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ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO, Cap. 1 - Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia

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ORGANIZAÇÃO DO 
CORPO HUMANO
Você está começando uma fascinante exploração do corpo humano, em que aprenderá como ele está organizado e como funciona. 
Inicialmente, você será introduzido às disciplinas científicas de 
anatomia e fisiologia. Serão considerados os níveis de organização que 
caracterizam os seres vivos e as propriedades que todos compartilham. 
A seguir, examinaremos como o corpo está constantemente regulando 
seu ambiente interno. Esse processo incessante, denominado 
homeostasia , é um tema importante em todos os capítulos deste 
livro. Estudaremos, também, como os vários sistemas individuais que 
compõem o corpo humano cooperam entre si para manter a saúde 
como um todo. Finalmente, estabeleceremos um vocabulário básico 
que nos permita falar sobre o corpo da maneira como é compreendido 
pelos cientistas e pelos profissionais da saúde.
 
C A P Í T U L O 1
1.1 Definição de anatomia e fisiologia
 O B J E T I V O
• Definir anatomia e fisiologia.
As ciências da anatomia e da fisiologia são o fundamento 
para a compreensão das estruturas e das funções do cor-
po humano. Anatomia é a ciência da estrutura e de suas 
relações. Fisiologia é a ciência das funções do corpo, isto 
é, como as partes do corpo atuam. Como a função nunca 
está completamente separada da estrutura, entendemos 
melhor o corpo humano estudando a anatomia e a fisiolo-
gia em conjunto. Veremos como cada estrutura do corpo 
está projetada para cumprir uma função específica e como 
a estrutura de uma parte determina, com frequência, as 
funções que consegue desempenhar. Os ossos do crânio, 
por exemplo, são fortemente unidos para formar um invó-
lucro rígido que protege o encéfalo. Os ossos dos dedos, 
em contraste, são mais livremente unidos, para permitir 
o desempenho de uma variedade de movimentos, como 
virar as páginas deste livro.
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 1. Qual é a diferença básica entre anatomia e 
fisiologia?
 2. Exemplifique como a estrutura de uma parte do 
corpo está relacionada com sua função.
1.2 Níveis de organização 
e sistemas do corpo
 O B J E T I V O S
• Descrever a organização estrutural do corpo humano.
• Delinear os sistemas do corpo e explicar como se 
relacionam entre si.
As estruturas do corpo humano estão organizadas em vá-
rios níveis, do mesmo modo como estão organizadas as 
letras do alfabeto, as palavras, as frases, os parágrafos 
e assim por diante. Estão listados aqui, em ordem cres-
cente, os seis níveis de organização do corpo humano: 
químico, celular, tecidual, de órgãos, de sistemas e de 
organismo (Fig. 1.1).
 
1
 
O nível químico inclui átomos, as menores unida-
des da matéria que participam das reações químicas, 
e moléculas, constituídas por dois ou mais átomos 
unidos. Os átomos e as moléculas podem ser com-
parados às letras do alfabeto. Determinados átomos, 
como carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), 
nitrogênio (N), fósforo (P) e outros, são essenciais 
para a manutenção da vida. Os exemplos conhecidos 
de moléculas encontradas no corpo são o DNA (áci-
do desoxirribonucleico), material genético transmi-
tido de uma geração para outra; hemoglobina, que 
transporta o oxigênio no sangue; glicose, comumen-
te conhecida como açúcar do sangue; e vitaminas, 
necessárias para uma variedade de processos quími-
interrompe a homeostasia 
por meio do aumento ou 
da diminuição de uma
que é acompanhada 
pelos
que enviam impulsos 
nervosos ou sinais 
químicos para um
que recebe o influxo 
e fornece impulsos 
nervosos ou sinais 
químicos para
que provocam 
uma mudança ou
Retorno à 
homeostasia 
quando a resposta 
leva a condição 
controlada de volta 
ao normal
ESTÍMULO
CONDIÇÃO CONTROLADA
RESPOSTA que altera
a condição controlada
RECEPTORES
CENTRO DE CONTROLE
EFETORES
_Livro_Tortora_CH.indb 1_Livro_Tortora_CH.indb 1 15/09/16 11:2815/09/16 11:28
2 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
cos. Os Capítulos 2 e 20 dão ênfase ao nível químico 
de organização.
 
2
 
As moléculas se combinam para formar as estrutu-
ras do nível seguinte de organização – o nível celu-
lar. Células são as unidades estruturais e funcionais 
básicas de um organismo. Assim como as palavras 
são os menores elementos da linguagem, as células 
são as menores unidades vivas no corpo humano. 
Entre os numerosos tipos de células no corpo estão 
células musculares, nervosas e sanguíneas. A Fi-
gura 1.1 mostra uma célula muscular lisa, um dos 
três tipos diferentes de células musculares no corpo. 
Como será visto no Capítulo 3, as células contêm 
estruturas especializadas, denominadas organelas, 
como o núcleo, as mitocôndrias e os lisossomos, que 
desempenham funções específicas.
 
3
 
O nível tecidual é o nível seguinte de organização 
estrutural. Tecidos são grupos de células e materiais 
adjacentes que trabalham juntos para desempenhar 
uma função específica. As células se unem para for-
6
3
4
5
1 NÍVEL QUÍMICO
Átomos (C, H, O, N, P)
2 NÍVEL CELULAR
Molécula (DNA)
Célula muscular lisa
Tecido muscular liso
NÍVEL DE ORGANISMO
NÍVEL DE SISTEMAS
Boca
Fígado
Vesícula biliar
Intestino grosso
Esôfago
Intestino delgado
Pâncreas
(atrás do estômago)
Estômago
Sistema digestório
Estômago
Tecido epitelial
Tecidos
conectivo
e epitelial
NÍVEL DE ÓRGÃOS
NÍVEL TECIDUAL
Camadas
de tecido
muscular liso
Faringe
Glândula salivar
Qual nível de organização estrutural geralmente tem uma forma reconhecível e é composto por dois ou mais tipos de 
tecidos diferentes que têm uma função específica?
Figura 1.1 Níveis de organização estrutural no corpo humano.
Os níveis de organização estrutural são químico, celular, tecidual, de órgãos, de sistemas e de organismo.
_Livro_Tortora_CH.indb 2_Livro_Tortora_CH.indb 2 15/09/16 11:2815/09/16 11:28
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 3
mar os tecidos, do mesmo modo que as palavras são 
colocadas juntas para formar as frases. Os quatro ti-
pos básicos de tecidos em seu corpo são tecido epite-
lial, tecido conectivo, tecido muscular e tecido ner-
voso. As semelhanças e diferenças entre os diferentes 
tipos de tecidos são o foco do Capítulo 4. Observe, 
na Figura 1.1, que o tecido muscular liso consiste em 
células musculares lisas fortemente compactadas.
 
4
 
No nível de órgãos, os diferentes tipos de tecidos 
se unem para formar as estruturas do corpo. Órgãos 
geralmente apresentam uma forma reconhecível, são 
compostos por dois ou mais tipos de tecidos diferen-
tes e têm funções específicas. Os tecidos se unem 
para formar os órgãos, semelhante ao modo como as 
frases são agrupadas para formar os parágrafos. São 
exemplos de órgãos, o estômago, coração, fígado, 
pulmões e encéfalo. A Figura 1.1 mostra os diversos 
tecidos que constituem o estômago. A túnica serosa 
é uma camada em torno da face externa do estôma-
go, protegendo e reduzindo o atrito quando se move 
e resvala contra outros órgãos. Abaixo da túnica se-
rosa estão as camadas de tecido muscular liso, que 
se contraem para agitar e misturar o alimento, em-
purrado para o próximo órgão digestório, o intestino 
delgado. O revestimento mais interno do estômago é 
uma camada de tecido epitelial, que produz fluido e 
substâncias químicas que auxiliam na digestão.
 
5
 
O próximo nível de organização estrutural no cor-
po é o nível de sistemas. Um sistema consiste em 
órgãos relacionados que têm uma função comum. 
Os órgãos se unem para formar sistemas, seme-
lhante ao modo como os parágrafos são agrupa-
dos para formar capítulos. O exemplo mostrado na 
Figura 1.1 é o sistema digestório, que decompõe e 
absorve moléculas no alimento. Nos capítulos se-
guintes, exploraremos a anatomia e a fisiologia de 
cada sistema do corpo. A Tabela 1.1apresenta os 
componentes e as funções desses sistemas. À medi-
da que estudamos os sistemas do corpo, descobri-
remos como funcionam em conjunto para manter 
a saúde, protegendo contra doenças e permitindo a 
reprodução da espécie.
 
