Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 1 1 – ESTUDO DE CARGAS MÓVEIS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS 1.1 – Cargas Móveis - Trem – Tipo. Já vimos que as cargas que atuam sobre uma estrutura podem ser classificadas em: 1) Permanentes: atuam sempre sobre a estrutura. Ex.: peso próprio, revestimentos, equipamentos,... 2) Acidentais: eventualmente atuam sobre a estrutura. Ex.: vento, terremoto, neve, materiais, água, móveis,... As cargas acidentais podem ainda ser classificadas em fixas e móveis: a) Fixas: posição de valor determinado, conhecido. b) Móveis: valor conhecido, mas posição variável. Ex.: veículos, trens, cargas em ponte rolante,... Seja por exemplo o projeto de um viaduto. Que cargas móveis colocaremos sobre ele? Existem infinitas combinações de veículos possíveis, qual devemos escolher? Apesar da posição dos veículos não ser conhecida, o valor do peso de cada roda (eixo) e a distância entre os eixos é conhecida. Além de veículos, pessoas também podem atuar sobre o viaduto, o que é denominado de “carga de multidão”. Baseadas nestes valores conhecidos, as normas da cálculo estabeleceram cargas móveis ideais (típicas de cada país) denominadas “ Trem – Tipo”, como mostram as figuras a seguir. 1.2 – O Problema a Resolver Seja, por exemplo, a viga abaixo, submetida a uma carga permanente uniformemente distribuída que: l l/4 q=2tf/m Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 2 -l²/16 l²/32 3l²/32 (DMF)g 2m P = 1tf 2m 1m (-) (DMF)a -1 +1 (DMF)a (+) 1m2m2m P = 1tf O diagrama de momentos fletores para carga permanente é: Para l = 4m Seja uma carga móvel, de 1tf, que pode atuar e qualquer ponto da estrutura P(z). O problema a resolver é a determinação dos esforços máximos e mínimos provocados pela carga móvel. Por exemplo, qual o momento fletor máximo )M( máx e o mínimo )M( máx provocado por P(z), que devemos somar com os momentos causados pro cargas permanentes. Para este caso simples, observa-se que o momento f será mínimo, )M( máx , quando P for aplicada em C e o momento fletor será máximo quando P for aplicada em E: i) )M( máx = -1tfm ii) )M( máx = +1tfm tfm5,1M tfm1M máx máx z P = 1tf A E B C Iglesias Realce Iglesias Nota + 3,5 tf.m Iglesias Realce Iglesias Realce Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 3 2tf/m 4tf8tf 4tf 8tf 2tf/m + + Faz-se então a envoltória dos esforços: i) máxM = -1(perm.) –1 (acid.) = -2tfm ii) máxM = +1,5(perm.) +1(acid) = + 2,5tfm Em geral as cargas móveis não são tão simples, no caso de veículos podemos ter por exemplo: Mas, supondo que a estrutura tenha comportamento linear, podemos usar a superposição de efeitos e decompor o trem – tipo em: (=4x1tf) (=8x1tf) (série infinita de cargas concentradas) A resolução do problema de cargas móveis em estruturas será feita através do processo de linhas de influência que será definido a seguir. Supõe-se inicialmente que o trem-tipo é constituído de apenas 1 carga concentrada unitária. Em seguida, são feitos os cálculos necessários para levar-se em conta o trem-tipo real. 1.3 – Linhas de Influência – Definição Linha de um efeito elástico E em uma dada seção S é a representação gráfica do valor deste efeito em S produzido por uma carga concentrada unitária (de cima para baixo) que percorre a estrutura. Gráfico E x z para P(z) = 1 . Efeito elástico pode ser esforço (axial, cortante, momento fletor ou torsor), reação de apoio ou deformação. Seja por exemplo a linha de influência do momento fletor em S para a viga a seguir: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 4 Sx 1z ΑV sM x 1z L-x L-z BV i) z = 0 Ms = 0 ii) z = a Ms = x L xL iii) z = L Ms = 0 iv) z = 4 L5 Ms = 4 x (x é fixo, z varia) Para x = 1m, L = 4m: 75,0M1 25,0M2 Na verdade deve-se analisar se a carga está à esquerda ou á direita da seção: i) :xz0 Ms zx1xVMs A Ex: x = 1m L = 4m Sendo L zL.1VA 4 z3z1 4 z1z1.11. 