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Como montar uma loja de material de construção EMPREENDEDORISMO Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br Expediente Presidente do Conselho Deliberativo Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretora Técnica Heloísa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças Luiz Eduardo Barretto Filho Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora Mirela Malvestiti Coordenação Luciana Rodrigues Macedo Autor Paulo César Borges de Sousa Projeto Gráfico Staff Art Marketing e Comunicação Ltda. www.staffart.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / TOKEN_HIDDEN_PAGE Sumário 11. Apresentação ........................................................................................................................................ 22. Mercado ................................................................................................................................................ 33. Localização ........................................................................................................................................... 44. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 55. Estrutura ............................................................................................................................................... 66. Pessoal ................................................................................................................................................. 87. Equipamentos ....................................................................................................................................... 98. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 109. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 1110. Automação .......................................................................................................................................... 1211. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 1312. Investimento ........................................................................................................................................ 1413. Capital de Giro .................................................................................................................................... 1514. Custos ................................................................................................................................................. 1715. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 1816. Divulgação .......................................................................................................................................... 2017. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 2218. Eventos ............................................................................................................................................... 2319. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 2520. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 3021. Glossário ............................................................................................................................................. 3022. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 3123. Características .................................................................................................................................... 3224. Bibliografia .......................................................................................................................................... 3325. Fonte ................................................................................................................................................... 3326. Planejamento Financeiro .................................................................................................................... A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / Sumário 3427. Soluções Sebrae ................................................................................................................................. 3428. Sites Úteis ........................................................................................................................................... 3429. URL ..................................................................................................................................................... A presentação / A presentação 1. Apresentação Verifique o preço dos concorrentes, valorize seus funcionários, o atendimento, a relação com os fornecedores e esteja presente diariamente na loja. Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender? É sabido desde muito tempo que todos desejam um lugar próprio para morar e principalmente, que este local tenha o “jeito” destes moradores estampados nas paredes, louças, piso e até nos armários. Apesar de apresentar um leve decréscimo nas vendas em 2014, nos anos de 2011 a 2013 o mercado de compra e venda de imóveis estava bastante aquecido, influenciado por vários fatores, como grandes incentivos do governo com programas de moradia, melhoria de renda da população brasileira e consequente aumento nas negociações imobiliárias. Só de recursos do FGTS foram negociadas, em média, 475 mil unidades por ano. Estes números indicam que os imóveis ganharam novos donos, prontos para fazer uma reforma, trocando as cores das paredes, o piso ou até mesmo fazendo um “puxadinho” para acomodar seus moradores de forma mais confortável. Diante deste cenário, o empreendedor tem a possibilidade de montar uma loja de material de construção. Segundo pesquisa realizada pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes deMaterial de Construção), as diferenças entre as lojas de material de construção pequenas/médias e as grandes são as seguintes: as pequenas e médias tem como foco os equipamentos “básicos”, como cal, cimento, madeira, pregos, material elétrico e iluminação, enquanto as lojas grandes são consideradas generalistas, com maior diversificação de produtos, vendendo inclusive peças de decoração e eletrodomésticos. Até a época dos grandes descobrimentos, a única transformação que os materiais sofriam para serem utilizados nas construções era a moldagem. Os tempos mudaram e as necessidades também. Através dos anos, surgiram novos materiais e técnicas de construção, que gradativamente foram substituindo outros que se tornaram obsoletos. Atualmente os materiais podem ser simples ou compostos, obtidos diretamente da natureza ou elaborados industrialmente. Existem diversas opções para os diversos usos, assim como diferentes propriedades e variedades de um mesmo material. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 1 A presentação / A presentação / M ercado Nesta "Ideia de Negócio" serão apresentadas informações importantes para o empreendedor que tem intenção de abrir uma Loja de Material de Construção. Os dados aqui mencionados referem-se a uma loja com foco em produtos da primeira fase de construção a qual requer produtos básicos, como por exemplo, cimento, tijolos, areia, esquadrias e telhado. Este documento não substitui o Plano de Negócios, que é imprescindível para iniciar um empreendimento com alta probabilidade de sucesso. Para a elaboração do Plano de Negócio, deve ser consultado o Sebrae mais próximo. 