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Sociologia Apresentação 3.1

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Introdução ao Pensamento Sociológico
Participantes
Stefany Marinho
Marta Liduina
Ana Lúcia
Regina Falcão
Natália
Letícia Bruna
Ana Karla
Sandra
Wagner Tomé
Ionar
Jéssica
Lucielda
Flávia Pereira
Surgimento da Sociologia
A sociologia surgiu como uma disciplina a partir de fins do século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social.
Augusto Comte (1798-1857)
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, francês, criador da doutrina positivista;
Primeiro esforço relevante de análise científica da sociedade.
Valorizava a objetividade, a isenção e anão emotividadenas análises da sociedade (ao contrário dos socialistas)
estudo da sociedade era chamado inicialmente de “física social” e devia ter a mesma neutralidade das ciências naturais;
Objetivo do estudo era propor normas de comportamento para organizar e reformar a sociedade: “saber para prever, a fim de prover”.
Princípio da “ordem e progresso”.
Ordem, representando necessidade de ajustamento, obediência e integração.  Ex. Movimentos de operários europeus.
Progresso, evolução para estágios mais avançados. Ex. Sociedades da África e Ásia.
Positivismo é conservador.
Acreditavana prioridade do todo sobre as
partes;
Progresso como marca da sociedade humana – entende que a sociedade passava por uma evolução linear em direção a um estágio mais avançado do seu conhecimento e organização social;
Diante do imperialismo europeu do século XIX sobre a África e a Ásia e das ideias de evolução de Darwin.
Em que pese, o termo Sociologia tenha sido criado por Auguste Comte (em 1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a história, a psicologia e a economia —, Montesquieu também pode ser encarado como um dos fundadores da sociologia — talvez como o último pensador clássico ou o primeiro pensador moderno.
O homem é o mesmo em todo o mundo e em todos os tempos – por isso toda a humanidade evolui da mesma maneira e no mesmo sentido. Sentido de chegar à “superioridade” da sociedade industrial europeia do século XIX.
Assim na maneira como a sociedade explica os fenômenos sociais temos Três Estados : (1) O estado teológico ou fictício (deuses) (2) O abstrato ou metafísico (ideias) (3) E o estado positivo ou científico (racionalismo  e ciência)  
O Positivismo no Brasil
Foi durante o chamado Segundo Império, isto é, por volta de 1850 que as ideias positivistas chegaram ao Brasil, trazidas por brasileiros que foram completar seus estudos na França, tendo mesmo alguns sido aluno de Auguste Comte.
Foi no Rio de Janeiro, entre o final do Império e a República que o Positivismo foi mais notável no Brasil, desempenhando um papel central tanto no processo de Abolição da Escravatura quanto no de Proclamação da República no Brasil, destacando-se o coronel Benjamim Constant ( que, depois, foi homenageado como o epíteto de “Fundador da República Brasileira”
Houve no Brasil dois tipos de positivismo: um positivismo ortodoxo, mais conhecido, ligado à Religião da Humanidade e apoiado pelo discípulo de Comte, Pierre Laffitte, onde teve grande influência na formação da república. O casamento civil, o decreto dos feiras e a separação da igreja e o estado também são algumas conquistas dos positivistas no governo; e positivismo heterodoxo, que se aproximava mais dos estudo primeiros de Augusto Comte que criaram a disciplina da sociologia e apoiada pelo discípulo de Comte, Émile Littré.
A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional. Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comtiana “ O Amor por princípio e a ordem por base; o progresso por meta” representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista.
Darwinismo
Darwinismo é o nome dado ao conjunto de estudos e teorias do naturalista britânico Charles Darwin(1809 - 1882), considerado o "pai da Teoria da Evolução
A doutrina darwinista diz que os ambientes "selecionam" os organismos mais adequados para habitar determinado lugar, o que Darwin chamou de "seleção natural".
As espécies que forem aptas ou demonstrarem mais facilidade em sobreviver a determinados ambientes, se multiplicam, evoluem e seus descendentes serão os dominadores daquela região. Os organismos que não forem capazes de se adaptar ao meio ambiente em que estão inseridos, serão extintos.
O Darwinismo Social é um pensamento sociológico que surgiu no final do século XIX e começo do XX, que tentava explicar a evolução da sociedade humana se baseando na teoria da evolução proposta por Charles Darwin.
Regado de preconceitos, o darwinismo social acreditava que existiam sociedades humanas superiores a outras, e que estas deveriam "dominar" as inferiores com o objetivo de "civilizá-las" e ajudá-las no seu "desenvolvimento".
