APS IRAS

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RESUMO
A i uma das causas mais comuns de IRAS (Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde). É associada principalmente ao sexo feminino, devido a uretra mais curta, mas também acomete os homens, tanto por manipulação do quanto por doenças de próstata. No entanto, o maior dos fatores de risco está exposto na sonda vesical e no seu período de duração. Além disso, a pode ser classificada em dois tipos, sendo eles: e, atingindo então o trato baixo (bexiga) e a , atingindo o trato alto (rins). Pode ser facilmente identificada, através de exames de urina se for um caso simples, em casos mais graves exames por imagens podem estar sendo requeridos. É comumente tratada por antibióticos, por conta de seu patógeno principal ser as bactérias, especialmente a . Além disso, é importante lembrar que pequenas cosas como uma boa higiene íntima, ingestão de água e não utilizar roupas muito apertadas podem ajudar para que não ocorra, prevenindo de forma efetiva a infecção.
Palavras- chaves: 
2. INTRODUÇÃO
 A , também conhecida como é uma das IRAS (Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde) que mais acometem os hospitais atualmente. Consiste na colonização microbiana com invasão do tecido de estruturas do , relacionadas a .
Os principais fatores de risco associados são: sexo feminino, idade avançada, problemas anatômicos e fisiológicos do e doenças como diabetes. Mas, a maior parte dos casos está relacionada a sonda vesical e sua duração. Pode atingir a bexiga, próstata, sistema coletor e rins, por conta disso apresenta uma variedade de manifestações clínicas. O patógeno mais frequente de se encontrar é a e pode chegar de diversas formas ao, por via hematogênica, linfática ou ascendente, sendo a última mais comum. 
A analise é feita de forma simples com um exame de urina, se necessário exames laboratoriais específicos e radiológicos em casos graves. O tratamento pode variar e normalmente é feito com antibióticos
DEFINIÇÃO
As conhecidas como são a resposta inflamatória do urotélio ao ataque bacteriano. Essa resposta está relacionada normalmente a bacteriúria, que é a presença desses patógenos na urina e também a piúria que é a presença de glóbulos brancos, indicando que o sistema imune está tentando combater a bactéria.
Os sintomas que essa infecção pode apresentar são:
Disúria (Dificuldade ao urinar e pode ser acompanhada de dores)
Polaciúria (É o aumento da produção de urina excretada sem relação com o que foi ingerido) 
Hematúria (É o aparecimento de sangue na urina)
Piúria (Presença de pus na urina)
Urgência miccional (É a necessidade extrema de excretar a urina por via impulsos dolorosos)
 
 
ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES DO 
A é caracterizada pela colonização bacteriana, sendo assim os microrganismos atuam pelas vias ascendentes que são a uretra, hematogênica e linfática.
Além disso, as bactérias GRAM negativas são as mais comuns de estarem associadas a essas infecções, por terem fímbrias e uma camada externa que ajuda a se tornar mais resistente e virulento, sendo as principais a . A é responsável por 70 a 85% das ITU’s obtidas em comunidade e por 50 a 60% em idosos admitidos nas instituições. Quando essa infecção ocorre em hospitais, os pacientes estão em contato com diversos agentes patogênicos, com predomínio das enterobactérias e diminuição das Escherichia coli, no entanto, ela não deixa de ser habitualmente a primeira causa.
INCIDÊNCIA 
O normalmente tem poucos micróbios, porem está sujeito a algumas infecções oportunistas, que poder causar muito problemas.
Segundo os autores, as uma invasão e multiplicação de bactérias resultante do colón humana e de animais. A colonização causar a invasão da uretra, bexiga e ureteres, chegar a comprometer até os rins.
Ainda trazem que a tem algumas fases, uma é a uretrite e a outra a pielonefrite, começar com uma inflamação na uretra (uretrite), e quando não e tratada rapidamente, a inflamação atinge a bexiga (cistite), e até os ureteres (uretrite). O perigo desta inflamação são os microrganismos passa pelos ureteres e comprometem os rins (pielonefrite). Em alguns casos as complicações podem evoluir para uma septicemia (inflamação do sangue que acontece quando à uma ), pode até mesmo levar a morte. (Livro Microbiologia 10° edição, Tortora, Funke, Case 2009).
No adulto, a se eleva e o predomínio no sexo feminino se mantém, com picos de maior acometimento no início ou relacionada à atividade sexual, durante a gestação ou na menopausa, que 48% das mulheres teve ou pode ter uma vez a infecção urinária ao longo de sua vida. No sexo feminino, e mais frequente a pois a uretra menor (com 5 cm e os 20 cm da uretra masculina), e tem a maior proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra. 