2. Mercado Após conhecer o negócio, é importante que o empreendedor tenha ideia de como o mercado está, ou seja, o que os especialistas do setor dizem sobre a prosperidade do ramo ou segmento. No Brasil, existem aproximadamente 133 mil lojas varejistas de material de construção. De acordo com a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do ano de 2012, a maior concentração está na região Sudeste, com 48,3% das lojas, seguido da Região Sul com 19,7%, Região Nordeste com 18,9%, Região Centro-Oeste com 8,4% e Região Norte com 4,7%. A Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat) reduziu a estimativa de crescimento das vendas em 2014 de 4,5% para 3%, depois que o faturamento entre janeiro e abril de 2014 apresentou recuo de 2% na comparação anual. “Em abril de 2014, houve queda de 9,1% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2013 e recuo de 4,4% em relação a março daquele ano”, informou a Abramat. Mesmo com o cenário de 2014 mais pessimista, a Associação acredita em uma reversão nos mercados varejista e imobiliário e uma aceleração nas obras de infraestrutura. Estes dados são confirmados pelos órgãos de estatística, que afirmam existir um grande déficit habitacional. Também foi observado que o mercado de lojas de materiais de construção é bastante sólido, onde 81% das lojas existentes atuam no Brasil há mais de 10 anos, ou seja, já são lojas consolidadas no setor. Portanto, a ideia pode ser muito boa, mas devido ao momento que a economia está passou no ano de 2014, alguns cuidados devem ser redobrados, como observar o melhor local para implantar o negócio, pois tem relação direta com o prazo de retorno do capital investido. Além disso, levantar informações e conhecer alguns fatores como pessoal necessário, exigências legais do negócio, custos, estrutura e equipamentos serão determinantes para o futuro sucesso de uma empresa. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 2 A presentação / A presentação / M ercado / Localização Oportunidades O país ainda possui um grande déficit habitacional. Segundo o banco de dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, este número em 2012 representava 63.766.688 domicílios. Das lojas consideradas pequenas ou médias, apenas 13% participam de redes associativas, que são grupos de lojas varejistas de materiais para construção que usam a mesma logomarca, cuja vantagem é obter melhores condições de negociação em preços e prazos de pagamento, além de padronizar os produtos e atendimento. Diferente das grandes redes, que são dependentes de gestores que moram em grandes cidades e muitas vezes não conhecem as características de onde será instalada a nova megaloja, uma pequena loja de material de construção geralmente inicia com menos variedade, para atender um bairro ou setor carente de itens de necessidades básicas em relação a produtos de construção, buscando atendimento próximo, rápido e sem filas, mesmo que isto represente para o cliente pagar um pouco mais por esta comodidade. Ameaças Os indicadores da construção civil têm apresentado quedas de até 10% entre os anos de 2013 e 2014, o que representa menores vendas nas lojas de material de construção. As megalojas de material de construção, também conhecidos como "Home Center", conseguem obter melhores preços e oferecer melhores condições de pagamentos aos clientes, devido ao seu grande poder de barganha. Com grande investimento em publicidade e promoções de itens isolados, estas lojas conseguem atrair muitos clientes e podem ser consideradas concorrentes diretos, pois agregam em um único lugar do básico à decoração. Ou seja, o pequeno empresário precisa atrair os clientes situados em suas imediações e mostrar que aliado ao atendimento personalizado, seus preços também são competitivos. 3. Localização Definir a localização e escolher o imóvel para a instalação da loja é uma das decisões mais importantes para o negócio, sendo fator de sucesso do empreendimento. Geralmente, seus potenciais clientes moram em uma região relativamente pequena em torno da loja, e é daí que sai a maior parte das vendas. Na localização da loja deve-se considerar: 1. o objetivo do negócio, 2. o público-alvo que se quer atingir, 3. a população dos arredores, Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 3 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas 4. a concorrência existente ou potencial nas redondezas, 5. as condições do imóvel e 6. as vias de acesso. Por isso a instalação da loja deve considerar bairros residenciais com alta densidade populacional e de fácil acesso, observando que um acesso seguro, amplo, bem sinalizado e iluminado encoraja o cliente. Estacionamento é fator indispensável. Alguns pontos merecem destaque: - Proximidade de pontos de ônibus e estações, favorecendo o transporte dos funcionários; - A segurança da Região, evitando o risco de assalto; - A infraestrutura de serviços públicos como Bombeiros, Hospitais, Polícia, Correios; - Serviços de recolhimento de lixo; - Suporte para luz elétrica, água, telefone e internet. Uma dica importante para este tipo de negõcio é observar se na cidade onde o empreendimento será aberto existe algum bairro novo, com lotes vazios, onde muitas casas podem ser construídas ou reformadas. Quando escolher o imóvel, deve-se verificar se está localizado em rua que permita o funcionamento de comércio de acordo com a lei de zoneamento do município e se existe facilidade para estacionar caminhões, afinal, uma loja de material de construção necessita transportar as mercadorias. A proximidade da loja dos fornecedores que só vendem no atacado (não caracterizando assim, concorrência) poderá influenciar na formação do preço de venda do produto. 4. Exigências Legais e Específicas Além de conhecer sobre o funcionamento do negócio, é necessário contratar um contador profissional para obter registros, alvarás e fornecer informações legais sobre o novo negócio, enquanto o empreendedor se dedica a outras questões do empreendimento. Antes de abrir o negócio será necessário: - Registros junto à Secretaria de Receita Federal, para obtenção do CNPJ; Neste momento, verifica-se também, os antecedentes dos sócios ou empresário junto a Receita Federal,através de pesquisas do CPF. - Registros na Junta Comercial - Antes de realizar qualquer procedimento para abertura de uma empresa, primeiro é preciso realizar uma consulta prévia na prefeitura Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 4 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura ou administração local. A consulta tem por objetivo verificar se no local escolhido da empresa é permitido o funcionamento da atividade que deseja empreender. - Registros junto a Receita estadual, para obtenção da inscrição estadual; - Registros junto a prefeitura, para obtenção do alvará de localização e de licença sanitária; - Registros na Secretaria Estadual da Fazenda; - Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se encaixa (é obrigatório o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal por ocasião da constituição da empresa até o dia 31 de janeiro de cada ano) - Um contador é de grande importância neste passo, pois a partir daí o empreendedor vai definir a Convenção Coletiva de Trabalho que vai seguir; - Cadastro na Caixa Econômica Federal (CEF) no sistema Conectividade Social - Este sistema permite recolher os impostos de INSS e FGTS dos trabalhadores. Tal atividade será desenvolvida pelo contador; - Autorização do Corpo de Bombeiros – CBM - Além de evitar multas, garante a segurança do imóvel e das mercadorias. Observe sempre se foi colocado extintor de incêndio e indicativos das saídas de emergência; Além do cumprimento das exigências anteriores, é necessário pesquisar na Prefeitura Municipal se a Lei de Zoneamento permite a instalação de loja de material de construção no local desejado. O Sebrae local poderá ser consultado para orientação. 