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Resumos Aulas Teoria da Argumentação Jurídica G1

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Resumos Aulas Teoria da Argumentação Jurídica – Professor Anízio Gavião Filho
Aluna: Stéphane Antunes
Aula 1 – Professor Norberto Flach – 31/07/18
Conceitos
TAJ se estuda a melhor forma de justificar uma decisão há necessidade que o interprete justifique a sua decisão tem lógica aplicada ao direito por razões político-democráticos
Subsunção tipo de raciocínio pela qual se coloca um fato de diante de disposições normativas que podem se extrair de um artigo de lei ex: termo “enquadramento” = sinônimo de subsunção fato é enquadrado em uma moldura normativa
Tópica jurídica e nova retórica se faz uma similitude coma hermenêutica de Gadamer
Argumentação prática geral argumentação presente no nosso cotidiano
Regras do discurso prático traz um discurso racional e regrado argumentação é uma das modalidades
Justificação argumentativa interna/externa tem que haver uma consistência lógica entre argumentações e decisões
Externa critérios que estabelecemos para obter premissas cuidado com a qualidade da argumentação
Ponderação ponderação de princípios indispensável em casos de colisão de direitos fundamentais
Normas jurídicas e sistema normativo:
 Antigamente se acreditava que as disposições normativas eram as normas jurídicas
 O que o texto legal tem é uma orientação inicial para que o intérprete tenha uma reflexão para aí ter uma norma jurídica Há um processo envolvido de interpretação antes da norma jurídica Norma jurídica é o resultado da interpretação Norma jurídica ≠ lei, texto legal
Sistema normativo em parte é continuamente modificado pelas interpretações, mas em grande parte é estável e dado com longevidade é o conjunto de decisões interpretativas e os parâmetros que as decisões são tomadas abrange as leis, os costumes e a jurisprudência
Aula 2 dia 07/08/18 – Prof. Anízio Gavião Filho
TAJ fundamentação e justificação interpretação e aplicação
 casos direito/normas jurídicas
 resolução do caso é sempre uma frase frases normativas é universal
 sempre uma norma
 estabelece o que deve ser para alguém determinadoEx: o que o advogado diz sobre a solução do caso exemplificando a sentença
 FRASE NORMATIVA
Frase normativa: solução do caso jurídico
 A aplicação de uma frase normativa é a resolução da frase normativa
 A passagem do caso universal para o individual se dá pela fundamentação e justificação
 Se utiliza para todos os raciocínios essa linha mas vamos nos ater ao raciocínio jurídico.
TAJ se ocupa da questão atinente da fundamentação e justificação das normas jurídicas afim de que a solução do caso possa ser justificado de modo racional trata do raciocínio jurídico 
 Interpretação e aplicação são atividades racionais Existe uma razão prática “eu posso resolver de forma racional problemas práticos” questão sobre o que é mundo objetivo estado das coisas 
 Problema teórico resolvo com provas fundamentação e justificação resolvo com provas e observações empíricas 
 Solução do caso = é uma questão de razão prática (Racionalidade prática: mundo social, frase normativa como devemos agir, certo errado, o que deve ou não fazer. O direito resolve questões práticas, essas devem ser resolvidas de modo racional!) o problema é se as frases normativas podem ser justificadas racionalmente 
 No direito sempre se trata de resolução de razão prática e sempre se conclui o caso com a frase normativa “deve ser” justificação do juiz e sua motivação
 Ciências humanas no geral não conseguimos resolver de uma maneira racional interpretação de aplicação do direito é um ato racional 
 TAJ se ocupa como devem ser as razões do direito
Contexto da descoberta o que se passa na cabeça do juiz quanto a resolução do caso fala sobre o descobrir da situação “Atividade que consiste em descobrir ou enunciar uma teoria, e que segundo a opinião geral, não é suscetível de uma análise de tipo lógico.” – Manuel Atienza não interessa para a TAJ 
Contexto da justificação razões que o juiz leva para argumentar sua decisão de uma maneira racional justificar / provar sua teoria Nesse contexto iremos observar se a a decisão do juiz está ou não racionalmente justificada “O procedimento em que consiste em justificar ou validar a teoria, isto é, em confrontá-la com os fatos a fim de mostrar a sua validade; essa última tarefa exige uma análise de tipo lógico (embora não apenas lógico) e se rege pelas regras do método científico (que não são aplicáveis no contexto da descoberta).” – Manuel Atienza Questão prova: Qual a diferença entre o contexto da descoberta e contexto da justificação?
“Assim, uma coisa é o procedimento mediante o qual se estabelece uma determinada premissa ou conclusão, e outra coisa é o procedimento que consiste em justificar essa premissa e conclusão.” As razões do direito – Manuel Atienza 
Ex: Isaac Newton descobriu a gravidade (contexto da descoberta) e após experimentos e pesquisas ele provou que a teoria da gravidade existe (contexto da justificação). Portanto, ele descobriu a gravidade e justificou que a teoria tem razão. 
Os juízos do dever ser, devem ser justificados de modo racional. 
● Questão prova: Do que se trata ou o que propõe a Teoria da Argumentação Jurídica?
É basicamente de como se deve argumentar Como teoria ela propõe uma formulação de um conjunto de regras, condições e exigências do argumentar correto. TAJ se ocupa do procedimento é uma teoria procedimental da argumentação. Ela quer fazer com que a interpretação e aplicação do direito seja racional A trajetória entre a norma e a solução não é algo simples, e é isso que a teoria da argumentação jurídica trata. Trata-se de formular um conjunto de regras, condições e exigências que devem ser cumpridas na justificação ou fundamentação da interpretação e aplicação do direito na solução dos casos.
 São juízos de valor e dever (o que deve ser feito, se é certo ou errado) estabelecem condições e exigência para se argumentar de uma maneira correta em busca da racionalidade (objetivo de TAJ) ou seja estabelece qual o procedimento para chegar na racionalidade jurídica
 A teoria da argumentação jurídica propõe regras e exigências para interpretação, aplicação e argumentação do direito. Ela formula regras para tornar a argumentação que seja justificada através da aplicação e interpretação do direito racional (fazendo com que ela aspire que a interpretação e aplicação do direito seja racional) Se dando através da argumentação que se dá ou de modo empírico, através de provas ou ela se dá de modo argumentativo. A teoria da argumentação jurídica busca justamente focar nos argumentos e fazer com que eles sejam coerentes, justos e racionais. A teoria da argumentação jurídica é a tese do caso especial, formulada por Robert Alexy, diz que argumentação jurídica é um caso especial da argumentação prático geral. Na argumentação prático geral tem como os preceitos base a moral, a ética e o pragmatismo. Já argumentação jurídica entra questões argumentativas próprias do direito como questões da lei, precedentes judiciais e dogmática jurídica. A teoria da argumentação jurídica rejeita o determinismo e o decisionismo pois visa boas ações através da racionalidade. Se as premissas estão bem justificadas e o argumento é valido sob o ponto de vista lógico, haverá assim, bons argumentos para o procedimento argumentativo na teoria da argumentação jurídica. 
 “Na tese de Robert Alexy da teoria da argumentação jurídica, demonstra que é necessária integração entre o discurso jurídico e o discurso prático racional geral. Aponta as formas e regras dos argumentos jurídicos” Nota do tradutor, Claúdio Toledo, do livro Teoria da Argumentação Jurídica – Robert Alexy
 Se utiliza muito na interpretação das normas pelos juízes no julgamentodo caso, mostrando como deve ser aplicado o direito na resolução de um caso concreto existindo uma razão prática que pode ser resolvida de modo racional 
→ “Como juízo de valor, é uma afirmação indiscutivelmente questionável ... Com relação a todos os tipos de atos e atividade, reivindicações e refutações, cidadãos de uma sociedade podem ser chamados a demonstrar a justificação legal para o que fazem. Em especial, como se exige que os juízes adotem apenas decisões que sejam justificadas nos termos da lei, eles precisam aplicar-se para descobrir qual das decisões pretendidas pelas partes de um processo está devidamente justificada. Como se exigem que exponham as razões para suas decisões, eles não devem meramente refletir em profundidade. Devem declara e explanar publicamente as razões justificatórias para as suas decisões.” Argumentação jurídica e teoria do direito – Neil MacCormick
 É o conjunto de regras que o interprete e aplicador tem que observar para justificação da interpretação e aplicação dos casos.
 Propõe a justificação com fundamentação racional da interpretação e aplicação do direito. É identificada como a ciência do raciocínio jurídico, auxilia na interpretação das Leis e na formulação de pensamentos jurídicos, para mais racionalmente ser aplicado aos casos. O fundamento jurídico tem que ser racional e para isso deve ser justificado e fundamentado seguindo os critérios, as regras e as exigências. Para ser racional deve cumprir os critérios, as regras e as exigências. A racionalidade do discurso jurídico garante a justiça do mesmo. 
“A teoria (ou teorias) da argumentação jurídica tem como objeto de reflexão, obviamente, as argumentações produzidas em contextos jurídicos. Ela se dá em três diferentes campos jurídicos. 
O primeiro é o da produção ou estabelecimento de normas jurídicas. Existem os argumentos que ocorrem na fase pré-legislativa aonde se considera que esses, em geral, têm um caráter mais político que moral, já na fase legislativa os papéis se invertem, passando para o primeiro plano as questões de tipo “técnico-jurídico”. 
