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abnt_tcc[1] LEI DAS XII TABUAS A VIII TABUA E O DIREITO CIVIL BRASILEIRO

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CENTRO DE CIÊNCIAS JURIDICAS
FACULDADE DE DIREITO -FAP
DONIZETI APARECIDO CAMPOS
a lei das xii tabuas: a vIii tÁbua e o direito civil brasileiro 
Apucarana 
2015
Donizeti aparecido campos
a lei das xii tabuas: a viiI tabua e o direito civil brasileiro 
Trabalho de Curso de Direito 3° semestre-
Disciplina Historia do Direito – FAP FACULDADE APUCARANA PARANA.
Orientador: Profa. Fabiolla 
APUCARANA
2015
DONIZETI APARECIDO CAMPOS
A Lei das Xll Tabuas: a VIII Tàbua e o direito civil brasileiro
Trabalho de Curso de Direito,apresentado à FAP- Faculdade Apucarana Paraná, no Centro de Ciências Jurídicas, com nota final igual a _______, conferida pela :
	Professora Orientadora Fabiolla 
Faculdade Apucarana Paraná
Apucarana, _____de ___________de 20___.
“existem homens que lutam e vencem alguns obstáculos e são grandes, mas existem aqueles que lutam a vida inteira estes são imprescindíveis...”
A vida é luta renhida que aos fracos abate e os fortes e bravos, só faz exaltar, viver é lutar...
Campos, Donizeti Aparecido. A lei das Xll Tabuas : a Vlll tabua e o direito civil brasileiro. Trabalho Bimestral da Disciplina - História do Direito – Centro de Ciências Jurídicas, Faculdade Apucarana Paraná, Apucarana, 2015.
RESUMO:
 O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão breve da origem das Leis das XII Tabuas e sua relação com o Direito Civil moderno brasileiro.Objetivo geral estabelecer as relações da Lei das XII Tabuas,especificamente a xlll tábua, e do direito brasileiro e o objetivo especifico relacionar os institutos presentes na VIII Tábua e os institutos do usucapião, dos bens fungíveis,frutos e a posse e propriedade de terras.A metodologia utilizada foi a da revisão bibliográfica utilizando-se de artigos e livros.desenvolveu-se o trabalho fazendo no primeiro momento uma relação do direito romano e a cultura grega,a Grécia foi referencia a elaboração da Lei das XII Tábuas.O “usucapio” do brocardo romano e sua herança ao direito de posse no civil brasileiro,bem como a aquiisição de “res mancipi’ ou “nec mancipi”, que seguem o principio de quem não tem direitos não pode transmiti-los. 
Palavras – chave: Direito Romano,Grécia,XII Tabuas,usucapião,frutos. 
Campos, Donizeti Aparecido. 
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Dicionário - Ver dicionário detalhado
ABSTRACT: 
The objective was to make a brief review of the origin of the Laws of XII Plank and its relationship with the Civil Law modern general brazilin. Objective establish the relationship of the XII Plank law, specifically the thirteenth board, and Brazilian law and the specific objective relate the institutes in VIII board and the adverse possession of the institutes, fungible goods, fruits and title and ownership of earths. The methodology used was the literature review using articles and the work is books .Desenvolviment -making in the first time a relationship of Roman law and Greek culture, Greece was reference the drawing up of XII tables Law.
Trabalho de Historia do Direito, tema a Lei das XII Tábuas, a VIII Tábua e os institutos do Direito Brasileiro.Centro de Ciências Jurídicas da FAP – Faculdade Apucarana Paraná.
