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2015-02-22 1 Nemathelminthes Características Gerais São vermes cilíndricos,com simetria bilateral Dismorfismo sexual,exceção do Strongyloides Não segmentados Tubo digestivo completo (boca-anus) Sistemas circulatório e respiratório ausentes Aparelho reprodutivo simples Classe Nematoda Helmintos cilíndricos,alongados Tamanho variável,de poucos milímetros, a centímetros e metros. Tubo digestivo completo Sexos distintos,onde o macho é menor que a fêmea Corpo revestido por cutícula acelular,lisa ou com estrias. A extremidade posterior no macho é recurvada enquanto na fêmea é reta. 2015-02-22 2 Strongyloides stercolaris Introdução É o menor nematódeo que parasita o homem. A única forma que habita o intestino delgado é a fêmea partenogenética. O seu ciclo evolutivo passa por duas fases, onde o macho só existe na fase do ciclo de vida livre,e onde machos e fêmeas são capazes de viver no solo. Causador da estrongiloidíase. Morfologia Fêmea Partenogenética => mede cerca de 2,2 mm. Filiforme,branca,boca pequena,esôfago estreito e cilíndrico. É ovovípara => do útero saem 4 a 5 ovos com a larva dentro. Larva Rabditóide=> provinientes da fêmea partenogenética,ainda no duodeno. São encontradas nas fezes. Mede cerca de 200 micras. Larva Filarióide=>cerca de 500 micras.Esôfago retilíneo,cauda entalhada. Infectante muito ativas,permanecem vivas 5 semanas. Morfologia A fêmea de vida livre (A) mede 1-1,5 mm; o macho (B) 0,7 mm; a larva L1 (D) 200 a 300 µm; e L2 (E) 500 µm. Os ovos (C) não são vistos nas fezes. Morfologia Macho=> Mede cerca de 0,7 mm. Esôfago rabdtóide. => extremidade posterior recurvada com dois espículos. Fêmea=> Cerca de 1,5 mm. Esôfago rabditóide. => extremidade posterior afilada e romba. Fêmea Partenogenética 2015-02-22 3 Larva Rabditoíde- Larva Rabditoíde Larva Filarióide Habitat e Ciclo Fêmeas vivem mergulhadas nas criptas da mucosa duodenal,principalmente nas glândulas de Lieberkühn e porção superior do jejuno. Ciclo=> Direto e Indireto. Fatores que determinam o ciclo a) Temperatura b) Insolação c) Textura do solo d) Constituição cromossômica das larvas=> triplóides (3n) => 3 tipos de ovos=> L.R. triplóides => L.F. => infectantes. L.R. haplóides=> macho L.R. diplóides=> fêmea de vida livre Fecundação – não há fusão do núcleo masc com o oócito Reprodução por partenogênese meiótica L4 larvas 3n - L3 L4 L5 2015-02-22 4 Larvas filarióides penetram VIA CUTÂNEA Até 5 semanas Chegam circulação venosa – átrio e ventrículo direito Artérias pulmonares - parede capilares Álveolos- bronquíolos – brônquios – traquéia - laringe Deglutidas – chegam cavidade intestinal – vermes adultos (apenas fêmeas parasitas) VIA DIGESTIVA – ingestão água com larvas – possível, mas pouco usual Não há migração pulmonar Desenvolvimento larva no intestino – vermes invadem a mucosa Transmissão Hetero infecção ou Primo=> mais usual, larvas filarióides infectantes penetram pela pele (pé). Auto Infecção interna=> endógena As larvas rabdtóide ainda na luz do intestino=>filarióide=> mucosa intestino=> vasos sgneos=> Ciclo pulmonar. É grave => crônica=> doença persiste de meses a anos. Hiperinfecção=> freqüentemente fatal imunodeprimidos. Há fêmeas partenogenéticas por todo organismo Auto infecção externa=> exógena L.R. perianal L.F. ciclo pulmonar. Crianças. Patogenia e Sintomas Depende : carga parasitária,nutrição imunidade Invasão cutânea => pode ser desapercebida ou apresentar: alergia recorrente, erupções,pontos ou placas eritematosa,prurido. Comum entre os dedos dos pés,dorso e tornozelo. Região perianal=> urticária variável. Patogenia e Sintomas Períodos de migração=> lesão pulmonar. =>síndrome de Loeffler 15 a 40% eosino. =>hemorragias petequiais ou profusasdependendo nº de larvas. => casos mais sérios pneumonia => escarros sanguinolentos e crises asmáticas. Patogenia e Sintomas Lesão intestinal=> surtos de diarréia intercalam-se às vezes com períodos de constipação. => dores abdominais, vômitos,perda de peso=> enterite catarral => anemia variável ,diminuição de proteínas. Disseminada=> são encontradas larvas nos rins,fígado, peritônio,estômago,cérebro => causa deterioração precoce e morte em imunodeprimidos com infecção bacteriana 2ª. Morte=> íleo paralítico,caquexia. 2015-02-22 5 Diagnóstico Clínico=> Difícil.Queixa de dor semelhante à úlcera gastroduodenal. Laboratorial=> Exames de fezes por métodos mais específicos. Baermann ou Rugai=> hidro e termotropismo das larvas. Extraem as larvas da massa fecal. Larvas nas secreções=>fluído brônquico,drenagem duodenal. Coprocultura=>usado o de Harada-Mori (t.ensaio) Testes imunológicos ELISA Raio X=> estreitamento da luz intestinal. Tratamento Tiabendazol (Tiaben)=> é o de 1ª escolha. Muito eficaz para as fêmeas partenogenéticas ,não para as formas larvárias na c.s. e tecido pulmonar. Albendazol(Zentel) =>atua nas fêmeas e larvas . Dose: 400 mg/dia por 3 dias. Ancylostoma sp. Família Ancylostomidae Ancylostoma duodenale Necator americanus Ancylostoma ceylanicum Ancylostoma caninum Ancylostoma braziliensis Ancylostoma duodenale Necator americanus Ancilostomoses “Jeca Tatu não é assim, ele está assim !” 