venezuela, a UNASUL voltou a demonstrar unidade e capacidade de atuar como 
elemento de estabilização da situação política na região ao catalisar o processo de 
diálogo promovido pelo Governo venezuelano com a oposição naquele país.
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Infraestrutura
Não há integração regional sem integração da infraestrutura física, necessária 
para reduzir as distâncias entre os povos e para aumentar a competitividade das 
economias da região. O Conselho de Infraestrutura e Planejamento da UNASUL 
(COSIPLAN) é o principal foro de condução do processo de integração da infra-
estrutura física sul-americana, tendo como objetivo prover apoio político de alto 
nível para a concretização dos projetos. O COSIPLAN incorporou a Iniciativa para a 
Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) como seu “Foro Téc-
nico”, aproveitando o acervo de trabalho acumulado entre 2000 e 2010 no que diz 
respeito ao planejamento territorial e à identificação dos projetos mais relevantes 
para a integração da infraestrutura regional. Dentre os resultados já alcançados 
pelo COSIPLAN está a elaboração de um Plano de Ação Estratégico para dez anos 
(2012-2022), que estabelece um conjunto de ações para cada objetivo específico 
do COSIPLAN, e a definição de uma Agenda Prioritária de Projetos, composta por 
31 iniciativas de caráter estratégico e de alto impacto para a integração física e 
desenvolvimento socioeconômico regional, com investimentos estimados em mais 
de US$ 16,7 bilhões.
Recursos Naturais
Tem-se discutido, na UNASUL, o desenvolvimento de uma estratégia sul-ame-
ricana de aproveitamento dos recursos naturais – uma das principais vantagens 
comparativas da América doSul. No continente, está a maior reserva de petróleo 
do mundo e cerca de um terço de todos os recursos hídricos do planeta. A América 
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do Sul concentra quase 40% da reserva biogenética mundial e é a 3º maior produ-
tora mundial das principais culturas agrícolas (trigo, milho, soja, açúcar e arroz). 
Projeta-se que, até 2050, a América do Sul será responsável por 30% da produção 
agrícola do mundo.1
5.1. Fatos Recentes mais Importantes na UNASUL
Após ter expresso uma medida de reprimenda acerca da forma Maduro vinha 
conduzindo em 2017 o combate aos opositores, tanto dentro do governo como nas 
ruas (com truculência e armando simpatizantes), em 2018 a UNASUL se reúne 
e exprime sua intenção em ser o mecanismo de promoção das negociações 
entre a oposição e Maduro daqui para frente. Até o Papa expressou recente-
mente sua preocupação acerca dos rumos que o país vem tomando, da crescente 
violência e no desarranjo institucional entre situação e oposição.
6. O Mercosul
Formalizado pelo Tratado de Assunção de 1991, tem na verdade seu início con-
ceitual anos antes, quando, em meados da década de 1980, Brasil e Argentina 
iniciam tratativas bilaterais frente à promoção de escalas mais liberalizadas de 
comércio entre ambos. Ou seja, a origem do Mercosul se deve à formação de uma 
zona de livre comércio (ou ZLC).
1 <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/integracao-regional/688-uniao-de-nacoes-sul-almericanas>
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Outro embrião importante do Mercosul se encontra na ALADI (Associação Lati-
no-Americana de Integração), organismo intergovernamental criado em 1980, que 
dá continuidade ao que buscou a Associação Latino-Americana de Livre Comércio 
(ALALC), de 1960, ou seja, promover a expansão da integração da região com vis-
tas a garantir seu desenvolvimento econômico e social e tendo como meta final a 
criação de um mercado comum latino-americano.
Membros
Atualmente, o MERCOSUL possui 5 membros efetivos: Brasil, Argentina, 
Uruguai, Paraguai e Venezuela. Os 4 primeiros são os membros originais, já a Ve-
nezuela entrou no bloco em 2012.
Em dezembro de 2016, por infringir em torno de 75% dos tratados e 20% das nor-
mas de livre comércio, a VENEZUELA foi suspensa do bloco. Meses depois, em 
agosto de 2017, o país sofre nova medida SUSPENSIVA, dessa vez de cunho 
político, em função da forma como o Governo e as forças oficiais trataram os 
milhares de oposicionistas que saíram às ruas da capital, Caracas, em protestos 
contra a formação da Assembleia Constituinte personificada por Nicolás Maduro. 
Mesmo assim, a Venezuela ainda é um país membro do Mercosul, porém 
se encontra suspensa.
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6.1. O Entraves Recentes do Mercosul
É fato que o Mercosul não vem conseguindo se projetar em termos de cresci-
mento, tanto de sua força geopolítica, como também comercial.
Alguns pontos precisam ser compreendidos acerca de certos entraves perce-
bidos, os quais resultaram no enfraquecimento do bloco. Vamos aos principais, 
mais recentes.
• As assimetrias entre o tamanho das economias e a TEC: as tarifas ex-
ternas comuns visam determinar padrões iguais e formais ao intercâmbio 
entre mercadorias por parte dos países integrantes de um bloco econômico. 
De forma simplificada, significa dizer que se o Brasil vende sapato para o Pa-
raguai, e eles também vendem sapatos produzidos por lá ao Brasil, ambos 
deverão ser taxados nas respectivas alfândegas dos países em mesma taxa. 
Mas no caso do MERCOSUL, o que se vê é uma série de exceções nas tarifas 
comuns (as TECs), com vistas a não se prejudicar os países menos compe-
titivos do bloco. Assim, com mais de uma centena de exceções na TEC no 
MERCOSUL, ficou mais difícil consolidar uma União Econômica no pleno.