Já no sexo masculino, o comprimento da uretra é maior, aumentando o fluxo urinário e o fato antibacteriano prestático (contém zinco, lisozima, lactoferina e iga, na urina do homem torna ainda mais difícil o desenvolvimento bacteriano), agem como protetores. A partir dos 50 anos, a presença d e patologias prostático torna o homem mais susceptível à Ocorre principalmente quando os microrganismos, na maioria dos casos bactérias, sobem pela uretra e atingem a bexiga, os ureteres e os rins.
A bactéria não frequente no é a Escherichia Coli e faz parte do intestino normal. Pode-se constatar como são importantes os hábitos de higiene adequados para a prevenção de . (Hospital Sírio-Libanês).
AGRAVAMENTO DA 
Essas podem prejudicar a bexiga e estruturas abaixo da bexiga, causando podendo ser superior ou interior.
As Cistite e uma infecção do interior ou, fica na camada da mucosa superficial, podendo causar disúria, polaciúria, tenesmo vesical e dor na região hipogástrica.
As infecções dosuperior, são menos comum e pode acometer os rins e os ureteres.
Uretrite e a na uretra, o canal que a urina passa para sair do corpo, causando disúria e polaciúria são frequente, associada a infecções por microrganismos e cistite não infecciosas.
Prostatite é da próstata causado dificuldade para passar a urina, pois fica na base da bexiga, quando inicia a uretra, causando dor ou ardor para urinar, vontade em excesso de urinar e secreção uretral.
Pielonefrite e a invasão de microrganismos que pode comprometer o funcionamento dos rins, causando febre, calafrios, dor lombar, náusea, disúria, piuria, se não for tratada pode progredir para uma insuficiência renal
DIAGNÓSTICO DA 
• Diagnóstico clínico
 Esse diagnóstico mostra os sinais e sintomas da infecção, sendo então:
A (cistite), acomete a bexiga. Tem como sintomas dor e ardor ao urinar, presença de sangue e urina turva e com cheiro forte, além da vontade frequente de urinar. 
 (pielonefrite) acomete os rins e se inicia com uma cistite, mas também apresenta febre, calafrios e dor lombar, que pode se estender para o abdômen. 
• Diagnóstico laboratorial
Esse diagnóstico é através de exames, que verificam a patogenicidade da infecção e confirma os sinais e sintomas apresentados no diagnóstico clínico.
A U é identificada pelo aumento bacteriano de pelo menos 10^5 unidades formadoras de colônias por ml de urina (100.000 ufc/ml). É possível identificar através de exame de urina, urocultura que apesar de demorada, é importante para saber o agente patogênico causador, já a hemocultura tem apenas valor para os pacientes de pielonefrite, por ser algo mais especifico, mostrando o patógeno que em alguns casos não aparece na urocultura e exames por imagens, como radiografia, que são usados para ver complicações e casos que tem disfunção do 
TRATAMENTO DA 
O tratamento de infecções urinárias pode variar de acordo com a idade, sexo, organismo e também de sua gravidade. Normalmente, o tratamento é feito com o auxílio de antibióticos. Porém os médicos também poderão indicar e receita algum tipo de analgésico para ajuda com a dor do paciente e com a ardência que sentequando se urina. 
 Ao escolher qual medicamento deverá ser dado a determinado paciente, o medico deverá ter o conhecimento de seu passado (histórico medico), sabendo assim se ele tem ou não algum tipo de alergia ou resistência ao mesmo. 
Em alguns casos há necessidade de tratamento cirúrgico, tendo como exemplo: Quando se tem Uropatia obstrutiva; Anormalidade Anatômica; Lesões no que pode trazer uma compressão na coluna. 
Esse tipo de infecção é ocasionada por bactérias.
Medicamentos das ITU
Alguns dos medicamentos utilizados são: 
Cefalexina: Administração por via oral, possui um sabor amargo. 50 a 100 mg por dia, 6/6 horas .
Amoxicilina: É um medicamento muito eficaz contra diversos tipos de bactérias. Administração por via oral 250 mg três vezes ao dia 8/8 horas.
Fosfomicina: Apresenta grande eficácia contra bactérias gram- positivas e gram-negativas. Dissolver um envelope em 1/2 copo de água (50 a 75 mL) 
Ciprofloxacino: É conhecido também por: quinoflox, cipro ou proflox; Sua dose poderá variar entre 250 à 1500mg por dia, de conforme a idade e agravamento da infecção.
