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UNIVERSIDADE PAULSTA - UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: BIOQUÍMICA CLÍNICA NOME DO ALUNO: HÉLIDA RENATA TAVARES RA: 0614617 POLO DE MATRÍCULA: BUENO POLO DE PRÁTICAS: FLAMBOYANT DOCENTE: ARISNEIDI KASUE IKEDA RÊDE DATA DAS AULAS PRÁTICAS: 16/09/2023 e 23/09/2023 2 ATIVIDADES OBRIGATÓRIAS 3 4 5 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO AULA 1 ROTEIRO 1 – Coleta de material biológico DATA: 16/09/2023 O processo de realização de exames clínicos laboratoriais inicia-se com o pedido médico e termina somente com a interpretação dos resultados obtidos nos exames. Nesta aula, discorreu-se os aspectos teóricos da coleta de material biológico, relembrando o passo a passo da coleta, explicando a diferença entre soro, plasma e sangue total. Foi explicado também sobre a função dos anticoagulantes na punção venosa, mostrando os tubos com as respectivas tampas e, sobre como é feita a coleta de urina e outros líquidos biológicos, como o líquor. A coleta de um material para exame bioquímico não se restringe ao simples ato de coletar, isto é, ao exato momento em que a amostra a ser examinada é obtida. Trata-se de processo muito mais abrangente, que perpassa vários fatores anteriores à coleta propriamente dita, como, por exemplo, o uso de medicamentos, o estado emocional do paciente etc., passando pelo momento de obtenção da amostra e levando-se em conta o tempo e todas as alterações possíveis de ocorrer na amostra obtida até o momento em que ela será processada, isto é, quando o exame for realizado (Kanaan, 2014). A rotina de um laboratório clínico é complexa pela multiplicidade de processos distintos e inter-relacionados a serem controlados, organizados nas fases pré- analítica, analítica e pós-analítica, culminando na correlação clínico-laboratorial e na exata interpretação dos resultados. Além disso, destaca-se na rotina laboratorial a variedade de matrizes analisadas: sangue, urina, fezes, líquor, líquidos cavitários, entre outras, que envolvem diferentes tipos de cuidados (Oliveira e Mendes, 2010). Há alguns anos, a coleta de sangue era realizada com seringas de vidro e, naturalmente, agulhas. Essa prática exigia que o sangue obtido durante a coleta fosse transferido para outro recipiente. Posteriormente, houve a introdução de tubos providos de vácuo e vedados com rolhas de borracha. A coleta de sangue com esse tubo processa-se pelo acoplamento do tubo a um dispositivo de duas agulhas. No momento da coleta, uma das agulhas é introduzida na veia que vai ser puncionada e a outra perfura a tampa de borracha do tubo provido de vácuo e que funciona como 7 se fosse o êmbolo da seringa. Com o vácuo, o sangue, uma vez puncionada a veia, fluirá para dentro do tubo (Kanaan, 2014). Os tubos utilizados podem ser de vidro ou plástico, e podem conter ou não anticoagulantes. Antes da coleta, através dos exames solicitados, o técnico já sabe quais tubos deverá escolher para os exames específicos. Os tubos a vácuo existentes no mercado são vedados com rolhas de cores diferentes, onde cada cor, universalmente, indica ou está relacionada ao anticoagulante contido no tubo. No momento da coleta, durante a troca de tubos, existe a possibilidade de contaminação de um tubo para outro com microrganismos, aditivos e líquido tecidual. O documento H3 – A6 do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) preconiza uma ordem de coleta para os tubos a vácuo cuja sequência é apresentada na Tabela 1 abaixo. Tabela 1. Ordem para os tubos de coleta e razões para tal. ORDEM DE COLETA TIPO DE TUBO COR DA TAMPA RAZÕES 1 Com citrato de sódio para coagulação Azul Deve ser o primeiro tubo com anticoagulante, pois todos os demais anticoagulantes e aditivos alteram os testes de coagulação 2 De plástico para soro, com ativador de coágulo, com ou sem gel separador Amarela ou Vermelha Devem ser preenchidos após os tubos de coagulação, pois as partículas de sílica ativam a coagulação e alteram os testes 3 Com heparina com ou sem gel separador de plasma Verde A heparina altera os testes de coagulação e interfere na obtenção do soro 4 Com EDTA Roxa O EDTA é o maior responsável por problemas de arraste 5 Com oxalato/fluoreto de sódio Cinza Aumenta os níveis de sódio e potássio e altera a morfologia dos eritrócitos Após a coleta, o soro é obtido a partir de um sangue