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RELATÓRIO DE CAMPO JOINVILLE E BLUMENAU

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RELATÓRIO DE CAMPO PARA JOINVILLE E BLUMANAU – SC
Greisi Aline de Azeredo *
Taisa Camila Dassi **
			
 OBJETIVOS
O trabalho de campo teve como objetivo estudar e analisar o desenvolvimento, e como se dispõe a atividade econômica e a sua interação com o território na região metropolitana do norte/nordeste de Santa Catarina. A partir disso visitamos a fábrica da Cisa, que se situa no Perini Business Park, com o intuito de analisar seu modo de produção e organização, com a intenção de conhecer juntamente a dinâmica do Condomínio Perini. Observando as vantagens que as fábricas recebem em se instalar no Park. Ainda em Joinville, no centro da cidade, buscamos compreender aspectos da tensão entre o circuito superior e inferior da economia pelo uso do território. Para finalizar nos dirigimos a cidade de Blumenau, com o objetivo de estudar a importância que a produção têxtil teve para o desenvolvimento do município, para isso visitamos o museu da Hering. Da mesma forma, analisamos o processo de imigração e a proposta de implantação de desenvolver a cidade a partir do turismo.
				INTRODUÇÃO
Baseados nas observações feitas em campo no Perini Business Park, centro de Joinville, Museu da Hering e centro de Blumenau, buscamos fazer uma correlação com as teorias discutidas em sala de aula, como a de David Harvey “Acumulação Flexível” e “Circuito superior e inferior da economia” de Milton Santos. 
	O relatório se divide em quatro partes: a primeira é a explanação da teoria de David Harvey correlacionado com o Condomínio Perini, a segunda se dá com a análise do centro de Joinville baseando-se na teoria de Santos, e a terceira parte é a descrição de como se deu e como se realiza hoje o modo de organização e produção da Companhia Hering e por último é feita uma análise do centro de Blumenau, enfatizando a questão da falsa germaniedade. 
I
O regime fordista de acumulação iniciou-se nos Estados Unidos e se dissipou pelo mundo no pós-guerra. Baseado em formas de produção capitalista e de consumo, provocou uma profunda mudança, como David Harvey mesmo ressalta:
“O que havia de especial em Ford (e que, em última análise, distingue o fordismo do taylorismo) era a sua visão, seu reconhecimento explícito de que a produção de massa significava consumo de massa, um novo sistema de reprodução do trabalho, uma nova política de controle e gerência do trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia, em suma, um novo tipo de sociedade democrática, racionalizada, modernista e populista.” (HARVEY, 1992, p. 121).
	Um exemplo do cuidado que Henry Ford teve em difundir esta nova forma de pensar/viver consumindo, foi quando “... Ford enviou um exército de assistentes sociais aos lares de seus trabalhadores,... para ter certeza de que o novo homem da produção em massa tinha o tipo certo de probidade moral...” (HARVEY, 1992, p. 122).
	Sua expansão ocorrida no pós-guerra se dá por conta de compromissos e reposicionamentos por parte dos agentes do processo de desenvolvimento capitalista, dessa forma o fordismo se tornou mais rígido, pois havia estabilidade nas relações de trabalho. A crise do fordismo decorreu da inflação ascendente em 1973 somado ao aumento do petróleo, o que levou a todos os setores da economia buscar economizar energia. Com isso, as corporações perceberam que havia uma condição de intensificar sua produção para obter maior competitividade no mercado, através de uma reestruturação tecnológica e organizacional, como a implantação da automação, busca de novos mercados e locais com controle maior sobre o trabalhador. Assim, as décadas de 70 e 80 foi um período de reestruturação econômica e de reajustamento político e social, o que pode evidenciar a transição para um novo regime de acumulação, o pós-fordismo. 