• O protecionismo argentino: a Argentina, apesar de ter sido, ao menos no 
papel, uma entusiasta e defensora do MERCOSUL, veio ao longo dos anos 
promovendo medidas nitidamente protecionistas frente à sua indústria e ao 
seu mercado consumidor. O protecionismo ocorre quando um país busca – 
principalmente por meio de medidas de aumentos na taxação – a entrada de 
produtos estrangeiros em seus mercados ou retém a venda de produtos es-
senciais com vistas a provocar um aumento em seu preço no mercado exter-
no, como é o caso do Brasil (um país, com mais de 200 milhões de habitantes, 
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que é dependente do trigo para a produção de pão) com relação à sua política 
acerca do trigo, ele defende, acima de qualquer coisa, seus produtores e seu 
mercado local. O protecionismo fere os princípios basilares que levam 
o fomento a um livre mercado e que permeiam o modelo ideal de fun-
cionamento de um bloco econômico.
• Novos parceiros comerciais dos países do MERCOSUL (a China ao cen-
tro): um ponto fundamental de Atualidades acerca do Mercosul reside no 
fato de que o comércio intrabloco vem experimentando uma toada de declí-
nio considerável ao longo dos últimos dez anos. Explica-se tal padrão, prin-
cipalmente, em função da entrada agressiva da China como forte parceiro 
comercial dos países do bloco, e, também, pela queda na produção industrial 
dos países do Mercosul, e a consequente perda na agressividade em merca-
dos dentro do bloco dos produtos manufaturados do Brasil e da Argentina. 
No caso brasileiro, o gigante oriental chinês veio ultrapassando tradicionais 
parceiros comerciais para hoje disparar em primeiro lugar tanto entre as im-
portações quanto entre as nossas exportações.
Para se ter uma ideia, o Brasil, em 2017, comercializou quase 3 vezes mais com a 
China do que com a Argentina. A China possui atualmente algo perto de 20% do co-
mércio exterior brasileiro, enquanto a Argentina, relegada como o nosso terceiro maior 
parceiro comercial, hoje, não tem mais que 7% de nossas transações internacionais.
No gráfico a seguir, podemos perceber tal dinâmica de queda no comércio entre 
o Brasil e o MERCOSUL ao longo dos últimos anos (2005-2015).
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Fonte: <https://www.google.com/searchq=queda+nocomercio+intra+mercosul&source=l-
nms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjq2YKpsczaAhVDDJAKHaKlBwoQ_AUICygC&biw=1152&-bih=758#imgrc=HfDHGQzI5LkzmM>
6.2. A Formação de um Tratado de Livre Comércio entre União 
Europeia e Mercosul
Ponto fundamental em atualidades sobre o MERCOSUL diz respeito às tratati-
vas frente à formação de um acordo pleno de liberalização entre o comércio União 
Europeia e Mercosul, as quais seguem avançadas em 2018. Ainda sem prazo 
definido acerca do fim das negociações e início dessa imensa zona de cooperação 
econômica, essa enorme costura multilateral avançou enormemente ao lon-
go dos últimos anos e deve logo ser colocada em prática logo.
Tal acordo já vinha sendo costurado, bem verdade, faz uns 20 anos, mas es-
barrou em alguns pontos. Um deles, bem latente, reside na França e a apreensão 
que seus agricultores, sabidamente subsidiados e muito protegidos pelo estado, 
possuem acerca da competitividade da agricultura brasileira e de compêndios de 
regras menos patriarcais acerca de auxílios estatais.
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Contribui, contudo, para que se consolide tal acordo comercial, o fato de que 
o Reino Unido, outra oposição a tais acordos com o MERCOSUL, deva em 2019 já 
estar fora da União Europeia. Por fim, os Estados Unidos, com a nítida política de 
isolacionismo comercial de Donald Trump, vêm dando as costas cada vez mais a 
qualquer tratativa comercial multilateral. Sem dúvida, um acordo comercial robus-
to entre MERCOSUL e União Europeia virá e será de um grande valor a esse nosso 
bloco, atualmente, em fase atribulada e com perdas maiores que ganhos.
7. Argentina
Segunda maior economia e população da América do Sul, sofre uma 
mudança de direcionamento político em 2016, da esquerda Kirchnerista 
para a direita de Macri.
Em 2015, ocorre o fim “kirchnerismo”, movimento enviesado à esquerda e pe-
ronista (populista por excelência), o qual elegeu por dois mandatos consecutivos 
Christina Kirchner (2008-2015) como Presidente, sucedendo seu marido Nestor 
Kirchner (2003-2007).
Em 2015, com a eleição de Maurício Macri, pela primeira vez, em mais de 70 
anos, um Presidente argentino não possui vinculação ao Peronismo, movimento 
político-social de cunho populista.
7.1. O Governo de Maurício Macri
Maurício Macri, engenheiro de formação e político de direita, lidera a aliança 
da denominada “Mudemos”, vencendo as eleições argentinas de 2015, aos 56 
anos de idade.
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Ex-prefeito de Buenos Aires (2007-2014) e, também, ex-presidente do Boca 
Juniors, time mais popular do país (1995-2007) é eleito sem maioria no Con-
gresso, sofrendo enorme oposição dos sindicatos, mas sempre fiel ao ideário 
de ortodoxia econômica, baseada esta, entre outros pontos, no fim dos modelos de 
subsídios estatais nos preços da energia e em uma rígida regulação do orçamento.
Em 2018, a Argentina segue sua crise econômica com desvalorização re-
corde de sua moeda, o Peso, e novamente, tal qual no ano anterior (2017), 
uma inflação acima de 30%. Macri vem tentando colocar nos trilhos a economia 
do país com medidas de ortodoxia e cortes em gastos, sendo bem-visto no exterior, 
porém enfrentando enorme rejeição internamente com protestos nas ruas de Bue-
nos Aires, principalmente contra os cortes de subsídios na energia e a reforma na 
Previdência aprovada pelo Congresso argentino em dezembro último.
8. Venezuela
Juntamente com a Síria, o nosso vizinho ao norte vive a maior Crise 
Humanitária de que se tem notícia no globo atualmente. O esfacelamento 
do modelo “chavista-bolivariano”, as ações de cunho ditatorial de seu Pre-
sidente Nicolás Maduro, a crise econômica e a escalada brutal da violência 
dão a dimensão do debacle venezuelano.
