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Resumo DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

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DIREITO CONSTITUCIONAL DANIELA MURARO 
 
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS 
 
11.1 DEFINIÇÃO 
A Constituição de 1988, nos arts. 136 a 141, prescreve as regras relativas ao Estado de 
Defesa e ao Estado Sítio. 
São normas que visam à estabilização e à defesa da Constituição contra processos 
violentos de mudança ou perturbação da ordem constitucional, mas também à defesa do 
Estado quando a situação crítica derive de guerra externa, momento em que a legalidade 
normal é substituída por uma legalidade extraordinária. 
 
11.2 PRINCÍPIOS REGENTES DO SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISES 
O Estado de Defesa e o Estado de Sítio, juntamente com as demais regras previstas no 
Título V da CF/88, formam o sistema constitucional de crises, que é regido por três princípios. 
• Princípio fundante da necessidade: os estados de defesa e de sítio só podem ser 
decretados à luz de fatos que os justifiquem e nas situações previstas taxativamente na 
constituição. 
• Princípio da temporariedade: os estados de defesa e de sítio são medidas temporárias, 
mesmo que, em alguns casos, se admita a prorrogação dos prazos previstos na 
Constituição; 
• Princípio da proporcionalidade: as medidas a serem empreendidas nos estados de 
defesa e de sítio devem guardar relação de proporcionalidade com os fatos que 
justificaram sua adoção. 
 
11.3 SITUAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE DECRETAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.4 QUADRO-RESUMO DOS ESTADOS DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO 
 
ESTADO DE DEFESA 
Previsão constitucional Art. 136 
Competência para decretação 
(art. 84, ix) 
Presidente da República 
Procedimento 
(art. 136, caput e §§ 4º. A 6º.) 
1) Verificação dos pressupostos de 
admissibilidade; 
2) Oitiva do Conselho da Republica e 
Conselho de Defesa Nacional; 
3) Decreto presidencial; 
4) Decretado o estado de defesa ou sua 
prorrogação, o Presidente da República 
dentro de vinte e quatro horas, submeterá o 
ato com a respectiva justificação ao 
Congresso Nacional, que decidirá por maioria 
Estado de Defesa 
(art. 136) 
Para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem 
pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou 
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
Estado de Sítio 
(art. 137) 
I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a 
ineficiência de medida tomada durante o estado de defesa; 
 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 
 DIREITO CONSTITUCIONAL DANIELA MURARO 
 
absoluta; 
5) Se o Congresso Nacional estiver em 
recesso, será convocado, 
extraordinariamente, no prazo de cinco dias; 
6) O Congresso Nacional apreciará o 
decreto dentro de dez dias contados de seu 
recebimento, devendo, devendo continuar 
funcionando enquanto vigorar o estado de 
defesa; 
7) Rejeitado o decreto, cessa imediatamente 
o estado de defesa. 
Duração e prorrogação 
(art. 136, § 2º.) 
Não superior a trinta dias, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período, 
se persistirem os motivos que justificaram a 
decretação. 
Fiscalização 
(art. 140) 
A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os 
líderes partidários, designar Comissão 
composta de cinco de seus membros para 
acompanhar e fiscalizar a execução das 
medidas referentes ao estado de defesa. 
Medidas coercitivas que podem ser 
adotadas Art. 136, § 1.º e § 3.º 
 
ESTADO DE SÍTIO 
Previsão Constitucional Art. 137 
Competência para decretação (art.84 IX) Presidente da República 
Procedimento (art. 137 e art. 138) 
1) Verificação de pressupostos de 
admissibilidade; 
2) Oitiva do conselho da República e 
Conselho de Defesa Nacional; 
3) Consolidar autorização ao Congresso 
Nacional; 
4) O decreto do estado de sítio indicará sua 
duração, as normas necessárias a sua 
execução e as garantias constitucionais que 
ficarão suspensas, e, depois de publicado, o 
Presidente da República designará o executor 
das medidas especificas e suas áreas 
abrangidas; 
5) Solicitada a autorização para decretar o 
estado do sítio durante o recesso parlamentar, 
o Presidente do Senado Federal, de imediato, 
convocará extraordinariamente o Congresso 
Nacional para se reunir dentro de cinco dias, 
afim de apreciar ato; 
6) O Congresso Nacional permanecerá em 
funcionamento até o término das medidas 
coercitivas. 
Duração e prorrogação (art.138, § 1°) 
No caso do art. 137, I – não poderá ser 
decretado por mais de trinta dias, nem 
prorrogado, de cada vez, por prazo superior; 
No caso do art. 137, II – poderá ser decretado 
por todo o tempo que perdurar a guerra ou a 
 DIREITO CONSTITUCIONAL DANIELA MURARO 
 
agressão armada estrangeira. 
Fiscalização (art.140) 
A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os 
líderes partidários, designará Comissão 
composta de cinco de seus membros para 
acompanhar e fiscalizara execução das 
medidas referentes ao estado do sítio. 
Medidas coercitivas que podem ser 
adotadas 
No caso do art. 137, I - art.139 
No caso do art. 137. II -art. 138 
 
11.5 FORÇAS ARMADAS 
As Forças Armadas, nos termos do art.142da CF/88, são constituídas pela Marinha, pelo 
Exército e pela Aeronáutica, as quais são instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente 
da República, e destinam-se: 
a) á defesa da Pátria; 
b) á garantia dos poderes constitucionais e, 
c) por iniciativa de qualquer dos Poderes, da lei e da ordem. 
 
