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ARMAS PORTATEIS (2)

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Prévia do material em texto

OSTENSIVO CIAA-113/001 
ARMAS PORTÁTEIS 
MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO
2001
FINALIDADE: DIDÁTICA
1ª EDIÇÃO - 2ª REVISÃO/2001 
ATO DE APROVAÇÃO
OSTENSIVO I 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Aprovo, para emprego no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, a
publicação CIAA-113/001- ARMAS PORTÁTEIS. 
 Rio de Janeiro, RJ.
 Em de de 2001.
 NAPOLEÃO BONAPARTE GOMES
 Contra-Almirante
 Comandante
 Esta publicação foi elaborada cumprindo as normas do EMA-411.
 (Manual de Publicações da Marinha).
MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO
OSTENSIVO II 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
LISTA DE VERIFICAÇÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE
PUBLICAÇÃO: CIAA-113/001 // ARMAS PORTÁTEIS // 1ª EDIÇÃO -2001.
GERENTE: CIAA-113 ESCOLA DE ARMAMENTO E CONVÉS
ITEM APROVO
1. Conteúdo técnico do texto
correto e atualizado.
SIM
_________________________________________
PEDRO PAULO VICTOR SILVA
1ºSG-AM-AT
Revisor
2. Texto/Figuras: objeto, sucinto,
gramática correta e legível.
SIM
_________________________________________
OSVALDO RAIMUNDO PINHEIRO DE SOUZA
1º Tenente (AA)
Enc. da Escola de Armamento e Convés
3. Texto digitado de acordo com o
EMA-411 (Manual de Publi-
cações da Marinha) na forma-
tação padrão, com impressão
frente e verso legível.
SIM
_________________________________________
NORMA SUELI MAIA FIGUEIREDO
Capitão-de-Corveta (T)
Chefe do Departamento de Apoio ao Ensino
HOMOLOGO: ____/____/____.
_________________________________________
MAURÍCIO FERREIRA DA SILVA
Capitão-de-Fragata
Superintendente de Ensino
Í N D I C E
 PÁGINAS
 Folha de Rosto................................................................................................ I
 Ato de Aprovação........................................................................................... II
OSTENSIVO III 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Controle de qualidade..................................................................................... III
 Índice.......................................................................................................... IV e V
 Introdução....................................................................................................... VI
CAPÍTULO 1 - GRANADAS 
 1.1 Tipos de Granadas e Explosivos Utilizados................................................ 1-1
 1.2 Emprego e Funcionamento da Granada de Mão........................................ 1-8
 1.3 Segurança da Granada de Mão................................................................. 1-8
 CAPÍTULO 2 - SUBMETRALHADORA TAURUS 9mm MT-12/A
 2.1 Características.......................................................................................... 2-1
 2.2 Desmontagem e Montagem de 1º Escalão................................................. 2-3
 2.3 Funcionamento......................................................................................... 2-7
 2.4 Manuseio e Precauções de Segurança....................................................... 2-14
 2.5 Rotina de Conservação.............................................................................. 2-16
CAPÍTULO 3 - PISTOLA TAURUS 9mm
 3.1 Características........................................................................................... 3-1
 3.2 Medidas Preliminares para Desmontagem e Montagem.............................. 3-5
 3.3 Desmontagem e Montagem de 1º Escalão.................................................. 3-6
 3.4 Funcionamento.......................................................................................... 3-7
 3.5 Rotina de Conservação.............................................................................. 3-11
CAPÍTULO 4 - FUZIL “FAL” 7,62mm M-964
 4.1 Características........................................................................................... 4-1
 4.2 Medidas Preliminares para Desmontagem e Montagem............................... 4-2
 4.3 Desmontagem e Montagem de 1º Escalão................................................... 4-3
 4.4 Funcionamento........................................................................................... 4-8
 4.5 Manejo e Precauções de Segurança............................................................. 4-11
 4.6 Rotina de Conservação................................................................................ 4-11
 CAPÍTULO 5 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
 5.1 Comportamento no Stand de Tiro.................................................................. 5-1
 5.2 Incidentes de Tiro........................................................................................... 5-1
OSTENSIVO IV 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
ANEXO A – Bibliografia............................................................................................... A-1
 
 
INTRODUÇÃO
1- PROPÓSITO
Esta publicação tem o objetivo de servir de material de consulta para as aulas do
módulo de Armas Portáteis do Curso de Especialização de Armamento, contribuindo para o
aprendizado do aluno no assunto em causa cuja abordagem é feita em linguagem técnica e
profundidade adequada a todo pessoal “AM”.
OSTENSIVO V 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
O Armamento Portátil é o equipamento de uso individual do militar em serviço para 
prover a sua segurança ou de terceiros e obrigatoriamente utilizado nos desfiles militares.
Seja na situação de desfile ou na de serviço e, principalmente nesta, o militar necessita
conhecer todas as características do armamento que está usando e estar familiarizado com seu
manuseio para que possa portá-lo e utilizá-lo com segurança e eficácia quando necessário.
2- DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em cinco capítulos. No capítulo 1, Granadas; capítulo 2,
Submetralhadora Taurus 9mm MT-12/A; capítulo 3, Pistola Taurus 9mm; capítulo 4, Fuzil
Automático leve “FAL”7,62mm M-964; e capítulo 5, Precauções de Segurança, com os
detalhes suficientes para capacitar o aluno a manusear cada arma corretamente e fazer a sua
limpeza com segurança e sanar avarias a nível de 1º escalão.
3- AUTORIA E EDIÇÃO
Esta publicação foi revisada pelo 1º SG-AT-AM PEDRO PAULO VICTOR SILVA e
foi elaborada e editada no, CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO. 
4- DIREITOS DE EDIÇÃO 
Reservados para o CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO.
Proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio.
5- CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 (Manual de Publicações da
Marinha) em: Publicação da Marinha do Brasil, controlada, ostensiva didática e manual.
OSTENSIVO VI 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
CAPÍTULO 1
GRANADAS
1.1 - TIPOS DE GRANADAS E EXPLOSIVOS UTILIZADOS 
 As granadas de mão, são divididas em dois grupos a saber: 
 - DEFENSIVAS – Lançadas a mão e por meio de um fuzil com bocal.
 - OFENSIVAS – Lançadas somente a mão.
1.1.1 - Granada defensiva – O Fuzil Fal 7,62 M964 é equipado com uma peça que
desempenha, entre outras, a função de bocal para lançamento de granadas (Fig.1.1)
anticarro e antipessoal S.T.R.I.M. (Société Technique de Recherches Industrielles et
Mécaniques). Esta peça permite também o lançamento, com grande precisão, de
granadas ENERGA.
 Ela é constituída de um cilindro fixado na boca da arma, no qual é colocada a granada;
 a mola de retenção da granada mantém a mesma no seu local.
Fig.1.1
ALÇA PARA LANÇAMENTO DE GRANADAS
 Para o lançamento da granada será necessário, ainda, equipar a arma com uma alça 
 especial e utilizar munição também especial.
1.1.2 – Alça para lançamento de granada
 Existe como dotação para um certo número de armas, uma alça para lançamento de 
 granadas (Fig.1.1, ela está rebatida sobre o guarda-mão), que é articulada com o 
 obturador do cilindro de gases. Portanto, as armas destinadas aos elementos que 
 atuarão como granadeiros-lançadores, deverão ter seus respectivos obturadores 
 substituídos pelo tipo articulado com a alça. 
OSTENSIVO 1-1 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 a) Alça para lançamento de granadas S.T.R.I.M.