Key-words: Review , XII Plank , VIII Plank,institutes,fruits,
Campos,Donizeti Aparecido.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	ABNT
	Associação Brasileira de Normas Técnicas
	FAP
	Faculdade Apucarana Paraná
	UEL
	Universidade Estadual Londrina 
 
	
	
	
	
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	14
1.1	DELIMITAÇÃO DO ESTUDO	14
1.2	PROBLEMA DA PESQUISA	14
1.3	OBJETIVO	14
1.3.1	Objetivo geral	14
1.3.2	Objetivos específicos	15
2	REVISAO da literatura	16
2.1	INTRODUÇÃO	16
2.2	– O DIREITO NA GRÉCIA CLASSICA E AS LEIS DE SOLON :INFLUÊNCIAS NO DIREITO ROMANO ESPECIFICAMENTE A LEI DAS XII TABUAS	16
2.2.1.1	O DIREITO NA GRÉCIA	17
2.2.1.1.1	DIREITO GREGO ESCRITO	18
2.2.1.2	AS LEIS DE SÓLON E A INFLUENCIA NA LEI DAS XII TABUAS.	19
2.2.1.3	A LEI DAS XIII TABUA E OS INSTITUTOS DO USUCAPIAO E BENS FUNGIVEIS	19
3	METODOLOGIA	21
3.1	Materiais e metodos	21
3.1.1	Materiais	21
3.1.2	Métodos	21
3.2	DiscuSSão	22
3.3	CONCLUSÃO	22
INTRODUÇÃO
A Grande Roma e seu legado eterno a civilização ocidental é de a muito enaltecido e propalado pelo mundo ocidental, mas bem sabemos que mesmo a grande civilização romana em sua época nos primórdios no inicio da elaboração das primeiras leis escritas foi beber em outras fontes , fora buscar conhecimento em povos mais avançados , e eles assim o fizeram foram a civilização que em 450 A.C. já era bem avançada em vários sentidos, foram ate o Gregos ,por isto não esta errado quando citamos estas duas grandes civilizações e dizemos cultura Greco-romana, pois e bem isto que aconteceu , um misto cultural que nos legou varias obras em varias áreas e inclusive no direito.
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 
Foi efetuada uma revisão bibliográfica com artigos e nosso estudo ficara restrito a estudar a relação da Lei das XII Tabuas com o Direito Grego e a relação da VIII Tabua com o Direito Brasileiro no que tange aos institutos do usucapião e dos bens fungíveis em frutos e a propriedade da terra.
PROBLEMA DA PESQUISA 
A Lei das XII Tabuas em sua VIII Tábua teve alguma influência em institutos utilizados hoje no Direito Civil brasileiro?
OBJETIVO
Objetivo geral 
Avaliar as possíveis influencia da Lei das XII Tabuas no Direito Civil Brasileiro após uma breve revisão bibliográfica.
Objetivos específicos 
Avaliar a influencia da XIII Tábua no instituto usucapião do Direito Civil Brasileiro. 
REVISÃO da literatura
INTRODUÇÃO
No início do quinto século a.C., a República Romana vivia uma grande crise de abastecimento de víveres, por um lado,e disputas no interior de seu corpo cívico que giraram sobre tudo em torno da distribuição da terra pública ( o ager publicus ).Ao mesmo tempo em que Roma e a Liga Latina enfrentavam conflitos bélicos contra os povos “bárbaros” que habitavam as regiões montanhosas além dos limites do Lácio como os volscos e os équos(ANTIQUERA,2014).
Roma e Grécia possuem duas concepções diferentes sobre o direito: a mais especulativa mais abstrata , mais generalizações, da Grécia, o saber agir, a prudentia, o equilíbrio entre a abstração e o concreto , de Roma(FERREIRA,2000).
Por que terá a Iustita romana os olhos vendados e a Dikê grega os olhos bem abertos? Pergunta Ferreira(2000), acreditamos serem duas concepções, duas visões diferentes de mundo.
Se considerarmos que a visão simboliza as abstrações , o especulativo , o saber puro, a sapientia; e o ouvido indica o valorativo , o pratico , o saber-agir, a prudentia, ai está a explicação da concepção de duas concepções diferentes de direito( FERREIRA, 2000).
 – O DIREITO NA GRÉCIA CLASSICA E AS LEIS DE SOLON:INFLUÊNCIAS NO DIREITO ROMANO ESPECIFICAMENTE A LEI DAS XII TABUAS 
A Lei das XII Tabuas de Roma bebeu nas Leis de Sólon, contudo iremos aqui fazer uma breve distinção em alguns institutos que são exclusivos de origem grega e outros de origem romana.