colhido sem qualquer material que impeça a coagulação, isto é, sem anticoagulante. Dentro de minutos, a coagulação ocorrerá espontaneamente. Após determinado tempo (20 a 30 minutos), 8 ocorrerá o fenômeno da retração do coágulo, e deste sairá um líquido límpido de cor amarela característica que se denomina soro (Kanaan, 2014). O sangue colhido com uma substância que impeça sua coagulação, um anticoagulante, permanece líquido e recebe o nome de sangue total. Se o sangue total for centrifugado, as células sedimentarão e aparecerá um líquido sobrenadante que é denominado plasma (Kanaan, 2014). O exame de urina é utilizado para determinar os caracteres físicos e químicos e para verificar a presença e características de estruturas celulares e de outra origem. É um exame que fornece indicações do estado geral da saúde da pessoa, bem como o estado do trato urinário. Para o preparo do paciente, se faz necessário seguir algumas recomendações de coleta de urina no laboratório clínico, abrangendo as especificações de cada coleta, preparo do paciente, obtenção do material, armazenamento e transporte. Preconiza-se que o laboratório deva fornecer as instruções por escrito e/ou verbais para o preparo do paciente e para a coleta do material. A urina deve ser colhida, preferencialmente, no laboratório. O material de escolha é a urina jato médio, exceto quando for necessário auxílio de coletador (Motta, 2003). AULA 1 ROTEIRO 2 – Princípios de Fotometria DATA: 16/09/2023 O objetivo dessa aula foi a determinação do espectro de absorção de uma solução de albumina com reagente de biureto, caracterizando-se o comprimento de conda onde ocorre absorção máxima. Para a execução do procedimento, primeiramente, procedeu-se com o preparo do aparelho, selecionando o comprimento de onda adequado após ligá-lo. Ajustou-se para o zero de absorbância e 100% de transmitância com água destilada para zerar o aparelho. Preparou-se o primeiro tubo, chamado de branco com 1,5mL de água acrescido de 2,5mL de reagente de biureto. O segundo tubo, chamado de padrão, foi preparado utilizando-se 1,0mL de padrão de albumina (8mg/mL) acrescido de 0,5mL de água mais 2,5mL de reagente de biureto. Agitou-se cada tubo e foram incubados em banho- maria a 37ºC por 15 minutos. 9 Após a incubação, leu-se a absorbância do tubo-padrão nos comprimentos de onda determinados na Tabela 2 a seguir, usando o branco entre as medições. Tabela 2. Leitura das Absorbâncias do tubo-teste. Comprimento de onda (nm) Absorbância 400 0,078 420 0,044 450 0,037 470 0,060 500 0,117 520 0,153 550 0,175 580 0,151 600 0,126 630 0,075 650 0,043 680 0,013 700 0,004 Após as leituras, estabeleceu-se o comprimento de onda máximo, 550nm, do produto da reação de biureto, cuja absorbância foi igual a 0,175. A partir das leituras, construiu-se o gráfico da curva de absorbância em função do comprimento de onda como demonstrado abaixo. 10 Preparou-se um tubo chamado de teste, com concentração desconhecida, contendo 1,0mL de solução problema acrescido de 0,5mL de água mais 2,5mL de reagente de biureto e mais 4 tubos padrão, conforme demonstrado no esquema a seguir. Fonte: do autor, 2023. O volume final em cada tubo após o preparo foi 4mL. Cada tubo foi agitado e incubado por 15 minutos em banho-maria a 37ºC. Após a incubação, leu-se a absorbânciade cada um a 540nm, cujo resultado está descrito na Tabela 3 abaixo. y = -0,0029x + 0,1027 R² = 0,0389 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 0 2 4 6 8 10 12 14 AB SO RB AN CI A COMPRIMENTO DE ONDA (NM) CURVA DE ABSORBÂNCIA 11 Tabela 3. Leituras das absorbâncias. Tubo Absorbância A 0,020 B 0,032 C 0,080 D 0,170 Teste 1,249 Determinou-se as concentrações finais de cada tubo padrão, conforme os cálculos descritos a seguir. • Tubo A: Se: 8mg --- 1mL x --- 0,5mL Então, x = 0,8mg Se: Volume Final = 4mL Então, 0,8mg --- 4mL x --- 1mL Logo, a concentração de A é igual a 0,2mg/mL. • Tubo B: Se: 8mg --- 1mL x --- 0,3mL Então, x = 2,4mg Se: Volume Final = 4mL Então, 2,4mg --- 4mL x --- 1mL Logo, a concentração de B é igual a 0,6mg/mL. • Tubo C: Se: 8mg --- 1mL 12 x --- 0,5mL Então, x = 4,0mg Se: Volume Final = 4mL Então, 4,0mg --- 4mL x --- 1mL Logo, a concentração de C é igual a 1,0mg/mL. • Tubo D: Se: 8mg --- 1mL x --- 1,0mL Então, x = 8mg Se: Volume Final = 4mL Então, 8mg --- 4mL x --- 1mL Logo, a concentração de D é igual a 2,0mg/mL. Após a determinação