 O obturador do cilindro de gases é articulado com a alça para o lançamento de 
 granadas S.T.R.I.M., a qual possui duas (2) escalas:
 - Branca, à direita, indicando as distâncias para as granadas anticarro;
 - Vermelha, à esquerda, indicando as distâncias para granadas antipessoal.
 b) Alça para lançamento de granadas energa
A fim de se poder utilizar a granada energa, as alças, de que trata a letra “a” acima,
serão distribuídas com nova alça (Fig.1.2 e 1.3) montada sobre elas. Esta nova alça
foi fabricada especialmente para a granada energa e os testes foram realizados
visando a sua utilização pelo Fuzil Fal 7,62 M964; ela possui três (3) graduações:
50, 75 e 100 metros. Esta nova alça não alterará o manejo, desmontagem ou
montagem da arma, permanecendo válidas, portanto, as diversas figuras que
apresentam apenas a alça de que trata a letra anterior.
 
 Fig.1.2 Fig.1.3
 A esquerda: alça ENERGA Alça ENERGA montada numa alça
 A direita: alça FN/S.T.R.I.M. FN/S.T.R.I.M.
1.1.3 – Cartucho para lançamento de granadas
A munição empregada para o lançamento de granadas é um tipo especial; não tem
projetil e o estojo é fechado sob a forma de rosácea, vedado com cera. A munição para
lançamento varia segundo a granada; assim, o cartucho destinado ao lançamento da
OSTENSIVO 1-2 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
granada energa não deve ser utilizado para o lançamento de outros tipos de granada e
vice-versa.
 O cartucho distribuído com esta arma, destina-se ao lançamento da granada energa.
1.1.4 – Manejo para o lançamento de granadas
 Visando o lançamento de granadas, o atirador deve realizar as seguintes operações:
 a) Proceder como no cessar fogo;
 b) Comprimir o eixo-retém do obturador do cilindro de gases e, ao mesmo tempo, 
 elevar a alça (Fig.1.4) o suficiente para permitir o seu giro; 
 c) Girar o obturador do cilindro de gases de 180 no sentido contrário ao do movimento 
 dos ponteiros de um relógio;
Fig.1.4
MANEJO PARA O LANÇAMENTO DE GRANADAS
OSTENSIVO 1-3 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Fig.1.5
MANEJO PARA LANÇAMENTO DE GRANADAS
 d) Colocar a alça na vertical (Fig.1.5);
 e) Colocar na arma um carregador (de preferência vazio);
 f) Realizar o engatilhamento com a mão esquerda; 
 g) Introduzir, com a mão direita, um cartucho de lançamento na câmara (Fig. 1.6); 
 h) Deixar o ferrolho ir à frente;
 i) Colocar a granada no bocal e assegurar-se de que ela foi bem introduzida;
 j) Tomar a posição de tiro corretamente; 
 l) Destravar a arma e fazer a pontaria; e
 l) Disparar a arma.
 Para novos disparos, travar a arma e repetir as operações acima, a partir da letra f.
 
Fig. 1.6
MANEJO PARA LANÇAMENTO DE GRANADAS
 
1.1.5 – Posições de tiro
OSTENSIVO 1-4 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 São utilizadas para o tiro direto anticarro, as três (3) posições clássicas;
 a) De pé (Fig.1.7);
 b) De joelho (Fig.1.8); 
 c) Deitada (Fig.1.9 e1.10). 
 Em qualquer das posições, o atirador deve:
 a) Segurar firmemente o terço anterior do guarda-mão;
 b) Empunhar, com firmeza, a arma colocando o dedo indicador sobre a tecla do gatilho; e
 c) Colocar a coronha sob a axila; nunca se deverá apoiá-la no ombro.
 
 
 Fig.1.7
 POSIÇÃO DE TIRO DE PÉ
 
 Fig.1.8
 POSIÇÃO DE TIRO DE JOELHO
OSTENSIVO 1-5 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 
 Fig.1.9
 POSIÇÃO DE TIRO DEITADOFig.1.10
 POSIÇÃO DE TIRO DEITADO
 Nota: (I) As figuras acima mostram a granada S.T.R.I.M., porém a granada energa é 
 colocada, no Fuzil 7,62 M964, da mesma forma.
 (II) Tendo em vista que na posição “deitada”, o militar é levado a apoiar o bico
 da coronha em uma superfície qualquer a fim de evitar o recuo, recomenda-
 se evitar superfícies muito duras, como pedra, cimento, concreto, etc.
1.1.6 - O tiro com a granada energa 
 - Emprego da granada energa
 Ela foi projetada principalmente para emprego contra blindados, entretanto é muito 
 eficaz contra qualquer tipo de fortificação.
OSTENSIVO 1-6 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Seu poder de penetração normal, em blindagens, é de 275 mm podendo, mesmo, atingir
 300 mm. Tal poder capacita o militar a pôr fora de ação a maioria dos tipos de carros 
 de combate que operam no campo de batalha.
 Ela pode também perfurar uma parede de tijolos ou concreto e atingir o inimigo que 
 esteja abrigado ou entrincheirado atrás dela.
 A granada energa causa grande destruição em construções de alvenaria, o que a torna 
 muito eficaz no combate em áreas edificadas
1.1.7 – Lançamento da granada energa
 Para seu lançamento, será suficiente realizar as operações de “Manejo” prescritas no 
 item 1.1.4. Não será necessário remover ou destravar qualquer dispositivo de segurança, 
 uma vez que ele está localizado internamente na espoleta (aparafusada na ogiva) a qual 
 se arma, automaticamente, com o tiro.
1.1.8 - Pontaria
 Para fazer a pontaria correta, o atirador alinha o arco de visada da distância desejada, o 
 centro borda superior do corpo da granada e o alvo (Fig.1.11).
Fig.1.11– visada para 75 metros
1.1.9 - O tiro com outros tipos de granada
 Tendo em vista que o tiro com outros tipos de granada exige o uso de alça e cartucho 
 de lançamento específicos, fica estabelecido que somente após autorização da 
 Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, acompanhada de instruções técnicas,
poderá ser utilizado com o Fuzil 7,62 M964 outro tipo de granada diferente da energa.
OSTENSIVO 1-7 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
1.2 – EMPREGO E FUNCIONAMENTO DA GRANADA DE MÃO 
1.2.1- Granada Ofensiva.
 a) Antes do lançamento o atirador retira o grampo de segurança, mantendo porém o 
 capacete preso pela palma da mão.
 b) Na ocasião do lançamento, ao deixar a granada à mão do atirador, o capacete gira 
 pela ação da mola da agulha percussora permitindo que esta fira a cápsula 
 fulminante enquanto o capacete é lançado fora.
 c) A detonação da cápsula provoca a queima da mecha de tempo, queima esta que 
 dura aproximadamente 5 segundos.
d d) No fim da queima da mecha, o detonador é inflamado, detonado.
 e) O acionamento do detonador provoca a detonação da carga de arrebentamento da 
 granada, que, então, é estilhaçada.
 A espoleta de fabricação brasileira, apresenta uma grande vantagem em relação 
as 
 de fabricação estrangeira: pode ser usada indiferentemente nas granadas 
 defensivas e ofensivas, com lançamento feito a mão ou por meio do Fuzil.
 As espoletas de fabricação mais recente apresentam, além do grampo de segurança 
 com argola, uma segunda segurança, usada somente no transporte e armazenamento 
 das espoletas. Consta esta segurança de um pino que atravessa o corpo da espoleta, 
 por baixo e junto a ponta da agulha percussora , de maneira a impedir o avanço da 
 agulha sobre a cápsula fulminante. Antes da instalação da espoleta, na granada este 
 pino deve ser retirado, mesmo porque não é possível o atarraxamento da espoleta, com
 ele no lugar. 
 Obs: CUIDADO – Sem o grampo de segurança, a mão do lançador é o único 
 obstáculo que impede o funcionamento da granada. 
