Buscar

Apostila Civil Aroldo Bens

Prévia do material em texto

Apostila Direito Civil - Arôldo Batista 
Bens 
 
1. Bens Corpóreos: 
 
São os bens que tem um corpo, uma existência física, material, tangível (que se pode tocar) 
Exemplo: Caneta, Computador, Casa, Terreno. 
 
 
2. Bens Incorpóreos: 
 
São os bens que não tem existência física, material, tangível, mas possuem um valor econômico. 
São bens que tem apenas existência jurídica. 
Exemplo: Direitos Autorais, Direito de Crédito, Direito de usufruto, Direito de utilização de uma 
marca. 
 
 
3. Bens Imóveis: Artigos 79, 80 e 81. 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.. 
Solo é considerado imóvel pela própria natureza, haja em vista que fisicamente não temos como 
mover o solo. 
Bens incorporados naturalmente ao solo: ex: árvores, vegetação, etc. 
Bens incorporados artificialmente ao solo: são considerados imóveis por acessão industrial ou 
artificial. ex: casa, apartamento, etc. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
Os direitos reais sobre os bens imóveis, seguem a mesma classificação do bem, ou seja: se o 
bem for imóvel o direito real também o será. Ex: Tenho uma casa, que é bem imóvel, então os 
direitos reais também serão imóveis. 
O artigo 1225 traz o que são direitos reais: 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
Por exemplo aquelas casas de madeira, que as vezes são tiradas de um terreno e levadas em 
cima de um caminhão pra se colocar em outro terreno, essas casas tem mobilidade mas não 
perdem o caráter de imóvel. 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
Exemplo: Matérias retirados de um prédio por uma obra, mas que tenha a intenção de voltar: 
Telhas, Janelas, Portas. Também não perder o caráter de imóvel. 
 
4. Bens Móveis: Artigos 82, 83, e 84. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico-social. 
Bens Moveis suscetíveis de movimento próprio: São aqueles que não precisam de uma força 
alheia para se movimentarem, são os Semoventes: os animais por exemplo. 
Bens Móveis que adquirem movimento por força alheia: São aqueles que precisam de uma força 
impulsionada para adquirir movimento: carro por exemplo. 
Para que um bem seja considerado móvel, não pode haver perda da substancia e nem da 
destinação econômico-social: por exemplo: uma sexta de basquete fixada ao solo é um bem 
imóvel, porém ela pode ser arrancada, mas ela não se torna móvel pois ela perderia a sua 
substancia, a sua finalidade. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
Ex: Energia Elétrica, Energia Eólica, desde que tem valor econômico, por isso se tem o furto de 
energia elétrica. 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
Como vimos nos Bens Imóveis, o direito real sempre segue a classificação do bem, portanto o 
direito real sobre Bens Moveis também são móveis. 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Se Direitos Reais são direitos sobre as coisas, direito sobre um carro, sobre uma casa; 
Direitos Pessoais são direitos da própria pessoa, não os direitos da personalidade, mas os direitos 
com valor patrimonial, exemplo Direito de Crédito, Direito Autoral, Direito de uso de marca, etc. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados: por exemplo: 
uma telha que ainda não foi instalada a casa, não perde a qualidade de bem móvel. 
Readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio: vimos nos bens 
imóveis, que os bens que retirados mas com intenção se serem recolocados não perdem a 
qualificação de imóvel, porem aqueles provenientes da alguma demolição volta a ser qualificado 
como bem móvel. 
 
 
 
 
5. Bens Fungíveis: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Por exemplo: o dinheiro, pode ser substituído por outro, desde que na mesma espécie, qualidade 
e quantidade no sentido de que se alguém me deve 100 reais, ela não precisa me pagar com uma 
nota de 100 necessariamente, podem ser duas de 50 ou qualquer outra combinação de notas que 
levem ao valor de 100. Outro exemplo é uma caneta Bic: se eu vou comprar uma caneta e são 
todas iguais, não tem porque eu falar a eu quero a que esta no meio da caixa, são todas iguais... 
 
 
6. Bens Infungíveis: 
São os bens que não podem se substituir por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Ou porque esse bem é único, ou porque qualquer um outro não vai ter a qualidade daquele que 
eu quero. 
Por exemplo: nossa casa, um quadro do Da Vince, pode haver imitações mas o original é único e 
infungível, nosso animal de estimação... 
 