2015-02-22 6 Introdução Helmintos nematóides Espécies que parasitam o homem, cães, gatos e outros vertebrados. Homem: Necator americanus Ancylostoma duodenale Ancylostoma ceylanicum Outras espécies que podem ser encontradas no homem: Ancylostoma brazilienses Ancylostoma caninum Toxocara canis Estimativa de parasitados no mundo 900milhões 60 mil óbitos ao ano Larva migrans cutânea visceral e ocular Morfologia As espécies de ancilostomídeos são muito semelhantes entre elas. Diferenças morfológicas acontecem na cápsula bucal. Apresentam diferentes formas conforme o estágio do ciclo biológico. a) Vermes adultos, fêmeas e machos b) Ovos c) larvas rabditóides d) larvas filarióides Verme adulto Cilíndricos , revestidos por uma cutícula resistente Apresentam extremidade cefálica curvada dorsalmente, dando ao verme o aspecto de gancho. Apresentam cápsula bucal com a qual o helminto se prende a mucosa do duodeno. Caracterização das diferentes espécies Morfologia Macho São menores que as fêmeas 8 a 11 mm de comprimento por 400 µm de largura Apresentam a extremidade posterior com bolsa copuladora. Fêmea Medem em torno de 10 a 18 mm de comprimento por 600 µm de largura Abertura genital no terço posterior do corpo Extremidade posterior afilada com um processo espiniforme terminal (A. duodenale). Morfologia Ovos São eliminados pelas fêmeas após a cópula nas fezes, apresentando-se como uma massa de células envolvidas por uma membrana. A. duodenale – 20.000 a 30.000 ovos/dia N. americanus – 9.000 ovos/dia * A segmentação do ovo inicia nas fezes e, de acordo com as condições, e acaba por desenvolver uma larva. 2015-02-22 7 Casca fina lisa e incolor Células em estágio de clivagem Morfologia Ancylostoma duodenale Extremidade anterior curvada dorsalmente Cápsula bucal profunda com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca e um par de dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula bucal Dimorfismo sexual bem acentuado Morfologia Ancylostoma ceylanicum Apresentam cápsula bucal com dois pares de dentes ventrais, sendo um de dentesgrandes e outro de dentes pequenos Necator americanus Cápsula bucal com duas lâminas ou placas cortantes na margem interna da boca em situação subventral e duas outras lâminas em situação subdorsal com um dente longo, ou cone dorsal no fundo da cápsula bucal. Fêmea não possui processo espiniforme terminal A. duodenale A. ceylanicum N. americanus fêmea A. duodenale fêmea N. americanus macho N. americanus 2015-02-22 8 Morfologia Larva Rabditóide primeiras larvas a eclodirem do ovo (L1); apresentam esôfago rabditóide vestíbulo bucal longo; presença de vestígio de primórdio genital visível Larva Filarióide larvas de terceiro estádio (L3); apresenta esôfago filarióide cauda pontiaguda presença de bainha Larva rabditóide Larva filarióide ≠ Larvas Epidemiologia Epidemiologia A. duodenale Europa, África, Ásia ocidental, China e Japão. N. americanus África, sul da China e da Índia, Américas. No Brasil A. duodenale 20 a 30 % N. americanus 70 a 80 % Em adultos < 50 vermes Benígna > 50 e < 200 Signif. clínico (anemia) > 200 e < 500 Infecção média > 1000 Infecção intensa 2015-02-22 9 Ciclo Biológico 1ª No meio externo – vida livre Ovo, ovo embrionado, L1, L2 e L3 Duas fases 2ª No hospedeiro definitivo – vida parasitária L3, L4, L5 e Adulto Ciclo Biológico Infecção ativa (percutânea) Ovos (intestino delgado) meio exterior embrionia larva L1 larva L2 larva L3 penetração cutânea circulação coração pulmões (L3 L4) traquéia, faringe e laringe intestino delgado (L4 L5 verme adulto ) ****No intestino delgado após 15 dias de infecção ocorre a diferenciação de L4 em L5 e a diferenciação de L5 em verme adulto ocorre com 30 dias de infecção Transmissão Infecção por Ancylostoma A penetração das formas infectantes pode acontecer por via transcutânea ou por via oral: 1. Via transcutânea: migração parasitária e realização de ciclo pulmonar 2. Via oral: larvas ingeridas com alimentos ou com água contaminada completam sua evolução no tubo digestivo sem fazer ciclo pulmonar **. **Exceção: N. americanus Patogenia e Sintomas Larvas na pele Lesões traumáticas vasos Sensação de “picada” Hiperemia Prurido edema Processo inflamatório ou dermatite urticariforme 2015-02-22 10 Patogenia e Sintomas Intensidade das lesões Lesões mais axacerbadas = reinfecções Reações de hipersensibilidade