1.3 - SEGURANÇA DA GRANADA DE MÃO
 Se uma granada, sem o grampo de segurança, escapar prematuramente da mão, ninguém
OSTENSIVO 1-8 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 deve apanhá-la ou chutá-la porque com o mais leve movimento, a granada entrará em 
 funcionamento, atingindo tanto o lançador como a sua vizinhança. O lançador e as demais 
 pessoas devem abrigar-se ou alcançar o mais rápido possível a distância de 30 metros 
 do local da queda e jogar-se ao solo, com os pés voltados para a granada. Assim, reduzirá
 ao mínimo a superfície do corpo exposta aos estilhaços ou efeitos do sopro e a 
 possibilidade de ferimentos. Há certa margem de segurança quando a explosão for por 
 tempo, pois mesma acontecerá após decorridos no mínimo 3 segundos. 
1.3.1 – Lançamento da granada 
 a) Generalidades
 I) Para o lançador a instrução de lançamento é fundamental
 II) Todas as praças devem ser capazes de preparar e lançar granadas a uma distância 
 mínima de 30 a 35 metros.
 b) Divisão 
 I) Adestramento
 II) Lançamento Real
 I) Adestramento 
 Faz-se por meio de exercícios que visam um aprimoramento conveniente da 
 guarnição. O adestramento pode ser subdividido em quatro operações e 
 feito a princípio, sem utilização da granada de acordo com a seguinte seqüência:
 - Tomada de posição - as posições para lançamento são as que o lançador pode 
 ocupar: de pé, joelho e deitado. 
 - Empunhadura da granada - supondo a granada devidamente carregada, o
 lançador segura a granada com umas das mãos, em cuja palma apoia a tecla 
 do capacete, esforçando-se para bem abarcar a granada com os dedos, sem 
 crispá-los e de modo que a parte superior do corpo fique circulando pelo 
 indicador e pelo polegar direito. 
 - Retirada do grampo de segurança - valendo-se do polegar e do indicador, o 
 lançador torce o anel do grampo de segurança contra a parte superior do 
 capacete até libertar a haste do grampo e assim extraí-lo dos respectivos elos. 
 - Lançamento do engenho – para que isso seja feito, bastará lançar a granada, 
 empregando um dos seguintes processos: 
OSTENSIVO 1-9 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 a) Em pé – com oscilação ou balanço do corpo, saltando o lançador para frente, 
 sobre o pé recuado, para soltar a granada no instante em que tenha atingido,precisamente, o máximo de altura no salto.
 b) Em pé – com simples oscilação do braço em torno da articulação do ombro,
 associando a distensão do braço com movimento do corpo para a frente.
 c) De joelho ou deitado 
 - Os fatores que interferem na linguagem final do engenho são:
 a) A ação da massa do corpo do lançador e a distensão de um dos 
 membros superiores.
 b) A própria energia muscular de um dos membros.
 II – Lançamento real
e a) O lançador, no ato de lançar a granada, deverá observar o seguinte:
 - Visar o objetivo com o braço estendido em direção ao objetivo.
 - Descrever com o braço de lançamento um arco de círculo num plano 
 vertical.
 - Olhar a trajetória da granada, para certificar-se de que nada irá deter seu
 arremesso.
f - Verificar novamente a direção do objetivo.
g b) Convém notar que a boa direção do lançamento depende da orientação 
 do braço do lançador
h c) Por essa razão, convém habituá-lo, na referência do lançamento, a um plano 
 vertical que contenha o objetivo e o braço ocupado, ou, em outras palavras, 
 adestrá-lo ou relacionar o braço móvel (direção do lançamento), com o outro 
 braço (direção do objetivo) devidamente orientado e distendido.
i d) O lançamento deve ser junto a uma incidência mergulhante.
j e) Deve sempre ter em mira os dois inconvenientes:
k - Não ceifar ou deslocar o braço horizontal.
l - Evitar lançamentos rasantes ou paralelos ao solo e de pequena altura. 
 f) As granadas não comportam o lançamento a fundo, dada a necessidade de não 
 se liberar a tecla do capacete senão no instante em que solta o engenho.
 g) A granada para emprego defensivo tem um raio de ação de 25 a 30 metros.
OSTENSIVO 1-10 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
m
OSTENSIVO 1-11 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
CAPÍTULO 2
“SUBMETRALHADORA TAURUS 9mm mt-12/A”
2.1- CARACTERÍSTICAS 
A submetralhadora TAURUS - MODELO MT 12 A - calibre 9mm. “Parabellum” é uma
arma automática que funciona pela ação dos gases diretamente sobre o ferrolho sem
nenhum sistema de trancamento mecânico. Pode efetuar duas cadências de tiro: o tiro semi-
automático (intermitente) ou tiro automático (rajada). É uma arma compacta, pois grande
parte do cano situa-se no interior do ferrolho, característica esta que lhe dá grande
estabilidade no tiro automático. Face a sua baixa cadência de tiro, dá uma concentração de
impactos, não havendo desperdício de munição. É alimentada por carregadores metálicos,
tipo cofre, com capacidade de 30 ou 40 cartuchos. Dispõe de uma coronha metálica que
pode ser dobrada sobre o lado direito da arma, para maior facilidade de transporte.
2.1.1- Características e dados numéricos
 a) Designação:
 - Nomenclatura..........................SUBMETRALHADORA TAURUS MOD. MT-12/A
 b) Classificação:
 Quanto ao tipo.............................Portátil
 Quanto ao emprego.....................Individual
 Quanto ao funcionamento.......... Semi-Automático Automático
 Quanto ao princípio de funcionamento...Utilização direta dos gases sobre ferrolho
 c) Alimentação:
 Carregamento..............................Retrocarga
 Carregadores................................Metálicos, tipo cofre, com 30 ou 40 cartuchos
 Sentido da alimentação.............. De baixo para cima
 d) Raiamento:
 Número de raias..........................6 (seis)
 Sentido (Dextrógiro)...................Da esquerda para a direita
 e) Aparelho de pontaria:
OSTENSIVO 2 -1 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Alça de mira..............................Tipo visor, basculante, graduada para 100 e 200 m. 
 com proteção lateral regulável em direção.
 Massa de mira...........................Tipo ponto, com proteção total (regulável em altura). 
2.1.2 - Dados numéricos
Calibre........................................................ 9mm “parabellum”
Peso sem carregador....................................3 Kg (aproximadamente)
Peso do carregador com 30 tiros vazio........0,320 Kg
Peso da arma com carregador 30 tiros.........3,800 Kg
Peso da arma com carregador 40 tiros.........3,920 Kg
Comprimento da arma com a coronha 
aberta...........................................................64,5 cm
Comprimento da arma com a coronha 
rebatida........................................................ 41,8 cm
Velocidade teórica de tiro (automático)........500 a 550 tpm
Alcance de utilização....................................200 m
Velocidade inicial.........................................385 m/s
2.1.3 – Componentes
 - Bandoleira
 - Carregador
- Retém do carregador
- Massa de mira
- Alça de mira
- Cano
- Retém da luva de fixação do cano
- Luva de fixação do cano
- Punho posterior
- Punho anterior
- Alavanca seletora e registro de segurança
 - Tubo de fixação do punho posterior
- Mola retém do tubo de fixação do punho posterior
- Guarda mato
OSTENSIVO 2 -2 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 - Gatilho
- Retém da tampa da caixa de culatra
- Tampa da caixa de culatra
- Mola recuperadora
 - Ferrolho
Fig. 2.1 
ARMA COM A CORONHA REBATIDA
Fig. 2.2
ARMA COM A CORONHA ABERTA
2.2 – DESMONTAGEM E MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
1ª peça a ser retirada é o carregador.
Deve ser procedida na seguinte ordem:
 a) Tampa da caixa da culatra
 Liberar a tampa da caixa da culatra, comprimindo seu retém (fig. 2.3 ). 
