Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM FÍSICA COMPONENTE CURRICULAR: TERMODINÂMICA PROFESSOR: Dr. DIEGO XIMENES ALUNO(A): JENNIFER MIRIAM ALVES LINHARES PRÁTICA : CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO. Crateús – Ce 2019 PRÁTICA : CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 1. OBJETIVOS ➢ Determinar a capacidade térmica de um calorímetro; ➢ Determinar o calor específico de vários sólidos. 2. MATERIAL ➢ Calorímetro com agitador; ➢ Água; ➢ Amostras de ferro, alumínio e cobre; ➢ Balança; ➢ Termômetro; ➢ Fonte de calor. 3. INTRODUÇÃO O calor é uma forma de energia. Em meados do século XVIII, existiram duas hipóteses sobre a natureza do calor, apresentadas por grandes nomes como Lavoisier que considerava o calor como uma substância fluída indestrutível que “preencheria os poros” dos corpos e escoaria de um corpo mais quente a um corpo mais frio. A outra hipótese levantada por Newton e endossada por Francis Bacon e Robert Hooke, trazia o seguinte texto: “O calor consiste num minúsculo movimento de vibrações das partículas dos corpos”. Durante esses três séculos diversos experimentos foram realizados para que hoje tenhamos conhecimento dos conceitos e em que empregar essas grandes descobertas. Calor específico é definido pela quantidade de calor necessária para elevar de 1ºC a temperatura de 1 g de uma dada substância, é representado por “ c” e medido em cal/gºC e a capacidade térmica representada por “C” é a quantidade de energia que devo injetar em um sistema sob forma de calor dividido pela temperatura que é provocada pela injeção desse calor. 2 Figura 1: calorímetro O calorímetro é um sistema isolado, ou seja, não troca calor com a vizinhança e é utilizado neste experimento para definir o calor específico dos materiais utilizados na prática. 4. PRÉ - LABORATÓRIO 1- Um calorímetro contem 50ml de água a temperatura ambiente, 25ºC. Adiciona-se 50ml de água a 35ºC ao calorímetro. Após alguns minutos a temperatura estabiliza-se em 29ºC. Determine: a) A capacidade térmica do calorímetro. b) A quantidade de calor absorvida pelo calorímetro. c) A quantidade de calor absorvida pela água existente previamente no calorímetro. d) A quantidade de calor cedida pela água quente (35ºC) adicionada ao calorímetro. 3 5. PROCEDIMENTOS: 5.1. PROCEDIMENTO 1 Como o vaso de cobre, o agitador e o termômetro absorvem calor em quantidade significativa, é necessário que se conheça a “capacidade calorífica” c do conjunto, também conhecida como “equivalente em água”, isto é, a quantidade de água que absorverá tanto calor quanto o conjunto das três peças. Pudemo-nos determinar a capacidade calorífica sem se conhecerem previamente as massas e os calores específicos desses componentes, executando o procedimento a seguir. 1.1 Colocamos uma massa m’= 100 gramas de água no calorímetro; 1.2 Depois do equilíbrio térmico (mais ou menos sete minutos) anotamos a temperatura t0 dessa mistura formada pela água, vaso, termômetro e agitador. 1.3 Agitamos m=100 gramas de água à temperatura T=t0 + 10ºC, para assim evitar perda de calor, juntamos rapidamente essa água aquecida à água do calorímetro; 1.4 Acionando sempre o agitador, aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a temperatura t atingida pela mistura (água quente, água fria e os componentes do calorímetro). Aplicando o princípio da conservação da energia, temos: Q cedido = Q ganho (1.1) Considerando que não houve troca de calor entre calorímetro e meio-ambiente temos: Calor cedido pela água quente = Calor ganho pela água fria + Calor ganho pelo calorímetro ou seja: (1.2) onde: m = massa de água quente: 100g m’ = massa de água fria:100g C0 = calor específico da água: 1 cal/gºC T = temperatura da água quente: 37,4 ºC t0 = temperatura da água fria:24,2 ºC 4 t = temperatura final da mistura: 29,8 ºC C = capacidade calorífica do calorímetro: 35,71 cal/gºC De 1.2, temos: De 1.3, temos: 5.2. PROCEDIMENTO 2 Para calcular o calor de uma substância qualquer, conhecendo-se previamente o equivalente em água do equipamento, a fórmula nos dá: Calor cedido pelo corpo aquecido = calor ganho pela água e pelo calorímetro ou seja: (1.4) Assim, onde: c = calor específico da substância em teste; c0 = calor específico da água; m’ = massa de água no calorímetro; M = massa da substância em teste; T = temperatura inicial da substância em teste; (1.5) (1.3) 5 m0 = massa equivalente em água, do