Os pensadores pró-darwinismo social alegavam que as populações europeias, por exemplo, tinham capacidades de evolução superiores ao povo da África, por causa da revolução tecnológica e científica que estava ocorrendo na Europa. Assim, os demais povos estariam condicionados à "seres primitivos", não possuindo capacidade para o progresso da humanidade.
Antônio Gramsci (1891-1937)
Nasceu no norte da ilha mediterrânea da Sardenha.
Foi um filósofo, político, cientista político, comunista e antifascista italiano.
Foi uma das referências essenciais do pensamento de esquerda no século 20, cofundador do Partido Comunista Italiano.
De uma família pobre e numerosa, filho de Francesco Gramsci, Antônio foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. No entanto, foi um estudante brilhante, e aos 21 anos conseguiu um prêmio para estudar Letras na universidade de Turim.
Gramsci escreveu mais de 30 cadernos de história e análise durante a prisão. Conhecidas como "Cadernos do Cárcere" e "Cartas do Cárcere", contêm seu traço do nacionalismo italiano e algumas ideias da teoria crítica e educacional. Para despistar a censura fascista, Gramsci adotou uma linguagem cifrada, em torno de conceitos originais ou de expressões novas. Seus escritos têm forma fragmentária, com muitos trechos que apenas indicam reflexões a serem desenvolvidas.
Suas noções de pedagogia crítica e instrução popular foram teorizadas e praticadas décadas mais tarde por Paulo Freire no Brasil. Gramsci desacreditava de uma tomada do poder que não fosse precedida por mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, para a conquista da cidadania, seria a escola.
Gramsci promoveu o casamento das ideias de Marx com as de Maquiavel, considerando o Partido Comunista o novo "Príncipe", a quem o pensador florentino renascentista dava conselhos para tomar e permanecer no poder. Para Gramsci, mais ainda do que para Maquiavel, os fins justificam os meios e qualquer ato só pode ser julgado a partir de sua utilidade para a revolução comunista.
Conceito de Hegemonia
O conceito de hegemonia representa um dos pontos centrais do pensamento gramsciano, em que o pesquisador analisa as características dos processos histórico‑sociais, a formação e a importância dos intelectuais nesse processo.
Isso significa que a classe hegemônica deve ser capaz de converter‑se em classe nacional, além de ser capaz de envolver toda a sociedade em um mesmo projeto histórico, com condições de assumir, como suas, as reivindicações das classes aliadas. Ao afirmar que a classe hegemônica deve assumir, como suas, as reivindicações das demais classes, Gramsci aponta para a estreita relação entre hegemonia e economia, na medida em que as expressões da vontade, interesses e necessidades
das classes aliadas são, na verdade, manifestações concretas das necessidades econômicas, geradas por determinado modo de produção.
SOCIEDADE CIVIL:
é compreendida como sendo o conjunto formado pelos organismos denominados privados e sociedade política ou Estado. Ambos correspondem à função de hegemonia que o grupo dominante exerce sobre toda sociedade e àquela de domínio direto ou de comando que se expressa no Estado e no governo jurídico. Tais funções configuram‑se organizativas e conectivas. O conceito de sociedade civil foi concebido por Gramsci, que o reconstituiu da tradição iluminista e hegeliana dos séculos XVIII e XIX e o renovou como parte de uma operação teórica e política dedicada a interpretar as imponentes transformações que se consolidavam nas sociedades do capitalismo desenvolvido.
A Influência de Gramsci para o Serviço Social
As concepções de Gramsci influenciaram, no Brasil, os campos acadêmicos e profissionais, entre eles o serviço social. Suas obras, traduzidas e publicadas nos anos de 1960, passaram a ser consideradas pelos profissionais que já questionavam as matrizes conservadoras que subsidiavam teoricamente o serviço social desde a década de 1930.
O profissional assistente social pode embasar sua prática na teoria gramsciana, pois esta tem como contribuição a reflexão sobre a importância do sujeito nas inúmeras mudanças sociais. Nesse contexto de mudanças sociais, o campo do serviço social tem um papel fundamental, por meio da contribuição de seu saber, para impulsionar uma reflexão política entre os segmentos populacionais, para que esses possam reconhecer seus direitos e deveres, para exercerem sua cidadania.
Conclui‑ se que, apesar da sociedade civil na atualidade não ser mais a mesma do tempo de Gramsci, ele levantou questões fundamentais e apontou caminhos que até hoje permanecem em aberto para se pensar a construção de uma sociedade radicalmente democrática, que inclua cada vez mais a massa de excluídos e subalternizados pelo atual sistema.

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