Um segundo campo em que se efetuam argumentos jurídico é o da aplicação de normas jurídicas à solução de casos... Pode-se dizer que a teoria da argumentação jurídica dominante se centra nas questões - os casos difíceis - relativas à interpretação do direito e questão proposta nos olhos superiores da administração da justiça. Mas a maior parte dos problemas que os tribunais com o órgãos não-jurisdicionais do governo têm de conhecer e sobre os quais decidem é constituída de problemas concernente aos fatos, e assim os argumentos que ocorrem, suscitados pelos mesmos, recaem fora do campo de estudo das teorias usuais argumentação jurídica (podendo ser designados como problemas de interpretação).
Finalmente, o terceiro âmbito em que se verificam argumentos jurídico é o da dogmática jurídica. A dogmática é sem dúvida uma atividade complexa, na qual cabe distinguir essencialmente as seguintes funções: 1) fornecer critérios para a produção do direito nas diversas instâncias em que ele ocorre; 2) oferecer critérios para aplicação do direito; 3) ordenar e sistematizar um setor do ordenamento jurídico. As teorias comuns da argumentação jurídica se ocupam também das argumentações que a dogmática desenvolve para cumprir a segunda dessas funções.. Os órgãos aplicadores tem de resolver casos concretos (por exemplo, se deve ou não alimentar à força presos que estão em greve de fome para obter determinadas mudanças em sua situação carcerária), o dogmático do direito se ocupa de casos abstratos (por exemplo, determinar quais são os limites entre o direito à vida direito à liberdade pessoal e qual dos dois deve prevalecer quando há conflito entre eles)... Porém essas distinção não pode ser taxativa pois ... por um lado, o praticante precisa recorrer aos critérios fornecidos pela dogmática, pelo menos quando enfrenta casos difíceis, e ao mesmo tempo a dogmática se apoia também em casos concretos... Quando certos tribunais estabelecem uma jurisprudência, sua decisão tem um caráter geral e abstrato, e consequentemente, vale para os casos futuros.” (As razões do direito – Manuel Atienza) 
História de TAJ
 Ganhou corpo a partir de 1970, mas a sua origem foi em 1950 em estudos como a tópica e a nova retórica. 
Anos 50 Tópica Theodore Viehweg resolução do caso tem que ser justo Topoi = senso comum A Tópica Jurídica contesta/refuta a utilização da lógica dedutiva na construção do raciocínio jurídico. Busca a solução no caso fático e na hipótese abstrata. Utiliza os TOPOI (argumento), “um senso comum”, “uma verdade admitida pela maioria”, para a solução daquele caso. As críticas dirigidas a tópica está na falta de hierarquia entre os TOPOI, a falta de critérios para se atingir a racionalidade, e sua utilização não garante a justiça. 
 Nova retórica Chaim Parelman 1958 A Nova Retórica é a retomada da retórica Aristotélica, abandonada com a modernidade, feita por Perelman. Busca um novo paradigma de racionalidade, a razão prática, rejeitando o uso da razão cartesiana para questões práticas. Assim, os juízos de dever podem ser explicados racionalmente, pela argumentação
 Pós guerra se verificou que a aplicação do direito não poderia se resumir a um raciocínio lógico-dedutivo ideia de que direito é lei e o juiz simplesmente tem que aplicar a lei direito positivo é dado pelo legislativo (pensamento positivista) na leis estão todas as respostas lugar da constituição
“Faz algumas décadas que assistimos a uma reação que, sem chegar a ser um retorno ao direito natural, ao modo próprio dos século XVII e XVIII, ainda assim confia o juiz a missão de buscar, para cada litígio particular, uma solução equitativa e razoável, pedindo-lhe ao mesmo tempo que permaneça, para consegui-lo, dentro dos limites autorizados por seus sistemas de direito. Mas é lhe permitido para realizar a síntese buscada entre a equidade e a lei tornar esta mais flexível graças à intervenção crescente das regras de direito não escritas, representadas pelos princípios gerais do direito e pelo fato de ser levado em consideração os tópicos jurídicos. Esta nova concepção acresce a importância do direito pretoriano, fazendo do juiz o auxiliar e o complemento indispensável do legislador: inevitavelmente, ela aproxima a concepção continental do direito da concepção anglo-saxã, regida pela tradição do common law. 
Como se trata de deixar a decisão de justiça aceitáveis, o recurso as técnicas argumentativas torna-se indispensável. Como, por outro lado, trata-se de motivar as decisões, mostrando sua conformidade com o direito em vigor, a argumentação será específica, pois terá por missão mostrar de que moda a melhor interpretação da lei se concilia com a melhor solução dos casos particulares.” Lógica Jurídica – Chaïm Perelman
 Até então imperava o direito positivista aonde a aplicação do Direito é a Lei que devemos aplicar, o positivado. A Lei são todas as respostas. Isto se dava no século XVIII, momento em que o juiz se dirigia pela Lei dada, jamais podendo interpretar. A expressão máxima disso é a escola Exegese. Onde os juízes apenas reproduziam a Lei. No momento da concepção da tópica e da nova retórica a Constituição não ocupava o lugar que a Constituição ocupa hoje em dia. Desta forma, se olhava para a Lei. A Lei dada conforme a Constituição, não se cogitava a possibilidade de interpretação da Lei. 
 Alguma coisa precisava ser revista pois TAJ não deve ser mecânico No contexto acima referente a Teoria da Argumentação Jurídica, chamou atenção porque tinham coisas que deveriam ser revistas, não por esse modelo, mas pelos casos em si. No caso para achar a solução justa para o problema, o raciocínio jurídico deve ser resolvido com base nos propósitos dos casos, o senso comum, a justiça é um topoi. 
● Questão prova: JUSTIFICAR A AFIRMAÇÃO DE QUE INTERPRETAÇÃO É ARGUMENTAÇÃO.
A interpretação é a atribuição de significado ao texto, a norma é o resultado que o interprete atribui ao texto. A interpretaçãoé argumentação, a escolha de uma interpretação pressupõe argumentos prós e contras. Uma interpretação correta requer critérios e a determinação dos objetivos da interpretação. O juiz deve escolher a interpretação correta, pois a decisão judicial coloca, sempre, a pretensão de correção.
“Interpretação e argumentação estão unidas definitivamente. Não há interpretação sem argumentação, pois a escolha de uma interpretação no lugar de outra pressupõe uma escolha entre os argumentos que jogam a favor e contra cada uma das possíveis interpretações das expressões idiomáticas contidas nas normas jurídicas. Uma interpretação jurídica deve estar, sempre, acompanhada de uma justificação ou fundamentação completa de razões. Cuida-se de uma atividade desenvolvida em direção a um resultado correto: uma interpretação correta. Se toda interpretação resulta em uma afirmação em toda a afirmação coloca uma pretensão de correção, então toda interpretação pretende ser correta. Essa correção somente pode ser alcançada pela justificação ou fundamentação, colocando-os em primeiro plano da interpretação jurídica o procedimento da argumentação, onde o uso público da razão se torna possível. Com isso, então segundo Alexy, vale a seguinte proposição: interpretação é argumentação. Aliás, nesse sentido reconheceu, o próprio Tribunal Constitucional Federal Alemão ao dizer que interpretação, especialmente no Direito constitucional, tem o caráter de um discurso.” Colisão de Direitos Fundamentais, Argumentação e Ponderação – Anizio Pires Gavião Filho
 TCFA (Tribunal Federal Constitucional Alemão) foi criado no pós-guerra = responsável por esses direitos fundamentais não é um tribunal com o STF pois não pertence ao poder judiciário, é um tribunal a parte, é o guardião das jurisprudências fazendo a Guarda da Constituição e dos direitos fundamentais. Em 1949 ele lançou um conjunto de decisões importantes, que foi a reunião das jurisprudências dos últimos 50 anos deste tribunal. 
 1948 DUDH (Declaração Universal dos Direitos Humanos) estabelecida pela ONU
 LFB (Lei Fundamental de Bohn) lei fundamental com força da constituição mas não é definitiva, para não ameaçar a almejada unificação alemã. principal lei da Alemanha, similar a constituição porém não é constituição
 Outros estados positivaram os direitos humanos como direitos fundamentais fazendo com que sua intenção inicial fosse atingida, assim se dando uma maior preocupação com um parâmetro que banalize os conceitos do direito natural e uma maior atenção ao jusnaturalismo.
Jurisdição:
Ordinária trata-se da justiça comum que abrange tanto leis estaduais quanto federais leis infra-constitucionais
Constitucional guarda a constituição significa, nos dizeres de Hans Kelsen, “a garantia jurisdicional da Constituição”, e “é um elemento do sistema de medidas técnicas que têm por fim garantir o exercício regular das funções estatais” (KELSEN, 2007, p. 123-124). Em outras palavras, é a outorga de poderes a um órgão jurisdicional para verificar a conformação das leis e demais atos ao texto constitucional. TCFA é um tribunal que trata desse tipo de jurisdição
Livro: Jurisdição Constitucional – Hans Kelsen
Casos mais controvertidos do TCFA:
(Livro 50 anos da jurisprudência no TCFA)
Soraya: Uma revista da editora Axel-Springer escreveu sobre uma entrevista na qual a princesa Soraya não deu, sendo a editora condenada por danos morais Não existia previsão legal contra danos imateriais A partir de então o TCFA reconheceu a indenização por danos morais 
Lüth: abre evento com manifesto aos distribuidores de filmes e espaços de filmes, pois um filme não deveria ser assistido na Alemanha porque o diretor havia propagado o nazismo. Diretores do filme ajuizaram uma ação com indenização Jurisdição ordinária improcedente TCFA reconheceu e favoreceu o direito fundamental da liberdade de expressão
Lebach: 4 soldados foram brutalmente assassinados e um quinto foi gravemente ferido, na cidade de Lebach, ao guarnecerem um depósito de armas numa tentativa de roubo. As 2 pessoas que efetuaram o roubo seguido de homicídio foram condenadas à prisão perpétua e uma terceira pessoa que os ajudou na ação criminosa foi condenado à 6 anos de prisão. Passados seis anos um canal de televisão iria passar um documentário sobre o crime incluindo o reclamante da ação e este entrou com recurso para tentar impedir a exibição do documentário alegando o livre desenvolvimento da sua personalidade TCFA determinou o direito à dignidade humana.