O Presidente é Nicolás Maduro (desde 2013), dando continuidade aos 4 manda-
tos de Hugo Chávez (Presidente entre 1999 até sua morte em 2013).
Obs.:� – maior reserva petrolífera do Mundo e terceiro maior produtor (2016);
 � – contexto de absoluto acaso econômico;
 � – ganhos sociais do Chavismo esfacelados.
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Fatos Recentes (2018)
Após viver o ano mais conturbado de sua história recente (2017), com mortes 
por meses seguidas nas ruas da capital Caracas, em 2018, a Venezuela segue com 
Maduro no poder, sendo reeleito até 2024 em pleito realizado em Maio. Vale desta-
car, que tal pleito não teve participação nem de 50% da população de eleitores do 
país, e nenhum respaldo de organizações internacionais. Para piorar, Maduro vence 
e nenhum país – além de Nicarágua, Bolívia e Cuba – expressa reconhecimento ao 
novo mandato.
A ANC (Assembleia Nacional Constituinte)
Início dos trabalhos em agosto de 2017. Escolhida em parte por votação e parte 
pelo Governo, em uma composição de mais de 500 membros, todos vinculados de 
alguma forma ao governo de Nicolás Maduro, tendo em vista que a oposição, mes-
mo convidada protocolarmente, negou-se a apresentar membros.
Obs.:� poderes acima dos presidenciais.
Em suma, a ANC tem poder para destituir e nomear qualquer autoridade 
do Estado venezuelano, ditar e reformar leis, e implementar decisões sem 
necessidade do aval de qualquer outro poder, como ocorreu com a polêmi-
ca destituição da agora Ex-Procuradora-Geral Luísa Ortega.
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9. A Crise dos Imigrantes Venezuelanos e a Entrada em Massa 
em Roraima
Ao longo dos últimos 3 anos, o Brasil veio recebendo uma quantidade 
crescente de venezuelanos, os quais saíram de seu país de origem em bus-
ca de melhores condições de vida no Brasil, tendo em vista as condições de 
escassez alimentar, de queda na renda, do emprego formal e o aumento da violên-
cia. Não são refugiados, na acepção da palavra, mas migrantes econômicos, vale 
o destaque. Outro ponto importante é que eles não foram convidados pelo nosso 
governo, logicamente, mas encontram uma grande facilidade de entrada em nossa 
fronteira Norte, tendo em vista que o país é integrante do Mercosul.
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Caro(a), para se ter uma ideia, estima-se que somente em Boa Vista, a capital 
de Roraima, mais de 50 mil venezuelanos já tenham desembarcado até o 
meio do ano de 2018, o que perfaz quase 15% da população da cidade (estimada 
em 320.000habitantes antes dessa entrada em massa de venezuelanos). Eles vêm 
por estrada, a BR-174, em busca de subempregos ou qualquer assistência possível, 
após terem suas economias e possibilidades mínimas de qualidade de vida corroí-
das em sua terra pátria ao longo dos últimos anos. Algumas mulheres já se prosti-
tuem e, em determinadas praças da organizada capital roraimense, proibiu-se, por 
causa da superlotação, que novos acampamentos sejam feitos como abrigo.
Vê-se que a crise humanitária recente é gravíssima na Venezuela, sem dúvidas, 
chegando a afetar de forma direta também o Brasil. Em agosto deste ano de 2018, 
mais de 1.200 venezuelanos foram expulsos da cidade fronteiriça de Paracaima, 
em Roraima, gerando uma situação de tensão, com pertences dos imigrantes tendo 
sido queimados e também cogitando-se se fechar a fronteira com o país vizinho ao 
norte com vistas a reter a entrada massiva de venezuelanos, o que já foi comple-
tamente refutado pelo Presidente Michel Temer. Uma solução buscada vem sendo 
a transferência de venezuelanos para outros estados da Federação, já tendo se 
iniciado tal processo.
Finalmente, alguns pontos merecem importante destaque nesse contexto de 
atualidades tão conturbado na Venezuela.
O primeiro diz respeito à forma como as relações entre Brasil e Venezuela 
azedaram do ponto de vista diplomático. Se à época dos governos de Lula e Dil-
ma éramos aliados de primeira hora do chavismo (tanto de Hugo Chávez, como de 
Maduro), a ponto de termos sido os maiores entusiastas da entrada do país no Mer-
cosul (consolidada em 2012), com Temer assumindo o governo, o panorama muda 
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radicalmente. Para se ter uma ideia, nesse momento (meados de 2018), não há 
um embaixador brasileiro em Caracas. Isso mesmo! O embaixador Ruy Carlos 
Pereira foi declarado pelo Presidente da Assembleia Constituinte como “persona non 
grata”, que é o mesmo que uma expulsão, assumindo seu posto um alto funcionário 
do Itamaraty. Na outra ponta, a Venezuela também não tem mais um embaixador 
oficialmente no Brasil, fazendo a vez um “encarregado de negócios” em Brasília. 
Mas que fique claro, caro(a) aluno(a), que ambos os países não chegaram a 
romper relações diplomáticas, sendo importante ao Brasil ainda se colocar em 
condições de auxiliar a Venezuela no diálogo interno entre a oposição e Maduro, 
tendo em vista que, se houver uma guerra civil por lá, o cenário esperado é que de 
5 a 10 milhões de venezuelanos potencialmente migrem de imediato para o Brasil.
Por fim, se o bolivarismo não deu certo na Venezuela, é interessante perceber 
que na Bolívia o contexto de esquerdização bolivarista vem logrando êxi-
tos. Evo Morales, presidente boliviano desde 2006, mesmo governando com au-
toridade além do que se considera razoável em um estado democrático de direito, 
com vícios ditatoriais parecidos ao que se percebe na Venezuela, conseguiu manter 
unida parte considerável do país em torno de seu projeto, realçando um ambiente 
de estabilidade político e social. Também pratica a soberania sobre seus recursos 
naturais de forma exemplar e ainda esbanja um crescimento médio de sua econo-
mia ao longo dos últimos anos situado acima da casa dos 3% ao ano.