6
 
O nível de organismo é o maior nível de organiza-
ção. Todos os sistemas do corpo se combinam para 
constituir um organismo, isto é, um ser humano. 
Os sistemas se unem para formar um organismo do 
mesmo modo como os capítulos são unidos para for-
mar um livro.
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 3. Defina os seguintes termos: átomo, molécula, 
célula, tecido, órgão, sistema e organismo.
 4. Recorrendo à Tabela 1.1, responda: quais sistemas 
do corpo ajudam a eliminar resíduos?
TABELA 1.1
Componentes e funções dos 11 principais sistemas do corpo humano
1. TEGUMENTO COMUM (CAPÍTULO 5) 2. SISTEMA ESQUELÉTICO (CAPÍTULOS 6 E 7)
Componentes: Pele e estruturas 
associadas, como pelos, unhas e 
glândulas sudoríferas e sebáceas
Funções: Ajuda a regular a 
temperatura corporal; protege o 
corpo; elimina alguns resíduos; 
ajuda a produzir vitamina D; 
detecta sensações, como tato, 
pressão, dor, calor e frio
Pelos
Pele e
glândulas
associadas
Unhas
das mãos
Unhas
dos pés
Componentes: Ossos e 
articulações do corpo e 
cartilagens associadas
Funções: Sustenta e protege 
o corpo; fornece uma área 
específica para fixação muscular; 
auxilia nos movimentos 
corporais; armazena células que 
produzem as células sanguíneas 
e armazena minerais e lipídeos 
(gorduras)
Osso
Cartilagem
Articulação
(CONTINUA)
_Livro_Tortora_CH.indb 3_Livro_Tortora_CH.indb 3 15/09/16 11:2815/09/16 11:28
4 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
TABELA 1.1 (CONTINUAÇÃO)
Componentes e funções dos 11 principais sistemas do corpo humano
3. SISTEMA MUSCULAR (CAPÍTULO 8) 4. SISTEMA NERVOSO (CAPÍTULOS 9 A 12)
Componentes: Refere-se 
especificamente ao tecido 
muscular esquelético que, em 
geral está fixado a ossos (outros 
tecidos musculares incluem o liso 
e o cardíaco)
Funções: Participa na produção 
de movimentos corporais como 
caminhar; mantém a postura; e 
produz calor
Músculo
esquelético
Tendão
Componentes: Encéfalo, medula 
espinal, nervos e órgãos dos 
sentidos especiais, como os olhos 
e as orelhas
Funções: Regula as atividades 
corporais por meio de impulsos 
nervosos, detectando mudanças 
no meio ambiente, interpretando 
e respondendo, mediante 
contrações musculares ou 
secreções glandulares Nervo
Medula
espinal
Encéfalo
5. SISTEMA ENDÓCRINO (CAPÍTULO 13) 6. SISTEMA CIRCULATÓRIO (CAPÍTULOS 14 A 16)
Componentes: Todas as glândulas e tecidos que produzem substâncias 
químicas reguladoras das funções do corpo, denominadas hormônios
Funções: Regula as atividades do corpo, por meio de hormônios 
transportados pelo sangue até os diversos órgãos-alvo
Componentes: Sangue, coração e vasos sanguíneos
Funções: O coração bombeia sangue por meio dos vasos sanguíneos; 
o sangue conduz oxigênio e nutrientes para as células e retira dióxido 
de carbono e resíduos das células, e ajuda a regular acidez, temperatura 
e conteúdo hídrico dos fluidos corporais; os componentes do sangue 
auxiliam na defesa contra doenças e no reparo de vasos sanguíneos 
danificados
Ovário
(mulher)
Pâncreas
Glândula
tireoide
Testículo
(homem)
Glândula
suprarrenal
Glândula pineal
Hipófise
Hipotálamo
Glândula
tireoide
Vista
anterior
Glândulas
paratireoides
Vasos
sanguíneos:
Artéria
Veia
Coração
(CONTINUA)
_Livro_Tortora_CH.indb 4_Livro_Tortora_CH.indb 4 15/09/16 11:2815/09/16 11:28
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 5
TABELA 1.1 (CONTINUAÇÃO)
Componentes e funções dos 11 principais sistemas do corpo humano
7. SISTEMA LINFÁTICO E IMUNIDADE (CAPÍTULO 17) 8. SISTEMA RESPIRATÓRIO (CAPÍTULO 18)
Componentes: Líquido linfático (linfa) e vasos linfáticos; baço, timo, 
linfonodos e tonsilas; células que executam as respostas imunes 
(células B, células T e outras)
Funções: Retorna proteínas e líquido para o sangue; transporta 
lipídeos do trato gastrintestinal para o sangue; contém locais de 
maturação e proliferação de células B e células T, que protegem contra 
os micróbios patogênicos
Componentes: Pulmões e vias respiratórias, como faringe, laringe, 
traqueia, brônquios e bronquíolos nos pulmões
Funções: Transfere o oxigênio do ar inalado para o sangue e o dióxido 
de carbono do sangue para o ar exalado; ajuda a regular a acidez dos 
líquidos corporais; a temperatura corporal, o ar fluindo para fora dos 
pulmões, passando pelas pregas vocais, produz sons
Tonsila
faríngea
Tonsila
palatina
Tonsila
lingual
Vasos
linfáticos
LinfonodoMedula
óssea
vermelha
Baço
Timo
Ducto
torácico
Pulmão
Brônquio
Cavidade nasal
Cavidade oral
Laringe
FaringeLaringe
Faringe
Traqueia
9. SISTEMA DIGESTÓRIO (CAPÍTULO 19) 10. SISTEMA URINÁRIO (CAPÍTULO 21)
Componentes: Órgãos do trato gastrintestinal, incluindo a boca, 
faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, reto e ânus; 
inclui também os órgãos digestórios acessórios que auxiliam nos 
processos digestivos, como glândulas salivares, fígado, vesícula biliar 
e pâncreas
Funções: Realiza a decomposição física e química dos alimentos; 
absorve os nutrientes; elimina os resíduos sólidos
Componentes: Rins, ureteres, bexiga urinária e uretra
Funções: Produz, armazena e elimina a urina; elimina resíduos e 
regula o volume e a composição química do sangue; ajuda a regular 
o equilíbrio acidobásico dos líquidos corporais; mantém o equilíbrio 
mineral do corpo; ajuda a regular a produção de eritrócitos
Pâncreas
(atrás do
estômago)
Estômago
Fígado
Esôfago
Glândula
salivar
Boca
Ânus
Vesícula
biliar
Intestino
grosso
Faringe
Reto
Intestino
delgado
Rim
Ureter
Uretra
Bexiga
urinária
(CONTINUA)
_Livro_Tortora_CH.indb 5_Livro_Tortora_CH.indb 5 15/09/16 11:2815/09/16 11:28
6 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
1.3 Processos vitais
 O B J E T I V O
• Definir os processos vitais dos seres humanos.
Todos os organismos vivos têm determinadas característi-
cas que os distinguem das coisas não vivas. A seguir, são 
descritos seis processos vitais dos seres humanos:
 1. Metabolismo é a soma de todos os processos quími-
cos que ocorrem no corpo e inclui a decomposição 
de moléculas maiores e complexas em moléculas 
menores e mais simples, e a formação de molécu-
las complexas a partir de moléculas menores e mais 
simples.
 2. Reatividade é a capacidade do corpo de detectar e 
responder às alterações no ambiente. As células ner-
vosas respondem a variações no ambiente, por meio 
da geração de sinais elétricos, conhecidos como im-
pulsos nervosos. As células musculares respondem 
aos impulsos nervosos por meio da contração, que 
gera força para mover partes do corpo.
 3. Movimento inclui o deslocamento de todo o corpo, 
de órgãos individuais, de células simples, ou ainda, 
de pequenas organelas dentro das células.
 4. Crescimento é um aumento no tamanho do corpo. 
Pode ser decorrente de um aumento (1) no tamanho 
das células existentes, (2) no número de células ou 
(3) na quantidade de material intercelular.
 5. Diferenciação é o processo pelo qual células não 
especializadas se tornam especializadas. As células 
especializadas diferem em estrutura e função das 
não especializadas que as originaram. Por exemplo, 
uma simples célula-ovo fertilizada sofre tremenda 
diferenciação para se desenvolver em um indivíduo 
único, que é semelhante aos pais, ainda que diferen-
te deles.
 6. Reprodução se refere (1) à formação de novas cé-
lulas para crescimento, reparação ou substituição, e 
(2) à produção de um novo indivíduo.
Embora nem todos essesprocessos ocorram nas cé-
lulas por todo o corpo durante o tempo todo, quando ces-
sam de ocorrer adequadamente pode haver morte celular. 
Quando a morte celular é substancial e leva à falência do 
órgão, o resultado é a morte do organismo.
Uma autópsia é um exame póstumo do corpo e a disse-
cação dos órgãos internos para confirmar ou determinar a 
causa da morte. Uma autópsia consegue descobrir a exis-
tência de doenças não detectadas durante a vida, determinar a 
extensão de lesões e explicar como essas lesões podem ter con-
tribuído para a morte da pessoa. Além disso, pode fornecer mais 
informação sobre a doença, auxiliar no acúmulo de dados esta-
tísticos e ensinar os estudantes da área da saúde. Uma autópsia 
também revela condições capazes de afetar a descendência ou 
os irmãos (como os defeitos cardíacos congênitos). Algumas ve-
zes uma autópsia é exigida legalmente, como durante uma inves-
tigação criminal. Além disso, também pode ser útil na resolução 
de disputas entre beneficiários e companhias seguradoras com 
relação à causa da morte. •
CORRELAÇÕES CLÍNICAS | Autópsia
TABELA 1.1 (CONTINUAÇÃO)
Componentes e funções dos 11 principais sistemas do corpo humano
11. SISTEMAS GENITAIS (CAPÍTULO 23)
Componentes: Gônadas 
(testículos nos homens e 
ovários nas mulheres) e órgãos 
associados: tubas uterinas, 
útero e vagina nas mulheres, e 
epidídimo, ducto deferente e 
pênis nos homens
Funções: As gônadas produzem 
gametas (espermatozoides ou 
ovócitos), que se unem para 
formar um novo organismo, e 
liberam hormônios que regulam 
a reprodução e outros processos 
corporais; os órgãos associados 
transportam e armazenam os 
gametas, glândulas mamárias 
produzem leite
Ovário
Ovário
Vagina
Glândula
mamária
Tuba
uterina
Tuba
uterina
Útero
Útero
Vagina
Próstata
Ducto
deferente
Glândula
seminal
Epidídimo
Pênis
Próstata
Glândula
seminal
Ducto
deferente
Testículo
Pênis
Testículo
_Livro_Tortora_CH.indb 6_Livro_Tortora_CH.indb 6 15/09/16 11:2815/09/16 11:28
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 7
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 5. Quais são os diferentes significados para 
crescimento?
1.4 Homeostasia: manutenção dos limites
 O B J E T I V O S
• Definir homeostasia e explicar sua importância.
• Descrever os componentes de um sistema de 
retroalimentação.
• Comparar o funcionamento dos sistemas de 
retroalimentação negativa e positiva.
• Distinguir entre os sintomas e os sinais de uma doença.
Os trilhões de células do corpo humano necessitam de 
condições relativamente estáveis para funcionar de modo 
eficiente e contribuir para a sobrevivência do corpo como 
um todo. A manutenção de condições relativamente está-
