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Glicosímetro: comparação com testes laboratoriais, funcionamento e vantagens e desvantagens

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Glicosímetro: comparação com testes laboratoriais, funcionamento e vantagens e desvantagens
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada pela hiperglicemia, seja pela deficiência na produção de insulina ou pela resistência à insulina produzida pelo organismo. Essa patologia, representa um importante problema de saúde pública, devido sua alta morbidade, mortalidade e repercussão na economia. É uma doença cuja prevalência vem aumentando significativamente por vários fatores, como por exemplo, estilo de vida sedentário e hábitos alimentares que incluem uma dieta hipercalórica. 
O diagnóstico da DM é determinado quando o paciente apresenta um desses critérios: teste oral de tolerância a glicose anormal, cuja glicose é ≥ 200 mg/dL após duas horas da ingestão de carboidratos padrão; glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL; valores de hemoglobina glicada maior que 6,5%.
Sendo que a elevação nos índices de glicemia no paciente diabético, pode estar associada ao desenvolvimento de uma série de complicações e à progressão da doença. Assim, se faz necessário o acompanhamento e controle glicêmico do paciente por meio do monitoramento laboratorial e do auto monitoramento.
O glicosímetro – medidor portátil de glicemia, é uma ferramenta de controle da glicemia do paciente portador de DM, é utilizado para medir a concentração de glicose no sangue, geralmente sangue capilar, obtido através da punção digital.
Os glicosímetros são compostos por uma fita reagente que entra em contato com um reflectômetro. Onde, na maioria dos sistemas, a glicose do sangue capilar é oxidada para ácido glucônico e peróxido de hidrogênio após o contato do sangue nas fitas reagentes, que contém glicose oxidase ou peroxidase. Esta reação altera a cor da fita, e pode ser interpretada de duas formas: pelo método fotométrico ou pelo método amperométrico.
Nos sistemas fotométricos, o resultado da glicemia é obtido pela intensidade de mudança da cor. Estes glicosímetros, na maioria das vezes, são capazes de interpretar um único comprimento de onda, embora alguns glicosímetros que utilizam o método fotometria de absorbância possam interpretar mais de um comprimento de onda. Existem também sistemas fotométricos de monitorização de glicose baseados na avaliação da reação da glicose com a hexoquinase. Quando o sangue é aplicado à tira reagente, a glicose é fosforilada em glicose-6-fosfato. Este é depois oxidado com redução concomitante do NAD. O NADH formado é diretamente proporcional à quantidade de glicose presente na amostra. Em seguida, o NADH, na presença de outra enzima, reduz o corante e um produto colorido é gerado. A tira com o sangue capilar é inserida no fotômetro, que mede a reflectância da reação, sendo então utilizado um algoritmo para calcular e quantificar a glicose daquela amostra.
Nos sistemas amperométricos, se utiliza a medida eletrônica da luz que é refletida da fita reagente. A quantificação é feita pela medida da corrente que é produzida quando a glicose oxidase catalisa a oxidação da glicose a ácido glucônico ou quando a glicose desidrogenase catalisa a oxidação de glicose para gluconolactona. Os elétrons gerados durante esta reação são transferidos a partir do sangue para os eletrodos. A magnitude da corrente resultante é proporcional à concentração de glicose na amostra e é convertida para uma leitura no monitor. 
O glicosímetro apresenta algumas vantagens em relação ao teste laboratorial, entre elas podemos citar a praticidade e agilidade na obtenção dos resultados, além de utilizar pouca quantidade de sangue e ter baixo custo. Todavia, este pode apresentar incurácia por uma série de fatores que envolvem: pacientes instáveis hemodinamicamente, via de coleta do sangue (venoso ou capilar), tiras com mau funcionamento ou perda da cobertura enzimática, ou ainda, que demandem de uma amostra maior para que consigam realizar a leitura do material; mau armazenamento das tiras; erro ou esquecimento da calibração do glicosímetro ou das tirar antes da realização do exame; não lavagem das mãos ao realizar o auto monitoramento e uso de alguns medicamentos que podem alterar os valores de glicemia de forma discreta. 
O advento do glicosímetro trouxe para o paciente portador de DM sendo uma ferramenta essencial no controle da patologia, por ser um método barato, rápido e eficiente. Contudo, pode-se afirmar que esta tecnologia não substitui o acompanhamento laboratorial, uma vez que os valores de glicemia podem sofrer variações discretas caudadas por vários fatores e de não haver estudos suficientes na área, principalmente em casos de pacientes críticos.

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