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10. Cuba
O país caribenho, estandarte do comunismo latino e governado a quase 60 anos 
por dois ditadores oriundos da Revolução Cubana, Fidel Castro e seu irmão Raul 
Castro, vive uma fase interessante. Há uma intenção clara de se liberalizar gradati-
vamente a economia, esta já colocada em prática, além da entrada este ano de um 
novo Presidente, oriundo dos quadros do único partido existente no país: o Partido 
Comunista Cubano.
Fatos Recentes mais Importantes em Cuba
Neste ano, 2018, foi anunciando que Cuba adentra em uma fase pós-castrista. 
Miguel Díaz-Canel, Engenheiro, 56 anos, Vice-Presidente de Raúl Castro, assume o 
poder ao ser eleito pela Assembleia Nacional como sucessor de Raúl no comando 
da ilha. Ele recebeu, no dia 19 de abril, 603 dos 604 votos possíveis e é oficialmen-
te o novo presidente do país. Atendendo fielmente aos preceitos dos quadros do 
Partido Comunista cubano, Canel busca dar seguimento à relativa abertura econô-
mica que o país vem promovendo, contudo, sem perder as rédeas da direção 
restrita e ditatorial imposta, desde 1959, pela fraterna parceria de seus 
antecessores, Fidel e Raul Castro.
No fundo, não há mudança no sistema político na ilha de Fidel, porém, com o 
novo Presidente, espera-se mais garra frente à condução de certas aberturas eco-
nômicas para melhorar o pífio saldo de crescimento e desenvolvimento do país.
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11. Os EUA Hoje
Os Estados Unidos atualmente são o terceiro país mais populoso do Mundo e o 
primeiro país em população dentre os países desenvolvidos, atrás apenas da China 
e Índia. Com mais de 330 milhões de habitantes, os EUA têm em sua população 
algo me torno de 40 milhões de imigrantes. Nenhum país no mundo possui tantos 
imigrantes em números totais na população total.
Outro dado que chama atenção é o superlativo tamanho da economia norte-a-
mericana. Se há duas décadas previa-se que atualmente a China seria a maior eco-
nomia do mundo, tal previsão frustrou-se. Mesmo não sendo mais os maiores 
produtores industriais, nem mesmo os maiores exportadores globais (a 
China se encontra no topo em ambos quesitos), os EUA ainda detêm 25% 
da produção de valor global. Para se ter uma ideia, se somarmos os tamanhos 
das economias da China (2a maior do mundo) e Japão (3a) não se atinge o tamanho 
da economia dos EUA.
E a eleição de Donald Trump, em fins de 2016, assombrou o mundo e surpre-
endeu até os mais experientes analistas políticos. Como foi possível um iniciante 
na política, de trejeitos histriônicos e pele alaranjada, um bilionário que sempre 
declarou à imprensa ter mais dinheiro do que realmente tinha, “persona” rejeitada 
até por parcela considerável de cabeças de dentro de seu próprio partido (Republi-
cano), levar a presidência da maior potência global?
É interessante perceber que Trump, mesmo com menos votos populares que 
Hillary (a senadora obteve mais 2 milhões de votos a mais), se apoiou nas eleições 
de 2016 nos votos do colégio eleitoral, no qual o candidato leva todos os votos do 
estado em que venceu no voto popular. Assim, nessa relação de pesos de um sis-
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tema eleitoral indireto do tipo norte-americana,Trump se tornou o 45º presidente 
americano, ao conquistar mais um maior número de votos do colégio eleitoral, 
composto por 538 delegados.
Em seu primeiro ano completo de governo (2017), o mandatário norte-america-
no deu ensejo exatamente ao que defendera em sua campanha eleitoral, ou seja, 
promover, de forma contundente, escalas de isolamento comercial e dar 
ensejo a medidas xenófobas refratárias aos imigrantes, principalmente, 
ilegais e de países periféricos.
Por iniciativa própria, Trump, em menos de um ano, promove a retirada 
dos EUA da Unesco, do Tratado Transpacífico (megabloco econômico) e do 
Tratado do Clima de Paris, além de se debruçar, de forma veemente, em 
revisar quase todos os dispositivos do NAFTA, o bloco comercial que, desde 
1994, vigora entre os países da América do Norte (EUA, México e Canadá).
Mas a grande novidade no ano de 2018 ocorre com a aproximação dos 
EUA e Coreia do Norte. Se em seu primeiro ano como mandatário Trump recebe-
ra seguidas ameaças do líder norte-coreano, o tresloucado Kim-Jong-un, que bra-
dava de forma explicita atacar os EUA com misseis antiaéreos, neste ano de 2018, 
uma mudança de retórica ocorre, e, já nos primeiros dias de 2018, o líder acena 
que aceitaria um acordo desarmamentista, se dispondo, inclusive, a reunir-se com 
Trump para assim darem início ao fim das animosidades. Assim, em 12 de junho, 
na cidade-estado de Singapura, na Ásia, os dois líderes, outrora inimigos, 
se reúnem e selam a paz entre os dois países. Em troca, os EUA oferecem, 
caso a Coréia do Norte siga uma agenda desarmamentista, o fim de inúme-
ros embargos econômicos que vinham sendo impressos contra o regime 
ditatorial da dinastia do Kim. 
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12. O Contexto da União Europeia
A União Europeia é a mais importante iniciativa em toda história humana com 
vistas à formação de uma zona comum dentre países e a respectiva integração 
econômica e social.
Tal qual vimos em nossa primeira aula, quando falamos sobre o Mercosul, os 
blocos multilaterais atendem a estágios específicos de formação. De uma origem 
seminal, a qual se deve à formação de uma Zona de Livre Comércio, seguindo-se 
à formação de uma União Aduaneira, chegando ao Mercado Comum (integra-
ção de pessoas, trabalho, bens e serviços) para finalmente – e aí apenas a União 
Europeia foi quem realizou tais etapas dentre todos os instrumentos já existentes 
de cooperação multilaterais – chegar-se à União Econômica e Financeira (mo-
netária). Nesse último estágio, unificam-se atividades monetárias e bancárias, 
sendo, digamos assim, a cereja no bolo a criação da zona do Euro em 1999.