Constitucionalização em todo O.J a interpretação e aplicação das normas infraconstitucionais é informada pelo conteúdo da constituição mostrando que a forma de interpretar o método lógico-dedutivo não dá necessidade de entender o direito como atividade prático-argumentativo se extremou no Brasil pois os tribunais brasileiros levaram a constituição às últimas considerações aflora a necessidade de justificar essas decisões e de uma teoria da argumentação jurírdica
Contexto do surgimento das principais teorias da Argumentação Jurídica:
→ A insuficiência do modelo lógico-dedutivo aflora a necessidade de buscar outras vias para explicar o raciocínio jurídico, surgindo a tópica e a retórica. → após começa algo mais complexo com o início de TAJ com a ideia do direito pratico argumentativoCerta medida são conectadas
Modelo lógico subsuntivo (constatação)→ insuficiente para dar conta do raciocínio jurídico 
Teoria dos princípios → aponta para insuficiência do modelo de subsunção
Modelo lógico subsuntivo/ Lógica Formal
 “A lógica formal ou dedutivas se ocupa dos argumentos do ponto de vista de sua correção formal.” Manuel Atienza – As razões do direito
 Também é chamado de silogismo jurídico.
 A interpretação e aplicação do direito é pela lógica subsuntiva → a norma em sua estrutura tem → a hipótese antecedente → descreve abstratamente uma consequência → regra da lógica → Regra de inferência “modus ponens”.
P→ Q (PM =N) PM = Premissa maior / Premissa normativa N= Norma
P (Pm) Pm = Premissa menor / premissa fática
Q Q = conclusão
P = hipótese da norma (antecedentes)P → Q
Q = consequência 
Subsunção → reconhecimento de que o fato realiza o P da norma → adequação do fato à norma
 Ou seja o esquema silogístico compreende: norma, fato e conclusão.
Ludwig Wittgerstein → filósofo austríaco do século XX sendo inovador na história da lógica → considerado um dos criadores da filosofia analítica → filosofia da linguagem → linguagem e A lógica possuem características universais
● Pergunta da prova: Método subsuntivo é uma atividade mecânica/automática/lógica?
R: É um ato de reconhecimento e cognição → depende de argumentos A subsunção é reconhecer, julgar, avaliar, classificar que a S (Pm) é o caso de P (PM), que o S (Pm) concretiza a hipótese descrita na norma, A norma jurídica é “P então Q”, a subsunção é reconhecer no que acontece lá fora, é o P da Norma (premissa fática da norma) 
 Quando se ESCOLHE a premissa normativa e verifica que ela se encaixa na hipótese da norma, isso é a subsunção, é reconhecer que o que aconteceu na realidade realiza a hipótese abstrata da norma. O raciocínio jurídico é silogístico. A subsunção é um juízo que você faz, ela é responsável pela escolha da premissa, é o julgamento que tu de que o fato que está em sua mão realiza todas as condições da norma. 
Não é mecânico, mas sim é dedutivo e lógico. Não é mecânico pois a escolhas das premissas maiores depende da vontade, de uma análise que não é mecânica do jurista.
→ Diz que a estrutura do raciocínio jurídico é do silogismo (P maior + P menor = conclusão) → O fato realiza P e você atribui a consequência jurídica que é a norma 
 Pressupõe uma regra da lógica, é um argumento dedutivo. E em um argumento dedutivo as premissas implicam a conclusão.
Exemplo:
P Q Todos homens são mortais
PAristóteles é homem
Q Aristóteles é mortal
“Agora, se quiséssemos representar também a informação da conclusão, perceberíamos que não precisaríamos acrescentar nada: a informação da conclusão já estava incluída na das premissas, o que explica termos podido dizer que a passagem de umas para a outra é necessária; ou seja, não é possível que as premissas são verdadeiras e a conclusão não seja.” As razões do Direito – Manuel Atienza
Aula 3 dia 14/08/18
Continuação modelo lógico-subsuntivo 
→ é justificado dedutivamente
Premissa normativa (norma jurídica): Subtrair coisa alheia móvel → Pena 1-4 anos 
 Hipótese (P) Consequente (Q)
Premissa fática → A subtraiu B um celularPlano do deve ser
 P → esse fato concretiza o P→ se enquadrando
Conclusão → A deve ser condenado 1-4 depende da vontade de alguém → as premissas implicam a conclusão 
Exemplo clássico literatura :
Se todos homens são mortais Plano do ser/é
Se Sócrates é homem 
Sócrates é mortal 
→ Validade das premissas se transferem para conclusão → As premissas implicam a conclusão → Argumento não ampliativo, pois a conclusão implica o que já está nas premissas. 
→ “Do fato de ser válida a argumentação decorre que, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão deverá ser verdadeira; mas a própria lógica não tem como determinar ou garantir a veracidade das premissas. Se elas são ou não verdadeiras é (ou pelo menos pode ser) uma questão empiríca.” Argumentação Jurídica e Teoria do Direito – Neil MacCormick
Livros para consulta:
Karl Larentz – Metodologia da ciência jurídica / Karl Engisch – Introdução ao pensamento jurídico
→ Raciocínio jurídico segue o silogismo (tipo de raciocínio dedutivo). é silogístico mas possui ressalvas na qual esta tese é proposta por Maccormick. 
Limites e problemas desse modelo:
→ Dificilmente se encontra autores que defendam esse modelo e que ele dê conta de todo o raciocínio jurídico.
→ O problema da aplicabilidade das regras da lógica nas normas jurídicas é que elas não se aplicam às normas jurídicas → só são validas em premissas V e F
Teoria geral das normas – Hans Kelsen → aplicação das regras jurídicas é um ato de vontade → portanto, não se aplicam as regras da lógica
Livros para consulta:
Urich Kiug – Aplicação das normas da lógica nas regras jurídicas 
Neil Maccomick – Retórica e o estado do direito: uma teoria da argumentação jurídica → Capítulo dedutivismo
→ Como superar essa objeção? → Argumento da transformação → transforma a norma jurídica em uma frase descritiva. Esse argumento é você entender que as frases normativas são transformadas em frases de validez normativa. Qual a diferença entre “fumar multa 10 reais, o A está fumando, logo, tem que pagar a multa de 10 reais”, e a segunda “na FMP, existe uma regra que diz que fumar a multa é 10 reais, o A está fumando portanto é justificável determinar que o A seja condenado a pagar uma multa de 10 reais”? No segundo exemplo as frases podem ser verdadeiras ou falsas, o argumento é transformação porque eu transformo a norma, a premissa não é mais uma norma, é uma frase que afirma que uma determinada norma é válida. A premissas mesmo assim não implicam a conclusão, elas são razões que dizem qual deve ser a conclusão. Se é verdade que existe uma regra que diz “matar alguém, pena de 6 a 20 anos” e se é verdade que A matou B, essas duas premissas são razões que dizem como cada caso deve ser decidido.
● Pergunta da prova: Se pode afirmar que as premissas implicam a conclusão?
→ No raciocínio jurídico não se pode dizer que as premissas implicam na conclusão do caso porque a rigor não se pode mudar a decisão do juiz
→ As premissas dizem como vai ser a conclusão → razões de como vai ser a conclusão do caso
→ Sistema lógico-dedutivo não dá todos os passos da justificação da conclusão → por exceção do caso de uso capião. Ex: “À disposição do artigo 1.238 do código civil diz que aquele que, por 15 anos, sem interrupção nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé, podendo requerer que o juiz assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no cartório de registro de imóveis. Assim, aquele que preencher esses pressupostos, adquire a propriedade. O que essas hipóteses deixam demonstra que sempre que uma situação de fato concretiza S realiza a previsão P, vigora para essa situação de fato a consequência jurídica C. Isso significa que para cada caso P, vigora C.” Livro Colisão de Direitos Fundamentais, Argumentação e Ponderação – Anízio Pires Gavião Filho
Então: 
Subtrair coisa alheia móvel + violência (grave ameaça 4-10)
“A” subtraiu, usando um revolver, o carro de “B”.
“A” deve ser condenado. 4-10
Esse problema encobre o problema de: interpretação (1), classificação (2), prova (3), pertinência (4), injustiça (5)
Texto admite pluralidade de significados → intérprete pode retirar do texto várias normas é a questão sobre a determinação do significado a ser atribuído a norma. Pode haver divergências porque um sujeito pode interpretar que deve ser aplicado determinada premissa enquanto outro interpreta que deve ser aplicada outra.
Diretamente relacionado ao fato e a norma → depende da interpretação pois se classifica ex: furtou ou roubo é um problema atinente a você definir se o fato deve ser classificado como por exemplo, roubo ou furto. Isso está diretamente relacionado com a interpretação. Todo o procedimento de justificação da escolha da premissa tem que aparecer no raciocínio. O julgamento da subsunção deve ser justificado por meio de razões.
Problema na premissa fática As premissas fáticas devem estar suficientemente provadas, se eu afirmo que foi “A” que subtraiu a bolsa eu tenho que ter provas que essa premissa é verdadeira, se não tem prova acabou.
Como aplicar o caso se não existe uma regra? → Há de se construir a regra → Lacunas
As vezes a regra existe, mas a aplicação da regra é injusta.