5. Estrutura Uma loja de Material de Construção normalmente contém vários departamentos. Grandes lojas podem dividir estes setores no espaço que as pequenas lojas não possuem, mas todas vendem praticamente os mesmos artigos para: Banheiros, Cozinhas e Áreas de Serviço, Ferramentas, Ferragens, Materiais de Construção, Materiais Elétricos, Materiais Hidráulicos, Marcenaria e Madeiras, Portas e Janelas, Pisos e Revestimentos, Tintas e Acessórios. Devido a esta variedade, a área mínima necessária para uma Loja de Material de Construção é de aproximadamente 100m². A área da loja deve ser dividida entre show room, depósito e escritório. A seguir segue sugestão de equipamentos para cada ambiente da loja: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 5 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal Equipamentos para o Show Room - Prateleiras ou gôndolas para exposição de produtos; - Balcões para entrega dos produtos e que também podem funcionar como vitrines; - Móvel para o caixa; - Pallets expositores. Equipamentos para Escritório - Mesa; - Cadeiras; - Armários para documentos administrativos; - Computador; - Impressora; - Telefone/Fax. Equipamentos para Depósito - Prateleiras ou estantes de aço; - Pallets para material pesado. A estrutura de uma Loja de Material de Construção pode ser simples, porém deve ser bem planejada para: - Oferecer mobilidade aos funcionários e clientes, - Oferecer facilidade de acesso às pessoas com necessidades especiais, - Proporcionar espaço adequado para exposição das mercadorias, - Evitar poluição visual, - Oferecer conforto e beleza, - Proporcionar boa iluminação, - Proporcionar boa ventilação. Outras soluções para proporcionar conforto e comodidade ao cliente podem ser adotadas, como por exemplo, espaço exclusivo no interior da loja que sirva café, água e biscoitos. O empresário deve avaliar se existe necessidade de instalação de sistema de alarmes, câmeras de segurança, bem como a contratação de seguro para os equipamentos e estoque, considerando os riscos pertinentes à região em que a loja está instalada. 6. Pessoal A escolha de profissionais que irão trabalhar no empreendimento precisa ser feita com muita responsabilidade, pois são estes colaboradores que irão atender os clientes do novo empreendimento e fazê-los voltar ou não. Uma seleção bem feita e um bom ambiente de trabalho terá reflexo direto na imagem da empresa aos olhos de todos. A quantidade de funcionários está relacionada ao porte do empreendimento. Para amenizar os custos iniciais com folha de pagamento, convém optar pela contratação Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 6 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal de uma equipe enxuta. De acordo com empreendedores do ramo é possível começar com apenas 4 (quatro) pessoas, devendo ajustar esta quantidade a todo período que a loja estiver aberta: Administrador ou Gerente: Normalmente função exercida pelo dono, precisa ter capacidade para lidar com imprevistos, atuar preventivamente, ter raciocínio lógico e crítico e ter conhecimento de gestão empresarial. Deve-se observar que as atividades de compras tem reflexo direto no lucro do negócio. Além de obter mercadorias a custos baixos e prazos adequados ao fluxo de caixa, o comprador precisa observar quais mercadorias vendem mais, quais são perecíveis e quais podem “encalhar”, portanto, não podem ser delegadas a pessoas de pouca experiência; Vendedor: Recomenda-se 2 (dois) e precisa ter conhecimento dos produtos, habilidade de relacionamento interpessoal, habilidade para negociar, proatividade, cortesia e educação com os clientes e colegas e inteligência emocional para lidar com possíveis conflitos. Caixa: Esta função pode ser intercalada com o Gerente e seu ocupante precisa ter conhecimentos matemáticos, honestidade, raciocínio lógico e desenvolvido, cortesia e educação com clientes e colegas. Como em todo comércio varejista a rotatividade de pessoal é muito grande, ou seja, os colaboradores não permanecem muito tempo na empresa. Ao adotar uma política de retenção de pessoal, oferecendo incentivos e benefícios financeiros ou não, a empresa poderá diminuir os níveis de rotatividade e obter vantagens como a criação de vínculo entre funcionários e clientes e ainda a diminuição de custos com: - recrutamento e seleção; - treinamento de novos funcionários; - custos com demissões. A apresentação pessoal é fator critico para consolidar a imagem da empresa junto ao cliente. Limpeza impecável, uso de uniformes, higiene e asseio constituem elementos que devem ser valorizados por todos os empregados. Além da equipe, o empreendedor necessita se atualizar e saber o que está acontecendo na sua área de atuação. A participação em seminários, congressos e cursos relacionados deve ser rotineira, independente da quantidade de trabalho existente em seu negócio. Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Material de Construção, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis. O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e o treinamento adequado. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 7 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos 7. Equipamentos Ao montar uma Loja de Material de Construção o empreendedor poderá verificar a possibilidade dos fornecedores oferecerem móveis e equipamentos para o Show Room na forma de comodato, o que pode ser uma alternativa para aliviar os custos de quem está começando. Para estruturar a loja serão necessários os seguintes equipamentos: Equipamentos para o Show Room - Cestas plásticas para transporte de pequenos itens: 10 x R$ 40,00 = R$ 400,00 - Balcão de atendimento: 1 x R$ 2.500,00 - Monitor 15,6`: 2 x R$ 300,00 = R$ 600,00 - Computador : 2 x R$920,00 = R$ 1.840,00 - Leitor de código de barras: 2 x R$ 300,00 = R$ 600,00 - Impressora Fiscal EPSO: 1 x R$ R$ 1.890,00 - Gaveta de dinheiro automática : 1 x R$ 173,00 - No break: 2 x R$ 450,00 = 900,00 - Gôndola de parede inicial: 2 x R$ 460,00 = R$ 918,00 - Gôndola de parede continuação: 2 x R$ 350,00 = R$ 700,00 - Gôndola de ponta: 2 x R$ 440,00 = R$ 880,00 - Gôndola de centro inicial : 2 x R$ 660,00 = R$ 1.320,00 - Gôndola de centro continuação: 2 x R$ 600,00 = R$ 1.200,00 - Prateleiras de aço: 4 x R$ 160,00 = R$ 640,00 - Outras prateleiras: 1 x R$ 500,00 - Pallets: 5 x R$ 60,00 = R$ 300,00 SubTotal = 15.363,00 Equipamentos para Escritório e estoque - Impressora multifuncional laser: 1 x R$ 600,00 - No break: 1 x R$ 450,00 - Telefone sem fio + 1 ramal: 1 x R$ 200,00 - Armário Alto Fechado: 1 x R$ 465,00 - Armário baixo fechado: 1 x R$ 245,00 - Mesa 0,96x0,60 sem gavetas: 1 x R$ 175,00 - Armário Executivo: 1 x R$ 395,00 - Mesa 1,20x0,60 com 02 gavetas c/chave: 1 x R$ 215,00 - Conexão Arredondada: 1 x R$ 65,00 - Poltrona presidente standart giratória com braço: 1 x R$ 283,00 - Monitor 15,6`: 1 x R$ 300,00 - Computador Servidor: 1 x R$ 1.800,00 - Periféricos: 1 x R$ 90,00 - Lixeira com pedal: 1 x R$ 25,00 - Carrinho para Armazém até 300 Kg n 13: 1 x R$ 400,00 - Etiquetadora: 2 x R$ 50,00 = R$ 100,00 - Estantes de aço: 5 x R$ 160,00 = R$ 800,00 Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 8 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria - Pallets: 5 x R$ 60,00 = R$ 300,00 SubTotal = R$ 6.908,00 Total em equipamentos: R$ 22.271,00 8. Matéria Prima/Mercadoria A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser de fato medido periodicamente e registrado através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho: - Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques. - Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. - Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa. Para a definição do mix de produtos a ser oferecido, o empreendedor deverá visitar concorrentes, ouvir permanentemente seus clientes e fazer adaptações ao longo do tempo. A matéria-prima de uma Loja de Material de Construção com aproximadamente 100m2 vende produtos básicos e oferece, principalmente: Arame Areia e Pedra Argamassa Tijolo Cal Cantoneira Cimento Espaçador Ferro Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 9 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo Madeiras Rejunte Telhas Caixas D'Água Bombas Caixas, Grelhas e Ralos Conexões Tubos Quadros de Luz Tomadas e Interruptores Torneiras Duchas Registros Neste tipo de comércio, existem várias formas de comprar, passando por compras diretas de fábrica, distribuidores ou até mesmo atacadistas. O empreendedor irá observar que, com o passar do tempo, os fornecedores irão bater à sua porta oferecendo uma variedade maior de produtos e novidades, cabendo ao empreendedor fazer as escolhas mais adequadas ao seu negócio, observando sempre seu estoque mínimo, a qualidade dos produtos e a oferta de mercadoria adequada ao seu publico alvo. Pesquisas apontam os aspectos mais importantes na escolha de um fornecedor: 1) qualidade; 2) preço; 3) atendimento no PDV 4) orientação técnica 5) logistica 9. Organização do Processo Produtivo O processo produtivo em uma Loja de Material de Construção pode ser estruturado da seguinte forma: Compra do produto - Venda do Produto - Baixa do Produto no Estoque - Entrega do Produto ao Cliente - Reposição do Produto no Estoque (que corresponde à etapa de compra do produto) - Compra do Produto Esta etapa do processo produtivo consiste no contato que o proprietário ou pessoa responsável por compras faz com o fornecedor para pedido de mercadorias. - Venda do Produto A venda do produto é uma fase muito importante e que requer bastante atenção do empresário em qualquer estabelecimento comercial. Cabe ao vendedor orientar e oferecer opções de acordo com a necessidade do cliente. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 10 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação - Baixa do Produto no Estoque Para que o empresário tenha controle das vendas é fundamental que todos os produtos existentes na loja estejam cadastrados e que todo produto vendido seja lançado em algum sistema ou documento que permita este controle. - Entrega do Produto ao Cliente A entrega do produto pode ser feita no balcão ao cliente ou, se o cliente desejar, a maioria das lojas faz entrega em domicílio. - Reposição do Produto no Estoque As compras geralmente são programadas. Os produtos de maior giro são repostos com periodicidade regular. O prazo de entrega de compras não programadas dependerá da disponibilidade em estoque do fornecedor. A maioria dos fornecedores leva trinta dias para entregar o produto nas grandes cidades. Todos os produtos que chegam à loja devem ir para o depósito. No depósito precisam ser cadastrados antes de serem disponibilizados para venda. 10. Automação Há no mercado uma grande oferta de sistemas para gerenciamento de pequenos negócios e esta ferramenta irá auxiliar o empreendedor na sua tomada de decisão. Entretanto, o mais indicado é que o empresário invista em softwares específicos para uma Loja de Material de Construção que permitem a gestão eficiente do negócio. Dentre os benefícios que um software de gestão pode oferecer, podem-se elencar alguns. - Controle de clientes com gerenciamento de relacionamento CRM (Customer relationship management); - Controle de informações recebidas do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito); - Verificação do limite de crédito do cliente; - Acompanhamento de negociação no pós-venda; - Personalização do perfil do cliente para gerar recomendação de venda, de acordo com as preferências do cliente; - Envio de e-mail direto e personalizado para comunicação com os clientes; - Controle de fornecedores com histórico de compras; - Relação de produtos e controle de estoque; - Controle de estoque automático através de compra/venda; - Tabela de preços; - Leitura de códigos de barras; - Relatórios de acompanhamento: fornecedor (de quem foi comprado) / cliente para quem foi vendido; - Contas a pagar; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 11 A presentação/ A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição - Controle de despesas; - Contas a receber ou crediário; - Controle bancário (taxas, tarifas, cheques já compensados, etc); - Fluxo de caixa; - Cálculo e controle de comissão de vendedores. Apesar de ser necessário procurar softwares de custo acessível e compatível com uma pequena empresa desse ramo, deve ser observado que se trata de ferramenta fundamental no controle gerencial. Utilizar-se de Tecnologia da Informação – TI, é uma forma de gerar grande quantidade de informações em pesquisas, estatísticas, relatórios e gráficos para uma gestão eficiente de uma loja de material de construção. O custo de aquisição tem grande variação de preço e pode custar de zero a R$ 2.500,00, devendo ser pesquisado junto a usuários e adequado à realidade da empresa. Podem ser encontrados em sites na internet, que oferecem downloads grátis, ou junto a empresas especializadas. Muitos destes programas, além do custo de aquisição, cobram taxa de manutenção mensal, também variando bastante de preço. 11. Canais de Distribuição O canal de distribuição é a forma que o vendedor comercializa seu produto ao usuário e para o ramo de materiais de construção o usual é a Venda Direta, ou seja, na própria loja. Seja pessoalmente ou por telefone, o cliente que necessita de materiais de construção escolhe seus produtos e leva para casa. Entretanto, a entrega em domicilio é muito utilizada neste tipo de negócio, podendo ser terceirizada e seu custo repassado ao cliente. Se o empreendedor optar por não terceirizar, precisará adquirir um caminhão para realização de entregas. Bancos e financeiras oferecem financiamentos exclusivos com taxas diferenciadas de financiamento de veículo para pessoa jurídica. É importante a realização de uma pesquisa para se informar sobre as melhores taxas praticadas no mercado e também verificar o custo/benefício de aquisição de um veículo “zero” ou semi-novo. Além da venda direta na loja e a entrega no balcão ou em domicílio (com veículo próprio ou por serviço terceirizado), com a popularização da internet, onde smartphones e tablets são cada vez mais comuns nas mãos das pessoas, as empresas varejistas têm investido bastante no e-commerce, também conhecido como loja virtual ou comércio eletrônico. Neste ramo já existem lojas vendendo desta forma. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 12 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento Para se ter uma ideia, o comércio eletrônico no país cresceu nominalmente 28% em 2013 ante 2012, faturando R$ 28,8 bilhões. Além disso, 9,1 milhões de pessoas fizeram compras online pela primeira vez em 2013, o que eleva para 51,3 milhões o número de consumidores que, ao menos uma vez, já utilizaram a internet para adquirir algum produto. Os números, levantados pela E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico, fazem parte da 29ª edição do Webshoppers, lançado em 12/03/2014, na cidade de São Paulo. Cabe ao empreendedor avaliar a necessidade deste outro canal de venda e de distribuição, tomando como base seu público alvo e a região onde o empreendimento está instalado. O Sebrae local pode oferecer boas alternativas para iniciar este novo canal. 12. Investimento Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como: - investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.; - investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, projeto de decoração, honorários profissionais, compra inicial e outros; - capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, despesas de manutenção e outros. O valor total a ser investido depende de um conjunto de decisões que são tomadas antes da instalação do negócio, como por exemplo: - Decidir sobre o local que será montado o negócio: se o imóvel será próprio ou alugado. - Avaliar todas as modificações necessárias que deverão ser realizadas no local para o funcionamento do negócio. Os resultados das decisões referentes a estes itens surgirão com a elaboração do Plano de Negócios. Etapa fundamental para quem deseja empreender de forma consciente, “o plano de negócios é a validação da ideia, análise de sua viabilidade como negócio” (DOLABELA, 1999, p.17). Sem considerar o pagamento de “luvas” pela aquisição do ponto comercial onde o Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 13 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro negócio será instalado, para uma loja de aproximadamente 100 m², o empreendedor deverá dispor de aproximadamente R$ 125.000,00, para fazer frente ao pagamento dos seguintes itens: - Reforma, adaptação do imóvel e instalações: R$ 5.000,00. - despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc.: R$ 3.500,00; - Móveis para área de administrativa e estoque: R$ 6.908,00 - Mobiliário Show Room: R$ 15.363,00; - Uniformes: R$ 320,00 - Site na internet: R$ 1.030,00 - Compra inicial: R$ 70.000,00 - capital de giro: R$ 22.000,00 13. Capital de Giro Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa. O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa. Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemascom seus pagamentos futuros. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 14 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão. De uma forma prática, o capital de giro é o valor necessário em caixa para que a empresa possa arcar com seus compromissos financeiros sem precisar entrar no vermelho, ou seja, é o valor em dinheiro que a empresa necessita para cobrir todos os custos até que entre novamente dinheiro em caixa. O desafio da gestão do capital de giro em uma Loja de Material de Construção deve- se, principalmente, à ocorrência dos fatores a seguir: - Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa; - Aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades do mercado; - Altos níveis de estoque; - Inadimplência, caso o empreendedor opte por trabalhar com cheque; - Baixo volume de vendas em determinados meses do ano. Para se chegar ao valor do capital de giro é necessário ter bem definido despesas futuras como custos fixos e financiamento de vendas (cartão de crédito, cheque ou financeiras). Dado que os números do investimento inicial já consideram a loja montada e estocada, estima-se que a necessidade de capital de giro represente cerca de 15 a 20% do investimento inicial. A estratégia a ser utilizada para atrair clientes será fundamental para o alcance do ponto de equilíbrio entre receita e despesa. 14. Custos São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas e insumos consumidos no processo de estoque e comercialização. No caso da loja de material de construção podemos classificar os custos inerentes ao negócio em três tipos: fixos, variáveis e CMV – Custo da Mercadoria Vendida. Os custos fixos são aqueles que ocorrem independentes do volume de negócio realizado. Se a loja ainda não estiver funcionando ou estiver faturando muito pouco, de qualquer forma o empresário terá de pagar o aluguel do imóvel, os salários, os honorários do contador, as contas de água, luz, telefone, etc. Os custos variáveis são aqueles que oscilam em virtude do volume de vendas, como Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 15 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos exemplo, o custo com embalagens, taxas pagas a administradora de cartões de débito / crédito, comissões de vendedores, dentre outros, cujo desembolso irá aumentar à medida que aumentam as vendas ou diminuir nos períodos de menor movimento. O custo de aquisição das mercadorias vendidas é obtido da seguinte forma: CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final, onde: Estoque Inicial – Representa tudo que entrou em estoque através de compras/bonificação, etc. (Em geral é a posição do estoque de mercadorias do último dia do mês anterior ao mês de apuração) Compras – São as aquisições realizadas no período (desde a última posição de inventário). Estoque Final – É a última posição de estoque do período ou a posição de encerramento do mês (ano, trimestre, etc.). A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio. Abaixo é apresentada uma estimativa de custos fixos mensais típicos de uma loja de material de construção: - Aluguel: R$ 3.000,00 - IPTU: R$ 350,00 - Água: R$ 100,00 - Energia Elétrica: R$ 200,00 - Telefone: R$ 110,00 - Internet: R$ 70,00 - Honorários Contador: R$ 724,00 - Salários + encargos*: R$ 8.000,00 *Foi considerada a média de salários de R$ 1.500,00 para 2 - vendedores, R$ 900,00 para o caixa e R$ 2.500,00 como pró-labore ou para o Gerente, inclusos os benefícios e encargos sociais. - Material de limpeza: R$ 150,00 - Material de escritório: R$ 20,00 - Manutenção de equipamentos: R$ 50 - Software (sistema): R$ 200,00 - Aluguel de máquinas de cartão de crédito: R$ 250,00 - Publicidade e Marketing: R$ 350,00 - Tarifa bancária: R$ 42,00 - Outras despesas: R$ 500,00 Total: R$ 14.466,00 Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 16 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor 15. Diversificação/Agregação de Valor Identificar um diferencial em relação aos concorrentes e vê-lo reconhecido pelo consumidor significa vantagem para uma frente em relação à concorrência. Deve ser lembrado que uma loja de material