imediata Reações de Hipersensibilidade retardada Número de larvas Sensibilidade do hospedeiro Patogenia e Sintomas Infecções secundárias pústulas e pequenas ulcerações Lesões cutâneas são mais freqüentes por Necator do que por A. duodenale e A. ceylanicum Dermatites tendem a cesar após 10 dias de instaladas Alterações pulmonares raras T o s s e Tosse de longa ou curta duração Febrícula Patogenia e Sintomas Parasitismo intestinal Dor epigástrica Diminuição de apetite Indigestão Cólica Indisposição Náuseas Vômitos Flatulências Deposição de ovos Patogenia e Sintomas Principal sinal da ancilostomose!! ANEMIA MICROCITICA E HIPOCRÔMICA A. duodenale > hematofagismo A. ceylanicum ainda não está definido o volume de sangue ingerido pelo verme Patogenia e Sintomas Também irá ocorrer: Leucocitose Eosinofilia Baixa taxa de hemoglobina Deficiência de ferro Hipoalbuminemia Ainda: Diminuição do apetite Apetite depravado (“síndrome de pica”) geofagia 2015-02-22 11 Patogenia e Sintomas Dois aspectos distintos da ancilostomose: Fase aguda Fase crônica Migração da larva (tecidos cutâneo e pulmonar) Vermes adultos no intestino delgado Presença do verme adulto Expoliação sanguínea Deficiência nutricional Patogenia e Sintomas IMUNOLOGIA Fase aguda Eosinofilia e pequeno ↑ IgG e IgE Fase crônica Eosinofilia com ↑ de IgE total e de anticorpos específicos IgG, IgA e IgM, detectados pela imunofluorescência, ELISA e hemaglutinação. Patogenia e Sintomas A ancilostomose crônica é mais permanente em reinfectados Na primoinfecção o quadro de anemia pode persistir por muitos anos Os ancilostomídeos tem uma longevidade média de 5 anos Patogenia e Sintomas Exame histológico da área de implantação do ancilostomideo no duodeno revela: Processo inflamatório Eosinófilos integros e degranulados Neutrófilos e macrófagos Edema Diagnóstico Diagnóstico clinico Anamnese Síntomas cutâneos Sintomas pulmonares Sintomas intestinais Diagnóstico Diagnóstico laboratorial Exame de fezes Método quantitativo de Stoll Coprocultura (Harada e Mori) obtenção de L3 Testes imunológicos e sorológicos: Hemaglutinação Imunofluorescência Elisa Intradermorreação (reação de hipersensibilidade imediata) 2015-02-22 12 Profilaxia Engenharia sanitária Educação sanitária Suplementação alimentar Dar destino seguro as fezes humanas Lavar sempre as mão antes das refeições Lavar bem os alimentos que são comidos crus Tratamento PAMOATO DE PIRANTEL Inibe a colinesterase causando a paralisia do verme. (10-20mg/kg/3 dias) (Piranver, Combantrin) MEBENDAZOL Age bloqueando a captação de glicose e aminoácidos. (100mg/2 vezes ao dia/3 dias) (Pantelmin, Sirben) ALBENDAZOL Larvicida (Zentel) (400mg/dia, dose única) Suplemento alimentar Rico em proteínas e Ferro Anemia Sulfato ferroso BICHO GEOGRÁFICO OU LARVA MIGRANS CUTÂNEA Ancylostoma caninum Ancylostoma braziliense LARVA MIGRANS CUTÂNEA Agente etiológico: Ancylostoma caninum, Ancylostoma braziliense, nematóides típicos de cães e gatos, eventualmente podem afetar o homem. Hospedeiro: Único cães, gatos, eventualmente o homen Parasita: Monoxeno ou monogenético Ancylostoma caninum LARVA MIGRANS CUTÂNEA Ciclo biológico: Idêntico ao A.duodenale e N. americanus, no entanto quando as larvas L-3 de ancilostomídios penetram ativamente na pele humana emigram para região subcutânea, elas permanecem por algum meses e morrem. A medida que elas se locomovem deixam para trás um rastro sinuoso(bicho geográfico), eventualmente as larvas chegam aos pulmões e são eliminadas pelo catarro, mais eventualmente pode ocorrer a infestação do intestino delgado. LARVA MIGRANS CUTÂNEA Sintomas: As partes atingidas geralmente são os pés, pernas,nádegas, mãos,podendo atingir boca e palato, Ocorre uma lesão eritemo-papulosa, causando intenso prurido, pode ocorrer reação alérgica e comprometimento pulmonar. 2015-02-22 13 Formas clínicas LARVA MIGRANS CUTÂNEA LARVA MIGRANS CUTÂNEA Diagnóstico:Baseia-se no exame clínico: anamnese, sintomas e aspecto dermatológico da lesão, caracterizado por erupção linear e tortuosa na pele. Tratamento:Nos casos mais benignos o tratamento pode ser dispensado, uma vez que a infecção pode se resolver espontaneamente ao fim de alguns dias. uso tópico, a droga de escolha é o tiabendazol, sendo recomendado a aplicação de pomada, quatro vezes ao dia Profilaxia Tratar cães e gatos Não levar cães e gatos para praia ( local de grande infestação, pois as larvas preferem solo quente úmido); Toxocara canis – Larva Migrans Visceral É um nematódeo comum em cães e gatos que pode ser adquirido a partir da ingestão dos ovos pela placenta, pelo leite materno ou as larvas penetram através da pele e atingem os intestinos, depois de migrar pelo corpo do animal. Esses vermes que seus filhos poderão apanhar brincandocom