 FERREIRA(2000) destaca a sponso e a usucapio romanas e as arrhas e apraescriptio longi temporis gregas,também afirmam que na própria compreensão do Direito ,há diferenças fundamentais que os seus símbolos inequivocadamente manifestam:
“Feita esta resenha histórica necessariamente breve, importa destacar ο que liga a Lei das XII Tabuas as Leis de Sólon a que a tradição se refere, como vimos.Ε corrente distinguir os Direitos de Roma e da Grécia. Alem de haver institutos típicos e exclusivos que, só por si, assinalam uma diferença significativa (v.g., a sponsio e a usucapio romanas; as arrhas e apraescriptio longi
temporis gregas), observamos que, na própria compreensão do Direito, há diferenças Fundamentais que os seus símbolos inequivocamente manifestam: a deusaromana Iustitia com os olhos vendados, segurando, com as duas mãos, uma balança com ο fiel perfeitamente aprumado e, portanto, com os dois pratos numa posição rigorosamente igual; e a deusa grega Dike que, de olhos bem abertos, segura, com uma das mãos, uma balança sem
fiel e, na outra, uma espada. Os pratos encontram-se também ao mesmo[..]” (FERREIRA,2000) 
Os patrícios, no Decenvírato, não acolheram a noção de Direito dos gregos, que eram muito mais democráticos que seus visinhos, e sim apenas usaram a Lei das XII Tábuas como forma de justificar o poder deles sobre a plebe,afirma ANTIQUERA(2015).
 O DIREITO NA GRÉCIA 
O direito grego muito mais filosófico, muito mais oral, onde a palavra do executor do direito podia significar a vida ou a morte. Na Grécia Antiga, ou Clássica, o primeiro legislador que se tem conhecimento é Zaleuco de Locros ( por volta de 650 a.C.),segundo Wolkmer(2006) ele era uma figura lendária a quem é atribuído o primeiro código escrito de leis.
Wolkmer (2006) também cita Carondas ,legislador de Catânia(cerca de 630 a.C.) e Licurgo , em Esparta,contudo enfoca o particular interesse em dois legisladores atenienses: Drácon e Sólon, o primeiro (620 a.C.)fornece a Atenas seu primeiro código de leis,que ficou conhecido por sua severidade e cuja lei relativa ao homicídio foi mantida por Sólon,sobrevivendo até nossos dias graças a uma inscrição em pedra.
Acreditamos que esta rigorosidade das leis de Drácon é usada ainda hoje em dia quando nos referimos á uma pessoa muito rigorosa , ou à uma lei extremamente severa de draconiana com um sentido pejorativo de depreciação, contudo em uma sociedade brasileira onde vemos a impunidade e a corrupção imperar, esta visão pejorativa cai por terra.
Wolkmer (2006) afirma que se deve a Drácon a introdução de importante princípio do direito penal: a distinção entre os diversos tipos de homicídio ,diferenciando entre homicídio voluntário ,homicídio involuntário e o homicídio em legítima defesa.
No aspecto social, ocorrem também varias medidas e de particular interesse aquelas que obrigavam os pais a ensinarem um ofício aos filhos,caso contrário ,estes ficariam desobrigados de os tratarem na velhice,a eliminação de hipotecas por dívidas e a libertação os escravos pelas mesmas e a divisão da sociedade em classes societárias.(WOLKMER,2006)
Outro termo pejorativo ainda usado hoje em dia é a “tirania”, ou quando queremos nos referir a alguém que extrapola ou extrapolou seus poderes se tornando um ditador o chamamos de tirano, este termo tem sua origem entre 640-630 a. C.
No inicio o termo tirano não tinha este sentido pejorativo, que apareceu em Atenas, no século V a.C., com o governo dos Trinta Tiranos (404 a.C.),este período de tirania coincide com importante fase de desenvolvimento econômico para Atenas.São desse período as famosas moedas de prata com a imagem da coruja, a deusa protetora da cidade.(WOLKMER,2006)
Mas é somente na era clássica(inicio 490 ,430 a.C.) que se consolidam as principais instituições gregas: a Assembléia, o Conselho dos Quinhentos (Boulê) e os Tribunais da Heliaia.(WOLKMER,2006)
O Direito grego era muito mais oral que escrito, o modo como eles construíram suas edificações deixa bem claro esta concepção, o convencimento, a argumentação pelo conflito das idéias, os gregos também se negavam a profissionalizar o direito e da figura do advogado que quando existia não podia receber pagamento.
Parece um paradoxo que o povo que inventou a escrita dessa primazia à fala, isto fica nítido em Platão quando ele exprime sua desconfiança em relação aos livros, contudo esta aversão a escrita pode ter influencia do que aconteceu com seu mestre Sócrates o qual foi acusado de corromper a juventude, logo seria mais difícil se provar esta corrupção se não fosse escrita. Mas a visão de Platão segundo afirma Finley apud Wolkmer (2006) é que os livros não podiam ser inquiridos, suas idéias estão fechadas à correção ou ao maior aperfeiçoamento, lógico que nesta época eles não tinham ainda desenvolvido as técnicas de interpretação e exegese e hermenêutica que temos hoje, como por exemplo, colocar em discussão as idéias de livros escritos por outros autores com teorias diferentes, comparando-as entre si e retirando desta comparação em síntese, temos a famosa dialética marxista, como uma das técnicas ainda muito usada hoje em dia em nossos estudos acadêmicos, principalmente na área de humanas.
