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Relatório final Grupos e Comunidades 1

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13
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
GRACILENE DE SOUSA LOPES ra: T1263C-4
MARIANA SCARANTE BORBA	 ra: C665ED-7
PROJETO DE INTERVENÇÃO DO ESTÁGIO DE GRUPOS E COMUNIDADES 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
GRACILENE DE SOUSA LOPES ra: T1263C-4
MARIANA SCARANTE BORBA	 ra: C665ED-7
PROJETO DE INTERVENÇÃO DO ESTÁGIO DE GRUPOS E COMUNIDADES 
Relatório Final de Intervenção junto à área de Estágio Grupos e Comunidades – Planejamento Psicossocial, sob a orientação do Prof. Me. Sérgio Luiz Ribeiro, no Consórcio Intermunicipal da Promoção Social de Bauru (CIPS). Primeiro semestre. 
Campus Bauru
2018
1. Descrição da instituição
A instituição Consorcio Intermunicipal da Promoção Social (CIPS) foi fundada em 27 de agosto de 1960, com a finalidade de atender e promover crianças e adolescentes de ambos os sexos com idade entre três anos e dezessete anos e onze meses, provenientes de famílias de baixa renda, dando prioridade a situações de risco social, pessoal e de exclusão. Isso se dá através de atividades educativas, visando oferecer condições para exercer a cidadania, a responsabilidade e a autonomia. A entidade foi inaugurada por volta da década de 1970 como Centro de Aprendizado Profissional do Pequeno Trabalhador, e desde então se voltou para preparar jovens para o primeiro emprego, bem como um desenvolvimento biopsicossocial.
	Há uma média de 1200 jovens e crianças inscritas na Instituição, sendo que aproximadamente 600 jovens trabalham e estudam durante a semana e aos finais de semana desenvolvem atividades no CIPS. 
	A instituição conta com 40 funcionários contratados que são chamados de educadores sociais, além de assistente social e fonoaudióloga. Conta também com estagiários de diversas áreas que desenvolvem atividades educativas, tais como: preparação para o primeiro emprego e vestibular, dentre outras. 
2. Tema da intervenção
O tema escolhido para a intervenção grupal foi levantado após reunião com a psicóloga da instituição, reflexão e análise cuidadosa diante da demanda apresentada. Sendo assim os temas escolhidos foram: Identidade, autonomia/responsabilidade e relacionamentos familiares. Os mesmos foram discutidos com o professor orientador do estágio para elaboração do projeto de intervenção. Optamos por trabalhar nos preocupando com os desdobramentos e vertentes das temáticas, refletindo sobre as diversas formas de relacionamento e diálogo em família, no trabalho, entre amigos, as influências culturais e o mundo moderno. Disponibilizamo-nos, no entanto, a abordar um tema de preferência do grupo, no penúltimo encontro.
	A divulgação da proposta de trabalho com os adolescentes foi feita na própria instituição. As estagiárias visitaram as salas dos alunos que já estão inseridos no mercado de trabalho, explicando o projeto, e após o esclarecimento das dúvidas dos interessados, foram realizadas as inscrições para participação das intervenções. 
3. Participantes
A intervenção será realizada com os adolescentes já inseridos no mercado de trabalho, totalizando cerca 20 participantes de ambos os sexos, com idade entre 15 e 17 anos. 
4. Objetivos:
Geral
- Compreender a partir de uma observação sistemática e intervenções das necessidades da demanda e a partir de atividades que enfatizem o desenvolvimento saudável, biopsicossocial e que contribuam para a qualidade de vida dos adolescentes.
- Refletir com os adolescentes, por meio de conversas e dinâmicas a importância da autoestima, autonomia, cuidado pessoal e desenvolvimento pessoal.
Específicos 
- Trabalhar com os adolescentes aspectos pertinentes à identidade, autonomia, responsabilidades e relacionamentos familiares. 
- Discutir por meio de dinâmicas de grupos e outras atividades sobre como nos percebemos e como as pessoas nos percebem, direitos e deveres, entre outros.
