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Resenha crítica do texto O sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética exclusão-inclusão

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Resumo do Texto:
UNIP- Universidade Paulista
CPA - Centro de Psicologia Aplicada / Campus Tatuapé
	Resenha crítica do texto “O sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão”
1. Identificação:
Nome: Camila França Lemos 				RA.: N324FF-5
Data: 11-05-2022
REFERENCIA:
 SAWAIA, B. B. O sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão. In: SAWAIA, B. B. (org.). As artimanhas da exclusão
De acordo com Sawaia, o sofrimento demarcado não é um sofrimento de ordem individual, proveniente de desajustamentos e desadaptações, mas um tipo de sofrimento determinado exclusivamente pela situação social da pessoa, impedindo-a de lutar contra os cerceamentos sociais. Dessa maneira, o sofrimento ético-político constitui uma categoria de análise da dialética inclusão/ exclusão social. Em síntese, é a “a vivência particular das questões sociais dominantes em cada época histórica ... Sofrimento que surge da situação de ser tratado como inferior, subalterno, sem valor, apêndice inútil da sociedade” (Sawaia, 1999, p. 56). Mediante a constatação do sentimento como constitutivo da consciência, o estudo das emoções tornou-se para a autora um eixo epistemológico fundamental. Sendo assim, podemos compreender que os sofrimentos ético-políticos descritos pela autora acabam se transformando em angústia psíquica, uma vez que podem afetar diversas instâncias da vida dos cidadãos.
Diversas pessoas pertencentes a vários grupos sociais não possuem perspectivas de vida que fujam a desumana falta de direitos e uma série de sofrimentos causados por serem cada vez mais invisibilizados e humilhados. Assim, o sistema capitalista que foi forjado nas várias injustiças sociais, acabou promovendo estruturas que estão vigentes até os dias atuais, como o cisheteropatriarcado, que promove o machismo, o sexismo e a violência de gênero. Também conta com o racismo estrutural que oprime pessoas negras diariamente, deixando marcas em seus corpos e subjetividades. Este sistema acaba por promover a viabilidade da opressão, uma vez que trabalha com a valorização em detrimento da diminuição dos outros à relevância da temática para os profissionais que têm como desafio a análise da constituição dos diferentes modos de exclusão e de suas múltiplas determinações nos processos sociais contemporâneos. 
Pensar criticamente a exclusão como um mecanismo de produção da desigualdade social impõe um mergulho na complexidade e nas controvérsias do mundo atual, trazendo a reflexão para o campo ético, o que implica uma discussão de valores e dos efeitos da ordem capitalista sobre a vida das pessoas. A ética emerge como problemática inerente à política, à cidadania e à democracia. A temática da exclusão vincula-se, então, à da transformação social, reclamando pela compreensão das novas cenas sociais em que se constituem os novos campos de conflitos e os novos atores sociais, nem sempre transparentes ao olhar público em tempos de privatização dos espaços coletivos.
A concepção marxista de compreensão da sociedade é constitutiva do mesmo, concepção que a autora sintetiza na categoria dialética exclusão/inclusão para reforçar a ideia de que o sofrimento ético-político situa-se em uma sociedade conflituosa, especificamente na vivência dos sujeitos no processo de luta de classes.
A maneira de o sistema capitalista incluir faz parte dos mesmos mecanismos de reproduzir e sustentar a servidão, a passividade, a miséria e, principalmente, a alienação do trabalhador. A essa máscara da inclusão, Sawaia denomina inclusão perversa, que provém da produção de ideias imaginativas, feitas pelo próprio
sistema nos indivíduos. Eles passam a perceber que as apropriações materiais ou simbólicas os levam a “fazer parte” do todo, finalmente correspondendo adequadamente ao que a sociedade cria a cada instante. Esse sistema inclui para excluir, ou seja, para manter os homens na dependência de um estado de coisas que não diz respeito à sua própria liberdade e potência, e são levados a nunca alcançarem a satisfação mercadológica, pois o mercado protela a noção de perfeição - amanhã sempre terá outro produto mais moderno.
Dialética – tese antitese síntese
As duas coisas existem uma em função da outra, a inclusão só existe a partir da exclusão

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