um cão ou gato, podem também ser apanhados sem a participação direta do animal, pois os TOXOCARAS podem também ser pegos pelas crianças ao brincar na praia, ou mesmo em terrenos infestados pelas larvas. Larva Migrans Visceral Larva de Toxocara canis (Cães e gatos); Humanos: Ovos (L3) + alimentos > Intestino delgado > eclodem > larva penetra na mucosa > circulação > fígado, pulmões, olhos e SNC; A larva não sofre mudas / permanece migrando por semanas ou meses; 2015-02-22 14 Larva Migrans Visceral Processo inflamatório (resposta imune); Sintomas ou não; Quando estes vermes estão presentes nos seres humanos, provocam migração das larvas nos órgãos internos (olho e principalmente o fígado) conhecidos como "larva migrans visceral." É considerada mais séria pois pode causar a morte, principalmente em crianças. Destruição da larva / regressão do processo inflamatório e dos sintomas; Diagnóstico: Biopsia dos órgãos; Imunológico (ELISA); Imagem (Tomografia). Larva Migrans Visceral Tratamento: Anti- helmínticos (Albendazol, Tiabendazol etc.); Anti- histamínicos, corticóides etc.; Larva migrans ocular: Cirurgia para remoção do parasita. Profilaxia: realizar um esquema de vermifugação correta, através da orientação de um médico veterinário, fazer a higiene do animal, dar destino adequado as fezes dos animais desinfectando canil ou local onde o animal vive, fazer com que a criança lave as mãos após manusear o seu animal de estimação, evitar que as crianças brinquem em areia onde os animais usam como banheiro. Ascaris lumbricoides e Ascaríase Ascaris lumbricoides Introdução é o maior nematódeo intestinal. É encontrado em todo mundo. Estima-se 30%da pop. esteja infectado por ele. A patologia é conhecida como ascaridíase, ascariose, lombriga ou bicha. Morfologia O tamanho do adulto vai depender do nº de formas albergadas pelo hospedeiro e do estado nutricional do indivíduo. MACHO mede cerca de 20 a 30 cm. branco leitoso vestíbulo bucal3 fortes lábios. esôfago musculoso e reto. e.p. recurvada com 2 espículos que ajudam na cópula 2015-02-22 15 Ascaris lumbricoides - Macho Morfologia FÊMEAmaior que o macho,mede cerca de 30 a 40cm, e mais grossa. Cor,boca,ap. digestivo semelhante ao macho. Tem dois ovários enovelados que continuam como ovidutos se diferenciam em úteros que vão unir em uma vagina,localizada no teço anterior.Produz cerca de 200.000 ovos/dia Ex. posterior retilínea. Morfologia OVOS Férteis: cor castanha, grandes,cerca de 50 micras. Possuem uma membrana mamilonada externa,que precede 2 outras conferindo resistência ao ovo. Internamente células germinativas Inférteis: mais alongados,com citoplasma granuloso. Os ovos férteis são ovais ou quase esféricos e medem em torno de 60 x 45 µm (A). Eles têm uma delgada casca interna, impermeável; outra média, quitinosa; e a mais externa é albuminosa, espessa e com rugosidades grosseiras. No solo, embrionam em 2 semanas (entre 20 e 30ºC) e se tornam infectantes dentro de outra semana (B). Mas podem permanecer aí infectantes durante um ou mais anos. Os ovos de áscaris são abundantes no chão do peridomicílio poluído com fezes humanas, e podem ser suspensos no ar, com a poeira, pela ação dos ventos. Quando isoladas ou mais numerosas que os machos, as fêmeas podem por ovos inférteis, mais alongados (C), que não embrionam. 2015-02-22 16 Transmissão Ingestão de ovos infectantes (L3),junto com alimentos líquidos ou sólidos ,contaminados. Através de insetos e poeira. Mãos contaminadas (debaixo das unhas) Habitat I.D. do homem,principalmente jejuno e íleo. Podem ficar presos à mucosa,pelos lábios ou migrarem pela luz intestinal. Os vermes localizam-se, em geral, nas alças jejunais (90%); o resto no íleo. Raramente migram para o duodeno, estômago ou outros lugares. Mas, crianças muito parasitadas podem eliminar alguns pela boca ou pelas narinas. Os áscaris mantêm-se em atividade constante, movendo-se quase sempre contra a corrente peristáltica. Aí, se nutrem de materiais semi-digeridos ou outros, dispondo para isso de todas as enzimas necessárias. Ciclo Biológico Monoxênico A fêmea capaz de botar mais ou menos 200.000/dia. Ovos nas fezesembrionam-se (15 dias)L1 L2L3 (ovo) infectante e viáveis vários meses a anos. L3eclodem no I.D. As larvas c.s. fígado(18-24 h) 2015-02-22 17 Migração larvária pela circulação (trajeto azul) e pelos órgãos cavitários: árvore respiratória, faringe, esôfago, estômago e intestinos (trajeto vermelho). Ciclo Biológico 4 a 5 dias chegam no pulmão(ciclo pulmonar-fase migratória) 8 a 9 diasL4 L4 caem nos alvéolosL5 L5brônquiostraquéiafaringe podem ser expelidas ou deglutidas. DeglutidasI.D. (20-30 dias) V.A. A fase pulmonar é chamada “Ciclo de Looss”. Resistência aos Ascaris Instalados no intestino, os áscaris têm uma longevidade