5. Referencial Teórico Metodológico
Considerando o que nos apresenta Oliveira (1997), na concepção vygotskyana da adolescência, a vida afetiva nesse período se torna muito intensa, e essa riqueza da vida afetiva se traduz em desequilíbrio interior. Alternam-se no adolescente o desejo de oposição e conformismo, posse e sacrifício, renúncia e aventura. O qual passa então a vivenciar necessidades novas e confusas, porém no grupo de pertença, o sujeito se percebe igual aos seus pares, isto é, está fortemente submetido às influências, fantasias e necessidades dos parceiros.
	Zimerman (2000) partindo do pressuposto de que o ser humano é gregário, observa em outras ciências a mesma tendência, tal como na física ou na biologia, em que vemos os organismos agrupando-se e formando relações, assim também o é na esfera humana, onde o indivíduo subsiste de acordo com seus inter-relacionamentos e é através deles que pode manter uma constante dialética em busca de si.
	Este diferencia agrupamentos de grupos, propriamente ditos, o primeiro seria um conjunto de indivíduos que convivem e partilham o mesmo espaço, e até possuem um inter-relacionamento o que pode torná-los um grupo. Para tanto seria necessário existir interesses em comum, os quais funcionariam como uma argamassa capaz de ligar os indivíduos em função de um objetivo. Aponta ainda algumas características de grupo, são elas: todo o grupo porta-se como uma individualidade, com leis e regras próprias; todos integrantes estão voltados ao atingimento de um interesse em comum; o tamanho do grupo deve possibilitar um relacionamento visual, auditivo e verbal entre os membros, entre outras.
	A Psicologia e a prática psicologia no âmbito das relações institucionais, o grupo é tido como um instrumento que permite a compreensão tanto dos processos constitutivos das subjetividades quanto dos processos institucionais. O presente estágio não visa dimensões terapêuticas, recreativas e nem tampouco assistencialistas, sendo assim o mesmo tem como proposta proporcionar integração do estagiário com os participantes do grupo. Trabalhamos coma hipótese de que o desvelamento do imaginário ocupado pelos atores institucionais, bem como de seus lugares e relações, provocam um efeito que se estende ao próprio grupo/instituição, podendo levar os atores em questão a novas estratégias e decisões e a uma nova percepção não só do todo grupal/institucional, mas das particularidades possíveis (RAMOS; CARVALHO, 2006).
	Para Zimerman (2000) o grupo de reflexão sugere que cada um e todos do grupo façam uma renovada e continua flexão sobre si mesmo, assumindo a responsabilidade que lhes são próprias, o grupo comporta-se como uma galeria de espelho onde cada um pode refletir-se de forma especular, nos demais e vice-versa. Esse tipo de grupo pertence á categoria mais abrangente de grupos operativos. O grupo de reflexão é uma modalidade de grupo operativo e segue as regras básicas deste, sendo que o segundo aspecto que caracteriza é o fato de que este grupo reflexivo tem a finalidade precípua de servir como um instrumento de primeira grandeza para a área do ensino - aprendizagem, isto é, educação. Pode-se dizer que o grupo de reflexão é uma indicação prioritária em todos os programas educacionais que visam fundamentalmente a aliar ao propósito de informação a formação, especialmente no que se refere a aquisição de atitudes internas.
	Segundo Ramos e Carvalho (2006) com a exposição, discussão da dimensão imaginária presente nos grupos, objetivamos situar os participantes no espaço e no tempo de suas relações grupais, assim proporcionando, na medida do possível, a criação ou fortalecimento de estratégias de resistências frente as imposições sociais e institucionais do mundo do trabalho, muitas vezes contrária à autonomia, responsabilidade e exercício da cidadania.
	O grupo de reflexão não tem uma finalidade explicita de obtenção de resultado psicoterápico, mas implicitamente atinge esse objetivo, especialmente ao possibilitarque os indivíduos saiam da condição de sujeitadores, ou sujeitos e se tornem sujeitos livres para pensar e criar (ZIMERMAN, 2000).