Resumo
Zona de Livre Comércio → Un. Aduaneira → Mercado Comum → Un. Econ. 
Monetária.
Bom, no mapa a seguir, veremos inicialmente quais são os países constituin-
tes da União Europeia este ano (2018). Vale destacar que ainda são 28 
PAÍSES AO TOTAL, pois a saída pela do Reino Unido deverá se consolidar apenas 
em 2020. Assim, tem-se os 27 INTEGRANTES ingressos até 2007 (por isso, 
o nome EUROPA dos 27, tal qual exemplificado na legenda), acrescido da 
Croácia, o último país a entrar em 2013.
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Os 28 Países da União Europeia: Europa dos 27, mais a Croácia (2013)
12.1. O Reino Unido na União Europeia
Caro(a) aluno(a), antes de ingressarmos na análise acerca do chamado BREXIT, 
ou seja, nesse importantíssimo tópico de atualidades relacionado à saída do Reino 
Unido da UE, o qual tem seu início formalmente em 2016, vale-nos destacar dois 
pontos inicialmente.
O primeiro diz respeito, com vistas a facilitar a compreensão desse tópico, acerca 
daquilo o que se considera, do ponto de vista geográfico-político, como sendo 
o Reino Unido, de fato constituído por 4 países: Inglaterra, Escócia, País de Gales 
e Irlanda do Norte, esse agrupamento, de nome em inglês United Kingdom, possui 
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a formatação a seguir e representa, ainda na União Europeia, apenas um único 
país (este não aderente à Zona do Euro) dentre os 28 ainda pertencentes ao me-
gabloco. Veja o mapa a seguir.
Obs.:� os países do Reino-Unido alinhavados em mesma porção insular (em total 
de 3) são os países da Grã-Bretanha (Inglaterra → País de Gales → Escó-
cia). Já ao sul da Irlanda do Norte (outro constituinte do Reino Unido e com 
capital em Belfast), situa-se a Irlanda, um país cem por cento independente 
(capital em Dublin), o qual também faz parte da União Europeia.
O segundo ponto, acerca do Reino Unido, diz respeito ao fato histórico de que 
esta potência europeia, atualmente a SEGUNDA MAIOR ECONOMIA DO BLOCO e 
rivalizando com a França em TERCEIRO LUGAR EM TOTAL POPULACIONAL, posicio-
nou-se ao longo das últimas décadas de forma refratária à União Europeia. 
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Isso mesmo! Os britânicos, como são geneticamente conhecidos (comandados pela 
Coroa Real britânica), mesmo sabendo de sua extrema importância, seu peso eco-
nômico, demográfico e geopolítico e tendo sido, inclusive, ao longo das duas pri-
meiras guerras mundiais, parte crucial na defesa dos ideais pró-Europa, não de-
monstraram, de forma ampla e irrestrita, serem partidários a uma inserção efetiva 
do Reino Unido na União Europeia em momento algum.
Veja que o ingresso do Reino Unido se dá em 1973 e, logo na década seguinte, 
a mandatária Margaret Thatcher ou a Dama de Ferro (1980-1991), deixava claro 
a quem quisesse ouvir que eles não estariam dispostos a pagar o preço das bases 
de integração que se desenhavam cada mais robustas (leia-se arcar com custos 
inerentes à integração e nem dividir seu mercado de trabalho). Mesmo assim, eles 
assinam em 1991 o Tratado de Maastricht de formação da União Europeia, tal 
qual como conhecemos hoje (mercado Comum à frente, ou seja, integração de 
pessoas, bens e mercado de trabalho) para em 1999 se ausentarem, contudo, das 
tratativas acerca do ingresso na Zona do Euro.
Em seguida, ao longo da década de 2000, com o advento do ingresso de países 
mais pobres do continente, tais quais Hungria, Bulgária, República Checa, Eslovênia 
e finalmente a Croácia em 2013, os ingleses roem a corda de vez. Em 2016, após 6 
anos como primeiro-ministro, David Cameron passa o bastão da política local para 
a conservadora Thereza May. Ela rapidamente dá ensejo à saída, em definitivo, do 
Reino Unido logo em seus primeiros meses como mandatária.
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12.2. O Brexit em 2018
Para se entender o contexto de saída do Reino unido da União Europeia é pre-
ciso se voltar a alguns fatos no tempo e no espaço. Vamos a eles.
Em 23 de junho de 2016, realizou-se uma a votação em todo o Reino Unido 
acerca de decidir-se pela saída, ou não, do país (visto que o Reino Unido conta 
penas como um país na União Europeia) do bloco europeu. Se em 1975 o mesmo 
referendo não teve a aprovação da maioria, em 2016 praticamente 52% da po-
pulação do Reino Unido aprovou a saída do bloco. Era o Brexit, ou seja, o 
Britain-Exit, ganhando seu contorno definitivo.
Em um ambiente de franco crescimento ao redor do mundo, por parte da popu-
lação dos países desenvolvidos de noções separatistas e xenófobas, e de racha no 
Reino Unido, inclusive com o assassinato, dias antes, do referendo da política parti-
dária pró-unificação, Jo Cox, somente a população da Escócia dentro do RU preferiu 
manter-se na União Europa. Assim, o Reino Unido dá seu início à saída do bloco em 
definitivo (e levando a Escócia junto), alegando não querer dividir mais o custo 
inerente às responsabilidades de seu peso econômico frente a bancar o bloco 
(custo que é proporcional ao fato de ser segunda maior economia da UE, atrás ape-
nas da Alemanha). Pesou para a decisão comum da maioria o fato também de não 
quererem dividir o mercado de trabalho e nem os ganhos atuais promovidos 
por um contexto de bom crescimento econômico sustentado por lá (mais de 3% 
a.a.) com os países mais pobres integrantes da União Europeia. Enfim, os britâni-
cos negaram as tratativas mais amplas acerca de um Mercado Comum, as quais 
envolvem, entre outros aspectos, partilhar o mercado de trabalho com seus pares.
