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Osteíte 
Clarissa Bicca
Guilherme Costa
A osteíte é o termo geral usado para inflamação do osso, a qual quase sempre acomete também a medula óssea e é chamada, por isso, de osteomielite (do grego osteos = osso + myelós = medula + -ite = inflamação).
A bactéria que mais comumente causa a osteíte é o Staphylococcus aureus, mas o agente responsável varia de acordo com a idade do paciente e o mecanismo da infecção.
Usualmente a osteíte é causada por bactérias produtoras de pus ou por fungos, que podem comprometer também o periósteo (membrana que reveste os ossos), além da medula óssea. A osteíte sempre começa como infecção aguda e caso não seja tratada adequadamente evolui para uma forma crônica. Os ossos longos dos membros e da coluna vertebral são os mais acometidos, no entanto, a osteíte pode acometer qualquer osso do corpo e frequentemente afeta a mandíbula, após tratamentos dentários. A inflamação da medula óssea pode fazer pressão contra a parede rígida do osso e comprimir os vasos sanguíneos nela contidos, interrompendo o fornecimento de sangue ao osso, com consequente morte dele.
Tipos:
Osteíte alveolar: é a inflamação de um alvéolo dentário após extração de um dente. É uma complicação local dolorosa, que pode ocorrer no terceiro ou quarto dia após uma extração dentária. Normalmente, as paredes do alvéolo são claras e muito sensíveis ao toque, podendo apresentar halitose, tendo ou não exposição de tecido ósseo. Pode ocorrer também edema gengival e linfoadenopatia regional (gânglios linfáticos aumentados de volume e dolorosos). A dor pode se tornar severa e irradiar-se para o ouvido e pescoço, bem como ocorrer edema, febre e formação de pus, embora isso seja raro. A osteíte alveolar geralmente acontece se após a extração de um dente, um coágulo sanguíneo se forma no local da extração.
Osteíte condensante: infecção leve do canal ósseo, geralmente em um molar ou no íleo. Os sintomas são escassos ou nulos, porém pode haver dor e aumento da sensibilidade. A dor pode persistir durante vários dias ou semanas e pode haver febre. A zona mais comumente afetada é o maxilar inferior, mas também pode acometer o maxilar superior, o fêmur, a tíbia e o cotovelo. Nas radiografias revelam-se zonas de esclerose e lises (destruições) ósseas mal delimitadas, de bordas imprecisas. Um diagnóstico diferencial deve ser feito com outras lesões, como osteomielite e neoplasias malignas, doença de Paget, fibroma ossificante, displasia fibrosa, cementoblastomamaligno e displasia óssea florida. O melhor tratamento é a antibioticoterapia, nas fases agudas, mas com frequência ocorrem exacerbações. Como a lesão na maioria das vezes não é muito extensa, ela pode ser removida cirurgicamente.
Osteíte deformante (doença de Paget): é uma doença que pode acometer um ou mais ossos e se caracteriza por áreas de reabsorção óssea aumentada. Como consequência, há desestruturação da arquitetura nos tecidos ósseos, o que resulta em maior fragilidade óssea, que pode se manifestar com dor, fraturas ou deformidades e pode causar compressão de estruturas vasculares e nervosas. Pode haver também calor e rubor sobre os ossos acometidos. Raramente ocorrem transformações neoplásicas das lesões. Na maioria das vezes, a osteíte deformante é assintomática e o diagnóstico é feito de maneira incidental por meio de achados de exames radiológicos ou exames de sangue que mostram níveis elevados de fosfatase alcalina. Nos pacientes sintomáticos, as queixas principais são dor e deformidades ósseas. A doença costuma acometer ossos do crânio, pelve, vértebras, fêmur e tíbia. Os exames laboratoriais devem implicar dosagem de fosfatase alcalina no sangue, dosagens de cálcio sérico e outros para descartar doenças hepatobiliares e o hiperparatireoidismo. As complicações que podem ocorrer na osteíte deformante são cefaleia, perda auditiva por comprometimento do osso temporal e compressão de raízes nervosas ou medula espinhal por envolvimento da coluna vertebral. Insuficiência cardíaca de alto débito e transformação neoplásica das lesões são manifestações muito raras da doença. A osteíte deformante faz com que os ossos afetados cresçam maiores e mais fracos do que o normal e, dessa maneira, se deformem.
Osteíte fibrosa cística (doença óssea de von Recklinghausen ou tumor marrom): nessa doença, o osso sofre lesões císticas mais comuns em metacarpos, falanges, ossos do quadril e fêmur, mas que também podem afetar a coluna vertebral e causar compressão medular. Geralmente é resultado de hiperparatireoidismo, que ocorre devido à proliferação de fibroblastos que substituem o osso. Os osteoclastos tentam reparar a destruição óssea, causando lesões císticas nos ossos e elevando, assim, o nível de fosfatase alcalina. Quando causa compressão medular pode resultar em paraplegia. Tem origem predominantemente genética, sendo seus principais sintomas manchas e bolhas por toda a pele, tumores neurofibromatosos que percorrem os nervos, dores e lesões dos ossos longos.
Osteíte púbica: A osteíte púbica, ou pubalgia, é uma lesão por esforço repetitivo que acontece na região da sínfise púbica, comum aos atletas. É uma condição inflamatória, não infecciosa, autolimitada. Também pode ocorrer em consequência de parto ou de desordens reumatológicas. A dor na pelve pode irradiar para as coxas e abdome. Pode ser aguda (traumática) e crônica. O diagnóstico pode ser feito por meio de uma ultrassonografia da região inguinal. Um diferencial deve ser feito com hérnia inguinal, hérnia femoral, doenças do tecido conectivo, prostatites, uretrites, procedimentos pélvicos, separação da sínfise púbica causada pelo parto, orquite, cálculo renal, osteomielite, espondilite anquilosante, doenças neurológicas e infecções. O tratamento deve ser multidisciplinar, com médico, fisioterapeuta e profissional de educação física. Em casos graves, a intervenção cirúrgica pode ser necessária para a retirada do tecido fibrótico. A osteíte púbica pode ser prevenida com alongamento, aquecimento e evitando exercitar excessivamente a mesma área.
Referencias:
ABCMED, 2016. Osteíte: conceito, causas, características clínicas, tipos principais. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/816384/osteite-conceito-causas-caracteristicas-clinicas-tipos-principais.htm>. Acesso em: nov. 2018

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