	O estágio de Grupos e Comunidades utiliza práticas e teorias originárias da Psicologia e das Ciências Sociais a compreensão dos diferentes grupos em seus contextos e seus discursos, por meio de um instrumental técnico de intervenção em grupos inseridos no âmbito das relações institucionais. 
Primeiro Encontro 09/04/2018
No primeiro encontro após a chegada dos adolescentes foi realizada a apresentação das estagiárias e do trabalho que será realizado durante o período dos encontros. Foi estabelecido o horário e a sala na qual seriam realizadas os encontros, além, de exposto a quantidade dos encontros a serem realizados e comentado sobre o quinto encontro, no qual os alunos deveriam entrar num consenso para seleção de um tema a ser trabalhado de escolha deles. Foi falado sobre a importância da presença e participação de todos, enfatizando o respeito e a colaboração de todos neste projeto.
Após esta apresentação foi aplicada a dinâmica da apresentação dos nomes, na qual as estagiárias pediram para que todos do grupo formassem um círculo e se apresentassem um de cada vez, dizendo o seu nome e uma qualidade que os definissem que começasse com a primeira letra de seu nome. Após isso, foi debatido sobre a dificuldade de se encontrar uma qualidade em si, ou mesmo de dar qualidades aos membros do grupo. Quando estes não conseguiam encontrar qualidades em si com a primeira letra de seu nome. Alguns participantes acharam fácil e outros difícil, primeiro por se tratar de encontrar uma característica com a primeira letra de seu nome e outros por não conseguirem pensar em uma qualidade que os definissem. 
Após essa discussão as estagiárias distribuíram folhas de papel com a letra da música “A estrada” e caneta aos participantes. As estagiárias colocaram a música para tocar e foi pedido para que cada participante acompanhasse a letra da música e pensassem em suas vidas e no caminho que percorreram até chegarem onde estão. Ao término na canção os participantes deveriam escrever sobre coisas que acreditavam ser relevantes sobre si e sobre sua história, sem colocar nomes. Depois os papéis foram dobrados, embaralhados e redistribuídos entre os participantes. Cada um deveria ler o papel que lhe foi entregue e o grupo deveria adivinhar quem foi o autor. Após todos os participantes terem lido foram incentivados a falar sobre o que sentiram durante a dinâmica, se ficaram surpresos a respeito de alguma informação sobre os participantes e refletir se em algum caso a aparência (o que você percebia ou como viam a pessoa) foi diferente da realidade (o que a pessoa revelou sobre ela mesma). Na discussão os participantes relataram ficarem surpresos com o relato de vida de cada um, pois não imaginavam a bagagem que cada pessoa carregava para si. Finalizamos assim a sessão. 
Segundo Encontro 16/04/2018.
Nessa sessão realizamos a dinâmica “Gato e Rato” para aquecimento, com o objetivo de descontrair o grupo, ajudando-os no processo de socialização, promovendo a interação do grupo e elevando os ânimos antes da atividade principal. Não utilizamos nenhum material para esta atividade. Pedimos que dois participantes voluntários assumissem, respectivamente, os papéis de gato e rato. O grupo então formou um círculo bem fechado dificultando a entrada ou saída do gato, no entanto facilitaram o acesso do rato. Quando o gato conseguia pegar o rato, outra dupla iniciava a atividade.