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Porém essa saída da União Europeia, levada a cabo pelo Reino Unido, 
não vem sendo fácil. A agenda que Thereza May pretendia dar celeridade 
em sua saída do bloco esbarra nos compromissos já assumidos (visto que 
o Reino Unido faz parte da UE desde 1973) como o sistema financeiro co-
mum, entre outros. Além disso, a UE obrigou o Reino Unido a seguir recebendo 
normalmente os cidadãos europeus (inclui-se brasileiros naturalizados europeus) 
até o fim da saída, o que, contrariando expectativas britânicas, dar-se-á em prazo 
de mais de dois anos (pois eles esperavam estar fora do bloco já em 2018), deven-
do ser realizada por completo apenas em dezembro de 2020.
Um ponto de inflexão se deve também às eleições locais de 2018 no Reino Unido 
as quais enfraqueceram o conservadorismo do partido de Thereza May. Cogita-se já 
um novo referendo, inclusive, acerca do Brexit para este ano ou o próximo
Por fim, espera-se que após a saída do Reino Unido, a Escócia – principal refra-
tária a essa evasão promovida pelos súditos da rainha – tente retornar à UE como 
um único país, mas aí já serão cenas de um próximo capítulo.
13. Rússia, Oriente Médio, China e Coreia do Norte Hoje
13.1. Introdução
A Rússia vem buscando, de forma aguerrida, recuperar o terreno perdido, tanto 
no campo econômico quanto geopolítico, após o esfacelamento do bloco comu-
nista da União Soviética e a condução trôpega de Boris Yeltsin nos anos 1990. O 
responsável por esse processo atende a um único nome: Vladmir Putin. Homem 
forte à frente do país há 20 anos, seja como presidente, primeiro-ministro e depois 
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presidente novamente (reeleito em 2018 com mandato até 2024), o ex-agente 
faixa preta da KGB se utiliza de expedientes autoritários, eliminando adversários 
e questionáveis do ponto de vista internacional (tal qual agiu na Tchetchênia, em 
2000, na Ucrânia e na Crimeia, em 2014) para atualmente falar de igual para igual 
com qualquer outra potência global dentro do jogo geopolítico.
Após ter conhecido, em 2009, sua maior recessão desde a queda do bloco so-
viético e ter se recuperado nos anos seguintes, a Rússia passou por dois anos 
consecutivos de recessão, entre 2015 e 2016, devido a uma assombrosa 
fuga de capitais, ao colapso do rublo, à queda dos preços do petróleo e às 
sanções comerciais ocidentais (impostas pelos EUA), que ocorreram no se-
guimento da crise ucraniana. Após um crescimento negativo em 2015 (-3,7%) e 
2016 (-0,8%), um crescimento positivo era esperado para 2017, impulsionado pelo 
consumo privado, o qual se confirmou, ficando na casa dos 1,5%.
13.2. A Copa do Mundo de 2018
A Rússia realizará, neste ano, de 14 de junho a 15 de julho, sua primeira Copa 
do Mundo. O país que já foi sede dos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, e das 
Olimpíadas de Inverno, em Sochi (2014) e liderou o quadro de medalhas ganhas, 
além de já fazer parte do calendário oficial da Fórmula 1, é considerado uma potên-
cia em vários esportes, como ginástica, natação, vôlei e tiro. Com 11 sedes (12 es-
tádios, pois dois serão em Moscou), poderá mostrar ao mundo, mais uma vez, sua 
capacidade de organizar eventos de grande porte. Vale destacar que uma Copa 
nunca havia sido realizada com jogos em dois continentes (já houve Copa 
em dois países, como o caso de 2002, entre Japão e Coreia), pois uma das sedes 
fica em Ecaterimburgo, depois dos Montes Urais na Ásia. Veja as sedes a seguir.
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13.3. As Escalas de Poder da Rússia Atualmente
13.3.1 Energia
Consolidada há mais de um século como uma potência na produção de ener-
gia, a Rússia, país com as maiores reservas de gás natural do mundo, terceiro em 
produção de petróleo e quarto em energia nuclear, avança sobre o mundo com seu 
poder econômico, alicerçando uma imbricada rede de dependência emaranhada 
por gasodutos e oleodutos.
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O jogo é simples. Onde os EUA deixaram lacunas, os russos entraram, onde há 
necessidade, eles entram e as sanam. No Qatar, uma das várias petrolíferas esta-
tais (o Estado Russo possui mais de 15 empresas de energia próprias ou de capital 
misto) de Putin, a Rosneft, ao se associar ao xeique do país-sede da Copa de 2022, 
descontente com a forma que vem sendo tratada pela Arábia Saudita e os EUA (pois 
o pequeno país árabe é acusado de dar suporte ao Estado islâmico), torna-se, em 
2017, a maior empresa de energia do Mundo. PelaÁsia Central, a rede de gaso-
dutos que passa por dentro das ex-repúblicas soviéticas faz com que esses ex-países 
satélites não tenham autonomia plena para decidir seus rumos. Basta vermos o que 
aconteceu na Ucrânia em 2014: a Rússia forçou o país a se retirar das negociações 
de entrada na União Europeia. Foi assim com a Geórgia, Ucrânia e será assim com 
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outros. Na Europa, estima-se que mais de 80% da necessidade de gás natural e em 
torno de 90% da necessidade de petróleo seja sanada pelos russos. Para onde se 
olha, a influência deles está cada vez mais presente no tabuleiro do jogo geopolítico 
global, sendo a energia como uma ponta desta lança afiada.
13.3.2 Geopolítica com a China
A nova ordem geopolítica que se desenha para este novo século se encontra 
relacionada à costura entre a Rússia e China, com vistas à formação de um 
campo geopolítico forte de contraposição ao poder dos EUA. Segundo o his-
toriador Eric Hobsbawm, historiador inglês morto recentemente, o século XIX foi 
o século da Europa; o século passado foi o dos EUA, e, muito provavelmente, este 
será o século da Ásia.