das concentrações do padrão, construiu-se a curva para proceder com a determinação da concentração de proteína da solução-problema na amostra, confirme disposto abaixo. y = 0,0873x - 0,0075 R² = 0,9802 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0 0,5 1 1,5 2 2,5 AB SO RB AN CI A COMPRIMENTO DE ONDA CURVA DE ABSORBÂNCIA DO TESTE 13 A partir da equação da reta obtida através da construção do gráfico, calculou- se a concentração de proteína na amostra, conforme os cálculos demonstrados a seguir. y = 0,0873x – 0,0075 R² = 0,9802 1,249 = 0,0873x – 0,0075 x = 14,44mg/mL Logo, a concentração de proteína na amostra foi 14,44mg/mL. A análise dos conceitos de fotometria e sua utilização para determinar a quantidade em misturas é crucial na bioquímica clínica. A capacidade de medir compostos em misturas por meio da espectrofotometria é uma técnica valiosa, em usos em diagnósticos, investigação e diversos campos da ciência e saúde (Furian et al, 2019). AULA 2 ROTEIRO 1 – Perfil Renal – Ureia, creatinina e ácido úrico DATA: 16/09/2023 A avaliação da função renal é de extrema importância na prática clínica, tanto para o diagnóstico quanto para o prognóstico e monitoramento das doenças renais. O perfil renal, que inclui a avaliação de ureia, creatinina e ácido úrico, é de grande importância na avaliação da função dos rins. E essas substâncias são indicadoras de distúrbios renais e podem fornecer informações imprescindíveis sobre a capacidade dos rins. Ureia é uma substância produzida pelo fígado que permite analisar o funcionamento não só do fígado, como também principalmente dos rins. O exame de ureia serve para avaliar e monitorar a saúde destes órgãos. Essa substância é resultado do nosso metabolismo reagindo às proteínas na alimentação (Sarzedas et al, 2019). A creatinina é um resíduo gerado em decorrência da degradação da creatina, utilizada como energia nos músculos. Elevações nos níveis séricos da creatinina são 14 atualmente os sinais mais indicativos de comprometimento da função renal (Magro et al, 2007). O ácido úrico é o produto final do metabolismo das bases purínicas (adenina e guanina) ingeridas na dieta. Para esta prática, foi recebida e explicada a bula de instruções do fabricante do kit Labtest de determinação do analito, tanto no procedimento quanto nos resultados. 1 – Dosagem de ureia: Mecanismo: Ureia (urease)à Amônia + CO₂ Amônia + salicilato + nitroprussiato de sódio à produto corado A amostra utilizada nesse procedimento é o soro, e o paciente precisa estar em jejum. De acordo com as instruções da bula do kit Labtest, foram utilizados 3 tubos de ensaio, identificando o primeiro como B (branco), o segundo como T (teste) e o terceiro P (padrão). Com uma pipeta automática, adicionou-se 1mL de urease tamponada em cada tubo. Ao tubo T foi adicionado 10µL da amostra e ao tubo P foi adicionado 10µL de solução padrão. Homogeneizou-se cada tubo e foram incubados em banho-maria a 37ºC por 5 minutos. Após esse tempo, adicionou-se 1mL de oxidante de uso a cada tubo, que foram homogeneizados e incubados em banho-maria a 37ºC por mais 5 minutos. Realizou-se as leituras das absorbâncias do tubo P e tubo T no espectrofotômetro ajustado em 600nm zerado com o conteúdo do tubo B, cujos valores foram: Absorbância tubo P = 0,51 Absorbância tubo T = 0,24 A partir da leitura das absorbâncias e sabendo a concentração do padrão, que é 70mg/dL, efetuou-se os cálculos para determinar a concentração da amostra. 15 [T] = Abs T x 70 Abs P [T] = 0,24 x 70 0,51 [T] = 32,9mg/dL A concentração da amostra, de acordo com os cálculos demonstrados acima, foi 32,9mg/dL, se mostrando dentro dos padrões normais com base no valor de referência para adultos, que está entre 15 - 45mg/dL. - Dosagem de ácido úrico: Mecanismo: Ácido úrico + O₂ + H₂O (uricase)à Alantoína + CO₂ + H₂O₂ 2H₂O₂ + DHBS + 4-aminoantipirina (peroxidase)à produto corado De acordo com as instruções da bula do kit Labtest, foram utilizados 3 tubos de ensaio, identificando o primeiro como B (branco), o segundo como T (teste) e o terceiro P (padrão). Com uma pipeta automática, adicionou-se 2mL de reagente de cor em cada tubo. Ao tubo T foi adicionado 20µL da amostra e ao tubo P foi adicionado 20µL de solução padrão. Homogeneizou-se cada tubo e foram incubados em banho-maria a 37ºC por 5 minutos. Realizou-se as leituras das absorbâncias do tubo P e tubo T no