veis é chamada homeostasia. A homeostasia garante que 
o ambiente interno do corpo permaneça constante, apesar 
de mudanças dentro e fora do corpo. Uma grande parte do 
meio interno consiste no fluido circundante das células do 
corpo, chamado de líquido intersticial.
Cada sistema corporal, de algum modo, contribui 
para a homeostasia. Por exemplo, no sistema circulatório, 
a contração e o relaxamento alternados do coração impul-
sionam o sangue para todos os vasos sanguíneos do cor-
po. À medida que o sangue flui pelos vasos sanguíneos 
minúsculos, nutrientes e oxigênio penetram nas células, 
a partir do sangue, e resíduos passam das células para o 
sangue. A homeostasia é dinâmica, isto é, se altera dentro 
de uma faixa limitada compatível com a manutenção dos 
processos celulares vitais. Por exemplo, o nível de glicose 
no sangue é mantido dentro de uma faixa restrita. Normal-
mente não cai muito entre as refeições nem sobe muito, 
mesmo após a ingestão de uma refeição com alto teor de 
glicose. O encéfalo necessita de um suprimento regular de 
glicose para permanecer funcionando – um nível sanguí-
neo baixo de glicose pode levar à inconsciência ou mesmo 
à morte. Em contraste, um nível sanguíneo elevado e pro-
longado de glicose danifica os vasos sanguíneos e provoca 
perda excessiva de água na urina.
Controle da homeostasia: 
sistemas de retroalimentação
Felizmente, cada estrutura corporal, das células aos siste-
mas, tem um ou mais dispositivos homeostáticos que tra-
balham para manter o ambiente interno dentro dos limites 
normais. Os mecanismos homeostáticos do corpo estão, 
principalmente, sob o controle de dois sistemas, o sistema 
nervoso e o sistema endócrino. O sistema nervoso detecta 
as alterações do estado de equilíbrio e envia mensagens, 
na forma de impulsos nervosos, para os órgãos que neu-
tralizam essas alterações. Por exemplo, quando a tem-
peratura corporal se eleva, os impulsos nervosos fazem 
as glândulas sudoríferas liberarem mais suor, que esfria 
o corpo à medida que evapora. As glândulas endócrinas 
corrigem as alterações por meio da secreção de molé-
culas, chamadas de hormônios, no sangue. Hormônios 
afetam células específicas do corpo, nas quais provocam 
respostas que restauram a homeostasia. Por exemplo, o 
hormônio insulina reduz o nível sanguíneo de glicose 
quando está muito alto. Os impulsos nervosos normal-
mente provocam correções rápidas, hormônios geralmen-
te trabalham de forma mais lenta.
A homeostasia é mantida por meio de muitos siste-
mas de retroalimentação. Um sistema de retroalimenta-
ção ou alça de retroalimentação é um ciclo de eventos no 
qual uma condição no corpo é continuamente monitorada, 
avaliada, modificada, monitorada novamente, reavaliada e 
assim por diante. Cada condição monitorada, como a tem-
peratura corporal, pressão sanguínea ou nível sanguíneo 
de glicose, é denominada condição controlada. Qualquer 
ruptura que provoque uma mudança em uma condição 
controlada é chamada de estímulo. Alguns estímulos pro-
vém do ambiente externo, como calor intenso e oferta de 
oxigênio. Outros se originam no ambiente interno, como 
um nível sanguíneo de glicose que esteja muito baixo. Os 
desequilíbrios homeostáticos podem também ocorrer em 
razão de estresses psicológicos em nosso ambiente social 
– as exigências do trabalho ou da escola, por exemplo. 
Na maioria dos casos, a ruptura da homeostasia é leve e 
temporária, e as respostas das células do corpo restauram 
rapidamente o equilíbrio no ambiente interno. Em alguns 
casos, no entanto, a ruptura da homeostasia pode ser in-
tensa e prolongada, como no envenenamento, superexpo-
sição a temperaturas extremas, infecção grave ou morte de 
um ente querido.
Três componentes básicos constituem um sistema 
de retroalimentação: um receptor, um centro de controle 
e um efetor (Fig. 1.2).
 1. Um receptor é uma estrutura do corpo que monitora 
as alterações em uma condição controlada e envia a in-
formação (impulsos nervosos ou sinais químicos) para 
um centro de controle. As terminações nervosas na 
pele que percebem a temperatura constituem um em 
centenas de tipos diferentes de receptores no corpo.
 2. Um centro de controle no corpo, por exemplo, o 
encéfalo, estabelece uma faixa de valores dentro 
da qual uma condição controlada deve ser mantida, 
avalia a informação que recebe dos receptores e gera 
impulsos nervosos ou sinais químicos, retransmiti-
dos do centro de controle para um efetor.
_Livro_Tortora_CH.indb 7_Livro_Tortora_CH.indb 7 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
8 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
 3. Um efetor é uma estrutura do corpo que recebe im-
pulsos do centro de controle e produz uma resposta 
que altera a condição controlada. Quase todo órgão 
ou tecido no corpo se comporta como um efetor. 
Por exemplo, quando a temperatura corporal cai 
bruscamente, o encéfalo (centro de controle) envia 
impulsos nervosos para os músculos esqueléticos 
(efetores), que provocam tremores, gerando calor e 
elevando a temperatura.
Sistemas de retroalimentação são classificados,tan-
to como sistemas de retroalimentação negativa quanto sis-
temas de retroalimentação positiva.
Sistemas de retroalimentação negativa
Um sistema de retroalimentação negativa reverte uma 
alteração em uma condição controlada. Consideremos 
um sistema de retroalimentação negativa que ajuda a 
regular a pressão sanguínea. A pressão sanguínea é a 
força exercida pelo sangue, contra as paredes dos vasos 
sanguíneos. Quando o coração bate mais rápido ou mais 
forte, a pressão sanguínea aumenta. Se um estímulo pro-
voca o aumento da pressão sanguínea (condição contro-
lada), a seguinte sequência de eventos ocorre (Fig. 1.3): 
a pressão mais elevada é detectada por barorreceptores, 
células nervosas sensíveis à pressão localizadas na pare-
de de determinados vasos sanguíneos (os receptores); os 
barorreceptores enviam impulsos nervosos para o encé-
falo (centro de controle), que interpreta as informações 
e responde enviando impulsos nervosos para o coração 
(o efetor); a frequência cardíaca diminui, o que provoca 
a redução (resposta) da pressão sanguínea . Essa sequên-
cia de eventos retorna a condição controlada – pressão 
sanguínea – ao normal, e a homeostasia é restaurada. 
Esse é um sistema de retroalimentação negativa, porque 
a atividade do efetor produz um resultado, uma queda 
na pressão sanguínea , que reverte o efeito do estímulo. 
Sistemas de retroalimentação negativa tendem a regular 
as condições no corpo que são mantidas razoavelmente 
estáveis durante longos períodos de tempo, como a 
pressão sanguínea , nível sanguíneo de glicose e tempe-
ratura corporal.
Sistemas de retroalimentação positiva
Ao contrário de um sistema de retroalimentação negativa, 
um sistema de retroalimentação positiva tende a inten-
sificar e reforçar uma alteração em uma das condições 
controladas do corpo. O centro de controle envia coman-
dos para um efetor, mas desta vez, o efetor produz uma 
resposta fisiológica que aumenta ou reforça a alteração 
inicial na condição controlada. A ação de um sistema de 
retroalimentação positiva continua até que seja interrom-
pida por algum mecanismo.
O parto normal proporciona um bom exemplo de um 
sistema de retroalimentação positiva (Fig. 1.4). As primei-
ras contrações do trabalho de parto (estímulo) empurram 
parte do feto para o colo do útero, a parte mais inferior do 
útero, que se abre na vagina. Células nervosas sensíveis ao 
estiramento (receptores) monitoram a quantidade de esti-
ramento do colo do útero (condição controlada). À medida 
que o estiramento aumenta, as células enviam mais impul-
sos nervosos para o encéfalo (centro de controle), que, por 
sua vez, libera o hormônio ocitocina no sangue. A ocitoci-
na provoca uma contração ainda mais forte dos músculos 
na parede do útero (efetor). As contrações empurram o feto 
mais para baixo no útero, o que distende ainda mais o colo 
interrompe a homeostasia 
pelo aumento ou 
diminuição da
que é monitorada 
pelos
que enviam impulsos 
nervosos ou sinais 
químicos para um
que recebe a 
informação e fornece 
impulsos nervosos ou 
sinais químicos para os
que provocam 
uma mudança ou
Retorno à 
homeostasia 
quando a resposta 
restaura ao normal 
a condição 
controlada
ESTÍMULO
CONDIÇÃO CONTROLADA
RESPOSTA que altera
a condição controlada
RECEPTORES
CENTRO DE CONTROLE
EFETORES
Qual é a diferença básica entre os sistemas de 
retroalimentação negativa e positiva?
Figura 1.2 Componentes de um sistema de retroali-
mentação.
Os três elementos básicos de um sistema de 
retroalimentação são o receptor, o centro de controle 
e o efetor.
_Livro_Tortora_CH.indb 8_Livro_Tortora_CH.indb 8 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 9
ESTÍMULO
CONDIÇÃO CONTROLADA
Pressão sanguínea
RESPOSTA
Uma diminuição na frequência cardíaca
e a dilatação (ampliação) dos vasos
sanguíneos provoca a diminuição
da pressão sanguínea
RECEPTORES
Barorreceptores
em determinados
vasos sanguíneos
CENTRO DE CONTROLE
Encéfalo
EFETORES
Coração
Vasos
sanguíneos
interrompe a 
homeostasia pelo 
aumento da
Retorno à 
homeostasia quando 
a resposta restaura 
ao normal a 
condição controlada
–
impulsos nervosos
impulsos nervosos
O que aconteceria à frequência cardíaca, se algum 
estímulo provocasse a diminuição da pressão 
sanguínea? Isso ocorreria por retroalimentação positiva ou 
negativa?
Figura 1.3 Homeostasia da pressão sanguínea por 
meio de um sistema de retroalimentação negativa. 
A seta tracejada do retorno com um sinal negativo dentro de 
um círculo, simboliza a retroalimentação negativa. Perceba 
que a resposta é alimentada de volta para o sistema e este 
continua a reduzir a pressão sanguínea até haver um retorno 
à pressão sanguínea normal (homeostasia).
Se a resposta reverte uma alteração em uma condição 
controlada, o sistema está operando por 
retroalimentação negativa.
+
Interrupção do ciclo:
O nascimento do bebê diminui 
a distensão do colo do útero, 
interrompendo, assim, o ciclo 
de retroalimentação positiva
Células 
