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Como Implementar os 6 Protocolos Obrigatórios de Segurança do Paciente Guia Definitivo Knowledge in Healthcare IBES O Instituto Brasileiro para a Excelência em Saúde (IBES) e o IBES Knowledge in Healthcare agradecem a colaboração da enfermeira Márcia Martins, Vice coordenadora da Subcomissão de Segurança do Paciente – Instituto Central (HCFMUSP), na elaboração deste material. A Portaria GM/MS nº 529/2013 instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. A normativa RDC/Anvisa nº 36/2013 institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e regulamenta pontos básicos para a segurança do paciente como Núcleos de Segurança do Paciente, a obrigatoriedade da Notificação dos eventos adversos e a elaboração do Plano de Segurança do Paciente. A Portaria GM/MS nº 1.377, de 9 de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovou os protocolos básicos de segurança do paciente, alinhados com as 6 metas internacionais de segurança. 1. Identificação do paciente 2. Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde 3. Segurança na Prescrição ,uso e administração de Medicamentos 4. Assegurar Cirurgia em local de intervenção, procedimentos e pacientes corretos 5. Higienizar as mãos para evitar infecções 6. Reduzir o risco de ulcera por pressão (UP) e quedas Live 3:58 Você terá a oportunidade de tirar suas dúvidas ao vivo no dia 24/10 (segunda) às 21h no Facebook Live na página do IBES (www.facebook.com/ibesaude) 1º Treinamento online gratuito: Fundamentos da Acreditação em Saúde – Etapa 1 Finalidade • Garantir a correta identificação do paciente, a fim de redu- zir a ocorrência de incidentes. • O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina 01 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente Justificativa • A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o possam lesar. Alguns fatores podem potencializar os riscos na identificação do paciente: • Estado de consciência do paciente • Mudanças de leito, setor ou profissional dentro da institui- ção e outras circunstâncias no ambiente. SCHULMEISTER, L. Patient misidentification in oncology care. Clin J Oncol Nurs. 2008 Jun; 12(3):495-8. WORLD HEALTH ORGANIZATION, THE JOINT COMMISSION, JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions. Aide Memoire. Patient Safety Solutions, vol1, solution 2, may 2007. 02 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente Anualmente, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue des�nados a outros pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito Em cada 1.000 pacientes que recebem transfusões de sangue ou de hemocomponentes, um indivíduo recebe a des�nada a outra pessoa. Em dois terços dos casos, o mo�vo é a iden�ficação errada da bolsa. Consensos e relatórios de especialistas indicam reduções significa�vas na ocorrência de erros após a implementação de processos de iden�ficação do paciente. Onde aplicar o protocolo? Em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde: • Unidades de internação • Ambulatório • Salas de emergência • Centro Cirúrgico • Locais em que sejam realizados procedimentos, quer te- rapêuticos, quer diagnósticos. Como identificar os pacientes? • Usar pelo menos dois identificadores em pulseira branca (nome completo e data de nascimento, dia mês e ano) • Definir o membro a ser colocada a pulseira: pulsos, torno- zelos, lado direito, esquerdo. 03 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente • Em recém-nascidos, a pulseira deve ser colocada prefe- rencialmente no tornozelo, e conter minimamente a informa- ção do nome da mãe e o número do prontuário do recém-nas- cido. • Deve ser realizada em sua admissão no serviço. • Essa informação deve permanecer durante todo o tempo que paciente estiver submetido ao cuidado. • Checar diariamente se os dados estão legíveis. • Os dados podem ser inseridos manualmente ou digitados. • A impressão deve ser durável, impermeável, segura e in- violável. IMPORTANTE: O número do quarto/enfermaria/leito do pa- ciente não pode ser usado como um identificador, em função do risco de trocas no decorrer da estada do paciente no ser- viço. Casos especiais • Pacientes que não possam utilizar a pulseira, tais como grandes queimados, mutilados e politraumatizados. • Quando a identidade do paciente não está disponível na admissão e quando não houver a informação. 