4 z4Ms 4 z4VA Eq. uma reta { Sm1z 0z 75,0Ms 0Ms ii) L 4 5zx L z L P V zB xzxL L zM xz1xLVM S BS A S C B l/4 x P = 1z L-x L 1MxL xL 2M4 x SLIM Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 5 A S E B C -0,25 -0,75 0,25L F BED A G C 0,25L 0,25L0,25L 0,125L 0,125L 0, 25 L 0, 12 5L - -LIME 0, 06 25 L LIMD - - 0, 12 5L LIMF - 0, 18 75 L - 0, 18 75 L -LIMG 0, 12 5L LIMB - 0,25 L Ex: m1x , m4L : z 4 111zz 4 3MS Eq. de uma reta 5z 4z 1z 25,0 4 1 4 51M 0M 75,0 4 3 4 11M S S S Ex: Quando m2z ( tf1P em E) LIMS tfm5,0MS SM para 1PZ em E: 75,0MSmáx 25,0MSmáx Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 6 0, 25 1, 0LIRA 0,125L0,125L0,25L0,25L0,25L0,25L CGBFED A + LIRB 1,0 0, 12 5+ LIQBdir 1, 0- LIQD - 0, 25- 0, 25 0, 75 + LIQE +0, 5 - 0 ,2 5- 0, 5 LIQF + 0, 75 0, 25 - 0, 25- LIRA 1, 0 0, 25 - - Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 7 P1... Pi... Pn i q a b 1qdz v dz 1.4 – Obtenção dos Efeitos, Conhecidas as L.I. Mais tarde veremos com detalhes a obtenção de linhas de influência para diversos tipos de estruturas e voltaremos ao exemplo anterior para obter as L.I. de reações e esforços mostrados nas páginas 114, a) Seja por exemplo em trem-tipo constituído de n cargas concentradas que percorre uma estrutura cuja L.I. do efeito E na seção S é: LIES i *O valor do efeito produzido em S por uma carga unitária atuando no ponto i é i . Logo o efeito produzido por uma carga Pi é Pi i . *Pelo princípio de superposição de efeitos (supondo material elástico-linear e pequeno deslocamento) o efeito em S produzido por todas as cargas é: n 1i iiS PE . b) Seja agora um trem-tipo composto por uma carga uniformemente distribuída q, de az até 6z : LIES i qdzq.qdzE b a i b a iS (área abaixo do gráfico da LI de a a b) Sendo denominada área de influência. Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 8 z S P=1 x - AM AR L (+) (-) LIRA +1 -L LIMA +1 LIVS(+)nulo (-) nulo -(L-x) LIMS z 1 MS VS z xRA = 1 1 x z VS MS z 1 não entra c) Caso geral – tremtipo composto de cargas concentradas mais uma carga distribuída: qPE iiS Obs.: - Os conceitos vistos até aqui para linhas de influências são válidos para estruturas isostáticas e hiperestáticas. - A unidade das LI de momento fletor é de comprimento e a unidade das L.I. de reação de apoio, esforço normal e cortante é adimencional. Veremos em seguida a obtenção de L.I´s e de efeitos de tens-tipo, inicialmente para estruturas isostáticas simples. 1.5 – Exemplos em Estruturas Isostáticas Simples: 1.5.1 – Viga Engastada e Livre Rações de apoio i) 0Fy z , 1R A ii) 0MA 1MA , 0z zMA (será considerado ): R M tracionando fib. inf. Esforços em S: i) carga à esquerda de S, z < x 0VS x.1zMS )zx.(1 0MS ii) carga à direita de S, z > x 1VS x.1zMS Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 9 1tf/m 20tf 10tf 3m carga de multidão infinita 10m 10tf20tf +1 LIRA 1tf/m 1tf/m 10tf20tf 3m7m (-) LIMA -10 -10 LIMA (m)(-) 7m 3m 20tf10tf1tf/m xz Obter as reações de apoio máximas para uma viga em balanço com 10m de vão submetida ao trem-tipo: i) RA : tf4010.1.11.101.20R A ii) Para obter-se o momento máximo no engaste deve-se pesquisar qual a posição do trem- tipo mais desfavorável (que implica na reação máxima). a) Sentido b) Sentido 1 2 É óbvio que o caso b) é mais desfavorável: 2211A PP.m/tf1M 710 7 10 1 1 