Como atividade principal, realizamos a dinâmica “Rótulos” com o objetivo de favorecer reflexão sobre a influência dos preconceitos e dos sentimentos nas relações interpessoais. Também não utilizamos nenhum material. Solicitamos que três participantes fossem voluntários e saíssem alguns instantes da sala. Combinamos com o restante do grupo um rótulo para cada um dos três voluntários, sendo estes: o engraçado, o folgado, o mentiroso. Quando os três participantes voltaram aos seus lugares na roda de discussão foram feitas perguntas aos mesmos como se estivessem sendo entrevistados. Pedimos que fizessem perguntas simples como em que escola você estuda, onde você trabalha? o que gosta de comer, entre outras. Quando os entrevistados respondiam o restante do grupo agia como se fossem engraçados, mentirosos ou folgados, dependendo do rótulo que lhe foi atribuído anteriormente. Após cinco minutos, a sessão de perguntas foi interrompida para uma discussão final, agora sem os rótulos. Percebemos que participantes foram muito cuidadosos ao exporem suas opiniões, chegando a dificultar em alguns aspectos a discussão. 
Contornamos então a situação perguntando a eles que rótulos eles atribuiriam a cada uma de nós, estagiárias. Utilizamos como exemplo um adolescente do grupo dizendo que para nós ele parecia ser um menino muito “bonzinho” e calmo. Nesse momento os ânimos se alteraram e todos quiseram falar sobre alguém, disseram que uma das estagiárias parecia “brava”, mas que logo perceberam que estavam enganados. A discussão tornou-se produtiva e fluiu de forma descontraída levando-os a compreender o quanto somos levados a julgar as pessoas sem conhecê-las. 
Percebemos os participantes um pouco retraídos na atividade e atribuímos em parte a falta de alguns participantes mais extrovertidos naquele dia, mas de maneira geral todos participaram da reflexão. 
Terceiro Encontro 23/04/2018
No terceiro encontro, fizemos um círculo com o grupo e aplicamos a dinâmica “Vou pra ilha” para quebrar o gelo e exercitar a percepção do grupo. Nesta dinâmica o facilitador deve iniciar com a seguinte frase - “Eu vou pra ilha e vou levar uma bicicleta… o que é que você leva?” Cada participante terá que descobrir que só entra na ilha quem levar algo ou alguém que comece com a letra “B”. O facilitador pode repetir a mesma regra, ou seja, utilizando palavras que comecem com “C”, ou “F”. Aqueles que forem acertando, não devem revelar para o vizinho. É importante que cada um saque e perceba. Após terminarmos esta dinâmica, foi aplicado a dinâmica “A tarefa” no qual o facilitador entrou na sala com um envelope escrito “tarefa”, mostrou o envelope para o grupo e pediu para que o grupo fizessem um acordo com o facilitador, informando que seria sorteado uma pessoa para realizar a tarefa que estava dentro do envelope, só que eles, independente de quem o facilitador escolha, ou seja, escolhido, teria que realizar a tarefa na frente de todo mundo da sala. Isso gerou uma confusão na sala. Entretanto o facilitador faz uma proposta ao grupo que se todos aceitarem as regras nós fazemos a dinâmica se não, não seria possível desempenhar a tarefa. O facilitador entregou o envelope para um aluno que próximo a ele e virou de costas, colocando uma música para tocar em seu celular por 2 minutos. A regra é que eles deveriam passar a tarefa entre eles para quem eles queriam que executassem essa tarefa. Aparentemente ninguém queria desempenhar a tarefa, mesmo sem saber do que se tratava. Após a música acabar o facilitador se virou e verificou com quem estava o envelope. A pessoa com quem estava o envelope foi feita a seguinte pergunta: “Você quer executar esta tarefa que está dentro do envelope ou você quer entregar para alguém desempenhá-la?” O aluno teve a opção de desempenhar a tarefa ou entregá-la a outra pessoa, e a próxima pessoa que pegar o envelope deveria desempenhar a tarefa de acordo com o trato feito antes de começar a dinâmica. Ao abrir o envelope havia uma barra de chocolate e um bilhete escrito coma sozinho. Assim que terminou a dinâmica o aluno que havia ficado com o envelope acabou passando o envelope para o colega, informando que não queria desempenhar a tarefa, mesmo não sabendo do que se tratava. A pessoa com quem ficou o envelope, apesar de mostrar muita timidez, abriu o envelope assim como combinado, entretanto, ficou muito feliz, ao verificar que dentro do envelope havia um chocolate. E consequentemente, a pessoa que passou a tarefa parao colega ficou muito triste ao saber que na verdade, o que havia no envelope era um chocolate. Após a aplicação desta dinâmica foi aplicada uma terceira dinâmica, que foi a dinâmica “o passarinho” no qual foram distribuídas folhas de papel com o texto “O Passarinho”. Ao término da leitura os participantes foram incentivados a falar sobre o que eles entenderam a respeito do tema “autonomia e responsabilidade” e a relação do tema mediante o dia a dia de cada participante. Finalizando assim a sessão. 