04 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente Quando confirmar a identificação do paciente • Na administração de medicamentos • Na administração do sangue • Na administração de hemoderivados • Na coleta de material para exame • Na entrega da dieta • Na realização de procedimentos invasivos Como confirmar a identificação do paciente • O profissional deverá perguntar o nome completo e data de nascimento (dia, mês e ano) ao paciente/ familiar/ acom- panhante e conferir as informações contidas na pulseira do paciente com o cuidado prescrito, ou com a rotulagem do ma- terial que será utilizado. • A confirmação da informação contida na pulseira do re- cém-nascido e na pulseira da mãe deve ocorrer em todo o momento que o recém-nascido for entregue à mãe ou respon- sável legal (em caso de impossibilidade da mãe). • Mesmo que o profissional de saúde conheça o paciente, deverá verificar os detalhes de sua identificação para garantir que o paciente correto receba o cuidado correto 05 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não com- preender e concordar por engano. NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o nome acima do leito está correta. Pontos de atenção! • Informe paciente e familiares sobre a importância de sua correta identificação. • Atente ao preenchimento correto de todas as identifica- ções do paciente nas solicitações de exames. • Utilize estratégias padronizadas no protocolo institucional para diferenciar pacientes desconhecidos, inconscientes ou homônimos • Utilize estratégias de comunicação não verbal para confir- mar a identificação de pacientes comatosos ou confusos • Identifique os frascos para coleta de exames no momento da coleta na presença do paciente e de forma idêntica a pul- seira de identificação, para manter a identificação em todas as fases do processo de análise do material. • Falha no momento em que ingressa no sistema de atendi- mento • Equívocos no cadastro de admissão de pacientes: nomes difíceis, nomes oriundos de outras nacionalidades, imprecisão na data de nascimento de pacientes • Dados equivocados nos sistemas informatizados pode provocar erros em vários momentos do processo de atendi- mento. • Questões culturais como o preconceito associado ao uso de pulseiras • Nomes oriundos de outras culturas • A percepção dos profissionais é de que o atendimento fica comprometido pelas repetidas verificações contribui para a rejeição das recomendações de conferência. Fonte: WHO, 2007b; Askeland et al., 2009 06 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente Pontos de atenção! • Enfatize a responsabilidade de todos os profissionais por confirmar a identidade dos pacientes. • Utilize pelo menos dois identificadores, como nome completo e data de nascimento do paciente. Em pedia- tria, peça também o nome da mãe da criança.• Padronize a forma de preenchimento da pulseira de identificação. Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE, Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, anexo 2, 2013 07 Meta 1 Identificar Corretamente o Paciente Comunicação eficaz: quando o significado pretendido da fonte e o significado percebido pelo receptor são virtualmente o mesmo. A comunicação ineficaz está entre as causas-raízes de mais de 70% dos erros na atenção à saúde. Fonte: The Joint Commission, 2012 08 Meta 2 – Melhorar comunicação entre os profissionais de saúde • Interrupções na comunicação ou a falta de trabalho em equipe são fatores que contribuem para a ocorrência de even- tos adversos e resultados insatisfatórios de tratamentos. • Entre as consequências das falhas na comunicação en- contram-se o dano ao paciente, aumento do tempo de hospi- talização e uso ineficaz de recursos. Fonte: Oluborode O, 2013 • A complexidade do cuidado à saúde pode exigir o envol- vimento de profissionais de diversas áreas, serviços e níveis de atenção. • O cuidado é realizado, muitas vezes, por equipes que tra- balham em turnos e tais características aumentam o potencial de risco à segurança do paciente. 