	A acumulação flexível ou pós-fordismo é determinada pela contraposição ao fordismo, Harvey explicita:
“A acumulação flexível, como vou chamá-la, é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. A acumulação flexível envolve rápidas mudanças dos padrões do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando, por exemplo, um vasto movimento no emprego no chamado “setor de serviços”, bem como conjuntos industriais completamente novos em regiões até então subdesenvolvidas...” (HARVEY, 1992, p. 142)
Dessa maneira, contratos de curto prazo, empregados em tempo parcial, subcontratações, temporários, entre outros..., crescem no mercado cada vez mais, pois são empregos flexíveis que não criam uma forte insatisfação trabalhista, ao contrário, podem formar pequenos negócios, sendo um deles as cooperativas de costureiras, e às vezes acabam por reerguer sistemas de trabalho como o familiar. 
	Ao visitar a fábrica da Cisa no Perini Business Park, localizado em Joinville, percebe-se claramente o modo de produção e organização pós-fordista. Não se encontra estoque, apenas algumas peças, as aquisições de matéria-prima são feitas por projeto, tendo em vista que cada cliente possui necessidades específicas para sua autoclave. O quadro de empregados no setor de produção é formado de 20 a 30 pessoas, os que necessitam de maior qualificação a empresa mesmo o realiza, que é caso dos soldadores. Apenas alguns setores funcionam em dois turnos, em média doze autoclaves são produzidas por mês, com um custo para o cliente de R$100.000,00 podendo variar dependendo de suas especificidades. 
	Ao conhecer o Perini Business Park pode-se ter um melhor entendimento de como funciona a relação das empresas com o local, e compreender os motivos pelos quais escolhem residir em um condomínio. Fábio Perini ao vir para o Brasil em 1973 encontrou dificuldades para encontrar um espaço adequado para o seu negócio de máquinas de papel. São Paulo não lhe atraiu a primeira vista, então decidiu conhecer o Sul do Brasil, onde o Deputado Luiz Henrique da Silveira por fim teve grande influência sobre a escolha de Perini em optar pela cidade de Joinville. Após 25 anos inicia-se o projeto de criar uma melhor infraestrutura para novas empresas se instalarem, um condomínio industrial sob medida. Em 2001 o Park foi inaugurado, e em menos de dez anos depois, o complexo já estava consolidado como o maior condomínio empresarial multissetorial do Brasil. Hoje é responsável por 19% do PIB de Joinville e 2,6% do PIB de Santa Catarina. 
Segundo José Carlos Meinert há várias vantagens em se instalar em um condomínio, como se ter maior rapidez na obtenção de licenças ambientais e alvarás para construção, oportunidade de manter o foco no negócio principal delegando ao condomínio os serviços (segurança 24hrs, serviço de jardinagem, manutenção, transporte interno.), utilização de equipamentos coletivos para controle da poluição e tratamento de água, resíduos e efluentes, compartilhamento de estruturas e serviços que melhoram e facilitam a vida dos trabalhadores (postos bancários, restaurantes), a empresa não fica com capital imobilizado, ela poderá aplicar no capital de giro. 
O valor cobrado para a construção dos pavilhões no Perini Business Park varia de acordo com as exigências distintas de cada empresa, sem nenhuma especificidade o preço do m² é de R$17,00, a partir disto pode-se chegar a R$30,00 o m². O condomínio possui uma ótima localização, sua infraestrutura logística é muito competitiva, pois o está próximo a dois acessos da rodovia BR 101, e em um raio de 150 km encontram-se cinco portos: Itapoá com uma distância de 76 km, Itajaí a 87 km, São Francisco do Sul localizado a 45 km, Navegantes a 80 km e Paranaguá a 134 km de distância. Há três aeroportos próximos também: Joinville a 8 km, Navegantes em uma distância de 80 km e São José dos Pinhaisa 100 km. 
Com todas estas facilidades, deixa claro que as empresas que optam por se instalarem em um condomínio estão em busca de flexibilidade. Como no caso da Cisa, as barras de aço são importadas da Suíça ou Estados Unidos, agora há uma empresa no condomínio que compra as barras de aço para revender à fabricante de autoclaves. Outra facilidade encontrada pela Cisa é a locação de uma máquina de cortar aço a laiser localizada em uma indústria vizinha, deste modo é um capital imobilizado a menos que a Cisa teria. A questão dos sindicatos em Joinville não se dá de maneira muito organizada, esta é outra vantagem e atrativo para os empresários, pois há uma menor pressão trabalhista, o que é imprescindível para o novo modo de acumulação flexível. 
