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Classificação das normas 1NAB

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Classificação das normas jurídica
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Classificar é atividade desenvolvida por vários autores e que deve guardar em si a característica da utilidade. Ou seja, as classificações não são certas ou erradas, justas ou injustas, mas úteis ou inúteis, de acordo com o contexto em que são aplicadas e o fim a que se destinam.
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QUANTO AO SISTEMA A QUE PERTENCEM
Refere-se ao ordenamento jurídico em que estão inseridas as normas. Podem ser:
1. Nacionais (ou de direito interno): são as leis produzidas para ter validade e eficácia no âmbito territorial de um Estado soberano, compondo o ordenamento jurídico do Estado e submetendo a todos os que se encontram na circunscrição territorial do Estado, ressalvadas as exceções legais. (arts. 5º e 7º CP; arts.7º, 8º da LICC.)
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Dentro dessa classificação, merece destaque uma subclassificação das normas que as avalia segundo o âmbito territorial de sua validade:
Normas federais (arts. 22, 24 CF)
2. Normas estaduais (arts. 22, parágrafo único; 24, § 1º, 2º, 3º e 4º)
Normas municipais (art. 30, I e II CF)
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- Não há hierarquia absoluta entre leis federais, estaduais e municipais, porquanto esse escalonamento somente prevalece quando houver possibilidade de concorrência entre as diferentes esferas de ação. (REALE, 2007, p. 119)
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Estrangeiras (ou de direito externo): são as leis produzidas para ter validade e eficácia no âmbito territorial de um Estado soberano diverso (estrangeiro), mas que eventualmente se aplicam dentro de outro Estado soberano, sem ferir a soberania nacional deste (anuência legal) e sem se incorporar ao ordenamento jurídico nacional.
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De Direito uniforme substantivo ou material: são leis adotadas por Estados soberanos distintos para ter validade e eficácia dentro de seus territórios de forma padronizada, aplicáveis a relações jurídicas de direito privado com conexão internacional. É formalizado por tratados internacionais, que podem ser bi ou multilaterais (convenções).
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Ex.: a prescrição no contrato de compra e venda internacional de mercadorias.
A convenção das Nações Unidas sobre os direitos das crianças de 1989. 
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2. Quanto ao âmbito 
temporal de validez
Por prazo indeterminado: o tempo de vigência da norma jurídica não é prefixado. É a regra. Art. 2º da LICC.
Por prazo determinado: são leis que vêm com seu tempo de duração previamente fixado. Art. 2º da LICC. (Lei seca, toque de recolher etc.)
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3. Quanto ao âmbito 
material de validez
De Direito Público: são leis pertinentes aos ramos do Direito Público (Const. Adm. Processual Civil, Penal, Processual Penal, Tributário, Econômico etc.), que regulam relações jurídicas de subordinação em que o Estado figura como parte.
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De Direito Privado: são leis pertinentes aos ramos do Direito Privado (Civil, Comercial, Empresarial), em que há relação de coordenação entre as partes.
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4. Quanto à imperatividade
Cogentes, taxativas ou de ordem pública: são as normas que implicam a exigência incontestável do seu cumprimento, quaisquer que sejam as intenções ou desejos das partes contratantes ou dos indivíduos a que se destinam. Amparam altos interesses sociais, os chamados interesses de ordem pública.
Ex.: Arts. 108 e 1.526, CC.
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Dispositivas: são normas que deixam aos destinatários o direito de dispor de maneira diversa. São normas que estabelecem uma alternativa de conduta. É evidente que as partes não revogam nenhuma lei pelo fato de terem disposto de forma diversa. Ex.: art. 543, §2° da CLT
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Podem ser:
permissivas: consentem uma ação ou abstenção. Ex.: art. 1.639, CC;
supletivas: suprem a falta de manifestação de vontade das partes. Ex.: arts. 327, 1ª parte e 1.640, caput, CC
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5. Quanto à sistematização 
(Maria Helena Diniz)
Esparsas ou extravagantes: são editadas isoladamente. Ex.: a lei do inquilinato, lei do salário-família;
Codificadas: quando constituem um corpo orgânico de normas sobre certo ramo do Direito. O código não é um complexo de normas, mas uma lei única que dispõe sistematicamente sobre um ramo jurídico. Ex.: CTN, CC, CP. 
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Consolidadas: quando forem uma reunião de leis esparsas vigentes sobre determinado assunto. Ex. CLT
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6. Quanto à sanção ou autorizamento
Perfeitas (leges perfectae): são aquelas cuja violação autoriza a nulidade do ato. Ex.: art. 1.730, CC; art. 9º da CLT
Mais que perfeitas (plus quam perfectae): são aquelas cuja violação autoriza a nulidade do ato e ainda estipula pena para os casos de violação. Ex.: arts. 1.521, VI; 1.548, II, CC; art. 235, CP.
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Menos que perfeitas (minus quam perfectae): são aquelas cuja violação autoriza apenas uma penalidade, sem a anulação do ato praticado. Ex. art. 1.523, I do CC;
Imperfeitas (imperfectae): são aquelas cuja violação não acarreta anulação do ato nem aplicação de penalidade pela prática do ato. Ex.: art. 814, CC

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