 A dedução tem lugar pro raciocínio jurídico? → Não significa que o esquema lógico dedutivo não faça parte do núcleo do raciocínio → mas sim faz parte do núcleo do raciocínio jurídico 
Raciocínio jurídico: parte dedutivo pois seu núcleo é dedutivo; é silogístico, mas com reservas e qualificações; justificando os argumentos empregados no raciocínio jurídico; parte argumentativo
 Ele tem seu núcleo dedutivo, as razões de justificação podem ser colocadas em uma cadeia dedutiva de argumentos. As premissas não implicam a conclusão, elas dizem qual deve ser a norma no caso, diz como o juiz deve decidir. Se o juiz quiser decidir de maneira diferente não tem como atacar. O lugar da dedução é na chamada justificação interna. Então a rigor, quando examinamos o raciocínio temos que analisar do ponto de vista tanto da relação das premissas uma com as outras, se as premissas fundamentam a conclusão e também se cada uma das premissas elas mesmas se acham justificadas, fundamentadas e merecedoras de aceitabilidade, com isso eu quero dizer então que o raciocínio jurídico tem uma estrutura interna (porque esse é logico) e outro externo que é argumentativo.
● Questão de prova: PODE-SE AFIRMAR QUE O RACIOCÍNIO JURÍDICO É SILOGISMO?
R: Ele tem seu núcleo neste esquema, mas não resolve todos os problemas das premissas, pois é questão de interpretação. Tem a parte dedutiva e a parte argumentativa. Ocorre que o núcleo é dedutivo
4 temas interconectados:
Teoria dos princípiosRefletem sobre interpretação classificação, pertinência e injustiça
Teoria da norma (1995)
Princípio da proporcionalidade 
Teoria da argumentação (1975) 
 
 Os 4 temas serviram como inspiração para a obra de Robert Alexy “Teoria da Argumentação Jurídica”
Teoriada norma, teoria dos direitos fundamentas, teoria do direito, teoria da decisão → normas jurídicas são regras ou princípios 
Normas de direito fundamentais são princípios
Princípio da proporcionalidade é um critério ou uma regra metodológica diz como devem ser aplicadas as normas jurídicas e os princípios.
É dividido em 3 princípios parciais:
Adequação
Proporcionalidade
Ponderação
Assumindo isso a teoria da argumentação jurídica é necessária e indispensável
Teoria dos princípios
→ Com o princípio se pode fazer qualquer coisa 
→ 1967 → Autor jusfilósofo norte-americano, Ronald Dworkin, escreveu um artigo que se chama “Modelo das regras” → Ataque ao positivismo jurídico de Herbert Hart “ O conceito de Direito”, 1961 (ler) primárias
 Normas são regras → Direito dividido em regras secundárias
Regras primárias → direitos e deveres de como as pessoas devem agir
Regras secundárias → fala sobre como são feitas as regras primárias
→ não há relação de necessidade de direito e moral → são contigentes
→ Regra não condicionada a justiça
→ Conceito de direito é determinado pelo fato (tese do fato social) → aquilo que é dado e tem eficácia social
→ Em 1967, Ronald Dworkin escreveu um artigo chamado modelo das regras, depois ele foi reunido no livro levando o direto a sério. Dworkin desenvolveu e formulou o mais forte ataque ao positivismo jurídico de Herbert Hart, ataca o conceito e o direito de Hart (obra 1961). → Segundo a interpretação que Hart diz, ele diz que as normas jurídicas são estruturadas entre regras, chamadas de regras primárias e regras secundárias. As regras secundarias são regras sobre a elaboração das regras primárias. As regras primárias são as regras que estabelecem o dever ser. → Teremos a tese de que não tem ligação necessária entre direito e moral. Aqui as normas são regras e o outro ponto é que não tem razão de necessariedade de direito e moral. Para determinar a validação da regra jurídica não entra em questão o mérito desta regra, se ela está ou não conforme a moral. O conceito de direito é determinado por fato, a TESE DO FATO SOCIAL, o que é direito em determinado Estado, é aquilo que é dado conforme as regras secundárias e o que tem eficácia social. Este é o positivismo jurídico de Hart, talvez a maior expressão do silogismo jurídico saxônico.
→ Ronald Dworkin → direito romano-germânico → fala em um dos principais ataques ao positivismo de Hart por deixar de lado os princípios → estes são morais, além de serem dados e eficaz → fala que além das regras há princípios → Para ele Hart deixou de fora os princípios e isso é inaceitável para Dworkin.
Ex: Clássico exemplo que Dworkin cita para mostrar os papeis dos princípios no direito de uma decisão num tribunal de NY, que tinha que julgar o caso: Caso de um neto beneficiário do testamento do seu avô, que pleiteava receber a sua cota parte. O fato é que o avô fez o testamento deixando todos os seus bens para seu neto, único beneficiário de todo patrimônio. Antes de morrer o avô resolveu mudar o testamento, retirando o neto como beneficiário. O neto matou o avô, antes de alterar o instrumento. Desta forma, todo o patrimônio iria para o neto. O tribunal de NY decidiu em desfavor do neto com base no princípio que ninguém poderia se beneficiar da sua atitude errada. Evidenciando que além das regras têm os princípios. 
→ A moral é a fonte do direito 
Norma jurídicas regras → são aplicadas do jeito tudo ou nada / (tudo) por aplicar ao fato e ter sua aplicação caso contrário não se aplica (nada) → antinomias: colisão de regras
 Princípios → são fundamentos para decisão, dimensão de peso que não aparecem nas regras → colisão de princípios: se levam em conta o princípio com o maior peso no caso
Livro: Levando o direito a sério
 Portanto a teoria dos princípios pode se dar na teoria da norma, aonde as normas jurídicas sãos divididas em regras e princípios.
Robert Alexy → o sistema jurídico é um sistema de normas são de regras e princípios
→ Sistema jurídico só de regras não dá porque as regras são muito definidas e no direito a todo instante surgem novas situações aonde se originam as lacunas, fazendo com que haja ausência de regras para resolver as lacunas. Por “o sistema jurídico não dispor de uma regra para a decisão de um caso, o juiz está livre para valer dos critérios extrajurídicos – no modelo de sistema guiado exclusivamente por regras, o juiz somente está vinculado juridicamente por regras... O sistema jurídico constituído exclusivamente por regras não resolve e tampouco indica quais critérios devem ser seguidos para a solução do problema das chamadas lacunas de abertura.” Livro Colisão de Direitos Fundamentais, Argumentação e Ponderação – Anízio Pires Gavião Filho
“A primeira deficiência é nossa relativa ignorância do fato; a segunda é a nossa relativa indeterminação do objetivo. Se o mundo em que vivemos fosse caracterizado apenas por um número finito de aspectos e todas as suas combinações possíveis fossem por nós conhecidas, então previsões poderiam ser feitas antes de todas as possibilidades. Nós poderíamos produzir regras cuja aplicação os casos particulares nunca demandariam uma escolha posterior. Tudo poderia ser conhecido, e, para todas as coisas, já que elas poderiam ser conhecidas, algo poderia ser feito e antecipadamente especificado pela regra. Esse seria um mundo ideal para jurisprudência mecânica. Simplesmente esse não é o nosso mundo. Legisladores humanos não são capazes de reconhecer todas as combinações de circunstâncias possíveis que o futuro pode trazer.
Em resumo a derrotabilidade das regras se origina da limitação da capacidade humana em prever todas as circunstâncias relevantes e, por conseguinte, da correspondente deficiência estrutural das regras.” Razões, princípios e derrotabilidade – Carsten Bäcker 
 → Por outro lado não pode só haver princípios por haver um grau de indeterminação, por falta de regras “Um sistema de princípios puro, por outro lado, não seria a melhor solução, pois a sua alta indeterminação aniquilaria a irrenunciável exigência da segurança jurídica.” Livro Colisão de Direitos Fundamentais, Argumentação e Ponderação – Anízio Pires Gavião Filho Um sistema puro de princípios gera uma indeterminação normativa.