09 Meta 2 – Melhorar comunicação entre os profissionais de saúde • Requisito essencial para a continuidade do cuidado e a segurança do paciente é a comunicação consistente entre os profissionais, de uma equipe para a próxima e entre profissio- nais, paciente e familiar. Fonte: WHO, 2007/International Council of Nurses, 2012 Estratégias • Estabelecer um sistema padronizado de informações, utili- zando instrumentos que facilitem o processo de comunica- ção, como, por exemplo: protocolos, nota de internação, nota de alta. • Auditorias sistematizadas e periódicas nos prontuários, identificando possíveis falhas no processo comunicacional • Educação permanente para a utilização efetiva de instru- mentos de comunicação, como o prontuário e relatórios. • Técnica ou metodologia SBAR (situação, background, ava- liação e recomendação) é um modo padronizado e simples de comunicar informações importantes, de forma clara e concisa. 10 Meta 2 – Melhorar comunicação entre os profissionais de saúde S: situação corresponde ao enunciado conciso do problema B: background, à informação pertinente e breve acerca da situ- ação/problema A: avaliação, à análise e opções de resolução/encaminhamen- to R: recomendação à ação necessária/recomendada. • Proporcionar condições adequadas para a passagem de plantão, minimizando interrupções e ruídos que interfiram na concentração e apreensão das informações transmitidas. Fonte: WHO, 2007 • Definir a forma de identificação dos profissionais. • Técnica “leia de volta” (read-back), ou repita o que foi dito, para validar as informações transmitidas, o profissional anota a informação recebida e repete para a pessoa que a transmitiu, de modo a confirmar que a compreendeu corretamente. • Evitar o uso de siglas, símbolos e abreviaturas 11 Meta 2 – Melhorar comunicação entre os profissionais de saúde • Valorizar e registrar as informações recebidas pelo pa- ciente/familiar • Atenção na alta hospitalar: a compreensão das informa- ções para garantir o autocuidado seguro e adequado no domi- cílio. 12 Meta 2 – Melhorar comunicação entre os profissionais de saúde Abreviaturas necessárias devem ser padronizadas na instituição. Ex: Siglário Institu- cional • Estudo realizado nos EUA revela que cada paciente inter- nado em hospital norte-americano está sujeito a um erro de medicação por dia, sendo registrados anualmente, nessas ins- tituições, no mínimo 400.000 eventos adversos evitáveis rela- cionados a medicamentos. Fonte: Aspden P., 2007; Landrigan CP., 2010; Bates DW, 2000; Leape LL, 1991 13 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos • O sistema de medicação é constituído de várias etapas que vão desde a prescrição e distribuição até a ação de admi- nistrar o medicamento ao cliente. Todas essas etapas depen- dem de vários profissionais da área de saúde e estão direta- mente interligadas. Fonte: Bohomol E, Ramos LH. Erro de medicação: importância da notificação nogerenciamento da segurança do paciente. Rev. Brasileira de Enferm. 2007; 60(16):32-6. Finalidade Promover práticas seguras no uso de medicamentos em esta- belecimentos de saúde, em todas as fases do sistema. 14 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos Prescrição • Identificação do paciente • nome do hospital; • número do prontuário ou registro do atendimento; • leito; • serviço; • enfermaria/apartamento; • andar/ala. • Data Prescrição • Legível • Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de abreviaturas, pois seu uso aumenta a chance de erro de medicação Fonte: Néri EDR,et al.Erros de prescrição de medicamentos em um hospital brasileiro. Ver Assoc Méd Bras. 2011; 57(3):306-314. Cohen MR, et al. Errors-Prone abbreviations and dose expressions.In: Cohen MR. (ed.). Medication errors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 153-171. Padronização de medicamentos Dose: • Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície corporal e clearance de creatinina, recomen- da-se que o prescritor anote tais informações na prescrição, para facilitar a análise farmacêutica e a assistência de enfer- magem. 15 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos • Utilização de expressões vagas: “usar como de costume”, “usar como habitual”, “a critério médico”, “se necessário” (sem indicação de dose máxima, posologia e condição de uso), “uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das prescrições. Quando utilizar a expressão “se necessário”, deve-se obrigato- riamente definir: dose; posologia; dose máxima diária deve estar claramente descrita; e condição que determina o uso ou interrupção do uso do medicamento. Exemplo: paracetamol comprimido de 500mg uso oral. Admi- nistrar 500mg de 6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5ºC. Dose máxima diária 2 gramas (quatro comprimidos de 500mg). 