espectrofotômetro ajustado em 505nm zerado com o conteúdo do tubo B, cujos valores foram: Absorbância tubo P = 0,05 Absorbância tubo T = 0,03 A partir da leitura das absorbâncias e sabendo a concentração do padrão, que é 6mg/dL, efetuou-se os cálculos para determinar a concentração da amostra. [T] = Abs T x 6 16 Abs P [T] = 0,03 x 6 0,05 [T] = 3,6mg/dL A concentração da amostra, de acordo com os cálculos demonstrados acima, foi 3,6mg/dL, se mostrando dentro dos padrões normais com base no valor de referência para adultos, que está entre 2,5 - 7,0mg/dL para adulto do sexo masculino e 1,5 - 6,0mg/dL para adulto do sexo feminino. - Dosagem de creatinina: Mecanismo: Creatinina + picrato alcalino à produto corado A amostra utilizada pode ser soro ou plasma e o paciente deve estar em jejum e em bom estado de hidratação. Neste procedimento foi utilizado como amostra o soro. O procedimento foi realizado utilizando duas cubetas, sendo a primeira para a solução teste, e a segunda para o padrão. Na primeira cubeta foi adiciona 20mL de picrato alcalino mais 20µL da amostra. Homogeneizou-se e foi realizada duas leituras em espectrofotômetro ajustado em 510nm, cronometrando a primeira leitura em 30 segundos e a segunda em 90 segundos. Repetiu-se o mesmo procedimento para o padrão. Após as leituras, os cálculos foram realizados, conforme demonstrados abaixo. Para o teste: Absorbância 1 – AT₁ (30 segundos) = 0,078 Absorbância 2 – AT₂ (90 segundos) = 0,081 Para o padrão: Absorbância 1 – AP₁ (30 segundos) = 0,037 Absorbância 2 – AP₂ (90 segundos) = 0,042 17 Creatinina não corrigida = AT₂ - AT₁ x 4 AP₂ - AP₁ Creatinina não corrigida = 0,081 – 0,078 x 4 = 2,4mg/dL 0,042 – 0,037 Fator de correção = -0,25 Creatinina corrigida = 2,4 – 0,25 = 2,15mg/dL A concentração da amostra, de acordo com os cálculos demonstrados acima,foi 2,15mg/dL, se mostrando acima dos padrões normais com base no valor de referência para adultos, que está entre 0,70 – 1,2mg/dL para adulto do sexo masculino e 0,53 – 1,0mg/dL para adulto do sexo feminino. AULA 2 ROTEIRO 2 – Perfil renal – Uroanálise DATA: 16/09/2023 O rim desenvolve um papel exócrino, que é em si a formação de urina, ora mais, ora menos diluída, e também desenvolve suas funções endócrinas, através de células secretoras específicas, das quais muitas ainda não são bem definidas; contudo, a função homeostática do meio interno, sendo a função principal do rim, é a efetuada pela formação de urina na unidade funcional básica do rim que é o néfron, um conjunto de estruturas vasculares e renais que visam à formação de urina de acordo com o papel homeostático do qual o rim está incumbido (Moraes et al, 2007). A urina é gerada pelo processo de filtração do sangue nos glomérulos renais, seguido de etapas de reabsorção e secreção nos canais renais. A avaliação da urina, através de exames físicos, composicionais e de observação (EAS), fornece indicações cruciais sobre a saúde renal e o bem-estar global do paciente. Tais exames possibilitam identificar alterações que podem sinalizar situações como infecções urinárias, problemas renais, diabetes, entre outros (Oliveira et al, 2023). O sistema excretor composto pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra realizam um importante trabalho na filtração do sangue e formação da urina, visando assim manter o controle do equilíbrio homeostático interno. São muitas as funções atribuídas ao rim, entre elas destacamos a regulação do volume e composição do 18 sangue; regulação da pressão arterial; contribuição para o metabolismo (gliconeogênese, secreção de eritropoetina e participação na síntese de vitamina D); participação da formação do sistema renina-angiotensina periférico, para posterior conversão em Angiotensina I e II que auxilia na formação de Aldosterona; e o transporte, armazenamento e eliminação da urina, que é o produto final do intenso trabalho da depuração sanguínea. Cabe enfatizar que qualquer deformação ou desequilíbrio no funcionamento das estruturas pré, intra e pós-renais, podem desencadear sérios problemas renais, cardíacos, vasculares, hemodinâmicos e cerebrais, que se não forem diagnosticados e tratados a tempo podem se tornar irreversíveis, dificultando a qualidade de vida caso estes indivíduos venham a apresentar alguma nefropatologia (Moraes et al, 2007). A condição conhecida como proteinúria, frequentemente referida como “urina espumosa”, aponta para proteínas presentes na urina. Detectar proteínas, em especial a albumina, pode ser um indício de lesões nos glomérulos renais. É vital diferenciar entre microalbuminúria e macroalbuminúria: a primeira pode ser um alerta inicial de problemas renais em diabéticos, enquanto a segunda sugere lesões renais mais severas (Oliveira et al, 2023). Os parâmetros bioquímicos urinários são avaliados por meio do exame com fita reagente, que é considerado um exame de triagem e representa uma alternativa barata e rápida, embora de valor questionável, na opinião de alguns autores. A fita reagente detecta parâmetros como glicose, proteína, nitrito e esterase leucocitária (EL). A presença de nitrito e EL na urina pode indicar infecção, embora nem todos os microrganismos reduzam o nitrato em nitrito (Marques et al, 2017). A fita de teste urinário é um recurso ágil e prático para analisar diversos aspectos da urina. A análise por cores, que compara os tons resultantes com uma escala predefinida, fornece detalhes sobre parâmetros como pH, densidade, proteínas, glicose, corpos cetônicos, entre outros. Decifrar corretamente esses indicativos é fundamental para o diagnóstico e acompanhamento de várias condições médicas (Oliveira et al, 2023). Para o procedimento desta aula, uma aluna se disponibilizou para realizar a coleta da urina para o exame químico com a fita de teste urinário. Após a coleta, emergiu-se a fita na urina, retirou-se o excesso e procedeu-se com a leitura colorimétrica usando o padrão de cores que acompanha a fita, conforme demonstrados a seguir. 19 Fonte: do autor, 2023. Área de compensação = NEGATIVO Urobilinogênio = NEGATIVO Glicose = NEGATIVO Corpos cetônicos = NEGATIVO Bilirrubina = NEGATIVO Proteína = NEGATIVO Nitrito = NEGATIVO pH = 5 Hemoglobina = NEGATIVO Deensidade = 1005 Leucócitos = NEGATIVO Em conclusão, a análise urinária mostrou que todos os indicadores estão dentro da normalidade. AULA 3 ROTEIRO 1 – Perfil hepático DATA: 23/09/2023 A compreensão da fisiologia hepática é fundamental para a análise dos processos patológicos que acometem o órgão. A secreção de bile é a principal função digestiva do fígado, além disso, o fígado é essencial na regulação do metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios, no armazenamento de substâncias e na 20 degradação e excreção de hormônios. Outras funções incluem a transformação e excreção de drogas, a hemostasia e o auxílio à resposta imune (Schinoni, 2008). Variações em enzimas do fígado e outros indicadores podem sinalizar lesões ou problemas hepáticos. Doenças como hepatites, cirrose e cânceres no fígado podem modificar o perfil desse órgão. A análise das enzimas do fígado, tais como ALT/TGP, AST/TGO e gama-glutamil transferase, precisa ser realizada através da técnica cinética. Esse método avalia a taxa de reação impulsionada pela enzima com o passar do tempo. Isso é fundamental para compreender a atividade enzimática e pode apontar para lesões ou problemas hepáticos (Cavalheiro et al, 2018). A bilirrubina, um pigmento oriundo da quebra da hemoglobina, tem suas concentrações verificadas pelo método de ponto final. Quantidades elevadas de bilirrubina no sangue podem apontar para problemas no fígado ou bloqueios biliares (Cavalheiro et al, 2018). O metabolismo da bilirrubina pode ser subdividido em captação, armazenamento, conjugação e secreção hepática, nas quais se encontram envolvidos carries específicos ou enzimas cujas atividades podem ser alteradas causando processos patológicos (Schinoni, 2008). 1 – Dosagem de bilirrubina: Mecanismo: Bilirrubina + diazo reagente à azobilirrubina (vermelha) A amostra utilizada nesse procedimento foi o soro sem hemólise, devendo ser protegida da ação da luz. De acordo com as instruções da bula do kit Labtest, foram utilizados 5 tubos de ensaio, identificando o primeiro como B (branco), o segundo como D (bilirrubina direta conjugada), o terceiro T (bilirrubina total), o quarto como BP (branco padrão) e o quinto P (padrão). Os tubos foram preparados de acordo com a tabela seguir. 