estimada em 1 a 2 anos. Em geral, apenas uma de cada seis pessoas parasitadas apresenta manifestações clínicas decorrentes do parasitismo. A razão está no pequeno número de áscaris que elas carregam. A resistência do organismo contra esses parasitos faz-se com a inflamação provocada pelas larvas de 2º e de 3º estádios, nos tecidos. Em conseqüência, elas são destruídas principalmente nos pulmões. O sistema imunológico reage, também,intensamente,produzind o anticorpos contra os antígenos que são liberados durante as mudas. As larvas de 4º estádio e os adultos são menos antigênicos que as anteriores,não concorrendo para produzir anticorpos protetores como aquelas. Patogenia e Sintomas 1) FASE TECIDUAL: (larvar) No Fígado pequenos focos hemorrágicos e de necrose,que depois se tornam fibrosados. Em infecções intensas ou repetidas hepatomegalia. Patogenia e Sintomas No Pulmão quando da passagem para os alvéolos pontos hemorrágicos. Dependendo do nº de larvas : tosse,febre baixa,pneumonia, alergia, eosinofilia SÍNDROME DE LÖFFLER Catarro mucosanguinolento podendo ter larvas. Normalmente, esses sintomas desaparecem em poucos dias sem deixar traços. Mas, em crianças pequenas e em pessoas hipersensíveis, a gravidade pode ser alta. 2015-02-22 18 Patogenia e Sintomas 2) FASE INTESTINAL: (V.A) Inf. Pequena(3-4) sem sintoma Inf. Média ou maciça,temos : Ação Espoliadora grande quantidade de Pt,carboidratos,lipídeos,vit.A e C subnutrição e retardo físico e mental,palidez. Ação Tóxica reação Ag-Ac edema urticária,convulsões. Ação MecânicaObstrução Intestinal dor,enovelamento. Complicações na fase crônica Espasmos, volvo, intussuscepção (invaginação de um segmento intestinal em outro), obstrução intestinal por um bolo de áscaris, peritonite etc., são complicações dramáticas que podem levar o paciente à morte. Segundo as es- tatísticas hospitalares, cerca de 45% das obstruções por bolo de Ascaris ocorrem em crianças com menos de 2 anos de idade. Patogenia e Sintomas Localizações Ectópicas paciente com grande carga parasitária, ou nos casos em que o verme adulto,desloca-se para outros locais como: apêndice, ducto biliar,fígado Denomina-se : Áscaris Errático Podemos ter: Apendicite,pancreatite,obstruçã o colédoco, eliminação do V.A pela boca ou nariz. Imagem negativa de um Ascaris, em estômago contendo contraste radiológico. Diagnóstico Laboratorial encontro dos ovos característicos nas fezes (férteis ou inférteis) Método Concentração por Sedimentação é mais recomendado do que o Flutuaçãoparasitológico Testes sorológicosELISA2015-02-22 19 Tratamento Dieta rica e de fácil absorção. Medicamentos: *Mebendazol líq. ou em comp. 98% de eficácia. Dose: 100 mg 2 x/dia por 3 dias.Repetir após 20 dias. Tratamento *Palmoato de Pirantel Eficácia 80 a 100% Dose: 10 mg/kg em dose única. * Albendazolé o mais recente. Dose: única de 400 mg (200 2x/dia) 97% eficácia,sem efeito colateral Tratamento *Citrato de Piperazinaeficácia de 80a 100 %,raros efeitos colaterais. Dose: 75mg/kg/dia,por 5 a 7 dias. Indicada para a obstrução intestinalrelaxa a musculatura do helmintoeliminado pelo peristaltismofacilita a desobstruçãoeliminação do verme. Tratamento * Corticóides alivia os sintomas da fase pulmonar * Drogas através de sondas nasogástrica ou cirurgia (enterotomia) Obstrução Jejum, alimentação parenteral,laxativos suaves (nujol) Profilaxia Ingerir somente água tratada. Lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los. Lavar sempre as mãos. Não defecar em locais inapropriados. Enterobius vermicularis 2015-02-22 20 Enterobius vermiculares A enterobíase, enterobiose ou oxiurose, é a verminose intestinal devido ao Enterobius vermicularis. Mais conhecido popularmente como oxiúrus. A infecção costuma ser benigna, mas incômoda, pelo intenso prurido anal que produz e por suas complicações, sobretudo em crianças. O homem é o único hospedeiro. Enterobius vermiculares CLASSIFICAÇÃO : Classe Nematoda Ordem Oxyurida Família Oxyuridae Gênero Enterobius Espécie Enterobius vermicularis Morfologia Cor branca; Filiforme; Extremidade anterior (lateralmente): “Asas Cefálicas”; Dimorfismo sexual. Morfologia Fêmea maior que o macho; Fêmea fusiforme, extremidades finas; Macho com extremo posterior enrolado ventralmente; Cutícula dos vermes adultos e branca, brilhante e finamente extriada no sentido transversal. Morfologia Fêmea: 1 cm comprimento; 0,4 mm diâmetro; Esôfago com bulbo; Cauda pontiaguda e longa; Vulva na porção anterior; Vagina; 02 úteros. Morfologia Fêmea 2015-02-22 21 Morfologia Fêmea Morfologia Macho: 0,8 cm comprimento; 0,2 cm diâmetro; Cauda encurvada; Espículo; 01 testículo. Morfologia Macho Macho Morfologia Parede do corpo com musculatura tipo Meromiario Aparelho digestivo: começa com a boca, na