Quarto Encontro 30/04/2018
Esse encontro teve como principal objetivo promover a melhoria da comunicação. Isto se deu por meio das duas dinâmicas. Na de aquecimento “Características Individuais,” os participantes foram orientamos que afixassem em suas camisetas características que julgassem suas ou escrevessem o que mais os caracterizavam. 
Após essa etapa, o coordenador os convidou a falarem dos por quês de suas escolhas. As principais apresentadas foram: alegre, desorganizado e esperançoso e dos comentários que fizeram foram: “Minha mãe comenta da bagunça do meu quarto”, “Não levo o material no dia da aula” e “Não me lembro de onde deixo o celular” (desorganizados); “Acredito na mudança do mundo” e “Cabe à nós a mudança” (esperançosos); “Me desligo de tudo com o celular”; “Tô cansado no fim da noite” (desinteressado); “Não vejo a hora de chegar o fim de semana” (entusiasmado).
Foi realizada na sequência a discussão sobre a importância de desenvolver a autopercepção e das diferenças e semelhanças existentes entre os pares.
No segundo momento foi sugerido que os participantes auxiliassem um dos integrantes do grupo a colocar as meias e o tênis, na dinâmica “O alienígena de tênis,” em que, o ET não entenderia a língua e a comunicação e que deveriam se comunicar apenas por gestos. Percebemos relativa demora a se organizarem quanto a quem se comunicaria com o alienígena e de compreenderem que poderiam, eles próprios, colocar o tênis no pé do ET. 	O grupo discutiu a percepção das atitudes, o relacionamento interpessoal, a organização, a estratégia, a persistência e de que as instruções devem ser claras e detalhadas o bastante para facilitar a compreensão, em especial à necessidade de perceberem o outro e as suas habilidades de comunicação e de relacionamento. Fizeram comentários como: “Nem pensamos que poderíamos colocar o tênis no ET” e “Deveríamos ter nos organizado ao invés de todos falarmos juntos”.
Houve o aprofundamento da alteridade, da valorização das pessoas, da importância das relações em família, trabalho, escola, amizades. Também de vivermos em sociedade, do que esperam que sejamos e de como mantermos nossa autenticidade, da disposição de se colocar no lugar do outro, do respeito em nossas atitudes cotidianas e da valorização dos nossos pontos de vista. 