21 B D T BP P H₂O destilada 2mL - - - - Acelerador - - 2mL 2mL 2mL Ác. sulfonílico 200µL - 200µL - - Diazo reagente - 200µL 200µL - 200µL Amostra 100µL 100µL 100µL - - Padrão - - - 100µL 100µL Homogeneizou-se cada tubo e aguardou-se 5 minutos. Após esse tempo, realizou-se as leituras das absorbâncias no espectrofotômetro a 525nm do tubo D e tubo T zerando com o B, e a leitura do tubo P, zerando com BP, cujos valores das leituras foram: Absorbância tubo D = 0,198 Absorbância tubo T = 0,220 Absorbância tubo P = 0,313 Após as leituras e conhecendo a concentração do padrão (10mg/dL), efetuou- se os cálculos para determinação da concentração de D (bilirrubina direta conjugada) e da concentração de T (bilirrubina total). A partir da determinação das concentrações de D e T, efetuou-se os cálculos para a dosagem da bilirrubina indireta por diferença, conforme demonstrados a seguir. [Bilirrubina Direta] = Abs D x 10 Abs P [Bilirrubina Direta] = 0,198 x 10 = 6,32mg/dL 0,313 [Bilirrubina Total] = Abs T x 10Abs P [Bilirrubina Direta] = 0,220 x 10 = 7,02mg/dL 0,313 22 [Bilirrubina Indireta] = [Bilirrubina Total] – [Bilirrubina Direta] [Bilirrubina Indireta] = 7,02 – 6,32 = 0,7mg/dL Em conclusão, de acordo com os valores de referência para indivíduos adultos (BT = 1,2mg/dL; BD = até 0,4mg/dL), os valores encontrados na amostra sugerem potenciais lesões hepáticas devido aos altos valores mensurados. Alguns exemplos de condições associadas na elevação da bilirrubina incluem hepatite, cirrose, obstrução das vias biliares, anemia hemolítica e icterícia. No entanto, apenas a presença de valores elevados de bilirrubina, não é suficiente para diagnosticar uma patologia específica, se fazendo necessário realizar mais testes para a confirmação do diagnóstico. 1 – Dosagem de fosfatase alcalina: Mecanismo: A fosfatase alcalina hidrolisa a timolftaleína monofosfato liberando timolftaleína, que tem cor azul em meio alcalino. Para esta análise foram utilizados 3 tubos de ensaio identificados como B (branco), T (teste) e P (padrão), que foram preparados da seguinte maneira: - Tubo B à foi adicionado 50µL de substrato e 50µL de tampão - Tubo T à foi adicionado 50µL de substrato e 50µL de tampão - Tubo P à foi adicionado 50µL de substrato, 50µL de tampão e 50µL do padrão Após o preparo, incubou-se em banho-maria a 37ºC durante 2 minutos. Após esse tempo, ainda em banho-maria, adicionou-se ao tubo T 0,05mL da amostra, misturou-se e incubou-se em banho-maria por 10 minutos. Depois, adicionou-se a cada tubo 2mL de reagente de cor, homogeneizando-se um por um. Determinou-se as absorbâncias do teste e padrão a 590nm, zerando com o branco, conforme demonstrado abaixo. Absorbância tubo T = 0,254 23 Absorbância tubo P = 0,314 Conhecendo-se a concentração do padrão (45u/L), determinou-se a concentração do teste, de acordo com os cálculos a seguir. [T] = Abs T x 45 Abs P [T] = 0,254 x 45 = 36,4u/L 0,314 Em conclusão, de acordo com os valores de referência para indivíduos adultos (VR = 13 – 43u/L), a concentração de fosfatase alcalina encontrada na amostra se encontra dentro da faixa de referência normal. AULA 3 ROTEIRO 2 – Perfil pancreático DATA: 23/09/2023 O pâncreas possui funções secretoras endócrinas e exócrinas. A secreção endócrina está relacionada à síntese de hormônios, destacando-se a insulina e o glucagon. A secreção exócrina é formada de um componente aquoso, que é rico em bicarbonato e ajuda a neutralizar os conteúdos duodenais. Além disso, a secreção exócrina contém enzimas que realizam a digestão dos carboidratos, das proteínas e das gorduras. Tanto sinais neurais quanto hormonais controlam a secreção pancreática desencadeada pela presença de ácidos e produtos da digestão no duodeno. A insulina facilita o transporte de glicose para dentro das células, enquanto o glucagon tem ação contrária, elevando os níveis de glicose sanguínea. Disfunções pancreáticas podem levar a problemas metabólicos, como o diabetes mellitus (Diaz Gonzalez et al, 2018). Foram discutidos durante a aula sobre alguns testes para análise da função pancreática e metabolismo da glicose. A glicemia representa a quantidade de glicose circulante no sangue. É uma medida importante para avaliar o controle de glicose na corrente sanguínea para diagnóstico e monitoramento de condições como diabetes mellitus. 