extremidade anterior, envolvida por três pequenos lábios, esôfago longo e musculoso, intestino retilíneo que vai ate o reto, nas fêmeas o anus corresponde a cauda. Morfologia 2015-02-22 22 Os ovos aparecem ligeiramente achatados de um lado; Superfície viscosa; A casca possui três camadas: externa (albuminosa), intermediaria (quitinosa), interna (lipóide); Transparentes e incolores; Uma larva formada no interior. Morfologia Morfologia Larva Camada externa Camada intermediaria Camada interna Ovo de Enterobius vermicularis HABITAT Vivem no cólon (ceco e apêndice) As fêmeas repletas de ovos (5 a 16 mil) são encontradas na região perianal. Na mulher pode ser encontrado parasitando a região vaginal. Ciclo Biológico Fêmeas região perianal libera os ovosinfectantes. Os ovos raramente são encontrados em amostras fecais. Larvas eclodidas na região perianal migram através do reto para o int. grossodesenvolve para a fase adulta. 2015-02-22 23 TRANSMISSÃO Pelas mãos contaminadas com os ovos e levados à boca. Muito comum a infecção e a reinfecção entre crianças em ambientes coletivos. Os mecanismos podem ser: Heteroinfecção: ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro(primoinfecção) TRANSMISSÃO Indireta: poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro. Auto Infecção Externa ou Direta: a criança e raramente o adulto levam os ovos da região perianal à boca. Auto Infecção Interna: raro larvas eclodem no reto vão para o ceco V.A. Retroinfecção: larvas da região perianal voltam até o ceco V.A. PATOGENIA E SINTOMAS Muitos casos assintomáticos. Raramente causam lesões graves geralmente limitada a pequenas ulcerações e leve inflamação. Metade dos sintomas relatados: Dor abdominal Sintomas associadas à migração da fêmea grávida para fora do anus: a- Hipersensibilidade forte prurido,os ovos ficam nas mãos patognômino. PATOGENIA E SINTOMAS b- Náusea leve ou vômito c- insônia,irritabilidade, d- irritação da mucosa intestinal, e- irritação da vulva em meninas. DIAGNÓSTICO Clínico: Prurido noturno. Laboratorial: pesquisa de ovos pelo método de Graham fita adesiva. Logo pela manhã quando o paciente acordar. 2015-02-22 24 TRATAMENTO Enemas com água morna. Necessário tratar toda a família Medicamento: 1ª escolha Palmoato de pirantel em dose única maior eficácia. Mebendazol 100mg/2x/dia por 3 dias. Quando infecção de Áscaris + Enterobius Palmoato de Pirantel medicação única PROFILAXIA Saneamento básico Educação sanitária Tratar doentes Lavar roupas de cama ( do hospedeiro) diariamente, ao recolher a mesma não sacudir pois os ovos podem ser aspirados Cortar unhas Trichuris trichiura Trichuris trichiura Causador da infecção de nome tricuríase. Trichocephalus seria o termo mais apropriado,o V.A possui a porção anterior afilada em forma de cabelo. Parasitismo semelhante ao Áscaris nº de ovos,resistência ao meio, modo de transmissão. Comum em regiões de clima quente e úmido. Morfologia O verme adulto tem aspecto de chicote,com a extremidade anterior afilada e mais comprida e a posterior robusta. Macho: Mede cerca de 3 cm. Extremidade posterior recurvada ventralmente com um espículo protegido por uma bainha. 2015-02-22 25 Morfologia - Adultos Morfologia Fêmea: Mede cerca de 4 cm,com a extremidade romba e reta. Ovo: Aspecto de um barril (bandeja) arrolhado nas duas extremidades por uma massa mucóide transparente. Casca formada por duas membranas que envolvem as células germinativas. Cor castanha. Habitat e Ciclo No ceco,com a extremidade anterior fixada pela projeção pontiaguda. Fêmeas ovos não infectantes nas fezes solo contaminação dos alimentos com os ovos infectantes. Transmissão Ingestão de alimentos sólidos ou líquidos contaminados pelo ovos,através da ação do vento ou água por serem extremamente resistentes ao meio. 2015-02-22 26 PATOGENIA E SINTOMAS Infecções leves assintomática Mais comum (6 a 8 vermes) Infecções pesadas 500 a 5000 vermes Colite ulcerativa em crianças. Inflamação intestinal nos adultos úlceras e abcessos. . PATOGENIA E SINTOMAS Diarréia mucosanguinolenta Perda de peso e anemia Dor Colite Prolapso retal (patognomônico) Infecção crônica impede o crescimento.Pode ficar de 6 a 8 anos. Patogenia • Prolapso retal - NE DIAGNÓSTICO Laboratorial : Encontro dos ovos pelos métodos de concentração como sed. espontânea ou centrifugação. Método de Kato. TRATAMENTO Alimentação leve,rica em pts.,vit. e fibras facilitam o trânsito sem provocar diarréia. Mebendazol : 90% cura. Palmoato de Oxipirantel (Tricocel): forma líquida e sólida. Dose: 6-8 mg/kg para adultos e crianças em dose única. Albendazol: mais recente Profilaxia Educação sanitária Saneamento básico Fossas sépticas Diagnóstico e tratamento dos positivos Tratamento periódico em massa após diagnóstico Proteçãodos