Finazopiridina: Alivio da dor do trato urinario. Administrado por via Oral 200 mg 8/8 horas
Nitrofen : Indicado no tratamento de infecções urinarias agudas. Administração por via oral  100mg 6/6horas 
Orientações: 
Procure sempre uma ajuda medica, caso ocorre sintoma de uma, ele irá fazer os devidos exames e saberá qual o nível em que a infecção se encontra para assim lhe indicar o exato medicamento, sua dosagem e o seu determinado tempo. Não é indicado a automedicação, pois pode acarreta prejuízos a própria saúde . O uso excessivo, continuo ou até mesmo o interrompimento da dosagem indicada pelo profissional não é orientado por causa dos riscos que poderá acarreta futuramente. 
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
Principais causas que podem regular de forma positiva a redução do desenvolvimento da ITU:
Higiene pessoal na vagina e pênis diariamente com sabão neutro, e evitar higiene excessiva para não ocasionar a diminuição da flora natural da genitália.
Evitar banho de banheiras, pois a água presente na banheira é facilmente contaminada com bactérias de outras partes do corpo que podem se instalar na região uretral.
Higienizar a região perianal antes do sexo auxilia na diminuição de bactérias que facilmente pode ser levadas do ânus para vagina e meato uretral durante a relação sexual, e urinar após termino do ato, ajuda eliminar a chance de ter se instalado na uretra alguma espécie de micro-organismo prejudicial, evitar sexo anal, pois a uretra feminina estará diretamente em contato com bactérias da região anal.
Evitar conter micção por períodos longos, pois urina retida na bexiga e canal uretral contribui para a multiplicação de micro-organismos.
Aumento da ingestão de água; Pois a água carrega as impurezas e limpa o canal urinário. 
Evitar uso de roupas íntimas apertadas favorecendo a falta de circulação de ar e o suor excessivo na região íntima, o que ocasiona o aumento considerável de bactérias nas partes intimas levando a uma ITU. 
Na necessidade de sondagem vesical para drenar diurese a profilaxia é:
 Realizar procedimento com técnica asséptica na introdução da SVD, e prendê-la rente a pele próximo ao órgão genital, afim de seus movimentos não introduzir a extensão contaminada da sonda no canal uretral.
 Atenção nos cuidados na manutenção é essencial para a prevenção, tais como:
A lavagem das mãos antes e após o contato e manuseio da sonda é indispensável;
Clampear a extensão da sonda quando movimentar o paciente;
Nunca posicionar o saco coletor superior ao nível da região da pelve, e esvaziar o coletor antes que atinja sua capacidade máxima com intuito de evitar refluxo da diurese já drenada pela sonda,
A utilização da sondagem de sistema fechado é estéril, e o tempo de utilização da sonda deve ser acompanhado pelo profissional de saúde para avaliar possíveis danos no sistema e realizar troca caso seja necessário;
É importante ressaltar no uso da SVD, que a higiene íntima por várias vezes ao longo do dia e principalmente após a evacuação, é crucial para diminuir possíveis contaminações por micro-organismos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se, portanto, que as infecções do trato urinário são muito frequentes atualmente, sendo então necessário medidas para que a prevenção seja feita de forma efetiva tanto dentro dos hospitais com os pacientes que utilizam a sonda vesical e adquirem a ITU quanto na comunidade, principalmente as mulheres que tem a uretra mais curta, tornando-se maia vulneráveis. Dessa forma, com medidas simples como maior ingestão de líquidos, é possível diminuir os índices dessa infecção que acomete diversos indivíduos nos dias atuais, melhorando a qualidade da assistência nas instituições e a vida da população.
Sonda vesical e a 
A sondagem Vesical é um procedimento que consiste na inserção de uma sonda também conhecida por Cateter, pela uretra e que vai ate a bexiga permitindo a passagem da urina. 
Existem dois tipos de cateterismo: Cateterismo vesical de alívio e o Cateterismo vesical de demora. Os dois tipos podem provocar; entretanto está relacionada ao uso do Cateter de demora com mais frequência. 
Na técnica com Sonda vesical de demora há diversos benefícios, em contrapartida o contato do cateter na uretra retira os mecanismos de defesa interiores e a presença de bactérias na Urina é comum no paciente que faz uso da sonda vesical de demora (SVD).
A taxa de bacteriúria em pacientes de sonda vesical pode variar de 3 a 10 % por dia, sendo capaz de alcançar quase 27%, quando o tempo de uso da sonda chega a 6 ou mais dias de uso