nervosas 
sensíveis ao 
estiramento no 
colo do útero
Músculos 
na parede 
do útero
aumentando a
distensão do colo do útero
RECEPTORES
CENTRO DE CONTROLE
EFETORES
Encéfalo
contraem-se mais 
vigorosamente
O corpo do bebê distende 
o colo do útero ainda mais
A maior distensão 
do colo do útero 
provoca a liberação 
de mais ocitocina, 
resultando em mais 
distensão do colo do 
útero
impulsos nervosos
o encéfalo interpreta a
informação e libera 
ocitocina
CONDIÇÃO CONTROLADA
RESPOSTA
Contrações da parede
do útero forçam a cabeça
ou o corpo do bebê dentro
do colo do útero
Por que os sistemas de retroalimentação positiva, 
que fazem parte de uma resposta fisiológica normal, 
incluem alguns mecanismos que encerram o sistema?
Figura 1.4 Controle da retroalimentação positiva nas 
contrações do trabalho de parto, durante o nascimento 
de um bebê. A seta de retorno tracejada, com um sinal 
positivo dentro de um círculo, simboliza a retroalimentação 
positiva.
Se a resposta reforça ou intensifica o estímulo, o 
sistema está operando por retroalimentação positiva.
_Livro_Tortora_CH.indb 9_Livro_Tortora_CH.indb 9 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
10 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
do útero. O ciclo de estiramento, liberação de hormônio e 
contrações cada vez mais intensas é interrompido apenas 
pelo nascimento do bebê. Em seguida, o estiramento do 
colo do útero cessa e a liberação de ocitocina é deprimida.
Homeostasia e doença
Enquanto todas as condições controladas do corpo perma-
necem dentro de determinados limites restritos, as células 
do corpo funcionam eficientemente, a homeostasia é manti-
da e o corpo permanece saudável. Contudo, se um ou mais 
componentes do corpo perdem sua capacidade de contribuir 
para a homeostasia, o equilíbrio normal entre todos os pro-
cessos do corpo poderá ser perturbado. Se o desequilíbrio 
homeostático for moderado, poderá ocorrer um distúrbio ou 
uma doença; se for grave, poderá resultar em morte.
Um distúrbio é qualquer anormalidade de estrutura 
e/ou função. Doença é um termo mais específico para uma 
enfermidade caracterizada por um conjunto reconhecível de 
sintomas e sinais. Sintomas são alterações subjetivas nas 
funções corporais, que não são aparentes para um obser-
vador, como, por exemplo, cefaleia ou náusea. Sinais são 
alterações objetivas que um clínico observa e avalia, como 
sangramento, inchaço, vômito, diarreia, febre, erupção ou 
paralisia. As doenças específicas alteram a estrutura e a fun-
ção do corpo de formas características, geralmente produ-
zindo um conjunto de sintomas e sinais reconhecíveis.
Diagnóstico é a identificação de uma doença ou distúrbio, 
com base na avaliaçãocientífica dos sinais e sintomas do 
paciente, história médica, exame físico e algumas vezes, 
em dados de exames laboratoriais. A anamnese consiste na cole-
ta de informações sobre eventos que podem estar relacionados à 
enfermidade do paciente, incluindo a queixa principal, história da 
doença atual, problemas clínicos passados, problemas clínicos fa-
miliares e história social. O exame físico é uma avaliação ordenada 
do corpo e de suas funções. Esse processo inclui inspeção (obser-
vação do corpo em busca de quaisquer alterações que fogem do 
normal), palpação (perceber as superfícies do corpo com as mãos), 
ausculta (escutar os sons do corpo, frequentemente usando um 
estetoscópio), percussão (bater na superfície do corpo e escutar o 
eco resultante) e mensuração dos sinais vitais (temperatura, pulso, 
frequência respiratória e pressão sanguínea). Alguns exames la-
boratoriais comuns incluem análises do sangue e da urina. •
CORRELAÇÕES CLÍNICAS | Diagnóstico
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 6. Quais são os tipos de distúrbios capazes de atuar 
como estímulos que iniciam um sistema de 
retroalimentação?
 7. Como os sistemas de retroalimentação negativa 
e positiva se assemelham? Como diferem?
 8. Diferencie e dê exemplos de sinais e sintomas de 
uma doença.
1.5 Envelhecimento 
e homeostasia
 O B J E T I V O
• Descrever algumas mudanças anatômicas e 
fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento.
Como você verá mais tarde, envelhecimento é um pro-
cesso normal, caracterizado por um declínio progressivo 
na capacidade do corpo de restaurar a homeostasia. O 
envelhecimento produz alterações observáveis na estru-
tura e na função e aumenta a vulnerabilidade ao estresse 
e à doença. As mudanças associadas ao envelhecimento 
são evidentes em todos os sistemas do corpo. Exemplos 
incluem pele enrugada, cabelo grisalho, perda de massa 
óssea, redução da força e da massa muscular, reflexos 
lentos, redução na produção de alguns hormônios, au-
mento da incidência de doenças cardíacas, aumento da 
suscetibilidade às infecções e ao câncer, diminuição da 
capacidade pulmonar, funcionamento menos eficiente do 
sistema digestório, diminuição da função renal, meno-
pausa e aumento da próstata. Estes e outros efeitos do 
envelhecimento serão estudados com detalhes em capí-
tulos posteriores.
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 9. Cite alguns sinais do envelhecimento.
1.6 Termos anatômicos
 O B J E T I V O S
• Descrever a posição anatômica.
• Identificar as principais regiões do corpo e relacionar 
nomes comuns de várias partes do corpo aos termos 
anatômicos correspondentes.
• Definir os termos direcionais e os planos e cortes 
anatômicos utilizados para localizar as partes do 
corpo humano.
A linguagem da anatomia e da fisiologia é muito precisa. 
Quando se descreve onde o carpo (pulso) está localizado, 
é correto dizer “o carpo (pulso) está acima dos dedos”? 
Esta descrição é verdadeira se os braços estiverem nas 
laterais do corpo. Mas, se mantivéssemos as mãos aci-
ma da cabeça, os dedos estariam acima do carpo (pulso). 
Para evitar esse tipo de confusão, os cientistas e os pro-
fissionais da saúde se referem a uma posição anatômica 
_Livro_Tortora_CH.indb 10_Livro_Tortora_CH.indb 10 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 11
padrão e usam um vocabulário especial para correlacio-
nar as partes do corpo.
No estudo da anatomia, as descrições de qualquer 
parte do corpo humano assumem que o corpo está em 
uma postura específica, chamada de posição anatômica. 
Na posição anatômica, a pessoa está de pé, ereto, de fren-
te para o observador, com a cabeça nivelada e os olhos 
voltados para a frente. Os membros inferiores estão para-
lelos e os pés apoiados no chão e direcionados para frente 
e os membros superiores estão ao lado do corpo, com as 
palmas voltadas para frente (Fig. 1.5). Na posição ana-
tômica, o corpo está na vertical. Dois termos descrevem 
um corpo reclinado. Se o corpo está deitado com a face 
para baixo, está na posição prona (decúbito ventral). Se o 
corpo está deitado com a face para cima, está na posição 
supina (decúbito dorsal).
(a) Vista anterior (b) Vista posterior
Tórax
(torácico)
T
R
O
N
C
O
Pelve
(pélvico)
Abdome
(abdominal)
PESCOÇO
(CERVICAL)
Braço
(braquial)
Axila
(axilar)
Parte anterior
do cotovelo
(cubital anterior)
Pulso
(carpal)
Antebraço
(antebraquial)
Face anterior do joelho
(patelar)
Pé
(podal)
Dedos do pé
(digital ou falângico)
Tornozelo
(tarsal)
Perna
(crural)
Coxa
(femoral)
Palma
da mão
(palmar
ou volar)
Púbis
(púbico)
Parte superior
do pé (dorso)
Grande dedo
do pé (hálux)
Umbigo
(umbilical)
Quadril (coxal)
Região
inguinal
Primeiro
dedo da
mão
(polegar)
Mama (mamário)
Esterno (esternal)
Queixo (mentual)
Boca (oral)
Nariz (nasal)
Bochecha (bucal)
Orelha (ótico)
Olho (orbital ou ocular)
Fronte (frontal)
Têmpora (temporal)
Mão
(manual)
Crânio
(cranial)
Face
(facial)
CABEÇA
(CEFÁLICO)
CABEÇA
(CEFÁLICO)
PESCOÇO
(CERVICAL)
Dedos
da mão
(digital ou
falângico)
Região posterior
do cotovelo
(cubital
posterior)
Entre os
ossos do
quadril
(sacral)
Concavidade posterior
do joelho (poplíteo)
Nádegas
(glútea)
Região do ânus
e dos genitais
externos (perineal)
Sola (plantar)
Sura (sural)
Base do crânio
(occipital)
Coluna vertebral
Escápula
(escapular)
Dorso
da mão
(dorsal)
MEMBRO
SUPERIOR
Dorso
(dorsal)
Lombo (lombar)
Calcâneo
(calcânea)
MEMBRO
INFERIOR
Onde está localizada uma verruga plantar?
Figura 1.5 A posição anatômica. Os nomes comuns e os termos anatômicos correspondentes (entre parênteses) indicam 
regiões específicas do corpo. Por exemplo, a cabeça é a região cefálica.
Na posição anatômica, o indivíduo está de pé, ereto, de frente para o observador, com a cabeça nivelada e os olhos 
voltados para frente. Os pés estão apoiados no solo e dirigidos para a frente e os braços estão ao lado do corpo com as 
palmas das mãos voltadas para frente.
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12 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
Denominações das regiões do corpo
O corpo humano é dividido em várias regiões principais, 
identificadas externamente. Essas regiões são a cabeça, 
pescoço, tronco, membros superiores e membros infe-
riores (Fig. 1.5). A cabeça consiste no crânio e na face. 
O crânio é a parte da cabeça que envolve e protege o en-
céfalo, e a face é a porção frontal da cabeça que inclui 
os olhos, nariz, boca, fronte, bochechas e mento (queixo). 
O pescoço sustenta a cabeça, unindo-a ao tronco. O tron-
co consiste no tórax, abdome e pelve. Cada membro supe-
rior está ligado ao tronco e consiste no ombro, axila, bra-
ço (porção do membro, do ombro ao cotovelo), antebraço 
(porção do membro, do cotovelo ao carpo), carpo (pulso) 
e mão. Cada membro inferior está também ligado ao tron-
co e consiste nas nádegas, coxa (porção do membro, do 
quadril ao joelho), perna (porção do membro, do joelho ao 
tarso [tornozelo]), tarso e pé. A região inguinal é a área na 
superfície frontal do corpo, marcada por uma depressão 
linear de cada lado, na qual o tronco se fixa às coxas.
Na Figura 1.5, o nome anatômico correspondente a 
cada parte do corpo aparece entre parênteses, próximo ao 
nome comum. Por exemplo, se você receber uma injeção 
contra o tétano em sua nádega será uma injeção glútea. 
A nomenclatura anatômica de uma parte do corpo é ba-