m10.tf20m7.tf10m50.m/tf1M 2A 502 10.10 2007050MA = 320tf.m Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 10 LIVSnulo LIRA +1 (+) L x 1 S z RA RB +1 LIRB 1 -1 x L-x LIMS z 1 MS VS x L-z1 MS VS L-x z/L 1.5.2 – Viga Bi-Apoiada Reações de apoio: L/z1 A L zLR ; L zR B Esforços na seção S: i) carga à esquerda de S: (z < x) 1 L zLVS L zVS L zL z L x1zx.1x. L zLMS x L zzMS ii)carga à direita de S: (z > x) L z1VS xz x L zz S zLxL.1xLL zM z L xxxx L zMS Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 11 1tf/m 3m 10tf20tf 3m 3m 3m 3m (1) (2) (1´) L=12m 2tf/m Mg 27 36 27 LIM(1) 20tf 10tf 1tf/m 3 9 Obter a envoltória (esforços máximos e mínimos) de momentos fletores para a viga abaixo, indicando os esforços nas seções indicadas: (1), (2) e (1´): Dados: a) carga permanente m/tf2g b) carga móvel Estrutura a) carga permanente: m.tf36 8 144.2 8 qLM 2 )2( m.tf27 2 3.23.12MM 2 ´)1()1( b) carga móvel b.1) seção (1), (1´) 25,2. 2 12.15,1.1025,2.20M )1(máx m.tf5,73M )1(máx 1 2 25,23.4 3 1 5,13.4 2 2 m.tf5,1005,7327M )1(total Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 12 LIM(2) 20tf 10tf 1tf/m -66 min. (1´)(2)(1) 27 27 36 100,5 100,5 129 faixa de trabalho da viga máx b.2) seção (2) 2 12.3.15,1.103.20M )2(máx m.tf93M )2(máx 1 2 Será visto posteriormente que sempre ocorrerá um efeito máximo quando uma 31 5,12 das cargas concentradas atuar re um dos m.tf1299336M )2(total pontos angulosos da linha de influência. ENVOLTÓRIA DE MOMENTOS FLETORES: Para obter-se a envoltória de esforços cortantes procede-se analogamente (ver Sussekind, .1 pg 277-280). Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 13 PnPi ... dzq P3P2 dzP1z dztgi i i 1.6 – Análise de Efeitos 1.6.1 Teorema Geral “Haverá uma efeito máximo quando uma das sucessiva cargas concentradas estiver sobre um dos pontos V1 angulosos da linha de influência” (mesmo que uma das cargas do trem-tipo caia fora da estrutura). (Vale também para estruturas hiperestáticas). Para um acréscimo dz à variável z, tem-se um acréscimo do efeito E: qPqdztgPEdEEdE iiiii ii tgPdzdE ii tgPdz dE - antes do máximo 0tgP ii - após o máximo 0tgP ii Como iP é constante, deve haver uma mudança em i para que as condições acima sejam atendidas o máximo ocorre quando uma das cargas esta sobre um ponto anguloso da L.I. 1.6.2 – Obtenção de Momento Fletor Máximo de uma Seção S de um Viga Bi-apoiada para um dado Trem-tipo Constituído de Cargas Concentradas - Supondo que todas as cargas do trem-tipo situem-se sobre a viga, - Chamando de R a resultante de todas as cargas do trem-tipo, - Supondo que RP seja a carga que atue sobre o ponto anguloso da L.I.: 1k 1i k 1i ii PL xRP onde x é a distância de S até o apoio x e L é o comprimento do vão. Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 14 P1 Pk PN S x L-x LIMS 8m S 20m 5 10 12 15 8 1m 2m 2m 2m (tf) 5 10 12 15 8 1m 2m 2m 2m5m 8m 1 2 k 4 5 OBS.: Deve-se analisar os 2 sentidos do trem-tipo, separadamente. (Ver demonstração no Sussekino) Exemplo: Viga m20L m8x Trem-tipo 1º Sentido tf20 20 8.50 L xR tf5081512105R Logo deve-se ter pico o após pico do antes 1210520105 Logo 12tf é a carga sobre o pico kP 2,3;0,4 6,3 8 6 8,4 0,3 8 5 8,4 8,4 5 24 20 12 8 54 2 2 1 1 k Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 15 8 15 12 10 5 5 510158 12 6m 7m 3,6 4,8 4,0 3,2 m.tf2,1942,3.80,4.158,4.126,3.1030.5M )máx(S 2° Sentido: 20 L xR 23 158208 tf15Pk 8,2 12 7 8,4 5 5 m.tf8,1948,2.52,3.100,4.128,4.156,3.8M )máx(S Este sentido prevalece )máx(SM Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 16 H I LIRE LIRF - LIMI 1 + LIRI LIVS LIRC BA C D E S F G - - + +1 - + 1 +1 ++ --- -1 ++ -- +1 -1 -1 - + + +1 Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 17 GECA IH L m n g h + - m/LLIRA 1,0 1, 0 LIRC 1,0+m/L + EdirEesq QQ P = 1,0 Edir. QEdir. = 0,0QEesq. = 1,0 Eesq. QEdir. = 0,0 Edir. QEesq. = 1,0 Eesq. E P = 1,0 E E QEdir.QEesq. QEesq. QEdir. E Devido à convenção 0,1Q .Eesq QEdir. = 1,0 Edir. QEdir. = 1,0 P = 1,0 Eesq. QEesq. = 1,0 E P = 1,0 Edir. E Eesq.Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 18 LIQF e/n f/n (+) LIQE direita (+) 1,0 LIQE esquerda 1,0 (+) LIQD 1,0 (+) LIQC direita 1,0 (+) LIQC esquerda (-) 1,0 (-) m/L LIQBb/L a/L (-) m/L(-) (+) LIQA direita (+)1,0 (-) m/L ma/L (+) ef/n LIMF (-)d LIMEzero LIMC LIMB - ma/L + ma/L LIMAzero nmL fedb FDB hgca H IA C E G d) Exercício Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 19 q = 1tf/m Q = 10tfQ = 10tf 2,5m Determine os valores máximos e mínimos do momento fletor no ponto C, da força-cortante no ponto D e da reação vertical no apoio A, na viga abaixo para o seguinte carregamento: 10m 2,5m2,5m 5m BA D C permanente acidental (trem-tipo) d.1) Momento fletor em C Para a determinação dos valores máximo e mínimo do momento fletor no ponto C, deveremos estabelecer os carregamentos abaixo esquematizados: linha de influência de M para C máximo mínimo + 1, 25 m 2, 5m 2,5m QQ g g A B 5m C 5m q 50,2 10 5x5 L aa 21 g = 2tf/m Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 20 Portanto: tfm7525,1x105,2x10 2 10x5,2x125M tf25 2 10x5,2x2M C,máx C,mín d.2) Força cortante em D Para a determinação dos valores máximo e mínimo da força cortante no ponto D, deveremos estabelecer os carregamentos abaixo esquematizados: linha de influência de M para D - 0, 25 0, 500 ,7 5 + q Q 2,5m Q g máximo mínimo q Q 7,5m2,5m D g BA 25,0 10 5,2 L a1 75,0 10 5,7 L a 2 Portanto: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 21 tf125,235,0x1075,0x10 2 5,7x75,0x100,5V tf188,250,2312,000,525,0x10 2 5,2x25,0x1 2 5,2x25,0 2 5,7x75,0x2V D,máx Dmin, d.3) Reação vertical no apoio A: Para a determinação dos valores máximo e mínimo da reação vertical no apoio A, deveremos estabelecer os carregamentos abaixo esquematizados: RV,1 linha de influência de RV,2RV,1 1, 00 0, 75 + q QQ mínimo máximo g g 10m BA Logo, no trecho CS, a linha de influência de M para S é uma reta com ordenadas –(a3 – a1) em C e nula em S. No trecho SD, esta linha de influência tem todas as ordenadas nulas, pois, a carga F = 1 aí atuando não provoca momento fletor em S. Portanto, para a seção S localizada no balanço da esquerda, ou coincidindo com o apoio A, podemos elaborar a seguinte figura: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 22 - BAC D S F1 a1 a3 a4L 45° a3 - a1 a3 - a1 Linha de influência de M para S Linha de influência de M para A a3 45° - a3 1 2 Portanto, podemos elaborar a seguinte figura: - L a4a3 a1 F11 F21 F31 S a2 - + a1 a2 2 M 4 x L a.a 32 1 L a.a 21 Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 23 Assim, os momentos fletores em S produzidos pelas cargas F1, F2, F3 1 serão, respectivamente: 11S .FM ; 22S .FM e 33S .FM Para determinar a linha de influência do esforço cortante para a seção S, deve ser analisado o efeito V na seção S quando a carga F = 1 estiver atuando entre C e S para qualquer posição daquela carga entre C e S: 1FVS Logo, no trecho CS a linha de influência de V para S é uma reta com ordenada unitária constante. No trecho SD, esta linha de influência tem todas as ordenadas nulas, pois, a carga F=1 aí atuando não provocará força cortante em S. Portanto, para a seção S localizada no balanço da esquerda oi coincidindo com