II
Vivemos em uma sociedade hegemônica e na maioria das vezes subordinada. O circuito superior da economia é resultado de investimentos diretos e de modernização tecnológica, constituídos por grandes empresas, bancos e instituições, e estes detém boa parte do capital, se desenvolve ao longo do tempo em função dessas atividades. Neste circuito há uma necessidade de acumular capital para dar continuidade a modernização. 
 Ao contrário dessa sociedade de poder, existe uma sociedade pobre, denominada pelo circuito inferior que é o resultado indireto da mesma modernização, e na maioria das vezes não se beneficiam dessa tecnologia, é composta por pessoas que exercem atividades simples com pouca ou nenhuma remuneração. 
A partir disso, é possível fazer uma análise dos dois circuitos da economia no município de Joinville, que é a maior cidade do Estado de Santa Catarina com 515 mil habitantes. Atualmente contém o mais importante polo econômico tecnológico e industrial do estado. 
 Podemos perceber que há os dois circuitos nessa sociedade agindo nesse espaço. O centro da cidade abriga shoppings, bares, lojas do circuito superior, bancos etc. Por outro lado, o centro de Joinville abriga uma expressiva rede de comércio e atividades do circuito inferior, próximo ao terminal rodoviário várias atividades desse circuito se desenvolvem para atender a demanda dessa sociedade que extrai renda a partir de atividades simples. Conversando com algumas pessoas daquela região podemos conhecer um pouco mais da realidade daquela população.
Em 5 entrevistas realizadas, nenhum dos entrevistados era natural do município. Todos falaram que gostam de morar ali em função da dinâmica da cidade, e por ter uma grande oferta de emprego, exercem atividades como: comerciante, sacoleiro, vendedora, vendedor de jogos, etc. Evidenciaram que a prefeitura não disponibiliza nenhum tipo de incentivo para ajudar as pessoas. Para isso, as pessoas são obrigadas a buscar soluções para se manter no mercado de trabalho. Segundo Milton Santos:
O circuito superior utiliza uma tecnologia importada e de alto nível, uma tecnologia “capital intensivo”, enquanto no circuito inferior a tecnologia é “trabalho intensivo” e frequentemente local ou localmente adaptada ou recriada. (SANTOS,1978 p. 43) 
Sendo assim, compreende-se que enquanto o circuito superior utiliza-se de alta tecnologia e constantes investimentos diretos aplicados para produzir e se desenvolver, o circuito inferior dispõe-se a trabalhar intensivas horas para obter renda. Além disso, muitas vezes sua renda está relacionada a quantidade produzida, o que obriga o trabalhador a fazer extensas jornadas por um salário baixíssimo, afim de atender as necessidades básicas de sua família.
Com a chegada de vários imigrantes em Joinville várias dessas pessoas não conseguiram emprego no circuito superior por conta das exigências de profissionalização e qualificação, como também a medida em que o circuito superior se desenvolve expulsa mão de obra. Dessa forma, as pessoas viram-se obrigados a buscar soluções alternativas para obtenção de renda como vender panos de prato, chip de operadoras, lanches, etc. Segundo Milton Santos essa é uma solução para as pessoas que não encontram trabalho no circuito superior.