de construção pequena tem como público alvo o cliente que busca itens de primeira necessidade e conveniência, ou seja, o cliente não quer percorrer grandes distâncias para comprar itens que o Mestre do Obras pode ter esquecido de pedir. Ciente disto, o empreendedor necessita estabelecer sua estratégia, podendo ser de custo ou de diferenciação. Na estratégia de custos, onde o empreendedor pratica um preço bem mais baixo que concorrentes, a pequena loja terá desvantagem, afinal, não possui a mesma escala e poder de barganha de Home Centers ou grandes redes. O ideal é utilizar a estratégia da diferenciação, oferecendo algum valor agregado ao seu cliente. São exemplos de diferenciação, a localização da loja, que pode ser extremamente conveniente para os consumidores mais próximos, a área de vendas, a variedade e o sortimento do estoque, a existência de mercadorias ou serviços exclusivos. Também, a venda de uma determinada marca ou linha de produtos que a loja vende com exclusividade na região pode ser um fator de diferenciação. A diferenciação com base na variedade e no sortimento do estoque, denominada diversificação, se dá pela oferta dos mais variados itens que possibilitam um atendimento às expectativas e necessidades do cliente. A diversificação é fator importante nesse negócio. Outra diferenciação pode ser o atendimento personalizado. Ao contrário de grandes redes, onde o atendimento é impessoal, a personalização e atenção ao cliente irá gerar valor à empresa. Atingir e manter um bom padrão de atendimento e de serviços é tarefa de longo prazo e o propósito da empresa focada no cliente. A oferta de serviços é muito importante na definição dos itens a serem agregados. Algumas sugestões que podem ser agregados ao negócio: - Oferecer um serviço de entrega, onde existe cuidado ao descarregar e sempre no prazo. - Oferecer ao cliente comodidade e beleza proporcionando prazer de frequentar a loja; - Oferecer ao cliente um excelenteatendimento deixando-o satisfeito independentemente de possuir o que ele precisa; - Treinar os funcionários para estarem sempre dispostos a ouvirem e considerarem as Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 17 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação opiniões dos clientes; - Personalizar o atendimento, oferecendo um atendimento diferenciado a cada um dos clientes; - Estar a frente dos concorrentes buscando as inovações tecnológicas do setor. - Parceria com arquitetos e decoradores. Estantes com coleções de revistas, computador disponível para pesquisar em site de decoração. - oferta de cursos e palestras para a clientela, que podem ser obtidos com os fornecedores; - compra por telefone ou pela internet; - oferta de produtos complementares a uma compra realizada; - espaço de descanso com cadeira; - água e cafezinho. - cartão fidelidade. Muitas empresas do ramo estão aumentando seu mix de produtos vendendo itens diferentes de material de construção, como: equipamentos de utilidades domesticas, decoração, produtos agrícolas, eletrodomésticos e bazar. A pesquisa Anamanco demonstra que 27% das pequenas lojas vendem outros produtos enquanto, nas grandes lojas, este percentual representa 59%. O conjunto formado por esses serviços compõe a proposta de atendimento da loja e deve ser encarado como um compromisso do empreendedor junto aos seus clientes. É importante pesquisar junto aos concorrentes para conhecer os serviços que estão sendo adicionados e desenvolver opções específicas com o objetivo de proporcionar ao cliente um produto diferenciado. Além disso, conversar com os clientes atuais para identificar suas expectativas é muito importante para o desenvolvimento de novos serviços ou produtos personalizados, o que amplia as possibilidades de fidelizar os atuais clientes, além de cativar novos. O empreendedor deve manter-se sempre atualizado com as novas tendências, novas técnicas, novos métodos, através da leitura de colunas de jornais e revistas especializadas, programas de televisão ou através da Internet. 16. Divulgação Os meios para divulgação de lojas de materiais de construção variam de acordo com o porte e o público-alvo escolhido. As ações devem ser feitas sob a ótica do cliente, muitas vezes diferente do que o empreendedor entende ser adequado. Uma pequena loja não pode se dar ao luxo de elaborar grandes campanhas de marketing, utilizando televisão ou mídias que necessitam de grande investimento. Para um empreendimento de pequeno porte, pode ser usada a distribuição de folhetos Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 18 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação e folders, junto aos clientes que procuram a empresa e nos arredores da loja, divulgando os serviços e produtos que são ofertados. Outras formas de propaganda são os anúncios em jornais de bairro, revistas locais, taxidoor e bussdoor (buscando veículos que fazem rota nas imediações), banners e artes visuais para fixar a marca e chamar atenção do cliente, redes sociais, e-mail marketing para clientes que autorizam e carros da família logomarcados. A mala direta é um sistema barato e simples, no qual pode ser utilizado o cadastro de clientes, obtido de forma rápida e sem maiores custos, por meio do banco de dados dos frequentadores, ou uma relação de conhecidos do proprietário, ou da compra de listagens vendidas no mercado por empresas de marketing direto. A divulgação através de site na internet e redes sociais deve ser considerada, pois o acesso de pessoas a este veículo decomunicação cresce permanentemente e em larga escala. Contribui também para a divulgação a promoção de vendas que é uma estratégia bastante utilizada pelos empresários, incluindo: descontos, brindes, estímulos para a compra de quantidades maiores entre outros. Resumindo, a mídia mais adequada é aquela que tem linguagem adequada ao público- alvo, se enquadra no orçamento do empresário e tem maior penetração e credibilidade junto ao cliente. Além da propaganda, existem outras formas de divulgação dos produtos de uma Loja de Material de Construção, dentre elas pode-se citar: - Loja bem decorada; - Elaborar um site com apresentação atraente, com alguns produtos e curiosidades sobre a loja e seu funcionamento; - Fazer promoções; - Unir-se com outros empresários para diminuir custos de divulgação, por meio de folhetos com divulgação de diferentes estabelecimentos; Todas as formas de divulgação apresentadas são importantes para divulgação da Loja de Material de Construção, e terão o resultado potencializado se o empresário investir no bom atendimento e na qualidade dos produtos. A atenção dispensada ao consumidor e um produto de qualidade aliados a um preço justo, são a garantia do retorno do cliente. A propaganda boca a boca, feita pelo cliente encantado, é a promoção mais sincera e eficaz. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 19 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias 17. Informações Fiscais e Tributárias O segmento de LOJA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4744-0/99 como o comércio varejista de materiais de construção em geral, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei. Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/): • IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica); • CSLL (contribuição social sobre o lucro); • PIS (programa de integração social); • COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social); • ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços); • INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal). Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período. Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada poresse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 20 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII (http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ). Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo: I) Sem empregado • 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do empreendedor; • R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias; II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de um salário mínimo ou piso da categoria) O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes percentuais: • Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração; • Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado. Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL. Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias. Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 21 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos 18. Eventos A seguir são indicados alguns eventos tradicionais que podem ser frequentados por quem possui Loja de Material de Construção: Feira Profissional de Decoração – DAD Evento: Anual Local: São Paulo – SP Site: www.feiradad.com.br Contato: dad@laco.com.br Feira Internacional de Revestimento – ExpoRevestir Evento: Anual Local: São Paulo – SP Site: www.exporevestir.com.br Contato: info@exporevestir.com.br Salão Internacional da Construção – Feicon Batimat Evento: Anual Local: São Paulo Site: www.feicon.com.br Contato: info@feicon.com.br Feira Internacional da Indústria da iluminação – expolux Evento: Bienal Local: São Paulo Site: www.expolux.com.br Contato: info@expolux.com.br Feira Eletromecânica e Construção Civil - ELETROMETALCON Evento: Anual Local: São Paulo Site: www.eletrometalcon.com.br Contato: juliana.cardoso@pr.senai.com.br Feira da Construção Civil – Fecontech Evento: Anual Local: Goiânia – GO Site: www.fecontech.com.br Contato: cipa@cipanet.com.br Feira Brasileira de Fabricantes da Construção Civil – Feira Fabricon Evento: Anual Local: Blumenal – SC Site: www.feirafabricon.com.br Contato: fabricon@viaapiaeventos.com.br Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 22 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral Construir Minas Realização: Fiemg com o apoio da Tambasa Evento: Anual Local: Minas Gerais Mais Informações: www.feiraconstruir.com.br/mg/default.aspx Construir Rio Evento: Anual Local: Rio de Janeiro www.feiraconstruir.com.br/rj/default.aspx Construsul - Feira Internacional da Construção Civil Evento: Anual Local: Porto Alegre- RS Mais Informações: www.feiraconstrusul.com.br Expoconstrução Bahia Realização: SINDUSCON Bahia Evento: Anual: Local: Bahia Mais Informações: http://www.feiraconstruir.com.br/ba/ Minascon - Feira da Indústria da Construção Evento: Anual Local: Belo Horizonte - MG Site: www.minascon.com O empreendedor poderá consultar o Calendário Brasileiro de Feiras e Exposições, disponível em http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/CalendarioFeiras2014_P.pd f para a identificação de outros eventos associados ao tema escolhido para o seu negócio. 19. Entidades em Geral Relação de entidades para eventuais consultas: ACOMACAC - Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 23 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral Av. do Contorno, 2.090 conj 801, Floresta Belo Horizonte - Minas Gerais Telefone: (31) 3212-7079 – FAX: (31) 3212-7079 – Celular: (31) 9613-8612 http://www.acomacmg.com.br SINDMAC - Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF SIA Trecho 04 Lote 1130 Ed SENAP I Sala103 Brasília – DF Telefone: (61) 3361-1135 – Fax: (61) 3363-3120 www.sindmac.com.br SINDUSCOM - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo Rua Dona Veridiana, 55 São Paulo – SP Fone: (11) 3334-5600 www.sindusconsp.com.br/ SINTRAMACON/DF - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Atacadista e Varejista de Materiais de Construção do Distrito Federal SIA - Trecho 3 - Lote 1310 - Ed. Taya - Sala 316 Brasília/DF Telefone: 361-1135 FECOMERCIO - DF Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal SCS Qd 02 Bloco D nº 03 Ed Oscar Niemeyer 9º Andar Telefone: (61) 3039-4224 - Fax: (61) 3321-1973 www.portal.fecomerciodf.com.br FECOMERCIO – MG. Federação do Comércio de Minas Gerais- Rua Curitiba, 561 – Centro Belo horizonte – MG Telefone: (31) 3270-3300 - Fax: (31) 3270-3337 www.fecomerciomg.org.br/ FECOMERCIO – RJ .Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro Rua Marquês de Abrantes, 99 – Flamengo Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 3138-1010 – Fax:. (21)3138-1559 FECOMERCIO – SP. Federação do Comércio do Estado de São Paulo Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista São Paulo - SP Telefone: 55 (11) 32541700 www.fecomercio.com.br Procurar na localidade: Sindicato do Comercio Varejista Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 24 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor/ D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas SEBRAE SENAC 20. Normas Técnicas Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2). Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física). Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País. 1.Normas específicas para uma Loja de Materiais de Construção: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 25 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas Não existem normas específicas para este negócio. Nota do Técnico: A ABNT possui diversas normas para este setor da construção civil, divididas por diversos comitês especializados, sendo alguns deles: CB-002 – Construção civil; CB-018 – Cimento, concreto e agregados; CB-217 – Drywall; entre outros. É de extrema importância que o lojista tenha conhecimento destas normas, para oferecer produtos de qualidade, que atendam as respectivas normas. Inclusive a ABNT disponibiliza gratuitamente uma coleção setorial para “Cerâmica Vermelha” e pode ser acessado no link: http://www.abntcatalogo.com.br/sebrae/setorial/ 2.Normas aplicáveis na execução de uma Loja de Materiais de Construção: ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 26 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente. ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio. ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 27 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. ABNT NBR ISO IEC 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1: Interior Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho. ABNT NBR 5419:2005 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas Esta Norma fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 28 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção impostas pelo SPDA instalado. ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida: 2005 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais - Seção 1: Geral Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 29 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente. 21. Glossário Arcaico – Antigo, velho. Home Center - centro de compras de produtos para casa. Obsoleto – Caído em desuso, arcáico Palets expositores – plataformas feitas de diversos materiais, como por exemplo madeiras, metais, etc., utilizadas como base para colocação de mercadorias para exposição. PDV – Ponto de Venda, ou local que estão situados os caixas. Show room – espaço paraexposição de produtos. 22. Dicas de Negócio - Verificar os preços praticados pelos concorrentes; - Dar atenção aos funcionários para garantir um excelente atendimento; - Estabelecer uma excelente relação com fornecedores; - Pedir aos fornecedores que deixem promotores de vendas, material de divulgação de produtos, stand de vendas, amostras de produtos; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 30 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / - Utilizar instituições financeiraspara financiar as compras dos clientes, visando reduzir a inadimplência; - O acompanhamento do proprietário é fundamental para o sucesso do empreendimento, mas isto não quer dizer que ele precisa estar na “frente de trabalho” todo o tempo, pois necessita se dedicar ao planejamento de suas ações futuras e correção de falhas eventuais; - Buscar parceiras com seus fornecedores. Esse tipo de relacionamento comercial traz um sem número de benefícios para as duas partes envolvidas. Um acordo firmado entre o lojista e fornecedores, por exemplo, pode garantir ao lojista prioridade de atendimento, mais dedicação, melhores prazos, descontos, acordos de publicidade, divulgação e até exclusividade na venda de uma determinada marca; - Durante a reforma, mesmo que não implante imediatamente, deixar pontos de energia, ponto “lógico” e pontos para câmeras de segurança, evitando retrabalho. Erros comuns: Principalmente no início do negócio, onde as vendas são poucas e as compras da empresa são muitas, o Capital de Giro é a segurança da empresa para custear este desequilíbrio. Um erro comum de empreendedores inexperientes é ver o dinheiro “sobrar” no final do mês (sem perceber que logo terá que desembolsar o pagamento das compras parceladas pelos fornecedores) e utilizar como lucro ou compras desnecessárias. Também é muito comum fazer o planejamento e consumir o que estava previsto no Capital de Giro em mercadorias ou melhorias na reforma e equipamentos. Outro erro comum é “empatar” o dinheiro do capital de giro em mercadorias de giro demorado. 23. Características O empreendedor envolvido com atividades relacionadas a um negócio como este precisa adequar-se a um perfil que o mantenha na frente setor. É aconselhável uma auto-análise para verificar qual a situação do futuro empreendedor frente a esse conjunto de características e identificar oportunidades de desenvolvimento. A seguir, algumas características desejáveis ao empresário desse ramo. - Ter paixão pela atividade e estar sempre atualizado sobre as últimas novidades, quer seja em novos equipamentos, tecnologia, métodos, etc. - Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças necessárias. - Acompanhar constantemente o desempenho dos concorrentes, suas práticas, inovações em relação aos serviços ofertados. - Manter o foco definido para o objetivo do negócio. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 31 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / - Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está instalado, promovendo ajustes e adaptações no negócio. - Saber administrar todas as áreas internas da empresa. - Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos. - Planejar e acompanhar o desempenho da empresa. - Ser persistente e não desistir dos seus objetivos. - Ter coragem para assumir riscos calculados. - Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças. - Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente para aproveitá-las. - Ter habilidade para liderar a equipe de profissionais da loja. 24. Bibliografia AIUB, George Wilson et al. Plano de Negócios: serviços. 2. ed. Porto Alegre: Sebrae, 2000. BARBOSA, Mônica de Barros; LIMA, Carlos Eduardo de. A Cartilha do Ponto Comercial: como escolher o lugar certo para o sucesso do seu negócio. São Paulo: Clio Editora, 2004. BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os Desafios do Empreendedor. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004. COSTA, Nelson Pereira. Marketing para Empreendedores: um guia para montar e manter um negócio. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. DAUD, Miguel; RABELLO, Walter. Marketing de Varejo: Como incrementar resultados com a prestação de Serviços. São Paulo: Artmed Editora, 2006. Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2014. Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior e Ministério das Relações Exteriores, 2014. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. São Paulo. Cultura. Editores Associados, 1999. GHEMAWAT, Pankaj. A estratégia e o cenário dos negócios: texto e casos. Bookman, Porto Alegre, 2000. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil. São Paulo: Ed Atlas, 2000. Referências Eletrônicas Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 32 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / Aloureiro, Roberto. Mercado recebe mais recursos para materiais de construção. Disponível em: http://www.blogtecnisa.com.br/mercado/mercado-recebe-mais- recursos-para-m ateriais-de-construcao/ . Acesso em Setembro / 2014 Camargo, Caio. Falando de varejo: Lojas de materiais para construção. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/falando-de-varejo-lo jas-de- materiais-para-construcao/24451/ . Acesso em Setembro / 2014 Camargo, Caio. Montando uma loja de construção. Disponível em: http://falandodevarejo.blogspot.com/2008/10/dvida-do-leitor-montando-uma- loja- de.html . Acesso em Setembro / 2014 Banco de dados da Camara Brasileira da indústria da Construção. Disponível em: http://www.cbicdados.com.br/media/anexos/boletim_ano10n06.pdf . Acesso em Setembro/2014 Pesquisa Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção). Disponível em: http://novo.anamaco.com.br/dadosSetor.aspx . Acesso em Setembro/2014. Revista Exame. Disponível em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/setor-de- material-de-construcao-do-b rasil-corta-previsao . Acesso em Setembro/2014. Portal Globo. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/05/setor-de- material-de-construcao-red uz-previsao-de-alta-para-2014.html . Acesso em Setembro/2014. Portal Franquia empresa.com. Disponível em: http://franquiaempresa.com/2011/04/como-montar-uma-loja-de-materiais-de-construc ao.html . Acesso em Setembro/2014. 25. Fonte Não há informações disponíveis para este campo. 26. Planejamento Financeiro Não há informações disponíveis para este campo. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 33 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / 27. Soluções Sebrae Não há informações disponíveis para este campo. 28. Sites Úteis Não há informações disponíveis para este campo. 29. URL http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-loja-de- material-de-constru%C3%A7%C3%A3o Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 34
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