seada em uma palavra ou “raiz” grega ou latina para a 
mesma parte ou área. A palavra latina para axila é axilla, 
por exemplo; portanto, um dos nervos que atravessa a re-
gião axilar é denominado nervo axilar. Você aprenderá 
maissobre as raízes dos termos anatômicos e fisiológicos 
à medida que ler este livro.
Termos direcionais
Para localizar as várias estruturas corporais, os anatomis-
tas utilizam termos direcionais específicos, palavras que 
descrevem a posição de uma parte do corpo em relação à 
outra. Vários termos direcionais são agrupados em pares 
que têm significados opostos, por exemplo, anterior (fren-
te) e posterior (dorso). Estude o Quadro 1.1 e a Figura 
1.6 para determinar, entre outras coisas, se o estômago é 
superior aos pulmões.
_Livro_Tortora_CH.indb 12_Livro_Tortora_CH.indb 12 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 13
TERMO DIRECIONAL DEFINIÇÃO EXEMPLO DE USO
Superior (cefálico ou cranial) Em direção à cabeça ou a parte mais alta de uma 
estrutura
O coração é superior ao fígado
Inferior (caudal) Distante da cabeça ou a parte mais baixa de uma 
estrutura
O estômago é inferior aos pulmões
Anterior (ventral) Mais próximo da frente do corpo, ou na frente do 
corpo
O osso esterno é anterior ao coração
Posterior (dorsal) Mais próximo do dorso do corpo, ou no dorso do 
corpo
O esôfago é posterior à traqueia
Medial Mais próximo da linha mediana, uma linha vertical 
imaginária que divide o corpo em lados iguais, 
direito e esquerdo
A ulna é medial ao rádio
Lateral Mais afastado da linha mediana ou do plano sagital 
mediano
Os pulmões são laterais ao coração
Intermediário Entre duas estruturas O colo transverso é intermediário aos colos 
ascendente e descendente
Ipsilateral No mesmo lado do corpo que outra estrutura A vesícula biliar e o colo ascendente são ipsilaterais
Contralateral No lado oposto do corpo de outra estrutura Os colos ascendente e descendente são contralaterais
Proximal Mais próximo da fixação de um membro ao tronco; 
mais próximo do ponto de origem ou do início
O úmero é proximal ao rádio
Distal Mais afastado da fixação de um membro ao tronco; 
mais afastado do ponto de origem ou do início
As falanges são distais aos ossos carpais
Superficial (externo) Em direção à ou na superfície do corpo As costelas são superficiais aos pulmões
Profundo (interno) Distante da superfície do corpo As costelas são profundas à pele do tórax e do dorso
QUADRO 1.1 Termos direcionais (Fig. 1.6)
 O B J E T I V O
• Definir cada termo direcional utilizado para descrever 
o corpo humano.
A maioria dos termos direcionais utilizados para descre-
ver o corpo humano é agrupada em pares que têm signi-
ficados opostos. Por exemplo, superior indica em direção 
à parte de cima do corpo, e inferior significa em direção 
à parte de baixo do corpo. É importante compreender que 
os termos direcionais têm significados relativos; somente 
fazem sentido quando são usados para descrever a posição 
de uma estrutura em relação a alguma outra. Por exemplo, 
o joelho é superior ao tornozelo, embora ambos estejam 
localizados na metade inferior do corpo. Estude os termos 
direcionais e o exemplo de como cada um é utilizado. 
Conforme lê cada exemplo, recorra à Figura 1.6 para ver a 
localização das estruturas mencionadas.
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
Que termos direcionais são usados para especificar as 
relações entre (1) o cotovelo e o ombro, (2) os ombros 
esquerdo e direito, (3) o esterno e o úmero e (4) o 
coração e o diafragma?
 CONTINUA
_Livro_Tortora_CH.indb 13_Livro_Tortora_CH.indb 13 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
14 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
Pulmão direito
Linha mediana
PROXIMAL
Esôfago
Traqueia
Costela
Pulmão
esquerdo
Coração
Estômago
Colo transverso
Intestino delgado
Colo descendente
Vista anterior do tronco e membro superior direito
INFERIOR
SUPERIOR
LATERAL MEDIAL LATERAL
Esterno
Úmero
Fígado
Vesícula biliar
Rádio
Ulna
Colo
ascendente
Ossos carpais
Ossos metacarpais
Falanges
DISTAL
O rádio é proximal ao úmero? O esôfago é anterior à traqueia? As costelas são superficiais aos pulmões? Os colos 
ascendente e descendente são ipsilaterais? O esterno é lateral ao colo descendente?
Figura 1.6 Termos direcionais.
Os termos direcionais localizam com precisão as várias partes do corpo relacionadas entre si.
QUADRO 1.A Termos direcionais (Fig. 1.6) (CONTINUAÇÃO)
_Livro_Tortora_CH.indb 14_Livro_Tortora_CH.indb 14 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
Capítulo 1 • Organização do corpo humano 15
Planos e secções
Estudaremos também as partes do corpo em quatro planos 
principais, isto é, superfícies planas imaginárias que pas-
sam através das partes do corpo (Fig. 1.7): sagital, frontal, 
transverso e oblíquo. Um plano sagital é um plano vertical 
que divide o corpo ou um órgão em lados direito e esquer-
do. Mais especificamente, quando um plano passa através 
da linha mediana do corpo ou do órgão e os divide em 
metades iguais, direita e esquerda, é denominado plano 
sagital mediano. Se o plano sagital não passa através da li-
nha mediana, mas, em vez disso, divide o corpo ou um ór-
gão em lados direito e esquerdo, desiguais, é denominado 
plano sagital paramediano. Um plano frontal ou plano 
coronal divide o corpo ou um órgão em porções anterior 
(frente) e posterior (dorso). Um plano transverso divide 
o corpo ou um órgão em partes superior (acima) e inferior 
(abaixo). Um plano transverso pode também ser chamado 
de plano horizontal ou axial. Os planos sagitais, frontais e 
transversos formam ângulos retos entre si. Um plano oblí-
quo, por outro lado, passa através do corpo ou de um órgão 
em um ângulo entre o plano transverso e um plano sagital 
ou entre o plano transverso e um plano frontal.
Quando se estuda uma região do corpo, com fre-
quência você a vê em secção (ou corte). Uma secção é um 
corte do corpo ou de um órgão feito ao longo de um dos 
planos já descritos. É importante conhecer o plano da sec-
ção, de modo que você possa entender as correlações ana-
tômicas das partes. A Figura 1.8 indica como três secções 
diferentes – uma secção sagital mediana, uma secção 
frontal e uma secção transversa (axial) – proporcionam 
vistas diferentes do encéfalo.
Plano sagital
paramediano
Plano
transverso
Plano
frontal
Plano sagital
mediano (através
da linha mediana)
Plano
oblíquo
Vista anterior
Qual é o plano que divide o coração em porções 
anterior e posterior?
Figura 1.7 Planos através do corpo humano.
Os planos frontal, transverso, sagital e oblíquo 
dividem o corpo de formas específicas.
(c)
(b)
(a)
Plano frontal
Plano sagital mediano
Plano
transverso
Visão
Vista
Vista
AnteriorPosterior
Corte transversal
Corte frontal
Corte sagital
Qual é o plano que divide o encéfalo em lados iguais 
direito e esquerdo?
Figura 1.8 Planos e secções através de diferentes partes 
do encéfalo. Os diagramas (à esquerda) mostram os planos, 
e as fotografias (à direita) mostram as secções resultantes. 
(Nota: As setas em “Visão”, no diagrama, indicam a direção a 
partir da qual cada secção é visualizada. Esse subsídio é usado 
em todo o livro para indicar a perspectiva da visualização).
Os planos dividem o corpo de várias formas, para 
produzir secções.
_Livro_Tortora_CH.indb 15_Livro_Tortora_CH.indb 15 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
16 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 10. Descreva a posição anatômica e explique por que 
ela é utilizada.
 11. Localize cada região do seu próprio corpo e 
então a identifique pelo nome comum e pela 
forma descritiva anatômica correspondente.
 12. Para cada termo direcional listado no Quadro 1.1, 
forneça seu próprio exemplo.
 13. Quais são os diversos planos que podem ser 
passados através do corpo? Explique como cada 
um deles divide o corpo.
1.7 Cavidades do corpo
 O BJ E T I V O S
• Descrever as principais cavidades do corpo e os 
órgãos que elas contêm.
• Explicar por que a cavidade abdominopélvica é 
dividida em regiões e quadrantes.
Cavidades do corpo são espaços dentro do corpo que con-
têm, protegem, separam e sustentam os órgãos internos. 
Aqui, estudamos várias das maiores cavidades do corpo 
(Fig. 1.9).
A cavidade do crânio é formada pelos ossos cranianos 
e contém o encéfalo. O canal vertebral (espinal) é formado 
pelos ossos da coluna vertebral e contém a medula espinal.
As principais cavidades corporais do tronco são as 
cavidades torácica e abdominopélvica. A cavidade torá-
cica é a cavidade do tórax. No interior da cavidade to-
rácica se encontram três cavidades menores: a cavidade 
do pericárdio que engloba o coração e contém uma pe-
quena quantidade de líquido lubrificante, e duas cavida-
des pleurais, cada uma das quais guarnece um pulmão e 
contém uma pequena quantidade de líquido lubrificante 
(Fig.1.10). A parte central da cavidade torácica é uma re-
gião anatômica, chamada mediastino. Situa-se entre os 
pulmões, estendendo-se do esterno à coluna vertebral e da 
primeira costela ao diafragma (Fig. 1.10), e contém todos 
os órgãos torácicos, exceto os próprios pulmões. Dentre 
as estruturas no mediastino estão coração, esôfago, tra-
Formada pelos ossos do crânio e contém o encéfalo
Formado pela coluna vertebral e contém a 
medula espinal e o início dos nervos espinais
Cavidade do tórax; contém as cavidades pleurais 
e do pericárdio e o mediastino
Cada uma circunda um pulmão; a túnica serosa 
de cada cavidade pleural é a pleura
Circunda o coração; a túnica serosa da cavidade 
do pericárdio é o pericárdio
Parte central da cavidade torácica entre os 
pulmões; estende-se do esterno até a coluna 
vertebral e da primeira costela até o diafragma; 
contém o coração, timo, esôfago, traqueia e 
vários grandes vasos sanguíneos
Subdividida em cavidades abdominal e pélvica
Contém o estômago, baço, fígado, vesícula 
biliar, intestino delgado e a maior parte do 
intestino grosso; a túnica serosa da cavidade 
abdominal é o peritônio
 Cavidade do crânio
 Canal vertebral
 Cavidade torácica*
 Cavidade pleural
 