 Desatarrachá-la, retirando-a com a mola recuperadora (fig. 2.4 ).
OSTENSIVO 2 -3 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 
 Fig. 2.3 
 TAMPA DA CAIXA DE CULATRA
 Fig. 2.4
 TAMPA E MOLA DA CAIXA DE CULATRA
 b) Luva de fixação do cano - cano/ferrolho
 Liberar a luva de fixação do cano, abaixando o seu retém (fig. 2.5). Desatarraxar a 
 luva e retirar o ferrolho do cano. Separar a luva de fixação do cano, girando-a
 ¼ de voltano sentido dos ponteiros de um relógio. 
 Separar o ferrolho do cano, levantando a parte posterior do cano trazendo-o para a
 retaguarda (fig. 2.6).
OSTENSIVO 2 -4 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 
Fig. 2.5
LUVA DE FIXAÇÃO DO CANO - CANO/FERROLHO
Fig. 2.6
 FERROLHO E CANO
 c) Punho posterior:
 Retirar a cavilha do tubo de fixação do punho posterior, comprimindo a mola retém,
 empurrando-o para o lado oposto. Retirar o tubo de fixação do punho posterior, forçar 
 com pequenos golpes, o punho para trás e para baixo, retirando. 
 NOTA: O tubo de fixação do punho posterior deve ser colocado sempre da esquerda
para a direita da arma e sua cavilha pelo lado oposto. Arma desmontada em 1º escalão.
2.2.1 – MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
 a) Punho posterior:
OSTENSIVO 2 -5 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Colocar o punho posterior na caixa da culatra, ajustando-o até que o orifício do
punho posterior alinhe com o orifício da caixa da culatra. Colocar no orifício o tubo
de fixação da armação, com a cabeça voltada para a gravação “INTERMITENTE”.
Pela frente oposta, introduzir totalmente no tubo a cavilha do tubo.
 b) Luva de fixação do cano - cano-ferrolho:
Encaixar o cano no ferrolho. Encaixar a luva de fixação do cano, fazendo os ressaltos
existentes no cano coincidirem com os rasgos da luva. Girar a luva de ¼ de volta. 
Abaixar o retém da luva de fixação do cano e colocar todo o conjunto na caixa da 
culatra. Atarraxar a luva, até que o pino do retém encaixe no orifício existente na 
luva, para fixá-la.
 c) Tampa da caixa da culatra:
 Introduzir a mola recuperadora pela retaguarda da arma e atarrachar a tampa da caixa 
 da culatra até a mesma se engrazar no retém da tampa (fig. 2.7).
Fig. 2.7
TAMPA DA CAIXA DE CULATRA
OSTENSIVO 2 -6 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 d) Carregador
 Introduzi-lo em seu alojamento até que fique preso por seu retém (fig. 2.8)
Fig. 2.8
CARREGADOR
 e) Bandoleira:
 Prendê-la nos zarelhos com os grampos de segurança.
2.3 – FUNCIONAMENTO
2.3.1 – Posição inicial
 A arma está alimentada e foi efetuado um disparo.
 NOTA: No avanço ou no recuo do ferrolho a tampa da janela de ejeção deverá se abrir 
 automaticamente.
2.3.2 – Recuo do ferrolho
 A pressão desenvolvida pela deflagração da carga de pólvora agindo em todos os 
 sentidos, força o projetil para a frente e o ferrolho para trás.
 Graças à massa do ferrolho, seu recuo se efetua após a saída do projetil do cano.
 a) Extração:
 A pressão que empurra o estojo contra seu alojamento no ferrolho obriga-o a recuar. 
 A função do extrator consiste em manter o estojo no seu alojamento no ferrolho, a 
 fim de evitar que ele tombe no mecanismo antes da ejeção. O extrator servirá,
OSTENSIVO 2 -7 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 também, para extrair um cartucho ou estojo que tenha provocado um incidente de 
 tiro.
 b) Ejeção:
 No momento em que o alojamento do culote de cartucho do ferrolho se encontra 
 aproximadamente na altura da parte posterior da janela de ejeção, o estojo entra em 
 contato com o ejetor “E” que, sobressaindo no alojamento do culote, obriga-o girar 
 em torno da garra do extrator e o projeta para fora da arma (fig. 2.9).
Fig. 2.9
EJETOR
 c) Apresentação do Cartucho:
Continuando seu movimento para a retaguarda, o ferrolho ultrapassa o carregador. Os
cartuchos do carregador não estando mais seguros pelo ferrolho se elevam pela ação
da mola do carregador no transportador até que o cartucho de cima seja limitado pelas
abas do carregador, dando-se, então, a apresentação deste cartucho.
2.3.3 – Avanço do ferrolho
 a) Engatilhamento:
Após o fim do curso de recuo do ferrolho, a mola recuperadora o empurra para a
frente; ele é retido logo no início de seu curso pela armadilha se a alavanca seletora e
registro de segurança está na posição “INTERMITENTE” (I) ou recomeça o ciclo se
a alavanca seletora e registro de segurança está na posição “RAJADA” ( R).
 b) Desengatilhamento:
OSTENSIVO 2 -8 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
A ação do dedo sobre o gatilho abaixa a parte posterior da armadilha liberando o
ferrolho, que sob a ação da mola recuperadora é lançado para a frente.
 c) Carregamento:
Após um percurso para a frente de cerca de 35mm, a parte inferior do ferrolho “F”
entra em contato com o culote do cartucho de cima do carregador e o empurra para a
frente. 
Em seu movimento, a ogiva do projetil encontra a rampa de acesso “A” existente no
cano. Esta orienta o projetil para a câmara desprendendo assim o cartucho dos lábios
do carregador. O ferrolho continua empurrando o culote do cartucho,
introduzindo-o completamente na câmara, dando-se então o carregamento (fig. 2.10 ).
Fig. 2.10 
CARREGAMENTO
 d) Percussão:
O ferrolho, terminando seu movimento para a frente, obriga o extrator a levantar-se
indo o culote do cartucho ocupar o alojamento existente no ferrolho. Ao mesmo
tempo, o percutor “P” que é saliente no alojamento do cartucho existente ao ferrolho
percute a cápsula do cartucho, provocando a deflagração da carga de pólvora (fig.
2.11).
Fig. 2.11
OSTENSIVO 2 -9 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
PERCUSSÃO
2.3.4 – Mecanismo de disparo
 a) Seguranças:
 A alavanca seletora e registro de segurança.
 Estando a alavanca seletora e registro de segurança na posição (S) ocorre o 
 travamento de todo o mecanismo de disparo.
 b) Tecla do dispositivo de segurança do punho:
Com a alavanca seletora e registro de segurança na posição (I ou R), comprimindo-se
a tecla do dispositivo de segurança do punho “T” o dispositivo de segurança do
punho gira em torno de seu eixo “E” abaixando sua parte anterior que obriga o retém
do ferrolho “A” a deslizar para baixo, em seu alojamento no bloco central da caixa da
culatra. Conseqüentemente, a parte posterior do dispositivo de segurança se eleva. O
ferrolho pode, então, se deslocar livremente já que o retém do ferrolho está recolhido
em seu alojamento no bloco central e o batente “B” do dispositivo de segurança,
permitindo a rotação da alavanca da armadilha quando a mesma for comandada.
Liberando-se a tecla, a mola do impulsor “K” do dispositivo de segurança do
punho obrigará o dispositivo a voltar à sua posição primitiva (fig. 2.12).
Fig. 2.12
MECANISMO DE DISPAROQuando a tecla do dispositivo de segurança do punho não está sendo pressionada, o
ferrolho não pode ser trazido à retaguarda em virtude de seu retém “A” estar
aflorando no interior da caixa da culatra e a alavanca da armadilha “C” não pode girar
em torno de seu eixo, quando for comandada porque o batente “B” do dispositivo de
segurança não permite este movimento (fig. 2.13 e 2.14).