→ Portanto o sistema jurídico deve ter regras e princípios
 “Tanto regras quanto princípios são normas, porque ambos dizem o que deve ser... A distinção entre regras e princípios é, portanto, uma distinção entre duas espécies de normas.” - Teoria dos direitos fundamentais, Robert Alexy 
Regras: estabelecem direitos e deveres definitivos, cumpridas no âmbito e fático conforme o previsto da regra → nesse ponto é semelhante a visão de Dworking → Regras são aplicadas conforme a subsunção “Regras são normas que são sempre ou satisfeitas ou não satisfeitas. Se uma regra vale, então, deve fazer exatamente aquilo que ela exige; nem mais, nem menos. Regras contêm, portanto, determinações no âmbito daquilo que é fática juridicamente possível.” - Teoria dos direitos Fundamentais, Robert Alexy
Princípios: normas jurídicas que se cumprem em graus, a depender da situação fática e colisão com demais princípios → estabelecem direitos e deveres ideais a prima facie → são aplicadas conforme a ponderação → podem virar regra → parte do princípio da proporcionalidade → É da natureza dos princípios a colisão → Verificar qual é o princípio que vai ter precedência sobre o outro → condicionado as circunstâncias do caso “Os princípios são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas existentes. Princípios são, por conseguinte, mandamentos de otimização, que são caracterizados por poderem ser satisfeitos em graus variados e pelo fato de que a medida devido a de sua satisfação não depende somente daspossibilidades fáticas mas também das possibilidades jurídicas. O âmbito das possibilidades jurídicas é determinado pelos princípios e regras colidentes.” - Teoria dos direitos Fundamentais, Robert Alexy
 “Assim , Alexy considera as regras como mandamentos definitivos, em oposição aos princípios, que são mandamentos de otimização.” Razões, princípios e derrotabilidade – Carsten Bäcker 
Livro do sor → ler a partir da página 29
Teoria dos direitos → Robert Alexy
Aula dia 4 21/08/12
Ler livro Direitos Fundamentais – Teorias dos princípios e argumentação – Luis Afonso Heck
Teoria dos direitos fundamentais – Robert Alexy
Fichamento Capítulo 10 “Argumentando por analogia” – Retórica e o Estado do Direito – Neil NacCormick → Apresentar dia 27/11
Teoria dos princípios
Tem níveis → teoria da norma
 → teoria dos direitos fundamentais
Normas jurídicas são divididas em regrasHá uma distinção qualitativa por terem estruturas diferentes
 Princípios
Distinção forte: normas jurídicas vinculam = obrigam a todos
 Distinção fraca: graus tem generalidade
Dworkin: 
Regras são ordens ou comandos que estabelecem direitos definitivos se diferenciam dos princípios ao modo da aplicação são resultados de razões as regras são ordens e direitos definitivos a pessoa tem direito e ponto são resultados da ponderação de princípios 
Princípio norma que diz que se cumprem em graus tanto quanto possível que se dão no âmbito fático como jurídico é conforme as possibilidades fáticas como jurídicas só se sabe no caso concreto e se utiliza a ponderação por isso a existência de regras para não se precisar fazer a ponderação toda hora Ex: Lei Sus (olhar livro sor), medicamento x 
 Deve-se negar um sistema puro de normas ou de regras
Dworkin sistema jurídico composto por regras e princípios acredita na separação forte, onde esta tese diz que os princípios são argumento tão fortes quanto as regras diferentes da separação fraca (escrita por Robert Alexy que se inspirou na tese de Dworkin) fala que o princípio o tanto quanto for necessário
Regras são aplicadas na forma de tudo ou nada se aplica a ponderação e a subsunção novamente
Princípios tem fundamento para uma decisão tem dimensão de peso direito prima facie = ideal ex: direito a saúde, educação e moradia depende do caso
Ler Capitulo 3, Pagina 85-180 Teoria dos direitos fundamentais Robert Alexy = exemplifica regra e princípio
Crítica a teoria dos princípios
 Não existe a distinção entre regras e princípios nas normas jurídicas apenas existem normas jurídicas elas são aplicadas conforme as regras da interpretação (cânones) não se resumindo apenas a aplicação de ponderação e subsunção
Ralf Porscher escreveu um artigo contra a teoria dos princípios Diz que não existe distinção entre regras e princípios. Que na verdade existem normas jurídicas que são interpretadas e aplicadas pelos juízes e tribunais e que essa distinção entre regras e princípios não tem nenhum valor. → “Se Ralf Porscher está certo, então muitas das formulações da prática jurídica dos tribunais brasileiros, por exemplo, estariam assentadas em concepções equivocadas quanto ao conceito de direito – portanto, no que diz respeito a validade e existência de normas jurídicas, estrutura e modo de aplicação das normas jurídicas, e por fim, configuração e concretização de direitos fundamentais por meio de ponderação, que é um dos princípios parciais do princípio da proporcionalidade.” 
→ “As teorias dos princípios seriam mais um conjunto de teorias diferentes do que mais propriamente uma teoria dos princípios.” → “Porscher conclui que a teoria dos princípios não tem muitos méritos, fracassando em todas as suas formulações centrais.” → Portanto ele não tem razão ao criticar a teoria dos princípios → Pois ele “não acerta quando pretender que o sistema jurídico todo seja uma sistema puro de apenas regras jurídicas.” → Ele “duvida que as normas de direitos fundamentais sejam princípios. Aqui, o erro está em não compreender o caráter duplo das normas de direito fundamentais. Normas de direito fundamentais tem a estrutura de regras e princípios.” Artigo Teorias do Direito e realismo jurídico – Ana Paula Basso e Oscar Sarlo
 Um sistema puro de regras apresenta alto grau de vinculação e determinação.
 A precedência é sempre condicionada as circunstâncias do caso se forma a regra
Livro “Jurisdição constitucional” – Hans Kelsen fala em quem dever guardar a constituição 
 O problema do Brasil não está na teoria dos princípios mas como é aplicada por um juiz No Brasil existem muitas regras que são desprezadas por causa dos princípios e isso leva a insegurança jurídica, pois fica tudo nas mãos do juízes. Traz a insegurança e imprevisibilidade pois fica tudo na mão do juiz juiz pode deixar uma regra com base em um princípio, é raro, mas há exceções 
 “Regras são passíveis de ponderação.” – Humberto Ávila infla o conceito de ponderação pois seu conceito de ponderação é outro crítico a teoria dos princípios
● Problema não está na teoria dos princípios, mas como é aplicada, principalmente no Brasil (podendo ocorre na Colômbia, Equador) com a teoria dos princípios todos casos são hard cases podendo recorrer aos princípios a todo momento
Derrotabilidade de uma regra
 Exemplos de derrotabilidade de regras: Aula 5 dia 28/08/18
1ª parte – Professor Alexandre Prevedello
(continuação derrotabilidade de regras)
 Sistema jurídico brasileiro é predominantemente constituído de regras 
 Nós somos criadores e destinatários das regras para solução de um caso procuramos a razão subjacente da regra 
 Toda regra é uma generalização de caso 
 Sistema jurídico excepciona regras no momento de aplicar 
 Derrotabilidade é a não aplicação de uma regra ainda que ela seja aplicada. 
 Hart: Uma regra que termina com a expressão “a menos que “ ainda é uma regra → A expressão “A menos que” caracterizada a derrotabilidade do fenômeno jurídico → Não existe “a menos que” nos princípios. → “Portanto, quando regras são aplicadas, uma condição “a menos que” pode surgir daquelas circunstâncias que não fazem parte da condição. A regra é, então derrotada, devendo ser revisada. Um princípio nunca precisa ser revisado.” Regras, princípios e derrotabilidade – Carsten Bäcker
 Uma característica das regras é essa, elas são derrotáveis, existem razoes que podem ser apresentadas para justificar não aplicar uma regra. Uma razão, um argumento, um caso é esse: tem um princípio que justifica a não aplicação da regra. Aqui eu tenho a regra, essa regra se aplica para este fato, ela é feita abstratamente para regular esse fato aqui, essa regra é resultado da ponderação. 
Ex.: Os alemães fizeram uma regra autorizando a força aérea alemã abater uma armada comercial com um terrorista dentro, a ideia desta regra era essa, no caso de um avião sequestrado por terrorista que estava na iminência de ser lançado sobre uma comunidade, a força aérea estava, por essa lei, autorizada a abater essa aeronave. O legislador ponderou entre segurança nacional e a vida daquelas pessoas que pudessem eventualmente estar naquela aeronave, bem como aquelas pessoas que pudessem ser atingidas pela queda da aeronave e estabeleceu essa regra, portanto, toda regra é resultado de uma ponderação
 Problemas da textura aberta do direito 
 Aplicabilidade, interpretação ou hermenêutica derrotabilidade das regras mas é possível que num caso x qualquer, num fato, seja feita uma nova ponderação pelo intérprete e se conclua que não deve ser aplicada a regra em função da particularidade e da excepcionalidade da regra, no caso, porque a aplicação da regra pode se revelar injusta ou irrazoável. No geral, as regras são feitas para que as pessoas simplesmente sigam as regras sem interpretação pois os princípios são caracterizadospela sua abertura hermenêutica.
Exemplos de derrotabilidade de regras:
Você está parado no sinal vermelho e de repente estoura um roubo com tiros para todos os lados, você vai ficar parado ali? Se passar no sinal vermelho acarreta uma multa, todavia, a razão de você estar parado no sinal vermelho é a segurança no trânsito de todo mundo e havendo um tiroteio é a segurança que está em jogo, então passar no sinal vermelho está justificado.
Regra é proibido descer do ônibus enquanto ele está em movimento; essa regra foi feita visando proteger é a segurança dos passageiros. Agora, vamos aplicar essa regra num ônibus que está pegando fogo e descendo uma ladeira? Ele está em movimento então eu vou aplicar a regra porque ela diz que não pode descer enquanto ele está em movimento, contudo, eu posso justificar não aplicar a regra porque aplicá-la vai contra as próprias razões da regra que é proteger a segurança das pessoas. 
Regra matar alguém é errado “ao menos que” seja considerado legítima defesa, pois se alguém está tentando me matar eu vou agir para sobreviver.
Você está parado no sinal vermelho e de repente estoura um roubo com tiros para todos os lados, você vai ficar parado ali? Se passar no sinal vermelho acarreta uma multa, todavia, a razão de você estar parado no sinal vermelho é a segurança no trânsito de todo mundo e havendo um tiroteio é a segurança que está em jogo, então passar no sinal vermelho está justificado.
Passar no sinal vermelho para eventualmente levar alguém no hospital ou na emergência. Isto acarreta multa? Este é um caso verídico, no qual o órgão de trânsito foi mantido a multa, mas o tribunal desconstituiu a multa exatamente entendendo justificado não aplicar a regra.
Em um determinado lugar há uma regra que postula ser proibida a entrada de animais, não fazendo distinção, no entanto, chega neste mesmo local um cão que é um cão guia. Frente a isso, aplica-se a regra ou não?
 Todos esses exemplos citados acima, são casos muito particulares que podem justificar a aplicação ou a não aplicação das regras.