11.5.1 DENOMINAÇÃO, DIREITOS E VEDAÇÕES 
 Os integrantes das Forças Armadas são denominados simplesmente “militares”, conforme 
preceitua o art. 142, § 3°, da CF/88, estando sujeitos ás regras estabelecidos nos incisos I a X. 
 
11.5.2 HABEAS CORPUS EM RELAÇÃO ÁS PUNIÇÕES DISCIPLINARES DOS 
MILITARES 
A Constituição Federal, expressamente, proibiu a concessão de Habeas Corpus em 
relação ás punições disciplinares dos militares (art. 142, § 2.°). 
A vedação, contudo, deve ser estendida com temperamentos. O STF entendeu que o que 
proíbe a norma constitucional é a análise do mérito das punições disciplinares, o que não 
afasta da jurisdição a possibilidade de verificação de pressupostos de legalidade, tais 
como: 
a) se havia hierarquia: na qual flui o dever de obediência e de conformidade com instruções, 
regulamentos internos e recebimento de ordens; 
b) se a autoridade possuía poder disciplinar: supõe atribuição de direito de punir, cuja 
atribuição pode recair, em alguns casos, somente em determinados superiores 
hierárquicos; 
c) se o ato está ligado a função: se a punição disciplinar liga-se, ou não, á atividade 
funcional do militar; 
d) se a pena foi adequadamente aplicada: se a punição aplicada está adequadamente 
precisa para o ato praticado de acordo com os regulamentos militares. 
 
11.5.3 SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E SOLDO INFERIOR A AO SALÁRIO- 
MÍNIMO 
 Diz a Súmula vinculante n.° 6/2008 do STF: “ Não viola a Constituição o estabelecimento 
de remuneração inferior ao salário- mínimo para as praças prestadoras de serviço Militar 
inicial.” 
 
11.6 SEGURANÇA PÚBLICA 
A segurança pública, segundo o art.144 da CF/88, é dever do Estado e direito e 
responsabilidade de todos. É exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade 
das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - policia federa; 
II - policia rodoviária federal; 
III - policia ferroviária federal; 
 DIREITO CONSTITUCIONAL DANIELA MURARO 
 
IV - policias civis 
V - policias militares e corpos de bombeiros militares. 
 
11.6.1 QUADRO-RESUMO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Órgão Destinação Constitucional Previsão 
Policia Federal 
I - Apurar infrações penais 
contra aordem política e social 
ou de detrimento de bens, 
serviços ou interesses da 
União ou de suas entidades 
autárquicas e empresas 
públicas , assim como outra 
infrações cuja prática tenha 
repercussão interestadual ou 
internacional e exija e exija 
repressão uniforme, segundo 
se dispuser em lei; 
II - Prevenir e reprimir o 
trafico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, o contrabando 
e o descaminho, sem prejuízo 
da ação fazendária e de 
outros órgãos públicos nas 
respectivas áreas de 
competência; 
III - Exercer as funções de 
política marítima, aeroportuária 
e de fronteiras; 
IV - Exercer, com 
exclusividade, as funções de 
política judiciária da União. 
Art.144, § 1.° 
 
Órgão Destinação Constitucional Previsão constitucional 
Polícia Rodoviária Federal 
Destina-se, na forma da lei, ao 
patrulhamento ostensivo das 
rodovias federais. 
Art.144, § 2° 
Polícia Ferroviária Federal 
Destina-se, na forma da lei, ao 
patrulhamento ostensivo das 
ferrovias federais. 
Art. 144, § 3° 
Polícias Civis 
Ressalvada a competência da 
União, funções de policia 
judiciária e apuração de 
infrações penais, exceto as 
militares. 
Art. 144, § 4° 
Políciais Militares e Corpos 
de Bombeiros Militares 
Às polícias militares cabem a 
polícia ostensiva e a 
preservação da ordem 
pública; aos corpos de 
bombeiros militares, além das 
atribuições definidas em lei, 
incumbe a execução de 
atividades de defesa civil. 
Art. 144, § 5° 
 
 DIREITO CONSTITUCIONAL DANIELA MURARO 
 
11.7 GUARDA MUNICIPAL 
Autoriza a Constituição que, na forma da lei, os municípios constituem guardas municipais 
destinadas á proteção de seus bens, serviços e instalações (Art.144, § 8°). 
A Constituição, portanto, não autorizou a criação do órgão policial de segurança ou polícia 
judiciária por parte dos municípios, mas apenas uma guarda que visa “[...] assegura a 
incolumidade do patrimônio municipal, que envolve bens de uso comum do povo, bens de uso 
especial e bens patrimoniais, mas não é de polícia ostensiva, que é função exclusiva da 
Polícia Municipal”.

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