 
 Cavidade do pericárdio
 Mediastino
 Cavidade
 abdominopélvica
 Cavidade abdominal
 Cavidade pélvica
*Ver Figura 1.10 para detalhes da cavidade torácica.
CAVIDADE COMENTÁRIOS
(a) Vista lateral direita (b) Vista anterior
Cavidade
do crânio
Canal
vertebral
Cavidade
torácica
Cavidade
abdominopélvica:
Cavidade
abdominal
Diafragma
Cavidade
pélvica
Contém a bexiga urinária, porções do intestino grosso 
e os órgãos genitais internos femininos e masculinos
Em quais cavidades estão localizados os seguintes órgãos: bexiga urinária, estômago, coração, intestino delgado, 
pulmões, órgãos genitais internos femininos, timo, baço e fígado? Use os seguintes símbolos para as suas respostas: 
T, cavidade torácica; A, cavidade abdominal; P, cavidade pélvica.
Figura 1.9 Cavidades do corpo. As linhas tracejadas em negrito indicam o limite entre as cavidades abdominal e pélvica.
As principais cavidades corporais do tronco são as cavidades torácica e abdominopélvica.
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Capítulo 1 • Organização do corpo humano 17
Cavidade
pleural
esquerda
Coluna vertebral
Esôfago
Pulmão
esquerdo
Esterno
Timo
ANTERIOR
(b) Vista inferior do corte transverso da cavidade torácica
POSTERIOR
Coração
Cavidade do
pericárdio
Cavidade
pleural
direita
Aorta
Pulmão direito
Costela
Músculo
Plano transverso
Vista
Cavidade
pleural direita
Mediastino
Cavidade pleural esquerda
(a) Vista anterior da cavidade torácica
Lâmina parietal do
pericárdio seroso
Cavidade do pericárdio
Lâmina visceral do
pericárdio seroso
PericárdioPleura parietal
Pleura
Pleura visceral
Diafragma
Quais das seguintes estruturas estão contidas no mediastino: pulmão direito, coração, esôfago, medula espinal, aorta, 
cavidade pleural esquerda?
Figura 1.10 A cavidade torácica. As linhas tracejadas indicam os limites do mediastino. Nota: Quando os cortes trans-
versos são vistos inferiormente (de baixo para cima), a face anterior do corpo aparece no topo da ilustração, e o lado esquerdo 
do corpo aparece no lado direito da ilustração. Observe que a cavidade do pericárdio circunda o coração e que as cavidades 
pleurais circundam os pulmões.
O mediastino é a região anatômica medial aos pulmões, que se estende do esterno até a coluna vertebral e da primeira 
costela até o diafragma.
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18 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
queia e vários grandes vasos sanguíneos. O diafragma é 
um músculo cupuliforme, que possibilita a respiração e 
separa a cavidade torácica da cavidade abdominopélvica.
A cavidade abdominopélvica se estende do diafrag-
ma até a região inguinal. Como o nome indica, está dividi-
da em duas partes, embora nenhuma parede as separe (ver 
Fig. 1.9). A parte superior, a cavidade abdominal, contém 
o estômago, baço, fígado, vesícula biliar, intestino delga-
do e a maior parte do intestino grosso. A parte inferior, 
a cavidade pélvica contém a bexiga urinária, porções do 
intestino grosso e órgãos internos do sistema genital. Os 
órgãos dentro das cavidades torácica e abdominopélvica 
são chamados de vísceras.
Uma túnica é um tecido flexível delgado que reco-
bre, reveste, divide ou une estruturas. Um exemplo é a tú-
nica bilaminada escorregadia associada com as cavidades 
do corpo que não se abrem diretamente para o exterior, 
chamada túnica serosa. Recobre as vísceras dentro das 
cavidades torácica e abdominal e também reveste as pare-
des do tórax e do abdome. As partes de uma túnica serosa 
são (1) a lâmina parietal, que reveste as paredes das ca-
vidades, e (2) a lâmina visceral, que recobre e as vísceras 
dentro das cavidades e adere a elas. Entre as lâminas se 
encontra um espaço potencial que contém uma pequena 
quantidade de líquido lubrificante (líquido seroso) entre 
as duas lâminas. O líquido permite que as vísceras desli-
zem um pouco durante os movimentos, como quando os 
pulmões se enchem e se esvaziam durante a ventilação.
A túnica serosa da cavidade pleural é chamada de 
pleura. A túnica serosa da cavidade do pericárdio é o peri-
cárdio. O peritônio é a túnica serosa da cavidade abdominal.
Além das já descritas, aprenderemos também sobre 
outras cavidades do corpo em capítulos posteriores. Essas 
incluem a cavidade oral (boca), que contém a língua e os 
dentes; a cavidade nasal, no nariz; as cavidades orbitais, 
que contêm os bulbos dos olhos; a cavidade timpânica, 
que contém os ossículos da orelha média, e as cavidades 
sinoviais, que são encontradas em articulações livremente 
móveis e contêm sinóvia.
Regiões e quadrantes abdominopélvicos
Para descrever mais precisamente a localização dos 
vários órgãos abdominais e pélvicos, a cavidade abdo-
minopélvica pode ser dividida em compartimentos me-
nores. Em um dos métodos, duas linhas horizontais e 
duas linhas verticais, como uma grade de jogo-da-velha, 
Epigástrio
Região
umbilical
Hipogástrio
Epigástrio
Região
umbilical
Hipogástrio
(a) Vista anterior mostrando a localização das regiões abdominopélvicas
Direita
Clavículas
Esquerda
Linhas medioclaviculares
Região
inguinal
direita
Região
inguinal
direita
Hipocôndrio
direito
Hipocôndrio
direito
Região
lombar
direita
Região
lombar
direita
Região inguinal
esquerda
Hipocôndrio
esquerdo
Região
lombar
esquerda
Região inguinal
esquerda
Hipocôndrio
esquerdo
Região
lombar
esquerda
 