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Ambos os países se encontram alinhados no BRICS no G20, sendo nações do 
Conselho de Segurança da ONU e de atitudes vorazes com relação a seus interes-
ses, com governos autocratas (na Rússia, ainda disfarçado de democracia) e de 
extenso território (Rússia em primeiro e China em quarto no mundo).
13.3.3 A Geopolítica Armamentista
No início deste ano, o Presidente Vladmir Putin anunciou um plano armamentis-
ta para a Rússia, a quarta nação que mais gastou com armamentos no mundo em 
2015 e uma das que mais ampliou seus gastos nos últimos anos, como pode ser 
percebido na tabela que acabamos de ver. O “pacote”, tal qual se referiu em dis-
curso, visa exatamente inutilizar o poder dos EUA e da Otan com tecnologia 
inovadora de:
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• míssil de cruzeiro com propulsão nuclear ilimitado;
• um submarino nuclear não tripulado com alcance intercontinental, altíssima 
velocidade, propulsão silenciosa e capaz de atingir grande profundidade;
• um míssil hipersônico Mach 10 com velocidade de 200 km;
• um novo míssil estratégico Mach 20.
Todos esses sistemas têm capacidade de ser armados com ogivas convencionais 
ou nucleares. As implicações são de imensa importância para a correlação interna-
cional de forças. Em primeiro lugar, porque demonstra que foram inúteis os esfor-
ços dos EUA para a construção dos chamados escudos nos territórios vizinhos ao 
da Rússia e em segundo lugar, porque a vantagem americana, em função de seus 
porta-aviões, tornou-se questionável em razão desses novos submarinos.
13.4 Um Pouco sobre a Síria
A Síria é um país situado à beira do Mar Mediterrâneo, no coração do Oriente 
Médio, inimigo de Israel e reduto radical xiita, mas de maioria de população sunita. 
Inimigo declarado de Israel, o qual faz fronteira, tem Bashar al-Assad como Presi-
dente desde 2000.
É um país aliado do Irã, da Rússia e do Hezbollah (grupo fundamenta-
lista xiita com sede no Líbano).
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13.5. O Confuso Cenário da Síria
A atual Guerra Civil na Síria, a mais sangrenta em curso no mundo, que em 6 
anos já acarretou em torno de 500.000 mortes, tem sua origem na oposição entre 
o Exército de Libertação da Síria composto por sunitas e maioria da população da 
Síria, que recebe o apoio da Otan (EUA e Reino Unido no comando), da Turquia e da 
Arábia Saudita (duas potências bélicas na região e países de maioria sunita) VER-
SUS os Alauitas, que são xiitas (minoria numérica no país), pró-governo e contam 
com o apoio, principalmente, do Hezbollah, do Irã e da Rússia.
Existem, ainda, na Síria o Exército Livre da Síria (moderados e oposição a As-
sad), os Curdos e o Estado Islâmico, que, ao norte do território da Síria, conquistou 
territórios ao longo dos anos de 2014, 2015 e 2016 (veremos logo na sequência 
dessa aula como se deu tal processo).
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Seguindo, então, em 2012, foi instalada uma Guerra Civil na Síria, buscando 
restaurar aquilo que foi conseguido em outros países do Mundo Árabe, ou seja, a 
deposição de ditadores constituídos e a volta da democracia esquecida por aquelas 
bandas. Mas, ao contrário do que ocorreu no Egito, na Líbia e na Tunísia (e Iêmen), 
na Síria, as forças de Assad não cederam e, utilizando uma conjunção de fatores, 
tais quais seu exército bem aparamentado, armas químicas e apoio internacional 
da Rússia e do Irã, além do apoio terrorista do grupo Hezbollah, o ditador sírio se 
sustentou no poder, desde então, à base de uma carnificina.
Portanto, a guerra na Síria é basicamente um conflito entre os próprios 
sírios (árabes) de mesma religião (muçulmanos), mas de seitas diferen-
tes. Assim, tem-se, de um lado, os grupos de oposição a Assad, todos su-
nitas, visando derrubar um ditador xiita.
Neste ano SDE 2018, até o mês de maio ao menos, o evento mais importan-
te na guerra na Síria se deu a partir do ataque norte-americano às bases 
de Assad, que foram consideradas como de feitura de materiais químicos. 
Isso já ocorreu em 2013 e 2017, vale o destaque. Não é a primeira vez que Assad 
é acusado de utilizar esses expedientes, que são proibidos pela Convenção sobre 
Armas Químicas de 1993, um acordo sobre controle de armas que proíbe a pro-
dução, o armazenamento e o uso de armas químicas assinado por 189 países. O 
acordo é administrado pela Organização para Proibição de armas Químicas (OPAQ), 
uma organização independente com sede em Haia, nos Países Baixos. Esse acordo 
não tem como signatários dentre os países da ONU apenas Egito, Israel, Coreia do 
Norte, Angola, Sudão do Sul e a própria Síria.
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Outro ponto importantea se entender também sobre a guerra na Síria: os EUA, 
mesmo sendo oposição ao governo de Assad, não promoveram até agora uma inter-
venção efetiva, tal qual como de praxe agem ao redor do globo, em geral com a justifi-
cativa de “restaurar a democracia”. Isso se deve a algumas questões listadas a seguir:
• oposição da Rússia e falta de unanimidade, portanto, no Conselho de Segu-
rança da ONU, para referendar tais ações;
• receio de entregar o poder a grupos sunitas que têm braços armados funda-
mentalistas (terroristas) na Al-Qaeda (de Osama Bin Laden), Talibã, Irman-
dade Muçulmana ou Hamas (que controla a Palestina);
• necessidade de combate e extermínio ao Estado Islâmico mais importante 
que retirar Assad.