OSTENSIVO 2 -10 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Fig. 2.13
 TECLA DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO PUNHO 
 
 Fig. 2.14
 TECLA DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO PUNHO
 c) Tiro intermitente:
A alavanca seletora e registro de segurança se encontra na posição
“INTERMITENTE” (I) para o tiro intermitente. Comprimindo-se a tecla do
dispositivo de segurança do punho e puxando-se a alavanca de manejo o ferrolho vem
à retaguarda, abaixando a parte posterior da armadilha, comprimindo a mola do
impulsor do dispositivo de segurança do punho. O ferrolho, continuando seu
movimento para trás, deixa de agir na parte posterior da armadilha, que se eleva por
ação da mola do impulsor do dispositivo de segurança do punho. Soltando-se a
alavanca de manejo, o ferrolho vai à frente, por ação da mola recuperadora, ficando
preso pela armadilha quando sua rampa de engatilhamento entra em contato com a
rampa de engatilhamento da armadilha. A arma está engatilhada. O corpo “C” da
alavanca do seletora de registro de segurança, está com sua parte dianteira em
contato com a nervura “N” da alavanca de disparo. Após ter comprimido a tecla do
dispositivo de segurança do punho, a pressão do dedo sobre o gatilho faz o mesmo
girar em torno de seu eixo levando consigo a alavanca de disparo, que comprime a
OSTENSIVO 2 -11 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
mola do seu impulsor “H”. A alavanca de disparo descreve dois movimentos, um
para 
cima, acompanhando o movimento do gatilho, e outro de rotação em torno de seu
eixo no gatilho, forçando pelo deslizamento de sua nervura na alavanca do seletora e
registro de segurança. No seu movimento ascendente a alavanca de disparo aciona a
alavanca da armadilha que obriga a armadilha a girar em torno de seu eixo, abaixando
sua parte posterior, liberando o ferrolho, dando-se o desengatilhamento (fig. 2.15).
Fig. 2.15
MECANISMO DE DISPARO
A parte mais elevada da alavanca de disparo “D” escapa da parte anterior da alavanca
da armadilha “A”. No seu avanço, o ferrolho ultrapassa a armadilha, permitindo que
esta gire por ação da mola do impulsor do dispositivo de segurança do punho,
obrigando a mesma a girar elevando sua parte posterior. Quando o ferrolho recua por
ação dos gases, o engatilhamento se processa conforme descrito anteriormente.
Liberando-se a tecla do gatilho este volta a sua posição primitiva por ação do
impulsor da alavanca de disparo. A face superior da alavanca de disparo coloca-se
novamente sob a parte anterior da alavanca da armadilha (fig. 2.16 ).
OSTENSIVO 2 -12 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Fig. 2.16 
MECANISMO DE DISPARO
 d) Tiro automático:
A alavanca seletora e registro de segurança encontra-se na posição “RAJADA” ( R)
para o tiro automático. A arma está engatilhada conforme descrito anteriormente. A
parte dianteira da alavanca seletora e registro de segurança, está em contato com a
nervura “N” da alavanca de disparo, só que recuado, devido a ação da alavanca
seletora e registro de segurança. Após ter comprimido a tecla do dispositivo de
segurança do punho, a pressão do dedo sobre o gatilho faz o mesmo girar em torno de
seu eixo levando consigo a alavanca de disparo a qual descreve os mesmos
movimentos do subitem “2.3.2”. No seu movimento ascendente a alavanca de disparo
aciona a armadilha, que gira em torno de seu eixo liberando o ferrolho. Face a
posição mais recuada ocupada pela alavanca de disparo, isto é, posição decorrente da
introdução de sua nervura no rebaixo do registro de segurança, sua parte mais elevada
não escapa da parte anterior da alavanca da armadilha. Enquanto não se liberar a
pressão sobre a tecla do gatilho, o tiro continuará se realizando. Liberando-se,
somente, a tecla do gatilho, este volta a sua posição primitiva por ação da mola do
impulsor da alavanca de disparo “H” permitindo que a armadilha gire em torno de
seu eixo, elevando sua parte posterior por ação do impulsor do dispositivo de
segurança do punho “I”, retendo o ferrolho à retaguarda.
NOTAS: I - Caso se libere, simultaneamente, a tecla do gatilho e a tecla do
dispositivo de segurança do punho, ambos voltam às suas posições
primitivas por ação do impulsor da alavanca de disparo e do
impulsor do dispositivo de segurança do punho, respectivamente. A
armadilha gira em torno de seu eixo, elevando sua parte posterior.
OSTENSIVO 2 -13 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Nesta situação, o batente do dispositivo de segurança do punho não
permite a rotação da alavanca da armadilha. Quando o ferrolho recua
por ação dos gases, age sobre a parte posterior do corpo da armadilha
que gira, comprimindo sua mola que está montada entre as duas peças.
Quando o ferrolho avança, fica preso pelo corpo da armadilha que se
elevou por ação da sua mola.
 II - Caso a tecla do dispositivo de segurança do punho seja liberada sem
que se libere o gatilho, o dispositivo de segurança do punho não
voltará à sua posição primitiva, pois o batente do dispositivo de
segurança do punho fica retido pela cauda da alavanca da armadilha
(fig. 2.17).
 Fig. 2.17
MECANISMO DE DISPARO
2.4 - MANUSEIO E PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
 2.4.1- Municiar o carregador
Segurar o carregador com uma das mãos. Colocar os cartuchos, um a um, por cima do
transportador do carregador, o culote dirigido para a parte posterior do corpo do
carregador. Empurrar o cartucho para baixo das abas exercendo pressão.
2.4.2 - Engatilhar
Segurar a arma com a mão direita, pelo punho posterior, exercendo pressão na tecla do
dispositivo de segurança do punho. Puxar a alavanca de manejo, com a mão esquerda,
para trás, engatilhando a arma.
2.4.3 - Travar a arma
 Girar a alavanca seletora e registro de segurança para posição (S) segurança.
2.4.4 - Alimentar
OSTENSIVO 2 -14 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Inclinando a arma para a direita, introduzir o carregador municiado em seu
alojamento, até que o retém do carregador o prenda, produzindo um estalido
característico (fig. 2.18).
Fig. 2.18
ALIMENTAR A ARMA 
2.4.5 - Selecionar regime de tiro 
Para o tiro intermitentedeve-se girar a alavanca seletora e registro de segurança
para a posição “INTERMITENTE” (I) – e para o tiro continuo deve-se girar a
alavanca seletora e registro de segurança para a posição rajada (R).
 Para o tiro contínuo deve-se girar a alavanca seletora e registro de segurança para a
posição “RAJADA” 
2.4.6 - Destravar a arma
Girar a alavanca seletora e registro de segurança do lado em que está gravado “ I ou R”.
2.4.7 - Disparar
Pressionar, com firmeza, a tecla do dispositivo de segurança do punho. Acionar a tecla
do gatilho simultaneamente.
2.4.8 - Retirar o carregador
Inclinar a arma para a direita e com o polegar da mão esquerda apertar o retém do
carregador. Tirar o carregador de seu alojamento.
2.4.9 – Alça de mira
OSTENSIVO 2 -15 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 A alça de mira, tipo visor, pode ocupar as posições 1 e 2. Estas duas posições se obtém 
 com basculamento da alça de mira.
2.4.10 – Coronha
 Abrir a coronha:
Com a mão direita, rebater a coronha até que o mergulhador do suporte da coronha
penetre no seu alojamento na charneira. A seguir, rebater a chapa da soleira para a
posição de tiro apoiado.