alimentos, poeira e insetos Higiene pessoal - lavar mãos antes da alimentação – solo. 2015-02-22 27 Wuchereria bancrofti Filariose ou Elefantiase Filariose Ou filaríase é uma doença parasitária, considerada como doença tropical infecciosa, causada por nematóides filariais da superfamília Filarioidea, também conhecida como Filariae. A forma sintomática mais peculiar da doença é a filaríose linfática, denominada elefantíase: um engrossamento da pele e tecidos subjacentes. A elefantíase é causada quando o parasito obstaculiza o sistema linfático, afetando principalmente as extremidades inferiores, embora a extensão dos sintomas dependa da espécie de filária envolvida. Agente Etiológico Wuchereria bancrofti (África e Américas) Brugia malayi (sul e sudeste da Ásia e Pacífico Oriental) Brugia timori (leste da Indonésia e ilha do Timor Filariose Linfática • Onchocerca volvulus – oncocercose ou cegueira dos rios • Dirofilaria immitis– parasita cães (zoonose), casos humanos • Mansonella ozzardi- não patogênica, comum na Amazônia HISTÓRICO E EPIDEMIOLOGIA Fonte: OMS, 2001 Filo – Aschelminthes (vermes cilíndricos, simetria bilateral) Classe – Nematoda (tubo digestivo completo) Ordem – Filariidae (vermes finos, parasitam sistema circulatório, linfático; necessitam de hospedeiro invertebrado) Família - Onchocercidae Atinge 80 países Saúde Pública 1956 Culex quinquefasciatus Condições ambientais Homem –fonte de infecção 2015-02-22 28 EPIDEMIOLOGIA São 112 milhões de infectados em 80 países, um terço no subcontinente indiano, um terço na África e o restante no sudeste asiático, ilhas a oeste do Pacífico e Américas . As regiões de maior prevalência são zonas úmidas com temperatura entre 27 e 30 °C. No Brasil a parasitose apresenta distribuição urbana e focal em Recife, Maceió, Belém. Em Olinda, Jaboatão e Paulista ela está em expansão. Epidemiologia no Brasil Fonte: Neves Vermes adultos http://xyala.cap.ed.ac.uk/research/nematodes/fgn/pnb/wuchban.html Fêmeas Machos extremidade final enrolada 3,5 a 4 cm7 a 10 cm Habitat: vasos e gânglios linfáticos (vivem em média 4 a 6 anos). Macho e fêmea adultos removidos de um vaso/gânglio linfático Secção de adultos parasitas num vaso linfático • Vermes por “novelo”~20 • Reação inflamatória, obstrução MORFOLOGIA • Microfilária, larvas ou embrião – possuem uma membrana extremamente delicada e que funciona como uma bainha flexível (250 à 300 mm) . Microfilárias 2015-02-22 29 • As microfilárias paridas no interior dos ductos e vasos linfáticos acumulam-se no interior da rede vascular sanguínea dos pulmões. Ao anoitecer as larvas aparecem na circulação sanguínea periférica e seu número aumenta progressivamente até as primeiras horas da madrugada. BIOLOGIA Vermes machos e fêmeas adultos – vasos e gânglios linfáticos; Localização – abdominal, pélvica, mamas, braços, cordão espermático; Microfilárias no sangue periférico; Periodicidade; Ciclo Heteroxênico; Larvas de primeiro, segundo e terceiro estádios. Biologia - Periodicidade • Microfilárias com periodicidade noturna (com pico às 24:00hs) • Durante o dia se localizam nos capilares profundos principalmente do pulmão • O pico da microfilariemia coincide com o período preferencial de hematofagismo do Culex quiquefasciatus Fonte: www.dpd.cdc.gov/dpdx Mosquito durante repasto (L3 entra na pele) ESTÁGIOS NO HOMEM Adultos nos Linfáticos Eliminação de Microfilárias que migram dentro de vasos sanguíneos e linfáticosMosquito durante repasto (ingere f) Estágio Infectante Estágio Diagnóstico fs no sangue periférico penetram no mosquito pela probóscida e migram para os musculos toráxicos Larva L1 L3 Migra para a cabeça e probóscida do mosquito ESTÁGIOS NO MOSQUITO TRANSMISSÃO • Homem: adquirem a infecção após serem picados pelo inseto infectado que deposita larvas durante o repasto sanguíneo. • Hospedeiros intermediários: o mosquito ingere microfilárias quando se alimenta do sangue de uma pessoa infectada. Vetores Anopheles spCulex quiquefasciatus Transmissor por excelência • Fontes de infecção: indivíduos com microfilaremia •Larvas: encontradas no inseto vetor: L1 ( 300 m), L2 (2X maior) e L3 infectante ( 1,5 a 2,0 m) 2015-02-22 30 VETOR PATOGENIA Infecção X Doença; Ação Mecânica – estase linfática e edema Ação Irritativa – vermes e metabólitos. Linfangite e linfadenite, urticárias e edemas; Ação Alérgica; Elefantíase – inflamação e fibrose crônica Hipertrofia da derme esclerose da derme hipertrofia da epiderme PATOGENIA Dependente da intensidade da resposta imunológica desenvolvida Patologia • Adenites: os linfonodos hipertrofiados tornam-se muito sensíveis ou mesmo dolorosos e em torno das filárias que aí se encontram, desenvolvendo granulomas com eosinófilos e histiócitos. • Linfangites: inflamação e dilatação dos vasos