Vesículabiliar
Lobo direito
do fígado
Colo ascendente
do intestino grosso
Intestino delgado
Apêndice
vermiforme
Ceco
Baço
Lobo esquerdo
do fígado
Estômago
Colo transverso do
intestino grosso
Colo descendente
do intestino grosso
Bexiga
urinária
(b) Vista anterior superficial dos órgãos das regiões abdominopélvicas
Em qual região abdominopélvica é encontrado cada um dos seguintes órgãos: a maior parte do fígado, o colo 
ascendente, a bexiga urinária e o apêndice?
Figura 1.11 As nove regiões da cavidade abdominopélvica. Os órgãos genitais internos na cavidade pélvica são mostra-
dos nas Figuras 23.1 e 23.6.
A designação de nove regiões é utilizada para estudos anatômicos.
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Capítulo 1 • Organização do corpo humano 19
repartem a cavidade em nove regiões abdominopélvicas 
(Fig. 1.11). Os nomes das nove regiões abdominopél-
vicas são hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio 
esquerdo, região lombar direita, umbilical, região lom-
bar esquerda, inguinal direita, hipogástrio e inguinal 
esquerda. Em outro método, uma linha horizontal e ou-
tra vertical atravessando o umbigo, dividem a cavidade 
abdominopélvica em quadrantes (Fig. 1.12). Os nomes 
dos quadrantes abdominopélvicos são: quadrante supe-
rior direito (QSD), quadrante superior esquerdo (QSE), 
quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior 
esquerdo (QIE). A divisão em nove regiões é mais am-
plamente usada para estudos anatômicos, e os quadran-
tes são mais comumente usados pelos clínicos para des-
crever o local de uma dor abdominopélvica, uma massa 
ou outra anormalidade.
 T E S T E S U A C O M P R E E N S Ã O
 14. Quais limites de referência separam as diversas 
cavidades do corpo umas das outras?
 15. Localize as nove regiões abdominopélvicas e os 
quatro quadrantes abdominopélvicos em você 
mesmo e liste alguns órgãos encontrados em 
cada um(a) delas.
• • •
No Capítulo 2, examinaremos o nível químico de or-
ganização. Aprenderemos sobre os vários grupos de subs-
tâncias químicas, suas funções e como contribuem para a 
homeostasia.
Quadrante
superior
direito
(QSD)
Quadrante
inferior
direito
(QID)
Quadrante
superior
esquerdo
(QSE)
Quadrante
inferior
esquerdo
(QIE)
Vista anterior mostrando a localização dos quadrantes abdominopélvicos
Em qual quadrante abdominopélvico seria sentida a 
dor decorrente da apendicite (inflamação do 
apêndice vermiforme)?
Figura 1.12 Quadrantes da cavidade abdominopélvica 
(abaixo da linha tracejada). As duas linhas se cruzam em 
ângulos retos no umbigo.
A designação quadrante é usada para determinar o 
local da dor, uma massa ou alguma outra 
anormalidade.
TERMINOLOGIA E CONDIÇÕES MÉDICAS
A maioria dos capítulos deste livro é seguida por um glossá-
rio de termos médicos básicos, incluindo condições normais e 
patológicas. Devemos nos familiarizar com esses termos, por-
que desempenham uma função essencial em seu vocabulário 
médico.
Algumas dessas condições, bem como as discutidas 
no texto, são referidas como locais ou sistêmicas. Uma 
doença local é a que afeta uma parte ou uma área limitada 
do corpo. Uma doença sistêmica afeta o corpo inteiro ou 
várias partes.
Epidemiologia A ciência que estuda o porquê, quando e onde 
as doenças ocorrem e como são transmitidas em uma po-
pulação humana definida.
Farmacologia A ciência que lida com os efeitos e o uso dos 
fármacos no tratamento da doença.
Geriatria A ciência que lida com os problemas médicos e cui-
dados de pessoas idosas.
Patologia A ciência que lida com a natureza, as causas e o 
desenvolvimento de condições anormais e com as altera-
ções estruturais e funcionais que as doenças produzem.
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20 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
REVISÃO DO CAPÍTULO
1.1 Definição de anatomia e fisiologia
 1. Anatomia é a ciência da estrutura e das relações entre as estruturas do corpo.
 2. Fisiologia é a ciência de como as estruturas do corpo funcionam.
1.2 Níveis de organização e sistemas do corpo
 1. O corpo humano consiste em seis níveis de organização: químico, celular, tecidual, de órgãos, de sistemas e de organismo.
 2. Células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo e as menores unidades vivas no corpo humano.
 3. Tecidos consistem em grupos de células e de materiais adjacentes, que trabalham em conjunto para desempenhar uma função 
específica.
 4. Órgãos geralmente têm formas reconhecíveis, são compostos de dois ou mais tipos de tecidos diferentes e têm funções específicas.
 5. Sistemas consistem em órgãos relacionados que têm uma função comum.
 6. A Tabela 1.1 introduz os 11 sistemas do corpo humano: tegumento comum, esquelético, muscular, nervoso, endócrino, circu-
latório, linfático, respiratório, digestório, urinário e genital.
 7. O organismo humano é uma coleção de sistemas estruturalmente e funcionalmente integrados. Os sistemas do corpo traba-
lham juntos para manter a saúde, proteger contra doenças e permitir a reprodução da espécie.
1.3 Processos vitais
 1. Todos os organismos vivos possuem determinadas características que os distinguem das coisas não vivas.
 2. Os processos vitais nos seres humanos incluem metabolismo, reatividade, movimento, crescimento, diferenciação e 
reprodução.
1.4 Homeostasia: manutenção dos limites
 1. A homeostasia é uma condição na qual o ambiente interno do corpo permanece estável, dentro de determinados limites.
 2. Uma grande parte do ambiente interno do corpo é de líquido intersticial, que envolve todas as células corporais.
 3. A homeostasia é regulada pelos sistemas nervoso e endócrino, atuando em conjunto ou separadamente. O sistema nervoso de-
tecta as alterações corporais e envia impulsos nervosos para manter a homeostasia. O sistema endócrino regula a homeostasia 
por meio da secreção de hormônios.
 4. As interrupções na homeostasia provêm de estímulos internos e externos e de estresses psicológicos. Quando a interrupção da 
homeostasia é branda e temporária, as respostas das células do corpo rapidamente restauram o equilíbrio no ambiente interno. 
Se a interrupção for extrema, as tentativas do corpo para restaurar a homeostasia poderão falhar.
 5. Um sistema de retroalimentação consiste de três partes: (1) receptores que monitoram alterações em uma condição contro-
lada e enviam informações para (2) um centro de controle que estabelece valores nos quais uma condição controlada deve 
ser mantida, avalia as informações que recebe e gera comandos eferentes, quando estes são necessários e (3) efetores que 
recebem os impulsos do centro de controle e produzem uma resposta (efeito) que altera a condição controlada.
 6. Se uma resposta reverte uma alteração em uma condição controlada, o sistema é chamado de sistema de retroalimentação 
negativa. Se uma resposta reforça uma alteração em uma condição controlada, o sistema é referido como sistema de retroa-
limentação positiva.
 7. Um exemplo de retroalimentação negativa é o sistema que regula a pressão sanguínea. Se um estímulo faz a pressão sanguínea 
(condição controlada) subir, os barorreceptores (células nervosas sensíveis à pressão, os receptores) nos vasos sanguíneos 
enviam impulsos para o encéfalo (centro de controle). O encéfalo envia impulsos para o coração (efetor). Como resultado, a 
frequência cardíaca diminui (resposta) e a pressão sanguínea volta ao normal (restauração da homeostasia).
 8. Um exemplo de retroalimentação positiva ocorre durante o nascimento de um bebê. Quando o trabalho de parto começa, o 
colo do útero é distendido (estímulo), e as células nervosas sensíveis ao estiramento, no colo do útero (receptores), enviam 
impulsos nervosos para o encéfalo (centro de controle). O encéfaloresponde liberando ocitocina, que estimula o útero (efetor) 
a se contrair mais vigorosamente (resposta). O movimento do útero distende ainda mais o colo do útero, mais ocitocina é 