2.5 – ROTINA DE CONSERVAÇÃO
Manutenção. 
 Na manutenção é essencial empregar os óleos e graxas especificadas de acordo com o 
 cartão de Manutenção Planejada do Armamento. Para evitar o excesso de lubrificante 
 é conveniente que se use pincel umedecido, devendo-se evitar o uso de panos ou 
 mesmo das próprias mãos.
 Em caso de falta de lubrificantes ou graxa especificada, não se deve usar qualquer 
 outra e sim as recomendadas como substitutas.
 As principais regras que devem ser observadas para o correto uso das armas são as 
 seguintes:
 a) Executar a rotina antes tiro de acordo com o sistema de manutenção planejada,
 b) Antes de carregar a arma, inspecionar seu interior, verificando o funcionamento dos 
 diversos dispositivos; e 
 c) Após o uso, registrar os tiros para controle de arma e executar a rotina pós tiro, de
acordo com o Sistema de Manutenção Planejada. 
OSTENSIVO 2 -16 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
CAPÍTULO 3
“PISTOLA TAURUS 9mm”
3.1- CARACTERÍSTICAS
 a) DESIGNAÇÃO
 Referência numérica.................................................................NE
 Indicativo militar......................................................................Pst 9 M992 “Beretta”
 Nomenclatura...........................................................................Pistola(PT 92 TAURUS)
 b) CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo.........................................................................De porte
Quanto ao emprego..................................................................Individual
Quanto ao funcionamento.........................................................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento......................................Curto recuo do cano
Quanto à refrigeração...............................................................A ar
c) ALIMENTAÇÃO
Carregador..............................................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade..............................................................................15 (quinze) cartuchos
Sentido..................................................................................De baixo para cima
d) RAIAMENTO
Numero de raias......................................................................6 (seis)
Sentido (Dextrógiro).............................................................Da esquerda para a direita
e) APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira...........................................................................Tipo entalhe retangular
Massa de mira........................................................................Seção retangular
 f) DADOS NUMÉRICOS
Calibre.....................................................................................9mm
Peso com carregador vazio......................................................0,950 Kg
Peso com carregador cheio......................................................1,137 Kg
Peso do carregador vazio.........................................................0,094 Kg
Peso do carregador cheio.........................................................0,282 Kg
Comprimento da arma.............................................................21,7cm
Velocidade inicial.......................................................................401m/seg.
Velocidade prática de tiro...........................................................Variável
OSTENSIVO 3 -1 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Alcance máximo.........................................................................1800 metros
Alcance útil ou eficaz................................................................50 metros
Fig. 3.1 
PISTOLA TAURUS 9 MM
OSTENSIVO 3 -2 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 ( Fig.3.2)
PARTES COMPONENTES
3.1.1- Partes componentes
 N de ordem Nomenclatura
1 Cano
 2 Bloco de trancamento
 3 Mergulhador do bloco de trancamento
 4 Pino do mergulhador do bloco de trancamento
 5 Ferrolho
 6 Mola recuperadora
OSTENSIVO 3 -3 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 7 Guia da mola recuperadora
 Pino guia da mola recuperadora
 Cabeça guia da mola recuperadora
 8 Extrator
 9 Pino do extrator
 10 Mola do extrator
 11 Bloco com entalhe de mira
 12 Percussor
13 Mola do percussor
 14 Armação
 15 Alavanca de desmontagem
 16 Retém da alavanca de desmontagem
 17 Mola do retém da alavanca de desmontagem
18 Retém do ferrolho
 19 Mola do retém do ferrolho
 20 Gatilho
 21 Eixo do gatilho
 22 Mola do gatilho
 23 Tirante do gatilho
 24 Mola do tirante do gatilho
 25 Registro de segurança
 26 Pino do registrode segurança
 27 Mergulhador do registro de segurança
 28 Mola do mergulhador do registro de segurança
 29 Ejetor
 30 Pino do ejetor (dois)
 31 Bucha do cão
 32 Cão
 33 Eixo do registro de segurança
 34 Guia da mola do cão
 35 Mola do cão
 36 Apoio da mola do cão
OSTENSIVO 3 -4 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 37 Pino de apoio da mola do cão
 38 Eixo da armadilha
 39 Mola da armadilha
 40 Armadilha
 41 Retém do carregador
 42 Mola do retém do carregador
 43 Bucha do retém do carregador
 44 Estojo do retém do carregador
 45 Bucha das placas do punho (quatro)
 46 Parafuso das placas do punho (quatro)
 47 Placa do punho (esquerda)
 48 Placa do punho (direita)
 49 Corpo do carregador
 50 Transportador
 51 Mola do carregador
 52 Chapa da mola do carregador
53 Fundo do carregador
54 Impulsor da trava do percussor
55 Trava do percussor
56 Mola da trava do percussor
57 Pino da trava do percussor
58 Pino do estojo do retém do carregador
3.1.2 - MANEJO
É o conjunto de operações necessárias ao emprego da arma dentro de suas melhores 
 condições de funcionamento e perfeita segurança.
ATENÇÃO
Antes do início do manejo de uma arma, o atirador deve retirar o carregador e trazer o
ferrolho à retaguarda, verificando a câmara para constatar se a arma está descarregada.
 a) Municiar o carregador - consiste na colocação dos cartuchos no carregador.
b) Alimentar a arma - consiste em colocar o carregador municiado na arma.
c) Engatilhar e carregar - trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo.
d) Travar - levantar o registro de segurança.
OSTENSIVO 3 -5 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 e) Destravar - abaixar o registro de segurança.
 f) Disparar - comprimir a tecla do gatilho.
3.2 - MEDIDAS PRELIMINARES PARA DESMONTAGEM E MONTAGEM
 Medidas Preliminares 
 a) Retirar o carregador 
 b) Recuar o ferrolho e prendê-lo à retaguarda através de seu retém
 c) Verificar o interior do cano
 d) Levar o ferrolho a vante
3.3 – DESMONTAGEM E MONTAGEM DE 1° ESCALÃO 
3.3.1 - A desmontagem da Pistola TAURUS, consiste de operações, tais como:
 a) Separar o ferrolho da armação:
Com a arma apontada para cima, calque o retém da alavanca de desmontagem, gire a 
 alavanca de desmontagem de 90 para direita, puxe o ferrolho para vante, separando-
 o da armação.
 b) Retirar o guia e mola recuperadora do ferrolho 
 Calque o guia da mola recuperadora e suspenda sua parte posterior, retirando o 
 conjunto guia e mola de seu alojamento.
 c) Separar o ferrolho do cano 
 Empurre o bloco de trancamento até que suas abas de trancamento sejam desalojadas 
 dos seus rebaixos de trancamento existentes no ferrolho. 
 Levante a parte posterior do cano até extraí-lo do ferrolho.
 d) Separar o bloco de trancamento do cano 
 Calque o mergulhador, e levante o bloco de trancamento aproximadamente de 45 e 
 desloque-o lateralmente.
3.3.2 - Montagem
 Para montar a arma recomendamos executar o procedimento inverso da 
 desmontagem, lembrando sempre que a última peça que sai é a primeira que entra. 
3.4 – FUNCIONAMENTO
OSTENSIVO 3 -6 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 O estudo do funcionamento da pistola será realizado considerando-se que já ocorreu o 
 primeiro tiro. Para facilidade de compreensão, vamos analisar o funcionamento, 
 considerando dois processos.