16 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de ad- ministração: • Prescrições verbais devem ser restritas às situações de urgência/emergência, deve ser validada pelo prescritor assim que possível. Se for absolutamente necessária deve utilizar a técnica (repetição/read back ), lendo-se de volta a ordem completa Medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância: • Divulgar a lista de medicamentos potencialmente perigo- sos / alta vigilância • As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância deverão ser conferidas com dupla checa- gem na fase dos cálculos para prescrição e análise farmacêu- tica da prescrição para dispensação link: www.ismp-brasil.org/faq/medicamentos potencialmente perigosos.php 17 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos Dispensação segura relacionada à prescrição: • Análise farmacêutica das prescrições (Portaria GM/MS 4283/2010) • Área de separação livre de interrupções/distrações • Adotar o uso de rótulos diferenciados, notas em sistema informatizado e cartazes de alerta no local de armazenamento e dispensação de medicamentos com elevada propensão a trocas. • Elaboração de procedimentos operacionais padrão. 18 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos Prescrição • Identificação do paciente • nome do hospital; • número do prontuário ou registro do atendimento; • leito; • serviço; • enfermaria/apartamento; • andar/ala. • Data Prescrição • Legível • Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de abreviaturas,pois seu uso aumenta a chance de erro de medicação Fonte: Néri EDR,et al.Erros de prescrição de medicamentos em um hospital brasileiro. Ver Assoc Méd Bras. 2011; 57(3):306-314. Cohen MR, et al. Errors-Prone abbreviations and dose expressions.In: Cohen MR. (ed.). Medication errors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 153-171. Padronização de medicamentos Dose: • Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície corporal e clearance de creatinina, recomen- da-se que o prescritor anote tais informações na prescrição, para facilitar a análise farmacêutica e a assistência de enfer- magem. 19 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos A etapa de administração é a última barreira para evitar um erro de medicação derivado dos processos de prescrição e dispensação, aumentando, com isso, a responsabilidade do profissional que administra os medicamentos. Prática dos “5 certos” pela enfermagem 1. Paciente certo 2. Medicamento certo 3. Via certa 4. Hora certa 5. Dose certa Coren-SP/Rebraensp/SP. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Erros de medicação: definições e estratégias de prevenção. São Paulo, 2011; p. 35. 20 Meta 3 – Segurança na Prescrição , uso e administração de Medicamentos Finalidade • Determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde – OMS. 21 Meta 4 – Assegurar Cirurgia em local de interven- ção , procedimentos e pacientes corretos Aliança Mundial para Segurança do Paciente • Segundo desafio global para a segurança do paciente • Implementado em 2007 e 2008 para reduzir a ocorrência de danos ao paciente cirúrgico e definir padrões de segurança que podem ser aplicados a todos os países membros da OMS. O resultado de uma avaliação em oito instituições pilotos no mundo (Canadá, Índia, Jordânia, Filipinas, Nova Zelândia, Tan- zânia, Inglaterra e EUA), mostra que o uso do checklist pratica- mente dobrou a chance dos usuários receberem o tratamento cirúrgico com padrões de cuidado adequados. 22 Meta 4 – Assegurar Cirurgia em local de inter- venção , procedimentos e pacientes corretos Nestes locais houve uma redução de 47% da mortalidade e as complicações, que eram em média 11%, agora são 7%. 23 Meta 4 – Assegurar Cirurgia em local de inter- venção , procedimentos e pacientes corretos Onde aplicar Em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diag- nósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde. A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases: I - Antes da indução anestésica: requer a presença do anes- tesiologista e da equipe de enfermagem. -Confirmar a identificação do paciente, do sítio cirúrgico, do procedimento e do consentimento informado. - Demarcar o sítio cirúrgico - Verificar a segurança anestésica - Verificar alergias conhecidas - Verificar a avaliação de vias aéreas e risco de aspiração - Verificar a avaliação de risco de perda sanguínea II - Antes da