Quinto Encontro 14/05/2018
No quinto encontro, após a chegada dos adolescentes foi dito um numero para cada pessoa, de forma a separar as panelinhas na execução das dinâmicas, de forma a fazer com que o grupo pudessem interagir com todos do grupo, foi realizada a dinâmica dos rótulos Essa dinâmica é bem interessante visto que ela usa dos sentimentos das pessoas para fazer com que as mesmas reflitam sobre como tratam os outros. O mediador preparou previamente etiquetas adesivas com diversas ordens e distribuiu uma para cada participante, tomando o cuidado para que a pessoa que recebeu a etiqueta não falasse ao colega o que havia escrito nelas. Depois que todos receberem as etiquetas, foi pedido para que os integrantes do grupo tratassem cada um de acordo com o que estava escrito nas etiquetas. É muito interessante porque o grupo precisava identificar o que elas tinham nos rótulos a partir de como os outros as estavam tratando. Após algum tempo, dividimos os alunos em pares e pedimos que agissem da mesma forma com o que estava escrito nos rótulos. Após algum tempo o mediador pediu para que cada um expressasse o que havia sentido a respeito da forma como foi tratado e então a pessoa pôde retirar a etiqueta e saber oque nela estava escrito. Essa dinâmica foi importante para que o grupo refletissem sobre a importância de não dar rótulos as pessoas por simplesmente acharem que elas merecem, por acharem engraçado ou por qualquer outros motivo, sem antes conhecer aquela pessoa e verificar se o apelido dado é do agrado da pessoa que está sendo rotulada. Após a aplicação desta dinâmica, foi aplicado a história do “Caixeiro Viajante”, sendo entregue uma folha para cada participante com a história escrita. A mediadora então leu a história e a partir dos números dados na chegada dos alunos, foram feitos quatro grupos de quatro pessoas para que ambos interagissem e tentassem entrar em um consenso. Após a execução da dinâmica, foi feito uma reflexão de que não existe uma verdade absoluta, promover uma discussão sobre a dificuldade de chegar a um consenso, principalmente quando os valores e conceitos morais, espirituais, materiais, sociais, estão em jogo. Observando se os participantes têm bom poder de argumentação, como reagem à opiniões contrárias, se o raciocínio deles é coerente e se segue uma lógica. Na discussão os participantes relataram a dificuldade em se entrar em um consenso, pois cada um tinha uma opinião formada a respeito texto, algumas pessoas chegavam a um consenso, porém, a maioria não conseguiu chegar em um. Finalizando assim a sessão. 
Sexto Encontro 21/05/2018
Como atividade de aquecimento realizamos as atividades a partir da dinâmica “O feitiço virou contra o feiticeiro” que teve por objetivo desenvolver o respeito ao próximo. Papel e caneta foram utilizamos como material. Formamos um círculo com os participantes sentados, cada escreveu uma tarefa que gostaria que seu companheiro da direita realizasse, sem deixá-lo ver. Após todos terem escrito, os participantes deveriam ler a tarefa que escolheram para o colega, porém ele mesmo é quem precisou realiza-la. Tiveram comentário como: “Nossa, se eu soubesse que seria assim tinha colocado algo mais fácil”, “Eu não pensei se a pessoa sabia fazer isso quando eu escrevi” e “Eu coloquei coisa fácil.
Como atividade principal, realizamos a dinâmica “Pensando e Julgando”, cujo objetivo é o demonstrar a dificuldade para se obter um consenso em relação a temas controvertidos que envolvam valores e sentimentos pessoais além de demonstrar a diversidade de posturas frente a um mesmo tema. Utilizamos como material para esta atividade um texto de uma reportagem sobre o atropelamento de um ambulante na linha férrea no Rio de Janeiro. A empresa da linha férrea decidiu manter o tráfego dos trens enquanto o corpo da vítima ainda estava nos trilhos. Dividimos os participantes em três grupos. O primeiro grupo representaria a empresa, o segundo a imprensa e o terceiro a família da vítima. Tiveram comentários como: “A imprensa só vê o lado dela, sempre vai colocar a notícia para chamar a atenção, não pensa na família da vítima”, “A empresa sabia que estava errada, mas tinham que pensar nas demais pessoas que estavam no trem”, “Eu mesmo se fosse dono da empresa não defenderia e pediria para parar o trem, pois foi muita falta de consideração por uma vida”.
Durante a reflexão sobre a atividade falamos sobre se colocar no lugar das pessoas antes dos julgamentos, pré-conceitos, enfim, não desejar a outros o que nem nós mesmos gostaríamos para nós. Houve a compreensão dos participantes de nossos objetivos e ao final da discussão sobre a dinâmica, os participantes levantaram a questão da violência e do abuso por parte das autoridades não só relacionadas ao policiamento, mas também da imprensa e de muitas empresas. Notamos então o interesse dos participantes em discutir este tema e colocar suas opiniões.