Portanto:
 “Derrotabilidade deve ser entendida como a capacidade de acomodar exceções. Regras em geral, tem exceções. Essas exceções não podem ser enumerados de forma conclusiva, pelo fato de que as circunstâncias que emergem dos casos futuros são desconhecidas. Logo, as regras de direito sempre exibem a capacidade de acomodar exceções, ou seja, elas são derrotáveis. Por outro lado, os princípios, por serem mandamentos de otimização, não acomodam, nesse sentido, exceções. Ao invés disso, as circunstâncias dos casos futuros, juntamente com outras condições – como, por exemplo, a colisão entre os princípios -, já estão implícitas no conceito de otimização, e são, portanto essenciais à própria aplicação do princípio. Isso significa que a utilização está necessariamente relacionada a todas circunstâncias dadas. Assim, para se aplicar um princípio é preciso otimizar – e, dessa forma, necessariamente considerar todas as circunstâncias dadas. Não pode, portanto, surgir nenhuma exceção na aplicação de um princípio. Princípios em outras palavras, não são derrotáveis.” Razões, princípios e derrotabilidade – Carsten Bäcker 
Conforme Dworking: Quando há colisões de regras há de se excluir uma do ordenamento jurídico, pois elas são válidas ou inválidas = tudo ou nada→ Quando há colisão de princípios tem que se verificar qual é o princípio que tem um peso maior no caso concreto para fundamentar a decisão a ser tomada.
Conforme Robert Alexy: princípios são aplicado mediante ponderação e regras são aplicadas mediante subsunçãoEssas são as razões pelas quais o modelo de sistema jurídico deve ser um modelo combinado de regras e de princípios. Ele carrega a força vinculante das regras e não apresenta lacunas de abertura – sempre haverá um princípio ao qual o aplicador do Direito poderá recorrer.
2ª parte – Professor Anízio Pires Gavião Filho
Tópica jurídica
Com a possibilidade da derrota das regras como fica o raciocínio jurídico?
 remete ao autor Theodor Viehweg “Tópica Jurídica” (1953)
 No primeiro momento pretendia provar que o raciocínio jurídico não poderia de jeito nenhum ser no modelo lógico dedutivo segundo Theodor esse deve ser rejeitado raciocínio jurídico deve se inspirar na tópica. Porém no segundo momento ele apenas diz que o modelo logico dedutivo é insuficiente, ou seja, acaba não o rejeitando.
 Mas o que é a tópica? A tópica é a retomada da retórica, onde a retórica é pensar no problema, pensar no caso, tentando buscar a equidade. É um discurso que remonta ao período aristotélico de que a retórica tem esse discurso de dialético, onde as premissas são axiomas. Portanto, não são verdades incontestáveis como as fórmulas das ciências exatas, etc. Mas sim as premissas seriam topoi, possuindo plausibilidade, não implicam necessariamente da conclusão, são noções abstratas como, por exemplo, a ideia de justiça e de equidade. 
 A tópica ressurge em outras áreas do conhecimento no pós guerra, não só no Direito. “As proposições tópicas têm um certo desenvolvimento em matérias como a ciência política, a sociologia, a teoria literária, a filosofia ou a jurisprudência” As razões do direito – Manuel Atienza → Assim a tópica seria como a arte do pensamento problemático ou a arte da pergunta e da resposta.
“A tópica (que ensina a examinar uma coisa sob ângulos muito diferentes; a tópica toma como ponto de partida não um primum verum = primeira verdade, e sim o verossímil= que parece verdadeiro, o sentido comum, e o desenvolve mediante um tecido de silogismos e não mediante longas deduções em cadeia).” As razões do direito – Manuel Atienza
Tópica na História:
→ A tópica é parte da retórica → Era conhecida na antiguidade por Aristóteles e Cícero → Foi a base da construção da técnica jurídica romana. → Era um domínio intelectual dos gregos e dos sofistas
 Chama o fato de que Aristóteles fazia a distinção de dois raciocínios:
Apodítico: fundado em axiomas, verdades, dogmas → Campo da verdade e da demonstração → suas premissas são axiomas Exemplo: todos os homens são mortais; Sócrates é homem; logo, Sócrates é mortal. Esse é um tipo de raciocínio apodítico (premissas descritivas).
Dialético: Premissas são pontos de vista que não são verdades mas são plausíveis, verossímeis, aceitáveis sábios/notáveis aceitam é um senso comum as premissas são aquilo que é um lugar comum → está situado no campo do opinável “São endoxas, isto é, proposições que parecem verdadeiras a todos ou aos mais sábios, e dentre estes também a todos ou à maior parte, ou aos mais conhecido ou famosos.” As razões do direito – Manuel Atienza
→ Cícero: tópica como a prática da argumentação → A tópica de Cícero teve uma influência histórica maior do que a obra de Aristóteles Desaparece a distinção entre o apodítico e o dialético “A tópica surge precisamente no campo da invenção, da obtenção de argumentos; e um argumento é, para Cícero, uma razão que serve para convencer de uma coisa duvidosa; os argumentos estão contidos nos lugares ou loci- os topoi gregos-, que são, portanto, sedes ou depósitos de argumentos; a tópica seria a arte de achar os argumentos. A formação do juízo, pelo contrário, consistira na passagem das premissas para a conclusão.” As razões do direito – Manuel Atienza Formulação de um catálogo de princípios, lugares comuns, pontos de vista que gozavam de aceitação geral.
TOPOI = SENSO COMUM Ex: valores como justiça, liberdade humana, dignidade, proporcionalidade = consenso
 lugar comum
→ Topois são formulações abstratas que você pode empregar como por exemplo, os princípios, a justiça, razoabilidade, proporcionalidade, dignidade humana, presunção de inocência. É algo que é amplamente aceito, é senso comum. A sua função é abrir espaço para a discussão do problema 
 Topoi são possibilidades de orientação. São fios condutores do pensamento e são altamente questionáveis, nunca são definitivos. São altamente questionáveis pois podem ser objeto de discussão,de debate, visto que não são verdades e não conduzem para respostas definitivas. Uma vez estabelecida as premissas, elas vão sustentar a conclusão. “dignidade humana”, “proporcionalidade”, “cuidado ao meio ambiente”, “princípio da igualdade”, “proteção da saúde” = topois.
→Tópica está no campo da invenção: da obtenção dos argumentos → Nessa teoria o argumento seria a razão para convencer de uma coisa duvidosa. → Ou seja, a tópica é a arte de achar os argumento → No mundo jurídico, a tópica caracterizou o estilo de pensamento dos pré-glosadores, glosadores e pós-glosadores. → Na Roma antiga e Idade Média: direito é tópico. Ex: Ius Civile Romano, sendo o seu objeto central a coleção de regras (topoi). → Os tópicos eram legitimados quando aceitos pelos homens notáveis (senso comum era baseado em cima da noção desses homens)
 Código de Napoleão temos a primeira sistematização do direito → extinguindo a retórica e a tópica → colocar o direito dentro do sistema → direito é lei → sistema vai dar a resposta do caso → função do juiz era de executar a lei (juiz boca de lei)→ descobrir a intenção do legislador → lei deveria ser simples e qualquer pessoa poderia aplicar →Assim o raciocínio jurídico funcionava: fato + norma = conclusão → esse modelo de direito perdurou até os anos 50 Nessa época o raciocínio jurídico era baseado na lógica clássica, no silogismo.Escola da Exêgese
2ª grande sistematização → Código civil alemão, 1896 BGB
 Viehweg, na sua obra propõe uma retomada da retórica com a tópica tópica faz parte da retórica → propõe de modo muito objetivo e claro uma reação à ideia de que o raciocínio jurídico ou o método de interpretação e aplicação do direito é logico dedutivo → reacionando o pensamento jurídico sistemático racionalista → assim retomando a retórica, a reabilitação da chamada racionalidade.
→ A tópica se apresenta como a arte do pensamento problemático, ela propõe uma reabilitação da dialética, do estudo e análise dos argumentos. Ela destaca que o foco não deve estar no sistema mas no problema do caso. Ela se apresenta como uma busca do razoável e do justo, o intérprete aplicador do direito não deve se preocupar/ocupar de tentar achar a solução de um caso a partir das normas jurídicas, da aplicação reta das normas jurídicas, mas sim deve buscar entender as particularidades do caso e buscar uma solução justa aqui e agora para o caso a partir de pontos de vista, de senso comum, (topoi) daquilo que é lugar comum. 
→ A tópica passa a ser entendida como a arte de buscar as premissas, que nas escolhas das premissas é que entra a tópica, e que a lógica tem lugar mas o papel dela é de simplesmente verificar se as premissas justificam a conclusão. 
“A tópica é uma busca e exame de premissas: o que a caracteriza é ser um modo de pensar no qual a ênfase recai nas premissas, e não nas conclusões.” As razões do direito – Manuel Atienza
 Sempre se propõe a resolver um aporia (problema com várias respostas, ou que não tem uma resposta clara e inequívoca, para qual deve ser encontrada uma solução) resolve com topoi → Aporia fundamental da disciplina jurídica: o justo aqui e agora
 Problema está no caso deve achar uma solução justa aqui e agora → Enfâse da solução estaria nas premissas e não na conclusão.