Por fim, é importante destacar que, com a guerra na Síria, criou-se a 
questão humanitária mais crítica dos tempos recentes: mais de 5 milhões 
de sírios ou aproximadamente 20% da população do país antes da guerra 
(2012) tornara-se refugiada, saindo a pé pelos desertos para pousar em países 
vizinhos da região, como a Turquia, Irã ou Jordânia ou em botes improvisados pelo 
Mar Mediterrâneo, tentando entrar na Europa pela Itália ou Grécia para daí, muitas 
vezes, ainda buscar refúgio em áreas continentais, como Hungria e Alemanha. Esti-
ma-se que desde a Segunda Guerra Mundial não se via uma diáspora (fuga forçada) 
tão grande de pessoas de uma determinada área como vem ocorrendo agora na Síria.
Assad não aceita base de negociação alguma com a oposição. Garantiu-se, por 
muito tempo nessa guerra, apenas com o domínio de Damasco (a capital) e suas 
cercanias a crueldade imposta por práticas de uma minoria xiita que há décadas 
comanda o país. Chegou a parecer que perderia a guerra por várias vezes, mas, 
atualmente, vem retomando mais áreas, inclusive a cidade mais populosa do país 
– Aleppo, ao norte – e se fortalecendo de novo no controle.
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A aliança com a Síria é antiga e vital para a Rússia no Oriente Médio, re-
gião onde há governos alinhados aos Estados Unidos, como Israel, Arábia Saudita 
e Emirados Árabes. Desde a década de 1980, os russos têm um grande porto na 
cidade de Tartus, na Síria, única base própria russa no Mar Mediterrâneo, a qual, 
em 2016, transformou-se numa base militar Russa para usufruto por mais 49 anos. 
Em 2016, com auxílio russo, ocorre também a retomada de Alepo (segunda mais 
importante cidade) por Assad.
13.6. A China Hoje
A China hoje, além de possuir a maior população global (1, 35 bi de habitantes), 
é o país com a maior produção industrial no mundo e, também, o de maior con-
sumo energético no Planeta. Segunda economia global em tamanho, atrás apenas 
dos EUA, ao longo dos últimos 30 anos sustentou indicadores de crescimento eco-
nômico incomparáveis, os quais atualmente se encontram na casa dos 7% ao ano, 
mas que já estiveram, por algo em torno de 20 anos seguidos (1990-2010), acima 
de dois dígitos anuais em média. Socialista e planificadora, sem distensões políticas 
em sua agenda interna, esse gigante oriental saiu da miséria para tornar-se uma 
potência global. Comandada por um partido único, o Partido Comunista Chinês, o 
qual imprime e empreende o socialismo de mercado. Nesses últimos anos, a China 
vem se lançando cada vez mais como um gigante geopolítico.
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13.6.1. XI Jinping e seu Poder Crescente
Em outubro de 2017, o país realizou o 19º Congresso do Partido Comunista, reu-
nião da máxima cúpula local com vistas a se definir os rumos futuros e diretrizes 
a serem perseguidas pelo Governo. No chamado Politburo (o comitê que reúne as 
lideranças políticas do partido único), sai o nome dos presidentes, dentro de um 
sistema político em que, a cada 10 anos, um novo líder é alçado ao comando.
O atual líder chinês, Xi Jinping, foi eleito pelo Parlamento do Partido para, desde 
2013, ser o Presidente do país. Todavia é importante destacar que, excepcionalmen-
te nesta última cúpula, não houve uma discussão acerca de quem o substituirá como 
Presidente ao fim de seu decênio, em 2022, pairando no ar a possibilidade mais que 
real que ele siga no comando, mesmo após o termino de seu mandato atual.
Xi Jinping conduz, atualmente, a China entremeando aspectos centralizados e 
estatais, aliado a uma gama de discursos voltados a atender a um padrão de inte-
gração de mercados ainda mais amplo e de fomento a uma maior penetração do 
capital externo em seu país. Ele, como ninguém, sabe fazer o jogo para os dois 
lados, o que significa atender à rigidez do sistema centralizado estatal comunista 
chinês e seus interesses soberanos, mas também dos mercados globais que se de-
bruçam mais e mais, ávidos em busca do que a potência oriental pode oferecer ao 
mundo em termos comerciais. E não tem sido pouco.
Seus acertos na sua condução política como líder da China reverberam não 
apenas internamente, mas em todo o mundo fazendo com que Xi Jinping seja 
considerado, atualmente, por uma imensa gama de analistas políticos e 
publicações renomadas voltadas ao tema, como o líder global mais impor-
tante da atualidade.
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O que vemos hoje é que a China não é mais a terra das fábricas dos 
guardas chuvas baratos e quinquilharias de camelôs. Há pelo menos dez 
anos, ou mais, a presença do país na cadeia produtiva global representa 
novos paradigmas em termos de produtos, escalas produtivas e pesquisa. 
É de lá que saem hoje quase 20% dos carros feitos no mundo (já são lí-
deres disparados globais na produção automobilística) e, em apenas uma 
fábrica, a FoxxCom, a qual tem algo em torno de 600.000 empregados 
que fabricam, em turnos de 24 horas, por 7 dias ininterruptos (e não são 
operários escravos, esqueçam essa bobagem disseminada), praticamente, 
todas as telas de LCD que o mundo consume.
Atualmente, nenhum país tem mais pessoas fazendo Mestrado do que nas uni-
versidades chinesas. Na Agência Espacial deles, hoje sustentada com mais aportes 
de investimentos do que a própria agência espacial russa, os chineses pretendem, 
em 2036 e 2040, pousar seus astronautas, respectivamente, no chamado “lado 
escuro da lua” e depois em Marte.
13.6.2 A Nova Rota da Seda
Um ponto hoje em dia, EXTREMAMENTE IMPORTANTE em atualidades, quando 
se fala sobre a China, é a forma como o país conduz uma espécie de “diplomacia 
econômica” e como essa expertise revela a habilidade desse país em se tornar uma 
liderança global e em promover cada vez mais uma influência no cenário interna-
cional. Na maior guinada nos últimos 30 anos, a China vem conduzindo uma 
integração econômica por meio de sua rede de infraestrutura que é sim-
plesmente o maior conjunto de obras da história da humanidade.
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