incisão cirúrgica (pausa cirúrgica): - Identificar todos os membros da equipe - Confirmar verbalmente a identidade do paciente, o sítio cirúr- gico e o procedimento. - Verificar a previsão de eventos críticos - Prever etapas críticas, possíveis eventos críticos, duração da cirurgia e perda sanguínea - Revisar eventuais complicações anestésicas - Confirmar verbalmente a revisão das condições de esteriliza- ção, equipamentos e infraestrutura. - Verificar exames de imagem 24 Meta 4 – Assegurar Cirurgia em local de inter- venção , procedimentos e pacientes corretos III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia - Confirmar o nome do procedimento - Verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e agulhas - Confirmar a identificação da amostra - Documentar problemas com equipamentos - Rever as medidas para a recuperação pós-operatória Como executá-la • Uma única pessoa deverá ser responsável por conduzir a checagem dos itens. Em cada fase, o condutor da Lista de Ve- rificação deverá confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa. • Caso algum item checado não esteja em conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a sua solução. 25 Meta 4 – Assegurar Cirurgia em local de inter- venção , procedimentos e pacientes corretos Vantagem • O checklist é um instrumento de comunicação que propi- cia a oportunidade de melhorá-la entre os profissionais da sala cirúrgica. Fonte: Paugam-Burtz C, Guerrero O. Check-list sécurité au bloc opératoire: le bilan après un an de deployment à l’hôpital Beaujon. Ann Fr Anesth Reanim. 2011;30(6):475-8. Braga EM, Silva MJP. Comunicação competente – visão de enfermeiros especialistas em comunicação. Acta Paul Enferm. 2007;20(4):410-4. Considerações • Não deve ser imposto • As equipes devem compreender a importância do pro- cesso e incorporar à prática diária. • As adequações no formato do check list é previsto e re- comendado pela OMS Fonte: Pancieri AP, Santos BP, Avila MAG, Braga EM. Checklist de cirurgia segura: análise da segurança e comunicação das equipes de um hospital escola. Ver Gaúcha Enferm. 2013;34(1):71-78. 26 Meta 4 – Assegurar Cirurgia em local de inter- venção , procedimentos e pacientes corretos Finalidade • Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país com o intuito de prevenir e controlar as infec- ções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segu- rança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes. 27 Meta 5 – Higienizar as mãos para evitar infecções Abrangência • Deverá ser aplicado em todas os serviços de saúde, públi- cos ou privados, que prestam cuidados à saúde, seja qual for o nível de complexidade, no ponto de assistência. • Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida. • Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. • Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica “Meus cinco momentos para a higiene das mãos” 28 Meta 5 – Higienizar as mãos para evitar infecções 1. Antes de tocar o paciente 2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico 3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excre- ções 4. Após tocar o paciente 5. Após tocar superfícies próximas ao paciente Componentes-chave da Estratégia Multimodal da OMS • Mudança de sistema: assegurar que a infraestrutura ne- cessária esteja disponível para permitir a prática correta de hi- giene das mãos pelos profissionais de saúde • Educação e treinamento fornecer capacitação regular a todos os profissionais • Avaliação e retroalimentação monitorar as práticas de hi- giene das mãos e a Infraestrutura • Lembretes no local de trabalho: pias da unidade com car- tazes dos passos de higiene das mãos com água e sabão. • Clima de segurança institucional: criar um ambiente que facilite a sensibilização dos profissionais Indicadores • Consumo de álcool (20 ml) • Adesão dos profissionais à higiene das mãos: observação 29 Meta 5 – Higienizar as mãos para evitar infecções Finalidade • Promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pres- são (UPP) e outras lesões da pele 30 Meta 6 – Reduziro risco de ulcera por pressão (UP). Justificativa • UP tem sido alvo de grande preocupação para os serviços de saúde, pois a sua ocorrência causa impacto tanto para os pacientes e seus familiares, quanto para o próprio sistema de saúde, com o prolongamento de internações, riscos de infec- ção e outros agravos