3.4.1 - Primeiro processo - Por ação simples
a) Destrancamento - Os gases agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o
ferrolho recue, trazendo consigo o cano. Com recuo do ferrolho, o mergulhador do 
bloco de trancamento se choca no batente da armação e a parte anterior do 
mergulhador age no bloco de trancamento, abaixando-o. Em conseqüência, os 
ressaltos de trancamento são retirados de seus alojamentos no ferrolho. Neste 
momento, estarão desengrazados o cano e o ferrolho e os ressaltos de trancamento 
estarão em seus alojamentos na armação, havendo, portanto, o destrancamento.
b) Abertura - ao desengrazar-se o ferrolho, o cano completou o movimento chamado de
 curto recuo. O ferrolho, entretanto, continua recuando e se afastando do cano, 
 dando-se a abertura. 
 c) Extração - No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato
 com o cano, retira da câmara o estojo por intermédio do extrator, que o está 
 prendendo com a sua garra.
d) Ejeção - Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo 
 o estojo ainda preso pelo extrator faz com que o culote deste venha a se chocar com 
 o ejetor que se encontra montado à retaguarda e a esquerda da armação. A violência 
 desse choque vence a ação da garra do extrator e o estojo é projetado, através da 
 janela de ejeção para fora da arma.
e) Apresentação do cartucho - O ferrolho, ao sair de cima do carregador, faz com que 
 este apresente um novo cartucho que ficará em condições de ser levado à câmara.
f) Carregamento - A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se 
levando-o à frente, ao encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do 
carregador e o introduz na câmara.
g) Fechamento - Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra
 em contato com a parte posterior do cano, dando-se o fechamento.
OSTENSIVO 3 -7 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
h) Trancamento - Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o
bloco de trancamento sobe a sua rampa de elevação existente na armação,
introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus alojamentos no ferrolho o que
caracteriza o trancamento da arma. Calcando-se a tecla do gatilho, novo ciclo de
funcionamento é iniciado como anteriormente explicado.3.4.2 - Processo ação dupla do cão
 Este processo deverá ser utilizado nos casos de nega ou quando a arma estiver com um 
 cartucho na câmara e o cão em descanso. Neste caso, ao ser calcada a tecla do gatilho, o 
 ressalto do tirante do gatilho entra em contato com o seu apoio existente no cão 
 obrigando-o a girar para trás. No limite máximo de seu giro para trás, o cão se liberta da 
 armadilha e avança violentamente por descompressão de sua mola indo chocar-se com a 
 agulha percussora.
3.4.3 - Após o último tiro
 Após ser efetuado o último disparo, o dente do transportador do carregador impulsiona 
 para cima o retém do ferrolho obrigando-o a prender o ferrolho na posição de recuado, 
 indicando que acabou a munição. Para novos disparos, basta trocar o carregador e calcar 
 para baixo o retém do ferrolho para que o mesmo avance carregando a arma.
3.4.4 - Seguranças
A Pistola Taurus possui três seguranças: a primeira, chamada de principal, é o registro 
 de segurança, o qual é comum aos dois lados da arma. Esta segurança garante o 
 travamento da arma durante a execução do tiro estando ou não engatilhada. A segunda, 
 internamente na arma, é o entalhe de descanso do cão, que fica situado na parte anterior
 e inferior do cão, imobiliza a armadilha na compressão acidental do gatilho, desde que 
 não ocorra o engatilhamento da arma. A terceira, também internamente na arma, é a 
 trava da agulha percussora, o qual só permite que a agulha percussora avance se a tecla 
 estiver calcada.
3.4.5 – Componentes da pistola Taurus 9mm
 a) Cano 
 - Bloco de trancamento (ressaltos de trancamento).
 - Mergulhador.
 - Mola recuperadora.
OSTENSIVO 3 -8 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 - Guia da mola recuperadora.
 b) Ferrolho
 - Aparelho de pontaria (alça de mira/massa de mira).
 - Aparelho de disparo (percussor, mola do percussor e trava do percussor). 
 - Aparelho de extração (extrator e mola).
 - Alojamento dos ressaltos de trancamento.
 c) Armação 
 - Ejetor.
 - Mecanismo do gatilho (gatilho, tirante do gatilho, armadilha, cão e impulsor da
 trava do percussor).
 - Registro de segurança.
 - Alavanca de desmontagem.
 - Retém da alavanca de desmontagem.
 - Retém do ferrolho.
 - Alojamento dos ressaltos de trancamento.
 - Rampa de elevação do bloco de trancamento. 
 - Batente da armação.
 - Retém do carregador.
 d) Carregador 
 - Corpo do carregador.
 - Transportador.
 - Mola do transportador.
 - Dente do transportador.
3.4.6 – Função das peças principais:
 a) Registro de segurança - Trava a arma, prendendo a armadilha e o ferrolho;
 b) Retém do carregador - Prende ou libera o carregador;
 c) Retém do ferrolho - Prende e libera o ferrolho;
n d) Ejetor - Expele para fora da arma o estojo servido;
 e) Alavanca de desmontagem - Prende o ferrolho à armação e comprime 
 parcialmente a mola recuperadora durante a desmontagem;
o f) Retém da alavanca de desmontagem - Prende ou libera a alavanca de desmontagem;
OSTENSIVO 3 -9 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
p g) Cão - Rebate o percussor (agulha);
q h) Armadilha - Arma e desarma o cão;
r i) Tirante do gatilho - Transmite os movimentos da tecla do gatilho à armadilha para 
 engatilhar e desengatilhar o cão;
s j) Bloco de trancamento - Prende o ferrolho e o cano à armação para fazer trancamento e
 o destrancamento.
t l) Ferrolho - Carrega e descarrega a arma. 
 m) Ressalto interno do tirante do gatilho:
 - Comanda com a armadilha no disparo normal;
 - Comanda com o cão no disparo de dupla ação, liberando antes que a 
 armadilha prenda o cão; e
 - Aciona a alavanca do impulsor da trava da agulha percussora;
u n) Mergulhador - Aciona o bloco de trancamento para o destrancamento da arma no início
 do recuo quando choca-se com o batente da armação;
v o) Bloco de trancamento - Destranca e tranca a arma;
 OBS: Destrancar (Mergulhador)
 Trancar (Rampa de Elevação)
w p) Mola recuperadora - Amortece o impacto do recuo e acumula energia para
recuperar 
 o ferrolho;
x q) Trava do percussor - Imobilizar o percussor enquanto o gatilho não for acionado;
 r) Impulsor da trava do percussor - Acionar a trava do percussor para liberar o mesmo 
 quando o gatilho é acionado;
 s) Retém do ferrolho - Manter o ferrolho a retaguarda quando acionado manualmente 
 ou pelo dente do transportador após o último tiro;
y t) Rampa de elevação - Elevar o bloco de trancamento para efetuar o trancamento; e
z j) Dente do transportador - Acionar o retém do ferrolho após o último tiro.
OSTENSIVO 3 -10 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
3.5 - ROTINA DE CONSERVAÇÃO
3.5.1 - Manutenção 
 Na manutenção é essencial empregar os óleos e graxas especificadas de acordo com o 
 cartão de Manutenção Planejada do Armamento. Para evitar o excesso de lubrificantes 
 é conveniente que se use pincel umedecido, devendo-se evitar o uso de panos ou 
 mesmo das próprias mãos.
 Em caso de falta de lubrificantes ou graxa especificada, não se deve usar qualquer 
 outra e sim as recomendadas como substitutas.
 As principais regras que devem ser observadas para o correto uso das armas são as 
 seguintes:
 a) Executar a rotina antes-tiro de acordo com o sistema de manutenção planejada;
 b) Antes de carregar a arma, inspecionar seu interior, verificando o funcionamento dos 
 diversos dispositivos; e 
 c) Após o uso, registrar os tiros para controle da arma e executar a rotina pós-tiro, de 
 acordo com o Sistema de Manutenção Planejada. 