Pode um bem fungível se tornar infungível? 
Sim, vou a noite de autógrafos de um ator famoso, e compro um livro que até então é fungível, 
igual todos os da prateleira, mas ao entrar na fila e pegar o autografo do autor ele se torna para 
mim um bem infungível, pois tem uma qualidade diferente dos demais. 
 
7. Bens Consumíveis: 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação 
Exemplo: a comida, a partir do momento que eu consumo, ele se esgota, outro exemplo é o 
Shampoo a partir do momento que você usou, não tem como reutiliza-lo, assim como o 
combustível. 
 
 
8. Bens Inconsumíveis: 
 
São aqueles que são reutilizáveis, pois o uso não importa na destruição imediata da substância, 
então podemos reutilizar varias vezes, como por exemplo: um livro, um carro uma roupa. 
 
A vontade de uma pessoa pode influenciar se o bem é consumível ou inconsumível? 
Sim, por exemplo eu ganho uma vela do papa, a vela que era um bem consumível, que se esgota 
com o uso, pode se tornar para mim inconsumível, a partir do momento que eu escolho não 
acende-la mais. 
 
 
9. Bens Divisíveis: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou 
prejuízo do uso a que se destinam. 
Por exemplo: Se eu pegar uma saca de feijão de 50 kilos, eu posso dividir em duas de 25, pois 
não perde o valor, nem a utilidade e nem a substancia. 
 
 
10. Bens Indivisíveis: 
 
Bens Naturalmente indivisíveis: São os bens que não podem ser divididos, porque a divisão 
acarreta alteração na substancia, diminuição do valor, ou prejuízo a utilidade do bem, por exemplo 
um celular: eu não posso dividir ele ao meio, pois ele perderia sua utilidade, substancia e valor. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. 
Indivisível por determinação da lei: seria um bem que é divisível, mas se torna indivisível por 
determinação da lei, por exemplo tenho um lote de 400m² e naturalmente poderia dividi-lo em dois 
de 200m², mas existe uma lei no município que diz que naquela região o lote mínimo é de 400m². 
 
indivisívelpor vontade das partes: seria um bem que é divisível, mas se torna indivisível por 
vontade das partes, por exemplo: eu faço a doação de uma coleção de moedas pra um museu, e 
por meio de um contrato, especifico que elas não poderão ser separadas, mesmo se forem 
vendidas, terão que ser mantidas juntas. 
 
 
 
11. Bens Singulares: 
 
Consideram-se individualmente ainda que reunidos. 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. 
Bens Singulares Simples: Os componentes do bem fazem parte do bem pela sua própria 
natureza, por exemplo um cavalo, a pata do cavalo, suas orelhas, fazem parte dele por sua 
própria natureza. 
Bens Singulares Compostos: Os componentes do bem fazem parte do bem pelo trabalho do 
homem, por exemplo um prédio, tivemos que reunir, cimento, lajotas, e varias outras coisas para 
se formar esse prédio, ou um computador, temos que unir a tela ao cpu, ao mouse, etc. 
 
 
12. Bens Coletivos: 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, 
tenham destinação unitária. 
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. 
Universalidade de fato: Bens que pertencem a mesma pessoa e por vontade propria, são tratados 
de forma coletiva: por exemplo, vários livros são de um único dono, ele pode vende-los 
separadamente de forma unitária, ou pode junta-los e fazer com que formem uma biblioteca. 
Ou uma lanchonete, ele pode vender os itens separadamente, como as mesas, as maquinas, ou 
pode juntar tudo e vender ou alugar de forma universal, reunindo todos esses bens pra uma 
finalidade. 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor 
econômico. 
Universalidade de Direito: Bens que pertencem a mesma pessoa e por determinação da lei, são 
tratados de forma coletiva, são situações que a lei determina a união desses bens de uma forma 
que passam a fazer parte de um todo, por exemplo um Espólio que é o conjunto de bens, direitos, 
rendimentos e obrigações da pessoa falecida. 
 