 Esse circuito é o verdadeiro fornecedor de ocupação para a população pobre da cidade e os imigrantes sem qualificação. Tudo isso está ligado as condições tecnológicas e financeiras das atividades desse setor e a suas relações com o conjunto da economia urbana. (SANTOS, 1978 p.45)
 	O circuito superior dispõe de ajuda governamental para desenvolver suas atividades, como o crédito concedido pelo banco BNDS que financia grandes investimentos. Uma das explicações para isso é pensar no poder que as empresas exercem sobre o território, fechando grandes unidades fabris e provocando um grande número de destruição de emprego em uma cidade, o que “obriga” o governo a oferecer ajuda financeira para as grandes empresas e não para aqueles que realmente necessitam. Além do mais, fazem o uso do território com grande valor econômico, porque neste lugar há disponibilidade de alta tecnologia instalada. No entanto, o setor inferior é frequentemente perseguido pelo governo, pelo fato de não contribuírem na arrecadação de imposto e empregar mão de obra sem registro algum. Dessa forma, Milton Santos faz algumas reflexões da realidade anteriormente descrita.
 As atividades do circuito superior usufruem direta ou indiretamente da ajuda governamental, enquanto as atividades do setor inferior, não dispõe desse apoio e frequentemente são perseguidas, como no caso dos vendedores ambulantes em numerosas cidades. (SANTOS, 1978 p. 47).
	Durante o percurso pudemos observar os vários tipos de atividades desenvolvidas na região. Sendo que os principais cultivos do setor primário são banana e arroz, do setor secundário são indústrias ex: indústria têxtil, por último o setor terciado é composto de shoppings e bares.
III
Em seguida partimos para Blumenau, onde visitamos o Museu da Hering. Cidade colonizada por imigrantes europeus quando Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau veio para o Brasil com o objetivo de fundar uma colônia agrícola, que acabou se tornando um centro agrícola e industrial com grande participação na economia do País. Logo após Dr. Blumenau se instalar naquela região, vários colonos europeus chegaram onde hoje é a cidade de Blumenau. Vale ressaltar que o Município se destaca por ter costumes e tradições que são únicos, uma vez que a cidade foi colonizada inicialmente por alemães seguida de italianos e poloneses.
Em meados dessa época O Sr. Hermann Hering de descendência germânica traz sua família para o Brasil, e inicia sua produção na década de 70 quando as primeiras indústrias começam a se instalar no município, como cervejarias e fábricas de vinagre. Nessa época, Hering começa a produzir camisetas, sua produção era totalmente com mão de obra familiar. A partir daí, nasce a companhia Hering. 
A empresa inicia suas atividades no bairro Bom retiro, ali adquirem máquinas e contratam funcionários, e logo forma-se uma vila de operários em torno da fábrica. Com o tempo, a empresa passa a adquirir máquinas para a fiação, por que antes toda a fiação para a fabricação das malhas era importada da Europa. A logomarca da empresa leva o formato de dois peixes que são a representação dos dois fundadores, traduzindo o nome Hering dá o nome a arenque que é um peixe. Daí, o logotipo da companhia ser composto de dois peixinhos, um simbolizando cada irmão.
Ao contrário do Park Perini onde não possui interesse de permanecer naquele espaço a longo prazo devido a busca pela flexibilidade, naquela época se pensava em construir grandes obras para ficar naquele local. Uma prova disso, é a planta da fábrica Hering, organizada pelo Arquiteto Hans Broos, que elaborou um plano diretor para a ampliação da fábrica, sediada em Blumenau, SC. Broos propôs uma integração a natureza e com o paisagismo em parceria com Burle Marx. Aziz Ab’Saber também participou do trabalho, especificamente nas decisões que envolviam o macroambiente. O vale aonde foi implantada os conjuntos industriais é estreito, assim foi optado pela construção de pequenas unidades em cidades próximas, como Encano,Água verde, Ibirama, Rodeio, Indaial e Benedito Novo.
Atualmente parte da Presidência fica em São Paulo, juntamente com a equipe de estilistas. Essa divisão ocorre de forma estratégica, por que toda a parte da criação da moda está localizado nos grandes centros. É importante ressaltar que a família detém 36% do capital ainda hoje, e o banco BNDS não financia investimentos dessa empresa por ser considerada uma multinacional, com investidores de todo o mundo. A companhia possui escritórios na China por exemplo, onde realiza parte de sua produção. Como também possui unidades em várias regiões do País sendo elas (5) em Santa Catarina, (1) Rio Grande do Norte e (4) em Goiás.