7. Análise do processo grupal
Acreditamos que, de acordo com as atividades realizadas do projeto desenvolvido, os principais objetivos foram alcançados. No decorrer das sessões pode-se perceber o estabelecimento de vínculo e de confiabilidade entre os integrantes do grupo e as estagiárias.Desde os primeiros encontros o grupo se mostrou dinâmico, expondo suas opiniões. Houve exposição de dúvidas, questionamentos e intervenções, mesmo daqueles que no início da intervenção eram mais tímidos se manifestaram e expuseram pontos de vista, ao demonstrarem interesse, expressaram seus pensamentos e sentimentos. 
Foi possível perceber alteração do comportamento dos participantes nos encontros grupais, citado pelos próprios participantes na avaliação final. Estes passaram a ter mais iniciativa, a liderar atividades, a dialogar com mais clareza suas perspectivas, a se posicionar de forma crítica sobre suas convicções, a ouvir e a aceitar pontos de vista e opiniões contrárias. 
Nas exposições algumas opiniões foram confrontadas e houve a reflexão de como se possibilita a convivência, com respeito às diferenças em sociedade. A cada tema foram relacionados vários valores pessoais interpessoais que permeiam os vários grupos aos quais os participantes pertencem. Dentro dos temas propostos percebemos o quanto alguns assuntos de fato necessitavam ser trabalhados, para que a convivência pudesse fluir de forma satisfatória e assim, mediante aos debates realizados e as necessidade e questões que surgiram no grupo, conduzíamos os outros encontros, principalmente nos temas de família e escola em especial e de os papéis sociais que desempenham nestes espaços.
Podemos dizer que houve heterogeneidade de ideias, mesmo pertencendo a uma instituição com objetivo comum, as diferenças de cada um e dos relacionamentos apareceram. O grupo foi se integrando, aos poucos, e passaram a formar uma coesão e uma identidade comum, mas mantendo e convivendo com as diferenças. Isto possibilitou um trabalho de qualidade e um resultado satisfatório, aos proporcionar a possibilidade de mudanças ao se conhecerem um pouco mais e ver e perceber o outro, nas inter-relações e na reflexão dos valores presentes no meio cultural.
8. Conclusão 
Ao pensar em uma conclusão deste trabalho, prontamente reconhecemos que será uma tarefa incompleta, pois sentimos e temos evidências de que há muito ainda para aprender e experienciar durante o desenvolvimento do grupo.
No entanto, isto não reduz o que já foi aprendido e nas experiências que já tivemos, pelo contrário, apesar do número reduzido de contatos com os participantes do grupo, percebemos no grupo um apreço imenso uns pelos outros, eram adolescentes de opiniões próprias e de pensamentos reflexivos. O trabalho com adolescentes, essencialmente na modalidade grupal, somou experiência no que se refere ao entrelaçamento da teoria com a prática, que foi de valor inestimável para as estagiárias que tiveram contato com essa modalidade de atuação. Foi um desafio trabalhar com temas polêmicos e a espera de como seria manter a atenção de um grupo de adolescentes. Pudemos experienciar a Psicologia de uma forma gratificante, pois eram adolescentes que tem muito a realizar para a sociedade. A ausência de oportunidade para que estes adolescentes expressem de forma reflexiva seus pensamentos foi o motivo de maior importância na intervenção, diante nossa compreensão e das narrativas dos participantes em questão.
No decorrer do trabalho com o grupo e diante da narrativa dos adolescentes, foi de grande importância as declarações de vivências, experiências e percepções relatadas por eles. 
Notamos que essas pessoas apresentam uma postura resistente perante a sociedade, entretanto, durante o trabalho que realizamos, podemos perceber que essa postura mostra-se nada mais que um mecanismo de defesa do indivíduo ante dos ditames que a sociedade impõe, que por vezes oprime quem ouse ser mais reflexivo.