calorímetro (numericamente é igual a C da fórmula; t = temperatura de equilíbrio da “mistura”; t0 = temperatura da água fria. 2.1 Colocamos no calorímetro uma massa m’= 200 gramas de água, à temperatura ambiente “t0”. Anotamos na Tabela 1; 2.2 Aquecemos a uma temperatura “T” (temperatura de ebulição da água) a substância cujo calor específico “c” se queira determinar. Para isso, deixamos imersa em água fervente por alguns minutos a fim de que entrasse em equilíbrio térmico. Anotamos a temperatura “T” na tabela 1; 2.3 Colocamos no calorímetro, sem rapidez a substância em teste, para que não ocorresse perda de calor; 2.4 Acionando sempre o agitador, esperamos uniformizar a temperatura da “mistura” e anotamos na Tabela 1 a temperatura de equilíbrio (t). OBS.: Há outros métodos para determinar os calores específicos de sólidos, líquidos e de gases. Para determinar os calores específicos dos sólidos utilizados na prática, usaremos a equação 1.5: Para o COBRE: Para o ALUMÍNIO: Para o FERRO: TABELA 1 MATERIAL M (g) m’(g) T(ºC) t(ºC) c(Cal/gºC) Cobre 103,6 200 35,7 95,2 24,1 27,3 0,11 Alumínio 60,1 200 35,7 95,5 24,3 28,6 0,25 Ferro 145,7 200 35,7 96,9 26,1 31,2 0,12 m0 (g) t0 (ºC) 6 6. QUESTIONÁRIO 1- Lembrando que o calor específico da água é maior que o da areia, expliquem por que as brisas marítimas sopram, durante o dia, do mar para a terra, e à noite, em sentido contrário. Discuta a influência destes fatos sobre o clima das regiões à beira-mar. Resposta: Devido ao calor específico da areia ser bem menor do que o calor específico da água, durante o período diurno a areia sofrerá uma maior variação em sua temperatura e quando em contato com o ar, este passa a se aquecer e subir devido a sua densidade diminuir e o espaço vago é então ocupado pelo ar que não foi aquecido, e por isso as brisas sopram do mar para a areia. Com o anoitecer a areia sofre um resfriamento superior ao mar, e as camadas de ar quentes entram em contato com a água e o processo é repetido devido à densidade decrescer, porém as brisas sopram da terra para o mar. 2- O calor pode ser absorvido por uma substância sem que esta mude sua temperatura? Resposta: Sim, podemos citar como exemplo o “calor latente”, ele absorve calor porém ocorre a mudança de estado físico. 3- Quando um objeto quente esquenta um frio, essas mudanças de temperatura são iguais em magnitude? Dê exemplos extraídos da prática. Resposta: Não obrigatoriamente, o exemplo extraído da prática é que o COBRE que estava com uma temperatura de 95,2 °C e a água que estava à 24,1 °C, quando colocados em contato atingiram o equilíbrio térmico com temperatura final de 27,3 ºC. Diante dessas informações, constatamos que não houve a mesma variação de temperatura para as duas substâncias. 4- Dois sólidos de massas diferentes, a uma temperatura, recebem iguais quantidades de calor e sofrem a mesma variação de temperatura. Que relação há entre seus calores específicos? Resposta: Sabendo que Q1 = Q2 , podemos descobrir qual a relação entre os calores específicos. m1c1(∆t) = m2c2(∆t) Sabendo que os sólidos sofrem a mesma ∆t, temos: m1c1 = m2c2 5- Consulte a Literatura Científica de modo a saber os calores específicos das substânciasabaixo. 7 OBS.: Cite a fonte consultada. Fonte: https://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/calor.php ➢ Alumínio = 0,219 cal/gº C ➢ Ouro = 0,031 cal/gº C ➢ Cobre = 0,093 cal/gº C ➢ Prata = 0,056 cal/gº C ➢ Latão = 0,092 cal/gº C ➢ Água = 1,000 cal/gº C ➢ Ferro =0,119 cal/gº C ➢ Mercúrio = 0,033 cal/gº C Cálculo dos erros Erro relativo = ((valor teórico – valor experimental)/ valor teórico) x 100% Para o cobre, temos: Para o alumínio, temos: Para o ferro, temos: 8 CONCLUSÃO Com a prática realizada, usando equipamentos que até então pareciam abstratos, pôde- se ter um melhor embasamento à cerca da Primeira Lei da Termodinâmica, A aula consistia em descobrir o calor específico de determinados sólidos ( cobre, alumínio e ferro) e a resolução de algumas problemáticas. Os erros aparentes nos cálculos realizados pós - laboratório foram um pouco evidenciados, porém aceitáveis. Através da prática podemos, enfim, afirmar que os corpos não necessariamente sofrem a mesma variação de temperatura, como já havíamos ressaltado na indagação três. 9 REFERÊNCIAS Nussenzveig, Herch Moysés. Curso de Física básica – vol.2 / H. Moysés Nussenzveig – 4ª edição rev. - - São Paulo: Blucher, 2002. 10
Compartilhar