evitáveis. • Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), EUA, a prevalência de UPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7% • No Brasil, embora existam poucos trabalhos sobre inci- dência e prevalência de UPP, um estudo realizado em um hos- pital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81% • Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), EUA, a prevalência de UPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7% • No Brasil, um estudo realizado em um hospital geral uni- versitário evidenciou uma incidência de 39,81% Moore, 2009, Art. Rogenski, 2005 http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?ss=15&doc_id=12262&nbr=00634 6&string=pressu- re+AND+ulcer 31 Meta 6 – Reduzir o risco de ulcera por pressão (UP). Etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UP • Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes: escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada • Reavaliação diária de risco de UP de todos os pacientes internados • Inspeção diária da pele • Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada • Otimização da nutrição e da hidratação: abrangência mul- tiprofissional • Minimizar a pressão • Medidas preventivas para úlcera por pressão conforme classificação de risco Monitoramento • Incidência de UP • % de pacientes submetidos a avaliação de risco para UPP na admissão • % de pacientes de risco recebendo cuidado preventivo apropriado para UPP Desafios • Equipe dedicada para a avaliação • Adequar o protocolo ao perfil da instituição • Aquisição dos materiais específicos 32 Meta 6 – Reduzir o risco de ulcera por pressão (UP). Finalidade • Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente, por meio da implan- tação/implementação de medidas que contemplem a avalia- ção de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do pacien- te, familiares e profissionais. Abrangência • Hospitais e incluem todos os pacientes que recebem cui- dado nestes estabelecimentos, abrangendo o período total de permanência do paciente. 33 Meta 6 Reduzir o risco de queda Justificativa • Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países desenvolvidos variou entre 3 a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia. Fonte: Oliver D, 2011 • Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que 6% a 44% desses pacientes sofrem danos de natureza grave, como fraturas, hematomas subdurais e san- gramentos, que podem levar ao óbito. Fonte: Boushon B, 2013 • Quedas de pacientes contribuem para aumentar o tempo de permanência hospitalar e os custos assistenciais, gerar an- siedade na equipe de saúde, além de produzir repercussões na credibilidade da instituição, além de repercussões de ordem legal Fonte: Correa AD, 2012 34 Meta 6 Reduzir o risco de queda Intervenção • Avaliação do risco de queda • Na admissão • Diariamente • Definir escore de risco • Estabelecer alerta para o risco • Envolvimento multiprofissional no tratamento dos fatores de risco: fisioterapia, engenharia de manutenção, engenharia clinica, arquitetura, etc. • Notificação • Avaliação das ocorrências e suas causas • Feedback dos resultados para os profissionais e adoção de ações de melhoria Indicadores • Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada na admissão. • Número de quedas com dano. • Índice de quedas Considerações • Escolha de escalas • Adequação a realidade da instituição: frequência de ava- liação • Registro da orientação ao paciente/familiar dos riscos • Divulgar a forma de alerta de risco 35 Meta 6 Reduzir o risco de queda ü Este treinamento ficará disponível apenas de 18 de outubro a 11 de novembro. ü Serão 4 PDF’s e 4 eventos AO VIVO. Se você cadastrou o seu email para baixar este eBook então receberá um convite para participar do 1º evento em que eu vou comentar este guia e responder as suas dúvidas. Caso ainda não tenha se cadastrado garanta o seu acesso cadastrando seu email na página deste treinamento: http://www.ibeskih.com.br/acredita 1º Treinamento Online Gratuito: Fundamentos da Acreditação em Saúde Protocolos de Segurança do Paciente Programa Nacional de Segurança do Paciente Ministério da Saúde / ANVISA www.ibes.med.br Protocolos de Segurança do Paciente Programa Nacional de Segurança do Paciente Ministério da Saúde / ANVISA Conheça a Plataforma de Ensino à Distância do IBES www.ibeskih.com.br Knowledge in Healthcare IBES
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