Ler Karls Larents → Metodologia da ciência jurídica
Ler Klaus Wilhem Canaris → Introdução ao pensamento sistemático → apresentação do livro ao jurista português Menezes Cordeiro → no final tem vários apontamentos da tópica jurídica
→ o foco do direito não está no sistema, mas sim o foco deve estar no caso ou no problema → Formulações da tópica → quando se há mais de uma solução para o caso comum se aplica os topoi (senso comum) 
→ valores passam a ser incorporadas na constituição → passando a ser normas constitucionais → princípios são direito positivo → nessa época os juízes aplicavam o direito infraconstitucional = constituição só servia para organizar o ordenamento jurídico → não era a lei maior → ligado ao particularismo
 Em suma, os pressupostos da tópica de Viehweg seriam esses 3: 
(1) “a estrutura total do direito somente pode ser determinada a partir do problema.” Todas as formulações, conceitos, interpretação tem como ponto de partida o problema, e só podem ser compreendidos a partir dele. Tudo gira em torno do problema (que é o caso que tem mais de uma resposta). As partes constitutivas do Direito, seus conceitos e as proposições, devem estar relacionadas ao problema e somente podem ser compreendidos a partir do problema A aporia fundamental é o problema de determinar o que é o justo aqui e agora;
(2) antissistemática, ou seja, a tópica é contrária à ideia de sistema. O ponto de partida é o problema, enquanto para o pensamento sistemático, o problema seleciona o sistema;
(3) antilogicismo, ou seja, o mais importante, para a tópica, é o momento pré-lógico, que é o momento da busca das premissas. Diz que a lógica tem o seu papel, mas não é o mais importante.
Críticas da tópica
 “Todas as noções básicas da tópica são extremamente imprecisas e, inclusive, equívocas.” “Noção de problema é excessivamente vaga.”
→ A tópica não consiste em uma teoria da argumentação jurídica → não tem contribuição decisiva “Obviamente a tópica por si só não pode dar uma explicação satisfatória sobre a argumentação jurídica.” As razões do direito – Manuel Atienza
 Ela é insegura, abstrata e irracional porque remete que devemos nos basear nos topois, ou seja em coisas que não são verdades exatas.
 A tópica não deixa claro como deve ser a relação entre os topois e as normas jurídicas, simplesmente sugere. Ela não especifica o que deve ser feito, ela é a assistemática, diz o que se deve fazer mas faltam elementos.
→ falta de clareza dos seus conceitos → conceito de problema é trivial → não apresenta critérios para resolver o problema da falta de hierarquia entre os topois 
 Devido à falta de hierarquia entre os topois, “a resolução para uma mesma questão, seria necessário utilizar de tópicos diferentes, que levariam também a resultados diferentes.”
 O grande problema é a margem, o espaço de liberdade na interpretação do direito. Falta a apresentação de critérios, as razões pelas quais.
“O problema, naturalmente, não consiste em fazer proclamações vazias sobre a justiça, e sim criar algum tipo de método - ou pelo menos algum elemento de controle - que permite a discutir racionalmente as questões de justiça.” As razões do direito – Manuel Atienza
 Por todas as coisas abstratas serem topois acaba por trazer uma certa irracionalidade para o direito. Ex: justiça e princípio da dignidade humana são topois.
→ Como não oferece critérios de racionalidade, gera insegurança jurídica devido a subjetividade. Ex: topoi = liberdade de expressão → aplicar a regra ou o topoi?
→ não esclarece em nenhum momento o papel do direito positivo Topois devem ou não estar positivados, como ele se relaciona com a legislação. não esclarece o papel da lei positiva, visto que o juiz buscaria o justo com base nos topoi, no senso comum. A tópica não esclarece a relação entre a legalidade e os topoi. O pensamento problemático é uma reação a vinculações, ou seja, rejeita prevalência e vinculação da lei na solução de problemas jurídicos.
 A grande crítica, é que Viehweg não deixa claro quando dois topois colidem. Ex: dignidade humana vs liberdade de trabalho Não explicando qual o critério e qual topoi deve ser superior a outro. 
→ Autor começa a entrar em contradição
 A tópica não tem uma base forte, a base forte está justamente no modelo qual ela julga insuficiente (lógica, direito positivo, lei).
 Reduz a compreensão das ciências humanas e exatas, na qual para Viehweg as ciências humanas não possuem lógica.
 “Definitivamente, não proporciona uma resposta ... para a questão central da metodologia jurídica, que não é outra senão a da racionalidade da decisão jurídica.” As razões do direito – Manuel Atienza
 Ainda, a tópica acerta quando fala do caráter dialético do raciocínio jurídico. O todo do raciocíniotem o núcleo lógico, então uma parte é lógica (de verificação, se as premissas fundamentam a conclusão), e outra parte é argumentativa/persuasiva/retórica, que é a questão da justificação de cada uma das premissas. 
 “A obra de Viehweg e contém algo importante: a necessidade de raciocinar também onde não cabem fundamentações conclusivas, e a necessidade de explorar, no raciocínio jurídico, os aspectos que permanecem ocultos se examinados de uma perspectiva exclusivamente lógica.” “O mérito fundamental de Viehweg não é ter construído uma teoria, e sim ter descoberto um campo para a investigação.” As razões do direito – Manuel Atienza 
 Portanto, a tópica é o ponto de partida (deu sua contribuição) para a argumentação jurídica, mas não foi adiante. Ela enxergou os problemas do silogismo, mas tem uma série de problemas que não resolve (nem o silogismo nem a tópica bastam completamente para o raciocínio jurídico). 
Aula 8 dia 04/09/18
Nova Retórica
“É o estudo das técnicas discursivas que visam a provocar ou a intensificar a adesão de certo auditório às teses apresentadas.” Lógica Jurídica – Chaïm Perelman 
“Tratado da Argumentação” → Quem desenvolveu essa teoria foi Chaïm Perelman nessa obra propõe uma reabilitação da razão prática (argumentação): 
a) Razões práticas → juízos de valor e de dever que são passíveis de uma
justificação racional, ou seja, o que é certo, o que é errado, o que é bom, o que
é mau etc.
b) Razões teóricas → as premissas são axiomas (verdades) que podem ser
comprovados empiricamente, significa que é uma questão de verificação
empírica. Esse é o campo das ciências exatas (ou naturais).
 No raciocínio prático nós não temos como provar a verdade do que é afirmado. É uma questão de aceitabilidade e razoabilidade, pois não tem como provar com dados subjetivos. A única coisa que temos são argumentos que podemos apresentar que podem ser aceitos mas não provados.
→ 1958, Livro de Perelmann em parceria com Olbrechts-tyteca, conhecido como “Nova Retórica” → Nova retórica alarga juízos de dever (racionalidade) e valor (bom, justo, certo, correto e objetividade) 
→ juízos de valor → não passíveis de verdade → são subjetivos não podendo discutir objetivamente e racionalmente
→ Caminho que permite falar desses juízos é a argumentação → coisa certa a se fazer → são caminhos de racionalidade
→ Argumentação é racional
→ Exemplo de coisas que podem ser discutidas de modo racional. Ex: filme, livro, restaurante, aula professora → ou se atribui que tal coisa é boa ou ruim, portanto podemos justificar com argumentos 
→ Permalman fala sobre → alargar a razão → razão de uma discussão sobre juízos de valor e dever → nós colocamos valores em deveres ideia de Perelman é que juízos de dever e os juízos de valor, são passíveis de racionalidade. Esta é a ideia de alargar a razão. A ideia central é isso, pressupõe a ideia de alargar a razão, é para superar a ideia que as instruções em torno de juízos de dever e juízos de valor não eram passíveis de verdade. 
 Prega que a racionalidade é argumentação. O bom, o certo, o justo, o correto pode ser discutido de maneira racional, o contrário disso é o relativismo, o emotivismo, o determinismo, que não tem cabimento pretender discutir de modo racional um juízo de valor. 
→ Propõe uma distinção entre demonstração e argumentação:
Demonstração: Ex: mancha vermelha no chão se discute se é sangue ou tinta → há uma perícia com apresentação de prova e evidências = provas empíricas
Se a ciência coloca que sangue:
Sangue → 1,2,3,4,5 (V)
Mancha → 1,2,3,4,5 (V)
Mancha → sangue
Argumentação: é uma atividade linguística que uma pessoa chama de falante dirige a um auditório afim de ter uma adesão e influir o auditório → ter uma aceitação → SEMPRE SE DÁ EM FUNÇÃO DO AUDITÓRIO
Ex: A deve ser condenado = é um juízo de dever
Matar alguém. Pena 6-20 anos Depende do auditório
A matou B = depende de provas
A deve ser condenado. 6-20 anos
→ Todas discussões do que é correto/ justo ou errado → não se resolve com provas porque são questões teóricas
Demonstração → depende de → provas
Argumentação → depende do → auditórioUniversal → auditório ideal→ usar do convencimento → melhores argumentos → é presumido → constituído por todas pessoas normais dotadas de capacidade argumentativa → esse auditório é no sentido figurado, não existe concretamente, é ideal → todas pessoas do mundo 
 
Auditório 
Particular → concreto/ real / existe → grupo de pessoas concretas → a adesão do discurso pode ser feita de todas/diversas maneiras independentemente de racionalidade → não é parâmetro para a racionalidade da argumentação → entra a demagogia pois se usa a persuasão → discurso estratégico/vazio → o que importa é a efetividade do auditório, seu resultado → lida com a emoção
 O objetivo do falante é alcançar esse auditório, portanto, existem algumas exigências
como: a linguagem precisar ser comum (o falante deve compartilhar a linguagem se não ele não vai conseguir ter adesão do auditório porque ele precisa que o auditório concorde com as premissas do raciocínio); o falante deve conhecer o auditório (ele deve adaptar o seu discurso ao auditório). Existem estratégias argumentativas. “A adaptação ao auditório não se refere somente a questões de linguagem, pois não basta que o auditório compreenda o orador para que dê sua decisão às teses que este apresenta a seu assentimento. Para persuadir o auditório é necessário primeiro conhecê-lo, ou seja, conhecer as teses que ele admite de antemão que poderão servir de gancho à argumentação. É importante não só conhecer quais são as teses admitidas pelos ouvintes que fornecerão à argumentação seu ponto de partida, mas também intensidade da adesão do auditório.” Lógica Jurídica – Chaïm Perelman
 Quanto mais fortes forem os argumentos, melhor justificada será a conclusão. Tudo se
resolve com argumentos, com o poder de argumentação do falante. A questão aqui é de
convencimento ou persuasão.