 
13. Bens Considerados em Si mesmos: 
 
Os bens são analisados objetivamente, perante todas as classificações acima citadas, sem 
qualquer relação com outros bens ou com as pessoas que o detêm. São eles: 
 
a) Corpóreo - Incorpóreo 
b) Móveis - Imóveis 
c) Fungíveis - Infungíveis 
d) Consumíveis - Inconsumíveis 
e) Divisíveis - Indivisíveis 
f) Singulares - Coletivos 
 
14. Bens Reciprocamente Considerados: 
 
Devemos analisar um bem em relação a outro bem. 
 
São classificados em: 
a) Bem Principal 
b) Bem Acessório 
 
 
15. Bem Principal: 
 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência 
supõe a do principal 
 
Bem principal é aquele que tem sua finalidade independentemente de outro bem, ele exerce sua 
função e sua finalidade, sem que exista outro bem; 
Por exemplo: o Solo é considerado o bem principal, e a casa seu bem acessório; 
Outro exemplo é o Contrato, ele é o bem principal, e uma multa pode ser considerada bem 
acessório desse contrato. 
 
 
16. Bem Acessório: 
 
 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência 
supõe a do principal 
 
Bem acessório, é aquele que pressupõe a existência de um bem principal, foi feito com a 
finalidade de exercer a sua função com ele e em razão dele. 
Utilizando o mesmo exemplo anterior o solo seria o bem principal, e a casa seu acessório, mas se 
analisarmos a casa como um bem principal, podemos analisar outros bens reciprocamente 
considerados em relação a ela, pois se a casa é um bem principal a janela seria um acessório 
dela. 
 
 
Acessórios podem ser classificados em: 
a) Pertenças 
b) Frutos 
c) Produtos 
d) Benfeitorias 
 
 
17. Pertenças: 
 
 
Acessório propriamente dito: É onde o Acessório segue a classificação do bem principal: por 
exemplo, se uma casa é considerada imóvel, as janelas dessa casa também vão ser consideradas 
imóveis, se uma caneta é considerada fungível, a tampa dessa caneta, que é o seu acessório 
também vai ser considerada fungível, se um contrato é considerado nulo, o seu acessório que 
pode ser a multa, também será considerada nulo. 
 
Principio da Gravitação Jurídica: É sempre que um acessório segue o bem principal. 
 
Acessório Pertença: Onde o Acessório não segue a classificação do bem principal: Por exemplo, 
se eu vendo uma casa, os moveis que estão nessa casa, não são necessariamente vendidos 
juntos, eles não seguem o bem principal. Então os moveis e eletrodomésticos dessa casa, como a 
geladeira o fogão, não são considerados imóveis, porque são pertenças, eles não seguem o bem 
principal. 
 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao 
uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
A Pertença é um Acessório, pois ela foi feita para o uso, serviço, aformoseamento de outro bem, 
que é o bem principal, no entanto não são parte integrante do bem principal, por isso não seguem 
a classificação do mesmo, não esta dentro do Principio da gravitação jurídica. 
Então como antes citado se eu vendo uma casa, por exemplo, não quer dizer que eu vendi os 
moveis, ou se eu vender um carro não quer dizer que eu vendi o GPS junto, a não ser que ele 
seja como mencionado no artigo 93 "parte integrante" do carro, esteja embutido no seu painel se 
esse for o caso GPS é classificado como acessório, mas se for um GPS autônomo (não embutido) 
ele é sim considerado uma pertença. 
Então por isso é importante compreendermos o que é "parte integrante" pra entendermos se é um 
Bem Acessório propriamente dito ou se ele é um Acessório Pertença. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o 
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
O Artigo 94 deixa bem claro que as Pertenças não seguem o bem principal, ou seja se eu vendi 
um carro eu não vendo junto um GPS não embutido, salvo se resultar da lei, da vontade das 
partes ou das circunstâncias do caso. 
 
18. Frutos e Produtos: 
 
São considerados acessórios do bem principal, contudo os Frutos se regeneram, se renovam 
automaticamente e os Produtos não. 
 
Exemplo de frutos: maça, laranja, etc. 
Exemplo de Produtos: Petróleo. 
 
Frutos quanto a sua Natureza: 
 
a) Naturais: São aqueles que se regeneram pela própria natureza, como a maça, leite da vaca, 
etc. 
b) Industriais: São aqueles que se regeneram pela força do homem, da industria, como lápis, 
computador, caneta, etc. 
c) Civis: São aqueles que se regeneram mediante os juros, como por exemplo juros da poupança, 
ou aluguel, se regeneram porque vão ter novamente no mês seguinte. 
 
