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IED 1 ACEPCOES DA PALAVRA DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 
1º PERÍODO
Profª. Cristina Palaoro
 __________________________________________________
ORIGEM, ACEPÇÕES E DEFINIÇÕES DA PALAVRA DIREITO
ORIGEM E DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA DA PALAVRA DIREITO:
Os antigos romanos não conheciam a palavra direito com a mesma conotação que temos hoje. Na antiguidade romana, a palavra direito, em seu sentido etimológico - "directus" - traduzia a noção de: "aquilo que é conforme a linha reta."
A palavra Direito, tal qual conhecemos hoje, tem origem no latim, pelo vocábulo "jus", cujo significado é extensivo às conotações de: ordem, sagrado, juramento. Deriva do vocábulo "jus" o conceito de "justitia" cuja significação compreende a idéia que temos de "dar a cada um o que é seu". Outras palavras também simbolizam a idéia do direito, como judiciário, jurídico, jurisprudência. Todas elas são oriundas do termo latino acima mencionado - jus. 
Ocorre que o termo jus não tem formação pacífica entre os estudiosos históricos. Para alguns, este termo latino é derivação do vocábulo jussum, ligado ao verbo jubere, cujo significado é mandar, ordenar. Outra explicação possível para o termo jus é ser ele aperfeiçoamento do vocábulo justum, ou seja, aquilo que é justo ou conforme a justiça. 
Há, ainda, uma terceira corrente que acredita ser a origem o verbo juvo ou juvare, com a idéia de ajudar, proteger, com o que o direito seria uma proteção destinada a defender os homens contra qualquer violência.
A palavra direito é grafada de várias formas, de acordo com o País e sua língua. Vejamos alguns exemplos: droit (França), diritto (Itália), derecho (Espanha), dreptu (Romênia), right (Estados Unidos) e recht (Alemanha). Todas estas palavras estão ligadas a uma origem comum, o vocábulo latino directum ou rectum, que significam, respectivamente, direito e reto. Seu sentido é ser (agir) conforme a uma régua.
ACEPÇÕES (significado) DA PALAVRA DIREITO:
Vencida a etapa da definição etimológica, importa o estudo das acepções da palavra Direito:
 
Acepções da palavra Direito: o fenômeno jurídico é bastante complexo, apresentando vários aspectos ou elementos. Esta circunstância torna difícil uma única definição real. Pela forma analítica, busca-se uma abordagem de um aspecto do objeto a definir. Aqui teremos cinco possibilidades, ou acepções, da palavra direito.
Direito como Norma: Trata-se da forma mais comum de aplicação da palavra direito, sendo também conhecida como direito objetivo ou norma agendi. São as regras exteriores ao homem e que a ele se dirigem e se impõem, atuando em sua vida particular e social. Na definição de Rudolf Von Ihering, “é o conjunto de normas coativamente garantidas pelo Poder Público” (Jus in civitate positum). Visualização: “O Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídica interpessoais”. 
Direito como Faculdade: é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses, quando estes se conformam com o interesse social. É o poder de ação assegurado pela ordem jurídica. Trata-se de uma prerrogativa de agir, uma opção, uma alternativa posta ao sujeito. Também chamado de direito subjetivo ou facultas agendi, tendo sido por Ihering definido como o interesse juridicamente protegido (Jus est facultas agendi). Compreende um sujeito, um objeto e a relação que os liga. Esta acepção da palavra direito, por sua vez, pode ser considerado de duas maneiras:
Interesse: reconhecidos ao titular como meio de permitir a satisfação de suas necessidades materiais ou espirituais, como o direito à vida, à propriedade, à liberdade, etc. É um benefício ao titular. Visualização: Se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te faculta o direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução. 
Função: Beneficia outras pessoas, como no caso do poder familiar (conferido aos pais em favor do filho) ou o direito de julgar (atribuído ao juiz em benefício da coletividade). Visualização: “O exercício do poder familiar, conhecido antigamente como ‘pátrio poder’, confere aos pais o direito de emancipar os filhos menores, ou permitir que estes se casem ”. 
Direito como Justo: Relacionado com o conceito de justiça, possuindo dois sentidos diferentes:
Direito como Ciência: usada como “ciência do direito”, o setor do conhecimento humano que investiga e sistematiza os fenômenos da vida jurídica e a determinação de suas causas. Visualização: “O Direito como ciência é a valoração de um fato (de cunho natural ou social) que, por força de sua interpretação, gera uma norma jurídica aplicável”. 
 
Direito como Fato Social: Ao realizar o estudo de qualquer coletividade, a sociologia distingue diversas espécies de fenômenos sociais. Considera os fatos econômicos, culturais e, também, o direito. O direito é, então, considerado como um setor da vida social. É o conjunto de condições de existência e desenvolvimento da sociedade, coativamente asseguradas. Visualização: “Se dissermos que o Direito, ao formular determinadas normas, ao estatuir determinadas leis, modificam o comportamento das pessoas, nós podemos dizer que a realidade social, tudo aquilo que acontece na sociedade, acaba por condicionar também o Direito. 
Por fim, podemos buscar entender o direito pela definição sintética que, todavia, revela-se como a mais ineficiente, pois é a definição integral, que pretende ser capaz de abraçar todo o fenômeno jurídico, dando-nos uma noção unitária da realidade jurídica. 
Eis algumas tentativas de definição do Direito:
Celso (citado por Ulpiano, 533 a.C): “Direito é a arte do bom e do justo” (ars boni et aequi); 
DANTE Alighieri: “Direito é a proporção real e pessoal do homem para o homem que, conservada, conserva a sociedade e que destruída, a destrói”. (“De Monarchia”); 
Miguel REALE: “Direito é a vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada dos valores de convivência”. (“Curso de Filosofia”);
Immanuel Kant: “É a restrição da liberdade de cada indivíduo para que se harmonize com a liberdade de todos os outros”. (“Metafísica dos Costumes”).

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