 A rigor a argumentação, só é racional quando ela é tão boa que é capaz de obter adesão de todo auditório universal (convencimento). Quando ela é capaz de obter adesão de só uma parte das pessoas ela é persuasiva. Convencimento difere de persuasão porque na persuasão apenas uma parte das pessoas aceitaram o argumento (particular ou individual), e no convencimento é quando todas as pessoas concordam.
 “Uma argumentação persuasiva ou convincente pode dirigir-se a qualquer auditório que seja, trate-se de estudiosos de ignorantes, trata-se de uma única pessoa, de um pequeno grupo ou da humanidade inteira. Argumenta-se também consigo mesmo, numa deliberação íntima. Ocorre também que o mesmo discurso possa dirigir-se simultaneamente a diversos auditórios; o orador pode, em um discurso no Parlamento, subdividir seu auditório em tantos elementos quantos forem os partidos políticos; pode procurar ganhar para sua causa a opinião pública nacional ou internacional, que não reagiram necessariamente da mesma forma a cada um de seus argumentos.” Lógica Jurídica – Chaïm Perelman
→ A argumentação é racional quando ela é capaz de obter a adesão do auditório universal → suas teses são fundamentadas e todas pessoas podem aceitar e entender os argumentos = auditório
→ Tópica entra aqui → Topoi (senso comum) entra como elemento da atividade argumentativa
→ Alguns autores usam a palavra persuasão racional que seria a argumentação → a decisão de uma julgamento depende como a argumentação é feita → é admitida as duas situações de se utilizar a persuasão ou convencimento → sempre depende do discurso e argumentação
Capítulo X – Livro Ética
→ Nova retórica teve uma expressão importante no pós-guerra → é importante a possibilidade de justificar de modo racional como juízos de valor 
Críticas a nova retórica:
 A nova retorica de Perelman não cumpre aquilo que se propôs, esse é o ponto, um parâmetro para a racionalidade é o auditório universal, é ambíguo, falho. A rigor não temos um critério seguro parachegar a um discurso racional que vá chegar a aceitação universal. há ausência de clareza e critérios
 Um dos pontos centrais da nova retórica é a ausência de clareza no seu conceito decisivo. Não tem como utilizar como um parâmetro para a aceitabilidade de uma argumentação e que fulmina qualquer pretensão de levar a sério a nova retórica como teoria da argumentação. 
 Alguns autores falam que o conceito universal de Perelman não oferece um critério, renuncia completamente. O parâmetro da racionalidade da nova retórica que é o auditório universal, fracassa, pois diferentes concepções e valores é o que terá. 
 “Perelman não oferece nenhum esquema que permita uma análise adequada dos argumentos jurídicos - dos diversos tipos de argumentos jurídicos - nem do processo de argumentação, embora, evidentemente, em sua obra apareçam sugestões de interesse inquestionável .” As razões do direito – Manuel Atienza
 A grande crítica nova retórica é que ela é ambígua e “inútil” porque o maior problema dela está no conceito de auditório universal, esse conceito não é seguro porque esse critério é considerado inexistente pois é uma utopia, uma idealização, porque o argumento nunca vai ser universal, ou seja não vai conseguir argumentar perante todas as pessoas do universo. Essa ideia de convencimento dele é um ideal que nunca vai acontecer de fato; ou seja para ele o argumento só é racional se atinge a todos, entretanto nunca vai atingir a todos, sendo assim nunca será racional. Pode-se dizer que o auditório universal perelmaniano é, mais que um conceito cuidadosamente elaborado, apena uma intuição feliz.
Contribuição para TAJ:
 “A importância da obra de Perelman, reside essencialmente em seu objetivo de reabilitar a razão prática, ou seja, de introduzir algum tipo de racionalidade na discussão de questões concernentes à moral, ao direito, à política, etc., que venha significar algo assim como uma intermediário entre a razão teórica (a das ciências lógico-experimentais) e a pura e simples irracionalidade. Além disso, a sua proposta se caracteriza não só pela amplitude com que concebe a argumentação, como também porque leva em conta os raciocínios práticos tal e como eles ocorrem na realidade. Sua tese antecipa elementos essenciais de outras teorias da argumentação.” As razões do direito – Manuel Atienza
 O ponto positivo é chamar a atenção para nosso próximo tema que é a lógica racional. Perelman destaca de forma positiva que a judicialização dos juízos de valor e de dever, se dariam por um outro tipo de lógica, que não a lógica clássica. Na nova retórica Perelman diz que é um novo tipo de lógica. 
 Tem uma contribuição importante, a nova retorica de Perelman, mas é uma contribuição histórica.
Perlmann → 1976, “ Lógica Jurídica” → pontos bem importantes de Taj → Traços + danos de uma TAJ
Lógica Informal
Alec Fischer → “ Lógica dos argumentos verdadeiros”
→ Não é outra coisa do que a aplicação das regras da lógica nos argumentos em língua natural 
→ Lógica informal → Argumento
→ Argumentos pressupõe que haja relação entre as premissas Dedutivo → não ampliativo → conclusão explicita (tautológica), o dito antes nas premissas → se as premissas são verdadeiras, necessariamente conclusão é sempre verdadeira → depende da força das premissas → ou é válido ou inválido, corretos ou incorretos→ Conclusão só explicita o que já foi dito
 
Argumento 
Indutivo → ampliativo → a conclusão vai além do dito das premissas, por isso é ampliativa pois amplia o conteúdo das premissas → tem graus de poder, força → ou são mais fortes ou menos fortes, a informação vai além das premissas → a verdade das premissas não implica a verdade da conclusão, mas sim a probabilidade de que a conclusão seja igualmente uma verdade → quanto mais forte as premissas, mais fortemente justificada a conclusão 
Exemplos de dedutivos vs indutivos:
Todos alunos FMP são geniais.
A é aluno FMP
A é genial.
Conclusão é verdadeira. → Argumento Dedutivo → Premissas dão apoio absoluto à conclusão.
Todos os alunos da FMP que conheço são geniais.
A é aluno da FMP
A é genial.
Conclusão é provavelmente verdadeira → Argumento Indutivo → Ela amplia, só posso afirmar se conheço todos os alunos da FMP → Conclusão vai além das premissas
→ No entanto, há argumentos indutivos e dedutivos inválidos → Falácia é um argumento logicamente incorreto pois viola as regras da lógica que normalmente se toma como correto caso não se tenha cuidado, seja por erro lógico ou por intenção maliciosa. 
Generalização = argumentação falaciosa precipitada → problema na amostragem → dados insuficientes → depende da força das premissas
→ A validade de um argumento depende exclusivamente da forma → posso formular um argumento válido com premissas falsas. → Validade de um argumento depende de sua forma de sua estrutura
→ Correção do argumento → depende que as premissas sejam verdadeiras e que a conclusão seja verdadeira
Formas de argumentos dedutivos:
→ O silogismo é um argumento do tipo dedutivo. → Costuma se dizer que o argumento silogístico possui 3 termos: O termo maior, que é o predicado da conclusão (no exemplo, de Sócrates o termo maior é “mortal”); o termo médio não aparece na conclusão, mas nas premissas, aparece uma vez em cada uma das premissas (no exemplo, de Sócrates o termo médio é “homem”); termo menor é o sujeito da conclusão (no caso, “Sócrates”) → Um termo pode se achar distribuído ou não distribuído. Um termo está distribuído se afirma alguma coisa sobre cada um e todos os membros da classe à qual designa. A proposição “todas as baleias são mamíferos” diz algo sobre todas as baleias, mas nada sobre os mamíferos. O termo “baleias” (sujeito) está distribuído e o termo “mamíferos” (predicado) não está distribuído. 
→ Silogismo é categórico, pois todas as frases são categóricas. O Que são proposições categóricas? Universal afirmativa: todos os cavalos têm cinco patas. Universal negativa: nenhum cavalo tem cinco patas. Particular afirmativa: alguns cavalos têm cinco patas. Particular negativa: alguns cavalos não têm cinco patas. 
A forma válida é a afirmação do antecedente e a forma inválida é a negação do antecedente.
P → QArgumento válido: afirmação do antecedente (P)
P
Q 
P → QArgumento inválido: argumento falacioso → negação do antecedente (NP)→ afirmar o antecedente é a forma correta (P)
NP
NQ
Se estudar vou ser aprovado P → QArgumento inválido: falácia de afirmação do consequente (Q)
Fui aprovado Q 
Logo, estudei P
Se estudar vou ser aprovado. P → QArgumento válido: da afirmação do antecedente (P)
Eu estudei. P
Logo, fui aprovado. Q
Se estudar vou ser aprovado. P → QArgumento válido: negação do consequente (NQ)
Não fui aprovado NQ
Logo, não estudei. NP
Se estudar vou ser aprovado P → Q Argumento inválido: falácia da negação do antecedente (NP)
Não estudei. NP
Logo, não fui aprovado NQ
Forma válida vs. Forma inválida
Pode se negar o consequente (NQ). Pode afirmar o consequente. (Q) 
Pode se afirmar o antecedente (P). Pode negar o antecedente. (NP)
Aula 9 dia 11/09/18
Continuação lógica informal
→ Se não tem relação mútua entre as premissas e a conclusão não se tem um argumento
Ler livro “A coisa certa a se fazer”, James Rachels → capítulo 12
Distinção entre correção lógica de um argumento e a validade do argumento:
→ Quando as premissas implicam a conclusão → o argumento pode ser válido e ter desconformidade com as regras da lógica; logicamente correto / legítimo ou correto é quando o argumento é materialmente correto → melhor

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