DIREITO GREGO ESCRITO 
Segundo Wolkmer(2006) antes do século VII a.C., os gregos não tinham leis escritas porque a arte da escritura se perdera (escrita linear B ) com o término do período Micênico.
Porque talvez a escrita somente foi reaprendida pelos gregos no século VIII a. C. e um dos usos dessa nova arte foi a inscrição pública de leis.(WOLKMER,2006)
A explicação até agora mais predominante tem sido a de que o povo grego, em determinado ponto da história (por volta do século VII a. C.), começou a exigir leis escritas para assegurar melhor justiça por parte dos juízes.
Segundo WOLKMER(2006) parafraseando Teseu nas Suplicantes de Eurípedes (produzida por volta de 420 a.C.) têm sido utilizadas como apoio a essa posição :
“Quando as leis são escritas, o pobre e o rico têm justiça igual”, apesar de ser uma visão ate certo ponto simplista principalmente quando atualizamos esta idéia a nossos dias, bem sabemos que em nosso ordenamento o rico pode protelar as decisões judiciais com recursos a perder de vista, e raros são os casos onde o detentor de recursos abastados será realmente punido conforme a letra da lei.
Corroborando com nosso ponto de vista vem Gagarin apud wolkmer(2006) o qual argumenta que as leis escritas não colocaram em xeque e nem limitaram o poder de governantes e magistrados,segundo ele Lá como Cá, ela podem ter limitado a autonomia dos magistrados judiciais, mas o poder político absoluto continuava e continua intocável, lá pelo fato de que estas leis eram feitas pela aristocracia, e em nossos dias pelo poder econômico que na grande maioria das vezes se sobrepõe a própria constituição, como já ficou devidamente comprovado com a compra de votos dos parlamentares primeiramente no governo FHC no caso das privatizações, carinhosamente chamada pela oposição da época de privataria tucana,e mais atualmente o caso do “mensalão” no congresso nacional e o “mensalinho mineiro”, o qual o doutrinador Pedro Lenza ,em seu livro DIREITO CONTITUCIONAL (2014) vai chamar de vicío de decoro parlamentar o qual , segundo ele, motivaria uma ação por inconstitucionalidade contra os projetos e leis votados neste período .
Mesmo a escrita estando disponível por quase um milênio, a escrita somente foi utilizada em inscrições públicas para as primeiras leis por volta da metade do sétimo século antes de Cristo.(WOLKMER,2006) 
AS LEIS DE SÓLON E A INFLUÊNCIA NA LEI DAS XII TÁBUAS. 
Porque Roma mandou mensageiros a Magna – Grécia para estudar as Leis de Sólon ?
Qual era o objetivo destes mensageiros? Patrícios escolhidos pelo dencevirato , até que ponto as Leis de Sólon influenciaram os institutos romanos da Lex e Iuistita (FERREIRA,2000).
Segundo Wolkmer(2006),os gregos não só tiveram um direito evoluído , como também influenciaram o direito romano e alguns de nossos modernos conceitos e práticas jurídicas: o júri popular, a figura do advogado na forma embrionária do “logógrafo”, a diferenciação de homicídio voluntário ,involuntário e legítima defesa,a mediação e a arbitragem,a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos e a retórica e eloqüência forense ,lógico que tudo isto não aconteceu por acaso , e sim foi fruto de uma atividade,do envolvimento e da genialidade de um povo que,além de se haver destacado na filosofia , nas artes e na literatura,destacou-se também no direito. 