24 O TTOG (Teste de Tolerância Oral à Glicose) é um exame usado para avaliar a resposta do organismo à glicose após a ingestão de uma quantidade padrão do açúcar. A frutosamina é uma medida laboratorial que reflete os níveis médios de glicose no sangue ao longo de um período de duas a três semanas. Serve para monitorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes. Outro teste que também serve para monitorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes é o exame de hemoglobina glicada. A hemoglobina é uma proteína encontrada nos glóbulos vermelhos que são responsáveis por transportar oxigênio. Quando os níveis de glicose no sangue estão elevados, parte da glicose se liga à hemoglobina. O pâncreas, junto ao fígado e aos rins, tem papéis interconectados na gestão da glicose. O fígado é o responsável pela produção de glicose e ajuda a estabilizar os índices glicêmicos, enquanto os rins atuam na filtração e reabsorção desta. Problemas em qualquer um desses órgãos pode desiquilibrar a gestão glicêmica, levando a condições como o diabetes mellitus (Diaz Gonzalez et al, 2018). - Dosagem de glicose: Mecanismo: Glicose (glicose oxidase)à Ácido glicônico + H₂O₂ H₂O₂ + 4-aminoantipirina (peroxidase)à produto corado A amostra utilizada foi o plasma obtido com fluoreto e EDTA. De acordo com as instruções da bula do kit Labtest, foram utilizados 3 tubos de ensaio, identificando o primeiro como B (branco), o segundo como T (teste) e o terceiro como P (padrão). Os tubos foram preparados de acordo com a tabela seguir. 25 B T P Reagente de cor 2mL 2mL 2mL Amostra - 20µL - Solução padrão - - 20µL Após o preparo dos tubos, homogeneizou-se e incubou-se em banho-maria a 37ºC por 10 minutos. Após esse tempo, determinou-se as absorbâncias do teste e padrão a 505nm, zerando com o branco, conforme demonstrado abaixo. Absorbância tubo T = 0,800 Absorbância tubo P = 0,424 Conhecendo-se a concentração do padrão (100mg/dL), determinou-se a concentração do teste, de acordo com os cálculos a seguir. [T] = Abs T x 100 Abs P [T] = 0,800 x 100 = 188,67mg/dL 0,424 A concentração de glicose com valor igual a 188,67mg/dL se encontrou elevada de acordo com os valores de referência para indivíduo adulto (VR = 65 – 99mg/dL). Valores acima desse intervalo podem indicar hiperglicemia, podendo ser um sinal de diabetes mellitus. AULA 4 ROTEIRO 1 – Perfil lipídico DATA: 23/09/2023 O exame do perfil lipídico é fundamental para avaliar o potencial risco de complicações cardiovasculares em um paciente. Os marcadores frequentemente analisados abrangem colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos e, ocasionalmente, apolipoproteínas e hemocisteína total. A irregularidade nos níveis desses lipídeos 26 pode culminar em aterosclerose, um grande precursor de problemas cardíacos (Benozzi et al, 2019). - Dosagem de triglicérides: Mecanismo: TAG (lipase)à Glicerol + ácido graxo Glicerol 3P + O₂ (gliceroloxidase)à di-OH-acetonaP + H₂O₂ H₂O₂ + 4-APP (peroxidase)à produto corado De acordo com as instruções da bula do kit Labtest, foram utilizados 3 tubos de ensaio, identificando o primeiro como B (branco), o segundo como T (teste) e o terceiro como P (padrão). Os tubos foram preparados de acordo com a tabela seguir. B T P Reagente de cor 2mL 2mL 2mL Amostra - 20µL - Solução padrão - - 20µL Após o preparo dos tubos, homogeneizou-se e incubou-se em banho-maria a 37ºC por 10 minutos. Após esse tempo, determinou-se as absorbâncias do teste e padrão a 505nm, zerando com o branco, conforme demonstrado abaixo. Absorbância tubo T = 0,337 Absorbância tubo P = 0,256 Conhecendo-se a concentração do padrão (200mg/dL), determinou-se a concentração do teste, de acordo com os cálculos a seguir. [T] = Abs T x 200 Abs P 27 [T] = 0,337 x 200 = 263,28mg/dL 0,256 A dosagem de triglicérides com valor igual a 263,28mg/dL se encontrou elevada de acordo com os valores de referência para indivíduo adulto (VR < 150mg/dL). Valores acima desse intervalo podem indicar riscos de doenças cardíacas. - Dosagem de HDL - Colesterol: Para esse procedimento foi utilizado o kit de HDL – Colesterol Labteste. Em um tubo foi adicionado 250µL da amostra e 250µL de precipitante, agitando- se vigorosamente por 30 segundos. Centrifugou-sepor 25 minutos, resultando um precipitado de LDL e VLDL, e o HDL como sobrenadante que foi dosado de acordo com o preparo descrito na tabela a seguir, utilizando-se 3 tubos de ensaio. B T P Sobrenadante - 200µL - Solução padrão - - 200µL Reagente de cor 2mL 2mL 2mL Após o preparo, incubou-se em banho-maria a 37ºC durante 10 minutos. Após esse tempo. Após esse tempo, determinou-se as absorbâncias do teste e padrão no espectrofotômetro a 500nm, zerando com o branco, conforme demonstrado abaixo. Absorbância