Talvez, por esta razão exista resistência dos que poderiam ser integrantes do grupo não estarem presentes, pois há a possibilidade deles também terem um pré-conceito do que seriam nossos encontros, como vimos através da fala de alguns dos participantes, algumas pessoas já vêm preparadas para confrontar-se. No entanto, este é um desafio a ser superado, e acreditamos que através de nossos esforços poderemos integrar mais pessoas em nosso grupo, para que possamos juntos buscar um crescimento pessoal e um esclarecimento da sociedade através do conhecimento. Ansiamos pela continuidade do trabalho com um sentimento de boa vontade e de busca por conhecimento.
Ao abrirmos a possibilidade de darmos continuidade no grupo semestre que vem, notamos uma maior aproximação e interesse entre integrantes do grupo, e possibilitando um dinamismo ainda maior nesta relação. Ao frequentar os encontros os integrantes do grupo foram conhecendo os objetivos, assim permitindo uma participação mais aberta por parte deles. 
Por sermos também integrantes do grupo, as dinâmicas que expunham subjetivamente nossas concepções, demonstraram que questionar e pensar sobre os temas não é importante somente para o outro, vimos a necessidade de um auto-conhecimento nessas questões para que exista a condição de auxiliarmos outra pessoa.
Aprendemos também sobre a importância de nosso envolvimento afetivo, sobretudo a necessidade de conseguirmos reconhecê-lo e o conduzir de maneira adequada para que não prejudique o trabalho terapêutico, como no caso em que uma integrante do grupo que pediu auxílio afirmando ter sido discriminada em uma loja. Em casos como este aparece o desafio para o terapeuta, que preocupa-se com a saúde psíquica do outro, no entanto existe a necessidade de mediar esta preocupação para ser possível ajudarmos esta pessoa da melhor forma possível.
	Houve alguma dificuldade para conseguirmos um número razoável de integrantes do grupo, mas no decorrer dos encontros notamos a assiduidade dos integrantes, cada um com seu jeito de participar, podendo ser mais abertos, expondo conteúdos e dinamizando os encontros ou em silêncio. Aprendemos a respeitar também estas diferenças, permitindo espaços e oportunidade para que os integrantes sintam-se à vontade para participar ao passo que acolhemos com respeito os mais introvertidos, entendendo que se continuam a vir ao encontro é porque este está tendo alguma valia para eles.
A finalidade do grupo foi a de possibilitar uma avaliação crítica e reflexiva dos integrantes do grupo sobre as temáticas referente a relacionamento familiar, preconceito, autonomia e responsabilidade, o que foi de grande valia para as intervenções grupais, visto que outros temas e necessidades puderam der detectados pelo grupo. 
	Após o encerramento dos encontros, vimos com alegria que a criação deste grupo foi grandemente importante e significativo para estes adolescentes, que por vezes encontraram-se afligidos e distanciados da sociedade, encontraram um espaço de acolhimento e de reflexão tão necessárias atualmente. Com um sentimento de satisfação e gratidão finalizamos este trabalho, também com o desejo de darmos continuidade a ele no futuro. 
7. REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, M. K. A mediação simbólica. In: OLIVEIRA, M. K. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4ª Ed. São Paulo: Scipione, 1997. 
RAMOS, C.; CARVALHO, J. E. C. Uma proposta de trabalho com grupos e instituições. In: RAMOS, C.; SILVA, G. G.; SOUZA, S. Práticas Psicológicas em Instituições: Uma Reflexão sobre os Serviços-Escola. São Paulo: Vetor, 2006, p. 450-460. 
ZIMERMAN, David. A importância dos grupos na saúde, cultura e diversidade. Vínculo, 
São Paulo,  v. 4, n. 4, dez.  2007 - Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1806- 24902007000100002&script=sci_arttext>. Acesso em 28 de março de 2015.
Bauru, 21 de Junho de 2018.
	
______________________________
Gracilene de Sousa Lopes
 RA: T1263C-4
	
	
_____________________________
Mariana Scarante Borba
RA: C665ED-7
______________________________
Prof. Me. Sérgio Luiz Ribeiro
Orientador do Estágio
CRP 06/38.525

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