IV
Ao visitar-se o centro da cidade de Blumenau, em Santa Catarina, percebe-se a falsa germanidade empregada de forma muitas vezes grosseira, como podemos perceber na foto a seguir: 
(Foto: Taisa Dassi (2013))
É notável como os bancos e grandes comerciantes como a Havan adotaram e adotam esta ideia de transformar a cidade em um “Pedacinho da Europa no Brasil”, pois seus locais são imitações à arquitetura enxaimel. (foto HAVAN/ BANCOS)
Blumenau já na década de 1960 possuía grande poder econômico, percebemos isso pelos prédios de arquitetura desta época, que hoje estão sendo menosprezados, sem incentivo algum para mantê-los, tendo em vista que o plano diretor do município incentiva somente a arquitetura “enxaimel”. Para dar a impressão de Europa, a rua central da cidade possui a fiação de forma subterrânea, mas ao olhar para a quadra ao lado, os postes de luz já voltam a aparecer. Ainda naquele local, as ruas possuem seu devido nome e logo abaixo seu nome na língua alemã como era chamada antigamente. 
(Foto: Taisa Dassi, (2013).
Outro fato observado em Blumenau seria de que tudo vira objeto de turismo, um exemplo seria o cemitério de gatos, localizado ao lado do Mausoléu do Dr. Blumenau. Próximo a estes locais, encontra-se o museu da cerveja, onde muitas transmitem a ideia de serem fábricas antigas, de tradição, mas na verdade foram fundadas nos de 2002 (Eisenbahn), 2003 (Zehn Bier), 2006 (Opa Bier; Schornstein), 2007 (Wunder Bier; Königs), entre outras, são realizadas visitas a essas fábricas. Uma peculiaridade encontrada seria os bancos próximos ao Rio Itajaí, onde uns são virados para o rio e outros para as construções, o motivo seria para as pessoas terem a opção de sentarem e admirarem tanto um como o outro. 
Como uma cidade turística, ao se estar no centro não se imagina que existam favelas em Blumenau, muito menos atrás dos morros verdes, que possuem algumas casas de luxo em seu meio. Outra questão analisada em campo seria como as leis vão se modificando com o tempo, mas as estruturas não, um exemplo seriam as casas de classe alta nos morros que continuam se proliferando, tendo em vista que a cada ano as leis de preservação ambiental são renovadas e ficam mais rígidas.
		 		CONCLUSÃO
A partir da saída de campo e as análises feitas neste relatório, percebe-se o grande dinamismo que o setor econômico possui, pois para se manter fortemente ativo e com grande influência, ao longo do tempo faz-se o uso de diversas estratégias, como a terceirização da mão de obra e produção com busca de sindicatos menos organizados, para assim, explorar os trabalhadores e ter facilidade para se desligar de unidades que não atingem as expectativas, sem gerar grandes problemas. Estas são as diferenças que podemos perceber entre as antigas indústrias, como a Hering em suas primeiras décadas e as atuais. Antigamente havia uma maior preocupação e inteiração com os trabalhadores por parte da administração das indústrias, hoje há um distanciamento entre ambas as partes. Nota-se também que para haver desenvolvimento nos municípios, criam-se novas fontes de possíveis geradores de rentabilidade, um exemplo seria a criação de uma cidade turística baseada em uma falsa germaniedade. 
REFERÊNCIAS
 História do município. Disponível em: http://www.blumenau.sc.gov.br/gxpsites/hgxpp001.aspx?1,1,315,O,P,0,MNU;E;3;2;MNU;, Acessado em: 20 jan. 2014.
Por que Cia. Herin. Disponível em: http://hering.riweb.com.br/show.aspx?idCanal=nuvhb/zITtlvNbzipKb1sw== Acessado em: 20. Jan. 2014.
SANTOS, Milton. O espaço dividido. 4 ed. Cidade.ano. cap 4.
HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna. 12. ed. São Paulo, Ed. Loyola, 2003.

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