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O MÉTODO EMPIRISTA DE JOHN LOCKE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
LARISSA MISSIO
O MÉTODO EMPIRISTA DE JOHN LOCKE
CASCAVEL
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
LARISSA MISSIO
O MÉTODO EMPIRISTA DE JOHN LOCKE
Pesquisa apresentada à disciplina de Filosofia como requisito parcial para obtenção da aprovação semestral no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz.
Professor Orientador: Gustavo dos Santos Prado. 
CASCAVEL
2016
John Locke é oriundo de Wrington na Inglaterra, nasceu em 29 de agosto de 1962, durante sua trajetória dedicou a vida estudando filosofia, ciências sociais e medicina na universidade de Oxford, no meio político, contribuiu com a teoria do empirismo britânico e foi o principal teórico que estabeleceu o conceito de contrato social, suas teorias foram influenciadas por Francis Bacon e René Descartes, faleceu aos 72 anos por causas naturais em 1704 na cidade de Harlow, Inglaterra.
Interessado em entender o comportamento humano, Locke elaborou a teoria do conhecimento empírico, ou teoria da tábula rasa. Esse conceito consiste no entendimento de que o ser humano não nasce com ideias já pré-estabelecidas, ou seja, não possui nenhuma ideia inata, é como uma folha em branco que será preenchida conforme as experiências, estas são assimiladas em duas etapas, a primeira é a sensação das ocasiões através dos sentidos, e a segunda etapa, que consuma a experiência é a reflexão sobre as sensações até se chegar a uma conclusão. “ [...] Como os homens, simplesmente pelo uso de suas faculdades naturais, podem adquirir todo o conhecimento que possuem sem ajuda de impressões inatas e podem alcançar a certeza sem nenhuma dessas noções ou princípios originais”. (LOCKE, p 37. 1690). Essa afirmação que Locke pontuou em seu livro tem caráter empirista e se opõe ao racionalismo cartesiano, no qual Descartes considerava que o homem já nasce com ideias pré-estabelecidas.
Locke em seu livro “Ensaio Acerca do Entendimento Humano” discorre e reflete a respeito da importância da educação na vida do homem, ele explica a teoria da tábula rasa da seguinte maneira:
Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem nenhuma idéia; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra: da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre nossos entendimentos com todos os materiais do pensamento. Dessas duas fontes de conhecimento jorram todas as nossas idéias, ou as que possivelmente teremos. (LOCKE, 1690, p.57)
Locke pondera também em sua obra de que modo a informação obtida através dos objetos são interpretadas. “Os objetos externos suprem a mente com as ideias das qualidades sensíveis, que são todas as diferentes percepções produzidas em nós, e a mente supre o entendimento com ideias através de suas próprias operações.” (Locke, p.	 58. 1690).
Como educador Locke formou a ideia de que todos os homens, independentes do local onde habitam, etnia ou ideais nascem aptos ao aprendizado, sendo assim, o que moldará a personalidade e o caráter do homem será a sociedade, esse pensamento agrega a teoria da tábula rasa:
Mas, como todos os seres viventes se encontram envoltos por corpos que perpétua e diversamente os impressionam, surge uma variedade de idéias, levadas ou não em consideração, que se imprimem nas mentes das crianças. Luz e cores estão à disposição em toda parte em que o olho estiver apenas aberto; sons e certas qualidades sensíveis não se omitem de procurar seus próprios sentidos, forçando sua entrada na mente; mesmo assim, penso ser facilmente admitido que, se uma criança fosse mantida num lugar em que apenas visse o branco e o preto até a idade adulta, não teria idéia do vermelho ou do verde, do mesmo modo que quem jamais experimentou o gosto da ostra ou do abacaxi não teria esses gostos determinados. (LOCKE, p. 69. 1690)
Locke dividia os objetos em qualidades primárias e secundárias, que podem ser considerados conjuntos que vão fundamentar a análise de um objeto. As qualidades primárias são a forma, volume e extensão, essas são as características dos objetos. As qualidades secundárias são a cor, o odor ou textura, essas são consideradas as interpretações dos objetos, há essa divisão pois as qualidades secundárias podem ser consideradas relativas, por exemplo, para um indivíduo determinado objeto possui um odor agradável, na interpretação de outro indivíduo, esse mesmo objeto pode possuir um odor desagradável, ou ainda, em relação a cor, uma pessoa que possui a visão saudável e outra que possui daltonismo estarão analisando esse determinado objeto em de maneira diferente.
 Há, em segundo lugar, qualidades tais que, nos próprios corpos, não são mais do que potências para produzir em nós várias sensações por meio das suas qualidades primárias, isto é, pelo volume, pela figura, pela textura e movimento das suas partes insensíveis. Tais são as cores, os sons, os paladares, etc. A estas dou o nome de qualidades secundárias. (LOCKE, p. 78. 1690).
Obras citadas:
Locke, John. Ensaios Acerca do Entendimento Humano (1690). Tradução: Eduardo Abranches de Soveral. Lisboa/ Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian, 1999.

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