OSTENSIVO 3 -11 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
CAPÍTULO 4
FUZIL (FAL) 7,62mm - M 964
4.1 - CARACTERÍSTICAS
 a) Nomenclatura 
aa Fuzil automático leve 7,62mm - Modelo 1964 (FAL).
 b) Classificação
 Quanto ao tipo - Portátil
 Quanto ao emprego - Individual
 Quanto ao funcionamento - Automático, semi-automático e de repetição
 Quanto ao princípio de funcionamento - Ação dos gases sobre o êmbolo
 Quanto à refrigeração - A ar
 Cadência de tiro - contínuo, intermitente e para lançamento de granada ou tiro ou 
 repetição.
 c) Alimentação
 Carregador - Metálico, tipo cofre
 Capacidade - 20 cartuchos
 Sentido - de baixo para cima
 d) Raiamento
 Número de raias - Quatro(04)
 Sentido – (Dextrógiro) da esquerda para a direita
 e) Aparelho de pontaria
 Alça de mira - Tipo lâmina graduada, com cursor (graduada de 200 a 600m)
 Massa de mira - Tipo ponto, com protetores laterais
 f) Dados numéricos
 Calibre - 7,62 mm
 Comprimento - 1,10m
 Peso sem carregador - 4.200 Kg
 Peso do carregador vazio - 0,250 Kg
 Peso do carregador cheio - 0,730 Kg
 Velocidade inicial - 840 m/s
 Velocidade prática de tiro - Automático - 120 TPM
 Semi-automático - 60 TPM
 De repetição - 18 TPM
OSTENSIVO 4 -1 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Alcance máximo - 3.800m
 Alcance útil sem luneta - 600m
 Alcance útil com luneta - 800m 
Fig. 4.1 
PARTES EXTERNAS DO FAL. 7,62 mm
1- Quebra chama 2 - Obturador do cilindro de gases 3 - Massa de mira 4 - Guarda mão 
5 - Janela de ejeção 6 - Caixa da culatra 7 - Alça de mira 8 - Soleira 9 - Coronha 10 - Punho 
11- Tecla do gatilho 12 - Carregador 13 - Alça de transporte 14 - Cano.
4.2 - MEDIDAS PRELIMINARES PARA DESMONTAGEM E MONTAGEM
 As operações de desmontagem e montagem necessárias para limpeza e conservação 
 normal da arma realiza-se sem o auxílio de qualquer ferramenta. Se você executar cada 
 item da desmontagem corretamente, nenhuma força será necessária. Estenda uma lona 
 sobre a superfície plana e limpa onde será feita a desmontagem e coloque as
diversas 
 partes desmontadas sobre a mesma na seqüência da desmontagem, da esquerda para a
 direita; isto facilitará a montagem.
4.2.1- Medidas de segurança
bb a) Retirar o carregador
 b) Agir na alavanca de manejo trazendo o conjunto impulsor à retaguarda. Pressionar 
 para cima o retém do ferrolho. Liberar a alavanca de manejo, que permanecerá à 
 retaguarda junto com o conjunto impulsor, permitindo que a câmara seja 
 inspecionada diretamente pelo atirador.
 c) Travar a arma, atuando no registro de tiro e segurança, colocando-a na 
 posição S.
4.3 – DESMONTAGEM E MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
OSTENSIVO 4 -2 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 O “FAL” é constituído de cinco partes principais:
 a) Carregador.
 b) Conjunto armação (cano, caixa de culatra).
 c) Conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho.
 d) Tampa da caixa da culatra.
 e) Conjunto obturador do cilindro de gases-êmbolo com sua respectiva mola.
4.3.1 - Para efetuar a desmontagem, siga a seqüência abaixo:
 a) Gire o conjunto “Armação-coronha” para baixo, agindo sobre a chaveta do trinco da 
 armação para cima. (FIG. 4.2)
Fig. 4.2
DESMONTAGEM
 b) Puxe para trás a haste do impulsor do ferrolho e retire o conjunto ferrolho - impulsor
ferrolho. Coloque para baixo a parte anterior do ferrolho ao mesmo tempo que se
exerce pressão na parte posterior do percussor. (FIG. 4.3)
Fig. 4.3 
HASTE DO IMPULSOR DO FERROLHO
 
OSTENSIVO 4 -3 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 c) Para retirar a tampa da caixa de culatra, puxe a mesma para trás. (FIG. 4.4)
Fig. 4.4
TAMPA DA CAIXA DE CULATRA
 d) Para retirar o “obturador do cilindro de gases” utiliza-se como auxílio a ponta de um 
 cartucho, fazendo-se pressão sobre o retém do obturador e depois gira-se o mesmo de 
 ¼ de volta no sentido dos ponteiros do relógio. O obturador sairá de seu alojamento, 
 impulsionado pela mola do êmbolo. (FIG. 4.5, 4.6 e 4.7)
Fig. 4. 5
RETÉM DO OBTURADOR DO CILINDRO DE GASES
OSTENSIVO 4 -4 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Fig. 4.6
OBTURADOR DO CILINDRO DE GASES
Fig. 4.7
OBTURADOR DO CILINDRO DE GASES
 e) Para retirar o “êmbolo do cilindro de gases e sua mola” puxe-o para a frente e em 
 seguida separe o êmbolo de sua mola. (FIG. 4.8 e 4.9)
OSTENSIVO 4 -5 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
Fig. 4.8
ÊMBOLO E MOLA DO CILINDRO DE GASES
Fig. 4.9
EMBOLO E MOLA DO CILINDRO DE GASES
 f) Para desmontar o percussor, fazer pressão na parte posterior do mesmo, tirando o pino 
 deste: se o pino não sair, usar a ponta de um projetil. Removido o pino, o percussor 
 sairá de seu alojamento sob a ação de sua mola, finalmente, separar o percussor de sua 
 mola. (FIG. 4.10 e 4.11)
Fig. 4.10
PERCUSSOR
OSTENSIVO 4 -6 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 Fig. 4.11
 PERCUSSOR
4.3.2 - Montagem
 É bastante seguir a seqüência inversa à da desmontagem.
 OBSERVAÇÕES:
 Somente foi ensinada a desmontagem de campanha, a ser realizada pelo militar que 
 recebe esta arma como seu armamento individual.
 A troca do extrator é considerada como de 2º escalão e necessita de ferramenta especial.
 Após a montagem, verificar o funcionamento da arma e manejo.
 a) Municiar o carregador
 Com o aparelho municiador
 Sem o aparelho municiador
 Cuidados especiais
 b) Alimentar a arma
 Introduzir um carregador municiado na arma. Verificar se o carregador está 
 firmemente preso no seu receptor. (FIG. 4.12)
Fig. 4.12
CARREGADOR
 
 c) Carregar a arma
 Segurando o punho com a mão direita, puxar com a outra mão a alavanca de manejo 
 bem à retaguarda e soltá-la, em seu deslocamento para frente, o ferrolho retira um 
 cartucho do carregador e o introduz na câmara e o trancamento das peças móveis se 
 realiza automaticamente, deixando a arma pronta para o disparo.
OSTENSIVO 4 -7 
OSTENSIVO CIAA-113/001 
 IMPORTANTE - A arma deve ser travada para a operação de alimentar e carregar.
4.3.3 - Procedimento após a utilização de um carregador
 Disparado o último cartucho de um carregador, o ferrolho ficará retido à retaguarda, por 
 ação de seu retém. Para reiniciar o tiro é necessário:
 a) Retirar o carregador vazio pressionando o seu retém. (FIG. 4.13)
Fig. 4.13
RETÉM DO CARREGADOR
 b) Alimentar a arma com novo carregador
 c) Carregar a arma. Neste caso será necessário apenas pressionar para baixo o retém do 
 ferrolho e com isso ele será liberado e voltará à frente. (FIG. 4.14)
Fig. 4.14
CARREGADOR
OSTENSIVO

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