liberada e, ocorrem, contrações até mesmo mais vigorosas. O ciclo é rompido com o nascimento do bebê.
 9. As interrupções na homeostasia – desequilíbrios homeostáticos – conduzem a distúrbios, doenças e até mesmo à morte. Um 
distúrbio é qualquer anormalidade de estrutura e/ou função. Doença é um termo mais específico para uma enfermidade, com 
um conjunto definido de sinais e sintomas.
 10. Sintomas são alterações subjetivas nas funções corporais, que não são aparentes para um observador. Sinais são alterações 
objetivas que são observadas e mensuradas.
 11. Diagnóstico da doença inclui a identificação de sinais e sintomas, anamnese, exame físico e, algumas vezes, exames 
laboratoriais.
1.5 Envelhecimento e homeostasia
 1. Envelhecimento produz alterações observáveis na estrutura e na função e aumenta a vulnerabilidade ao estresse e à doença.
 2. Alterações associadas ao envelhecimento ocorrem em todos os sistemas do corpo.
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Capítulo 1 • Organização do corpo humano 21
APLICAÇÕES DO PENSAMENTO CRÍTICO
 1. Júlia estava tentando quebrar o recorde de maior perma-
nência de cabeça para baixo nas barras paralelas no pátio 
durante o recreio. Ela não conseguiu e pode ter quebrado 
o braço. O técnico da sala de emergência gostaria de uma 
radiografia do braço de Júlia na posição anatômica. Use os 
termos anatômicos apropriados para descrever a posição do 
braço de Júlia na radiografia.
 2. Você está trabalhando em um laboratório e acha que pode 
estar observando um novo organismo. Que nível mínimo de 
organização estrutural você precisaria observar? Quais são 
algumas das características que você precisaria observar 
para assegurar que é um organismo vivo?
 3. Guy estava tentando impressionar Jéssica com uma história 
sobre a sua última partida de futebol . “O treinador disse que 
eu sofri uma lesão caudal à região sural dorsal em minha 
região inguinal.” Jéssica respondeu, “Eu acho que você ou o 
seu treinador sofreu uma lesão encefálica.” Por que Jéssica 
não ficou impressionada pela proeza atlética de Guy?
 4. Existe um espelho especial em um parque de diversões, que 
esconde metade do seu corpo e duplica a imagem da sua 
outra metade. No espelho, você realiza proezas incríveis, 
como elevar ambas as pernas do chão. Ao longo de qual 
plano o espelho está dividindo o corpo? Um espelho di-
ferente, na próxima sala, mostra seu reflexo com duas ca-
beças, quatro braços e nenhuma perna. Ao longo de qual 
plano este espelho está dividindo o corpo?
1.6 Termos anatômicos
 1. Descrições de qualquer região do corpo assumem que o corpo está na posição anatômica, em que a pessoa está de pé, ereto, 
de frente para o observador, com a cabeça nivelada e os olhos voltados para frente. Os pés estão apoiados no chão e dirigidos 
para frente, e os braços estão ao lado do corpo, com as palmas voltadas para frente.
 2. O corpo humano é dividido em diversas regiões principais: cabeça, pescoço, tronco, membros superiores e membros 
inferiores.
 3. Nas regiões do corpo, as partes específicas têm denominações comuns e nomenclaturas anatômicas correspondentes. Os 
exemplos são: tórax (torácico), nariz (nasal) e carpo/pulso (carpal).
 4. Os termos direcionais indicam a relação de uma parte do corpo com outra. O Quadro 1.1 resume os termos direcionais comu-
mente usados.
 5. Planos são superfícies planas imaginárias que dividem o corpo ou os órgãos em duas partes. Um plano sagital mediano 
divide o corpo ou um órgão em lados direito e esquerdo iguais. Um plano sagital paramediano divide o corpo ou um órgão 
em lados direito e esquerdo desiguais. Um plano frontal divide o corpo ou um órgão em partes anterior e posterior. Um plano 
transverso divide o corpo ou um órgão em partes superior e inferior. Um plano oblíquo atravessa o corpo ou um órgão em 
ângulo entre um plano transverso e um plano sagital ou entre um plano transverso e um plano frontal.
 6. As secções resultam de cortes através das estruturas corporais. São nomeadas de acordo com o plano no qual o corte é feito: 
transversa, frontal ou sagital.
1.7 Cavidades do corpo
 1. Os espaços no corpo que contêm, protegem, separam e sustentam os órgãos internos são chamados de cavidades do corpo.
 2. A cavidade do crânio contém o encéfalo, e o canal vertebral contém a medula espinal.
 3. A cavidade torácica é subdividida em três cavidades menores: cavidade do pericárdio, que contém o coração, e duas cavi-
dades pleurais, cada qual contendo um pulmão.
 4. A parte central da cavidade torácica é o mediastino. Está localizado entre os pulmões e se estende do esterno até a coluna 
vertebral e do pescoço até o diafragma. Contém todos os órgãos torácicos, exceto os pulmões.
 5. A cavidade abdominopélvica é separada da cavidade torácica pelo diafragma e é dividida em uma cavidade abdominal, 
superior, e uma cavidade pélvica, inferior.
 6. Os órgãos nas cavidades torácica e abdominopélvica são chamados de vísceras. As vísceras da cavidade abdominal incluem o 
estômago, baço, fígado, vesícula biliar, intestino delgado e a maior parte do intestino grosso. As vísceras da cavidade pélvica 
incluem a bexiga urinária, partes do intestino grosso e os órgãos internos do sistema genital.
 7. Para descrever facilmente a localização dos órgãos, a cavidade abdominopélvica pode ser dividida em nove regiões abdomi-
nopélvicas, por meio de duas linhas horizontais e duas verticais. As denominações das nove regiões abdominopélvicas são: 
hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, região lombar direita, região umbilical, região lombar esquerda, região 
inguinal direita, hipogástrio e região inguinal esquerda.
 8. A cavidade abdominopélvica também pode ser dividida em quadrantes, passando-se uma linha horizontal e uma linha ver-
tical pelo umbigo. As denominações dos quadrantes abdominopélvicos são: quadrante superior direito (QSD), quadrante 
superior esquerdo (QSE), quandrante inferior direito (QID) e quadrante inferior esquerdo (QIE).
_Livro_Tortora_CH.indb 21_Livro_Tortora_CH.indb 21 15/09/16 11:2915/09/16 11:29
22 Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia
RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DAS FIGURAS
 1.1 Órgãos têm uma forma reconhecível e consistem em dois 
ou mais tipos diferentes de tecidos que têm uma função 
específica.
 1.2 A diferença básica entre os sistemas de retroalimentação 
negativa e positiva é que, nos sistemas de retroalimen-
tação negativa, a resposta se contrapõe a uma alteração 
em uma condição controlada; e nos sistemas de retroali-
mentação positiva, a resposta reforça a alteração em uma 
condição controlada.
 1.3 Se um estímulo provocou a diminuição da pressão sanguí-
nea, a frequência cardíaca deveria aumentar, em virtude 
da operação deste sistema de retroalimentação negativa.
 1.4 Como os sistemas de retroalimentação positiva intensi-
ficam continuamente ou reforçam o estímulo original, é 
necessário algum mecanismo para terminar a resposta.
 1.5 Uma verruga plantar é encontrada na planta do pé.
 1.6 Não, o rádio é distal ao úmero. Não, o esôfago é posterior 
à traqueia? Sim, as costelas são superficiais aos pulmões. 
Não, os colos ascendente e descendente são contralate-
rais. Não, o esterno é medial ao colo descendente.
 1.7 O plano frontal divide o coração em partes anterior e 
posterior.
 1.8 O plano sagital mediano divide o encéfalo em lados 
iguais direito e esquerdo.
 1.9 Bexiga urinária � P, estômago � A, coração � T, intesti-
no delgado � A, pulmões � T, órgãos genitais femininos 
internos � P, timo � T, baço � A, fígado � A.
 1.10 Algumas estruturas no mediastino incluem o coração, 
esôfago eaorta.
 1.11 O fígado se situa principalmente no epigástrio; o colo as-
cendente na região lombar direita; a bexiga urinária no 
hipogástrio; o apêndice na região inguinal direita.
 1.12 A dor associada à apendicite seria sentida no quadrante 
inferior direito (QID).
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