linfáticos formando varizes • Lesões genitais: funiculite filariana (linfangite do cordão espermático) e hidrocele (distensão e espessamento da túnica vaginal) Patologia e Sintomas • Linfoedema: acúmulo de linfa nos tecidos, devido difulcudade circulatória • Derrame linfático: cavidades serosas (pelura, peritôneo ou túnica vaginal do testículo • Outras complicações: derrame de líquido nas vias urinárias (linfúria) ou mais ramente nos intestinos (linforréia) e infecções secundárias 2015-02-22 31 • Eosinofilia pulmonar tropical (EPT): síndrome causada pela migração de microfilárias de W. Bancrofti para o pulmão. Origina uma doença intersticial pulmonar, e aumento importante de eosinófilos. Essa manifestação resulta de uma exacerbada resposta imunológica • Hematúria (presença de sangue na urina): pouco frequente na filariose, possivelmente a deposição de imunocomplexos na membrana basal glomerular seja responsável pela hematúria IMUNIDADE Depende do estágio evolutivo do parasito; Parece ser influenciada pelos diferentes tipos de respostas de citocinas; Microfilarêmicos assintomáticos - “imunossuprimidos” quanto às citocinas pró-inflamatórias Th1; Pacientes com elefantíase ou outras lesões crônicas – microfilárias no sangue periférico poucas ou ausentes. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Gota espessa – Giemsa; Biópsia de linfonodos; Diagnóstico sorológico; Detecção de Antígenos Circulantes. Diagnóstico Laboratorial Exame à fresco Gota espessa TRATAMENTO Tem três objetivos: Reduzir ou prevenir a morbidade, corrigir alterações (edema, hidrocele, elefantíase) e impedir a transmissão Citrato de Dietilcarbamazina (DEC) – microfilárias e vermes adultos (reações nodulares focais). Eosinofilia Pulmonar Reações Adversas: cefaléia, dores no corpo e nas articulações, mal-estar, anorexia, linfangite, orquite. Ivermectina (microfilárias) e Albendazol Correção de alterações: higiene local, uso de antibióticos, exercício do membro afetado, meias compressivas, cirurgias 2015-02-22 32 PROFILAXIA Educação e saneamento ambiental; Tratamento de todas as pessoas parasitadas; Proteção individual; Combate ao vetor – larvas e adultos. Onchocerca volvulus • Agente etiológico: Onchocerca volvulus • Endêmica em 37 países da África Ocidental e Central, México, América Central e do Sul e Iêmen • 15 milhões de indivíduos atualmente infectados • 217.000 indivíduos com cegueira decorrente da infecção Oncocercose Oncocercose conhecida como o "Mal do Garimpeiro". Onchocerca volvulus habita tecido subcutâneo humano; Ocorrência em Roraima e Amazonas; Vermes enovelados provocam a formaçãodos nódulos fibrosos; Larvas responsáveis por lesões: pele e globo ocular produzindo alterações meios transparentes e da retina levando a cegueira. Epidemiologia no Brasil Morfologia 2015-02-22 33 Microfilária •Ativas e dispersam no tecido conjuntivo da pele ; • Não ocorrem no sangue e abundantes na pele durante dia e noite; • Fêmeas apresentam 3 a 4 ciclos anuais e liberam 1 a 3 mil microfilárias por dia • Os parasitos adultos tem de 2 a 4 cm (macho) e de 30 a 50 cm (fêmea). • É transmitida pelo mosquito borrachudo Simulium spp – vivem 3 a 4 semanas Simulídeos Vetor da oncocercose: simulídeo ou “borrachudo” Principais vetores da Oncocercose no Brasil • Simulium guianense, Simulium incrustatum em terras altas • Simulium oyapockense e Simulium roraimense em terras baixas Ciclo vital de Onchocerca volvulus 2015-02-22 34 Ciclo Biológico Os borrachudos ingerem microfilárias pela hematofagia; no inseto, evoluem a microfilárias infectantes, que são reinoculados no hospedeiro definitivo; Microfilárias reinoculadas permanecem: na derme; migram para tecido conjuntivo, olhos, baço, rins, mesentério, gânglios linfáticos, formando aglomerados de adultos. Patogenia Período de desenvolvimento da doença é de 2 meses a 1 ano. Pele oncocercomas (granulomas, nódulos); hiperceratose (espessamento estrato córneo); atrofia glandular cutânea. Patogenia Lesões Linfáticas Microfilárias podem evoluir para fibrose dos nódulos linfáticos; Olho larvas cercadas por linfócitos e eosinófilos forma o pannus (se caracteriza por um infiltrado de origem inflamatória da córnea pelos vasos neoformados); Alterações do globo ocular, com lesão da córnea, da íris, do nervo óptico e da retina. Principais manifestações clínicas da oncocercose “Cegueira dos rios” “Pele de leopardo” Diagnóstico biópsia de pele, oftalmoscopia, nodulectomia, teste de Mazzotti (dose medicamento e manifestação cutânea) Prevenção eliminação dos focos do inseto e tratamento dos doentes. Tratamento Ivermectina mata microfilárias; Suramina – mata adulto (muito tóxico uso limitado). Nodulectomia – extirpação de oncocercoma.
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