Frutos quanto a sua ligação com o bem Principal: 
 
a) Colhidos ou Percebidos: aqueles que já foram destacados do bem principal, como a laranja, 
que já foi colhida da laranjeira. 
b) Pendentes: aqueles que ainda estão ligados ao bem principal, como a laranja que ainda esta na 
laranjeira. 
c) Percepiendos: Aqueles que ainda estão ligados ao bem principal mas já deveriam ter sido 
colhidos, como por exemplo num contrato que já previu essa colheita, que ainda não foi realizada. 
d) Consumidos: Aqueles que já foram separados do bem principal, mas já não existem mais 
porque foram consumidos: como a laranja que já foi comida. 
 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio 
jurídico. 
 
Ou seja se pode negociar os frutos ou produtos que ainda não foram separados do bem principal, 
como por exemplo nada impede que se faça um contrato da venda de uma colheita futura, ou deuma produção de uma industria que ainda nem foi realizada, ou que ainda esta em andamento. 
 
 
 
 
19. Benfeitorias: 
 
São acréscimos e melhoramentos realizados tanto nos bens moveis, quanto nos imóveis. 
Ou seja posso fazer benfeitorias em um Carro, ou em uma casa por exemplo. 
 
O Artigo 96 traz os 3 tipos de Benfeitorias e os nomes delas já dizem suas funções: 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1
o
 São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o 
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
§ 2
o
 São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
§ 3
o
 São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
a) Voluptuárias: São realizadas para embelezar, enfeitar o bem. 
b) Úteis: São realizadas para melhorar um bem. 
c) Necessárias: São realizadas com o fim de conservar o bem. 
 
Não são consideradas Benfeitorias a obra humana em relação a matéria-prima: 
 
a) a pintura em relação a tela; 
b) a obra de arte em relação a matéria prima. Ex: a escultura em relação a argila; 
c)a escrita em relação ao papel; 
 
 
 20. Acessões: Melhoramentos ou Acréscimos: 
 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
 
São divididas em dois tipos: 
 
Acessões Naturais: Acréscimos feitos pela Natureza. 
Como por exemplo: Quando se tem um lote beira rio, que media 60 metros de fundo e agora esta 
medindo 63 metros, acréscimo feito pela natureza. 
 
Acessões Artificiais ou Industriais: São Acréscimos feitos em um bem novo, vimos Benfeitorias 
são melhorias feitas em um bem já existente. Então Acessões artificiais são construções, ou 
plantações novas, que dão destinação ao bem principal que seria o terreno... Como a construção 
de uma casa nova ou uma nova plantação em um terreno. 
 
 
21. Bens Particulares: 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; 
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Na forma do Artigo 98 Bens Particulares são todos aqueles que não pertencem ao domínio 
nacional e as pessoas jurídicas de direito publico interno. 
 
 
22. Bens Públicos: Artigos 98 a 103 
 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; 
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Então são públicos os bens pertencentes pessoas jurídicas de direito público interno que são a 
União; Estados; Municípios; Autarquias e Fundações: como por exemplo: Escola Municipal, Prédio 
Federal, etc. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Então são Bens que podem ser usados pelo povo, seja de forma remunerada ou não. 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
Por exemplo: Hospital, Biblioteca Publica, bens que são administrados pela Administração 
Publica. 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Por exemplo: Terreno Baldio, que é patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, mas não 
esta sendo utilizado pelo povo e nem de uso especial, pois não tem uma finalidade publica. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
Bens de Empresas Publicas como Correio é considerado também um bem dominical. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem 
a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
Os Artigos é 100 e 101 tratam da alienabilidade dos bens públicos, onde diz que os bens de uso 
comum e de uso especial são inalienáveis, e os dominicais podem ser alienados (vendidos) 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Bens Públicos não estão sujeitos a usucapião, não importa que a pessoa esteja a 50 anos 
residindo no local. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente 
pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Por Exemplo: Os Pedágios, o bem continua sendo de uso comum do povo, mas nesse caso de 
forma remunerada.

Continue navegando