tubo T = 0,84 Absorbância tubo P = 0,31 Conhecendo-se a concentração do padrão (40mg/dL), determinou-se a concentração do teste, de acordo com os cálculos a seguir. [T] = Abs T x 40 Abs P 28 [T] = 0,84 x 40 = 108,3mg/dL 0,31 A dosagem do HDL – colesterol em 108,3mg/dL com relação ao valor desejável, que é acima de 40mg/dL, foi favorável pois valores acima do desejável é considerado benéfico para a saúde cardíaca. O HDL é chamado de “colesterol bom” porque desempenha um papel importante na remoção de excesso de colesterol das artérias, ajudando a prevenir o acúmulo de placas e reduzindo o risco de doenças cardíacas. AULA 4 ROTEIRO 2 – Sais minerais DATA: 23/09/2023 Os ossos servem como pilares de sustentação e escudos de proteção para os órgãos vitais. Sua composição envolve uma combinação de elementos orgânicos e inorgânicos. A parte inorgânica é rica em minerais como cálcio, fósforo e magnésio, que dão aos ossos sua rigidez e força característica (Grillo et al, 2020). O cálcio é o mineral mais abundante no tecido ósseo e desempenha um papel crucial na mineralização e na densidade dos ossos. O fósforo também é outro mineral essencial para a composição dos ossos, pois combina-se com o cálcio para formar hidroxiapatita, que é o principal componente mineral do osso, que confere dureza e resistência. Já o magnésio desempenha um papel vital na saúde óssea, pois está envolvido na regulação do equilíbrio do cálcio no organismo, ajuda a ativar a vitamina D, que por sua vez ajuda na absorção do cálcio dos alimentos no intestino. E desempenha um papel importante também na formação do colágeno, que é uma proteína fundamental na matriz óssea. - Dosagem de cálcio: Para esse procedimento foi utilizado o kit de Cálcio Labteste. Iniciou-se preparando o reagente de trabalho. 3 vol R₁ + 1 vol R₂ 29 Ajustou-se o espectrofotômetro a 570nm. Em uma cubeta, adicionou-se 2mL do reagente de trabalho preparado anteriormente. Zerou com branco. Depois, acrescentou-se 20µL da amostra. Agitou-se e realizou-se a leitura no espectrofotômetro. Repetiu-se o mesmo procedimento para o padrão. As leituras das absorbâncias do teste e padrão, foram respectivamente: Absorbância T = 0,636 Absorbância P = 0,449 Conhecendo-se a concentração do padrão (10mg/dL), determinou-se a concentração do teste, de acordo com os cálculos a seguir. [T] = Abs T x 10 Abs P [T] = 0,636 x 10 = 14,16mg/dL 0,449 A dosagem de cálcio com valor igual a 14,16mg/dL se encontrou elevada de acordo com os valores de referência para indivíduo adulto (VR = 8,8 – 10,8mg/dL). Valores acima desse intervalo podem indicar condições de hiperparatireioidismo, que é uma condição em que as glândulas paratireoides produzem muito hormônio da paratireoide, câncer ou outras doenças que afetam o metabolismo do cálcio. 30 REFERÊNCIAS BENOZZI, S. F. et al. És necesario el ayuno para la determinación del perfil lipídico? Acta bioquímica clínica latino-americana, v. 53, n. 4, p. 469-476, 2019. Disponível em: http://scielo.org.ar/scielo.php?pid=S0325- 29572019000400007&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 24 set. 2023. CAVALHEIRO, S. C.; ALVES, M. K.; VICENZI, K. Perfil clínico e antropométrico de pacientes com diagnóstico de esteatose hepática não alcoólica. RBONE – Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 75, p. 954 – 959, 2018. Disponível em: http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/813. Acesso em: 24 set. 2023. DIAZ GONZALEZ, F. H.; SCHEFFER, J. S. Perfil sanguíneo: ferramenta de análise clínica, metabólica e nutricional. Doze leituras em bioquímica clínica veterinária. PortoAlegre: LACVet, 2018. Cap. 3, p. 30-45. Disponível em: http://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/183958/001069312.pdf?sequence=1. Acesso em: 24 set. 2023. FURIAN, N.; COMPARSI, B. Aplicação diagnóstica dos principais parâmetros bioquímicos de interesse clínico. Saúde Integrada, v. 12, p. 204-235, 2019. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/229766237.pdf. Acesso em: 23 set. 2023. GRILLO, A. E. T. et al. Importância e atuação dos sais minerais no organismo. Revista Científica eletrônica de Enfermagem da FAEF, v. 4, n. 3, p. 1-11, 2020. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/BY50V66CJgicZcz_20 20-7-7-8-45-37.pdf. Acesso em: 24 set. 2023. KANAAN, Salim. Bioquímica clínica. 2. ed. 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