A grande diferença na história de uma civilização esta naquilo que as gerações futuras , atuando como filtro,preservaram e transmitiram, ou deixaram de fazê-lo.(WOLKMER,2006)
Wolkmer (2006) cita a tragédia de Édipo em Colono,Sófoclessintetizou a visão do ateniense sobre o direito quando Teseu ,rei de Atenas, profere suas famosas palavras a Creonte,rei de Tebas :”Entra num território submisso à justiça,e decide cada coisa de acordo com a lei”
Quando recorremos aos livros de historia sobre o decenvirato 
 A LEI DAS XIII TÁBUA E OS INSTITUTOS DO USUCAPIAO 
Segundo Antiquera (2015) a Lei das XII Tábuas foi importante como forma de amenizar uma crise no seio da cidade romana arcaica,contudo esta lei não alterou substancialmente os privilégios dos patrícios enquanto classe dominante,em verdade ratificou mecanismos que alicerçavam os direitos e protegiam à aristocracia das pressões advindas dos setores sociais inferiores,ou seja,os plebeus pobres.Eles , os patrícios detinham o acesso as legislações e a ciência de todo o formalismo, processo jurídico,pertinente aos procedimentos litigiosos.As condições que viabilizavam ao to jurídico permaneceram essencialmente ritualizadas, validadas a partir de fórmulas secretas, que eram inscritas no âmbito do mos maiorum ,sob os cuidados de pontífices e magistrados,a aplicação das leis romanas era concentrada nas mãos do patriciado mesmo após a publicação da Lei das XII Tábuas.
O usucapião,presente em nosso ordenamento jurídico, tem sua origem na Lei das XII Tabuas,mais precisamente a VIII Tabua .
“Ε corrente distinguir os Direitos de Roma e da Grécia. Alem de haver institutos típicos e exclusivos que, só por si, assinalam uma diferença significativa (v.g., a sponsio e a usucapio romanas; as arrhas e apraescriptio longi temporis gregas) [..]” FERREIRA(2000)
O usucapio romano , se assemelha em muito com o nosso usucapião, não só na escrita, mas também no conceito.Evoluímos em muitos sentidos, nas instituições de acesso a justiça e democráticas , contudo muitos dos problemas sociais daquela época ainda são presentes e latentes em nossa sociedade mesmo após mais de 2500 anos, continuamos com uma justiça que privilegia os que possuem maior poder aquisitivo, quer seja na elaboração das Leis, quer seja no acesso aos benefícios desta lei que limita este acesso pelo poder aquisitivo.A famosa reforma agrária que patina e patina mas nunca realmente se efetiva, haja visto que umas das maiores bancadas no parlamento brasileiro, onde se fazem as leis é constituída de ruralistas e grandes latifundiários que literalmente compram seus cargos eletivos em cima da miséria econômica e cultural de nosso povo.
USUCAPIÃO
O nosso atual Código Civil no Livro III – Do Direito das Coisas, no titulo III ,Da Propriedade , traz na seção I o instituto Da Usucapião , no Artigo 1238,caput:
“Aquele que,por quinze anos ,sem interrupção,nem oposição,possuir como seu um imóvel,adquire-lhe a propriedade,independentemente de título e boa-fé;podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis”.
Ficam evidentes a questão do prazo prolongado ou seja , o decurso de tempo, da boa-fé e da posse sem oposição nem interrupção como preconiza a origem do instituo no direito romano antigo.
Segundo Cretella Júnior(2000) usucapião é a aquisição pelo obcurso de tempo.Os requisitos são:
Decurso do tempo – “tempus”;
Justo titulo- “justus titulus”;
Boa fé – “bona fidus”;
Coisa suscetível de usucapir-se – “res”;
Posse mansipacífica- “possessio habilis”.
Usucapião (“ usucapio, de capere +usu, adquirir pelo uso)é o modo de adquirir a propriedade ,segundo as regras do “jus civile”, legado somente aos cidadãos, aos patrícios de modo especifico, mediante o preenchimento das seguintes condições: coisa suscetível de usucapião;posse continua durante certo prazo; título jurídico que justifique a posse ( ‘‘justus titulus “ ou “justa causa” ; boa fé , “bona fides” ) do possuidor.
Estas condições foram resumidas pelos intérpretes da Idade Média no seguinte verso latino: “ res habilis, titulus,fides , possessio ,tempus”...
O instituto da usucapião adaptou-se bastante,dentro do sistema romano,sendo o único modo de (posse da propriedade) aquisição da propriedade pela posse prolongada (CRETELLA JUNIOR,2000).Segundo Cretella Junior (2000) algum tempo depois, ao lado do usucapião surge outra instituição de origem grega,prescrição de tempo prolongado , a “praescriptio longi temporis”, fundindo-se esta última com o usucapião no “direitu justinaneu”. 
No direito romano antigo além das inúmeras aplicações,no âmbito do direito das coisas,aplica-se o usucapião, como vimos, no direito das pessoas, como no caso do casamento pelo uso ,”usus” ,em que o marido adquire a “manus’’ sobre a mulher depois de com ela coabitar durante um ano ininterrupto. 