a seção A à esquerda, podemos elaborar a seguinte figura: Linha de influência de V para Aesq Linha de influência de V para S 1 1 - -11 BAC D S F1 a3 a4L Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 24 S F41F21 a2a1 + - F11 a3 a4L - F31 + 1 1 Linha de influ- ência de V para S Linha de influ- ência de V para Adir 1 1 - + + Linha de influ- ência de V para Besq + - 1 1- i L a. a3 2 L a 3 1 1,2 L a 2 L a 1 1,3 4 L a 4 L a3 1 2,2 42,3 L a 3 1 3,2 3,3 Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 25 L Lax R 31,V (reta) L ax R 32,V (reta) Se 0RLax 1,V3 1R 2,V Se L a RaLax 41,V43 L a 1 L La R 442,V Logo, no trecho BD, a linha de influência de RV,1 é a reta com ordenadas nula em B e (-a4/L) em D e a linha de influência de RV,2 é uma reta com ordenadas unitárias em B e (1+a4/L) em D. Portanto, podemos elaborar a seguinte figura: F31F21 + F11 a3 a4L C D A B + 1 1 linha de influência de RV,1 linha de influência de RV,2 L a1 3 1,1 1,2 1,3 L a 4 L a3 2,1 2,2 2,3 L a1 4 e) Exercício: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 26 2m Q = 4tf q = 2tf/m g = 4tf/m Q = 4tf Q = 4tf 2m Determinar os valores máximo do momento fletor no ponto C, máximo da força cortante no apoio A à direita, mínimo da força cortante no ponto D e máximo da reação vertical no apoio B, na viga esquematizada abaixo, para o seguinte carregamento: 3m3m 3m12m6m DC A C B permanente acidental (trem-tipo) - + + 0, 25 0, 66 7 0, 83 3 1, 00 0, 50 Q Q Q 2m 2m q g BA e.1) Momento fletor em C: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 27 Para a determinação do valor máximo do momento fletor no ponto C, deveremos estabelecer o carregamento abaixo esquematizado: 1, 50 2, 00 3, 00 2, 00 3, 00 - + - 2m Q Q A B g q 2m Q Portanto: tfm0,912.42.43.4 2 12.3.2 2 3.50,1 2 12.3 2 6.34M C,máx e.2) Força cortante em A à direita: Para a determinação do valor máximo da força cortante no apoio à direita, deveremos estabelecer o carregamento abaixo esquematizado: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 28 2m + + 1, 00 0, 50 Q A - 0, 25 0, 66 7 0, 83 3 2m q Q Q B g Portanto: dirA,máxV 667,0.4833,0.41.4 2 12.1 2 6.50,0.2 2 3.25,0 2 12.1 2 6.50,0.4 tf5,53 e.3) Força cortante em D: Para a determinação do valor mínimo da força cortante no ponto D, deveremos estabelecer o carregamento abaixo esquematizado: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 29 +0, 50 0, 25 0, 25 + 1 1 0, 750, 58 3 0, 41 7- - q q 2m 2m Q Q Q D g BA Portanto: 417,0.4583,0.475,0.4 2 3.25,0 2 9.75,0.2 2 3.25,0 2 3.25,0 2 9.75,0 2 6.50,0.4V Dmin, tf22 e.4) Reação vertical no apoio B:Para a determinação do valor máximo da reação no apoio B deveremos estabelecer o carregamento abaixo esquematizado: Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 30 0, 91 7 1, 00 1, 08 3 + 1, 25 0, 50 Q A B g Q Q 2m2m q - Portanto: 917,0.4083,1.425,1.4 2 15.25,1.2 2 15.25,1 2 6.5,0.4R B,máx,V tf25,63 f) Envoltórias De Esforços Solicitantes – Exercício Geral: Os conceitos básicos referentes às envoltórias dos esforços solicitantes em uma estrutura já foram expostos neste capítulo. Nestas condições, iremos resolver neste item um exercício típico sobre envoltórias em vigas isostáticas, para o caso mais geral de uma viga bi-apoiada com dois balanços. Procuraremos estabelecer as envoltórias de momentos fletores e de esforços cortantes na viga. Envoltória dos momentos fletores Pontes e Grandes Estruturas Profº Rodrigo Carvalho da Mata, Dr. 31 mín. máx. - + +32,38 -22,5 -38,0 IHBGFEADC Envoltória das forças cortantes - + -3,0 +3,0 -18,46 C D A E F G B H I +19,99 +14,0 -17,0 + -
Compartilhar