Aqui temos uma possível origem de nosso estatuto da união estável entre casais pelo convívio sem a oficialização do casamento.
 
METODOLOGIA 
A ciência jurídica é sobre tudo conceitual, formal e teórica, nosso intuito é levantar uma discussão sobre a influência da Lei das XII Tábuas e alguns institutos do nosso ordenamento civil.A metodologia usada foi a da revisão literária e bibliográfica sobre o assunto,limitada pelo pouco tempo disponível que possuímos,acreditamos que podemos atingir nosso objetivo. 
Materiais e metodos
Materiais 
Artigos científicos e livros de doutrina.
Métodos 
A método de pesquisa adotada foi a da revisão literária e bibliográfica existente sobre o assunto,resumo e fichamento de artigos científicos, certos de que não esgotamos nem 1% de tudo que se tem escrito na literatura e artigos científicos sobre o assunto.Foi feito uma coletânea de artigos disponíveis em domínio publico na internet e em livros de doutrina.
 
 
 D
 
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DiscuSSão 
A Lei das XII Tàbuas na sua VIII Tabua nos traz o instituto do usucapião, bem como o dos bens fungíveis, que vem expresso em nosso código civil atual de 2002,os processos evoluíram, as penas se humanizaram contudo o espírito do instituto , seu objetivo continua o mesmo.Apesar das contradições, das fontes da Lei das XII Tabuas serem leis bem mais severas, as Leis de Sólon, que se inspiraram ate certo ponto na lei do Talião código de Hamurabi ,contudo não podemos deixar de contextualizar o momento histórico e social em que se deu a criação destes ordenamentos jurídicos muitos deles baseados em costumes já enraizados em civilizações da era do bronze que remontam a 500 a 1000 anos antes de Cristo.
CONCLUSÃO
Conclui-se o ordenamento jurídico brasileiro, bem como a grande maioria do ordenamento do mundo ocidental, tem influências significativas da cultura romana e grega, bem como de seus institutos jurídicos. Principalmente nosso ordenamento do direito civil é o que possui mais institutos de origem romana ,principalmente no que se refere a Lei das XII Tábuas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Antiquera,Moisés PÁTRIO PODER E PODER ESTATAL NA ROMA DAS XII TÁBUAS. São Paulo: USP: revista digital de direito.
Bastos,Cleverson Leite & Keller,Vicente APRENDENDO A APRENDER,introdução a metodologia ciêntifica. Petrópolis: 6°ed.,Ed. Vozes,1995. 
Cretella Junior,j. CURSO DE DIREITO ROMANO:O DIREITO ROMANO E O DIREITO CIVIL BRASILEIRO.rev. e aum.-Rio de Janeiro :Forense ,2000.
Ferreira,José Ribeiro AS LEIS DE SÓLON E DAS XII TÁBUAS: A PROPÓSITO DO LIVRO DE PLUTARCO,VIDA DE SÓLON,TRADUZIDO E COMENTADO POR DELFIM FERREIRA LEÃO http://www.uc.pt/fluc/eclassicos/publicacoes/ficheiros/humanitas52/14_not.pdf ACESSADO NO DIA 29/03/2015 revista eletrônica Humanitas-vol.LII(2000). acessado AS 09:11H do dia 29/03/2015.
Fux,Samuel AS RELAÇÕES ENTRE O DIREITO ROMANO E O PROCESSO CIVIL BRASILEIRO:VISÃO HISTÓRICA E- civitas Rev. Cientifica do Departamento de Ciências Jurídicas ,Politicas e Gerenciais do UNI-BH Belo Horizonte,vol.v,n.1,jul-2012.ISSN:1984-2716.Disponivel em: WWW.unibh.br/revistas/ecivitas/ e.mail de contato:ecivitas@unibh.br
Lemos,Julio Cesar Lazzarini A PROPRIEDADE FUNDIÁRIA ARCAICA:NOVA INTERPRETAÇÃO DA REGRA DO USUS AUCTORITASFUNDI DA LEI DAS XII TÁBUAS.Tese de Doutorado realizada sob a orientação do Prof.Titular Eduardo César Silveira Vita Marchi,Departamento de Direito Civil-Àrea de Direito Romano da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.S.P.,fev.,2011.
Lenza,Pedro DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO.18° Ed.,saraiva,S.P.,2014.
Wolkmer,Antonio Carlos FUNDAMENTOS DA HISTORIA DO DIREITO. Ed. Del Rey Ltda,3°edição,BH,2006.