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AD1 - Geometria Anal´ıtica II - 2015.2 Atenc¸a˜o: Responda a`s questo˜es abaixo utilizando os conhecimentos relativos a`s cinco primeiras aulas do Mo´dulo. Questa˜o 1:(4,0 pt) Sejam dados os pontos A = (2,−3, 4) e B = (−2,−1, 0). Sabemos, da Geome- tria Euclidiana Espacial, que o conjunto dos pontos que equidistam de A e B (isto e´, os pontos cuja distaˆncia a A e´ igual a distaˆncia a B), e´ chamado de plano mediador de A e B. Vamos chamar de piAB este plano. (a) [1,0 pt] Determine uma equac¸a˜o em x, y e z que descreva o plano piAB, isto e´, uma equac¸a˜o que e´ satisfeita por (x, y, z) se, e somente se, (x, y, z) ∈ piAB. Para isto, utilize a propriedade que caracteriza os pontos de piAB. Simplifique a equac¸a˜o obtida ate´ obter uma de grau 1 em x, y e z. (b) [1,0 pt] A partir da equac¸a˜o obtida, verifique que o ponto me´dio de A e B pertence ao plano piAB. Essa propriedade vale, na realidade, para o ponto me´dio do plano mediador de dois pontos quaisquer. (c) [1,0 pt] Uma importante propriedade do plano mediador deA eB e´ que ele e´ perpendicular ao segmento AB. Utilizando este fato e reciclando as ideias dos itens anteriores, dados os pontos C = (4, 0, 3) e D = (2, 4,−1), obtenha uma equac¸a˜o que descreva o plano perpendicular ao segmento CD e que passe por seu ponto me´dio. (d) [1,0 pt] Obtenha uma equac¸a˜o satisfeita por (x, y, z) se, e somente se, o ponto de coor- denadas (x, y, z) pertence ao plano que conte´m o ponto (3, 2, 1) e e´ perpendicular a todas as retas de direc¸a˜o dada pelo vetor ~v = (1,−2, 2). SOLUC¸A˜O: (a) O plano mediador de A e B, piAB, foi definido no enunciado como sendo o conjunto de todos os pontos equidistantes de A e de B. Assim, (x, y, z) ∈ piAB se, e somente se, d((x, y, z), A) = d((x, y, z), B). Mas d((x, y, z), A) = d((x, y, z), B) m d((x, y, z), (2,−3, 4)) = d((x, y, z), (−2,−1, 0)) m 1 √ (x− 2)2 + (y + 3)2 + (z − 4)2 = √ (x+ 2)2 + (y + 1)2 + z2 m (x− 2)2 + (y + 3)2 + (z − 4)2 = (x+ 2)2 + (y + 1)2 + z2 m x2 − 4x+ 4 + y2 + 6y + 9 + z2 − 8z + 16 = x2 + 4x+ 4 + y2 + 2y + 1 + z2 m −4x+ 6y − 8z + 29 = 4x+ 2y + 5 m −8x+ 4y − 8z = −24 m 2x− y + 2z = 6. (b) O ponto me´dio de A e B e´ dado por M = ( 2 + (−2) 2 , (−3) + (−1) 2 , 4 + 0 2 ) = (0,−2, 2), logo, para que M pertenc¸a a piAB, precisamos verificar que suas coordenadas satisfazem a equac¸a˜o obtida para piAB, 2x− y + 2z = 6. Como 2(0)− (−2) + 2(2) = 6, conclu´ımos que M ∈ piAB. (c) Pela propriedade dada neste item e no fim do item anterior, o plano que passa pelo ponto me´dio de CD e e´ perpendicular a este segmento e´ exatamente o plano mediador de C e D, que denotaremos por piCD. Como no iteem anterior, a equac¸a˜o e´ dada por d((x, y, z), C) = d((x, y, z), D) m d((x, y, z), (4, 0, 3)) = d((x, y, z), (2, 4,−1)) m√ (x− 4)2 + y2 + (z − 3)2 = √ (x− 2)2 + (y − 4)2 + (z + 1)2 m (x− 4)2 + y2 + (z − 3)2 = (x− 2)2 + (y − 4)2 + (z + 1)2 m x2 − 8x+ 16 + y2 + z2 − 6z + 9 = x2 − 4x+ 4 + y2 − 8y + 16 + z2 + 2z + 1 m −4x+ 8y − 8z + 25 = 21 m −4x+ 8y − 8z = −4 m x− 2y + 2z = 1. 2 (d) Note que (3, 2, 1) e´ exatamente o ponto me´dio de C e D. Ale´m disso, o vetor −−→ CD = (−2, 4,−4) e´ mu´ltiplo de ~v = (1,−2, 2) (pois −−→CD = (−2, 4,−4) = −2 · (1,−2, 2) = −2~v). Assim, o plano sera´ perpendicular a todas as retas de direc¸a˜o dada pelo vetor ~v se for perpendicular a CD. Queremos enta˜o o plano que passa pelo ponto me´dio de C e D e e´ perpendicular ao segmento CD. Sua equac¸a˜o ja´ foi obtida no item anterior, e e´ x− 2y + 2z = 1. Questa˜o 2:(2,5 pt) Determine a intersec¸a˜o entre o plano parametrizado por pi : x = 1 + u− v y = −1 + 2u z = 3u− v, u, v ∈ R e a reta de parametrizac¸a˜o r : x = 1 + t y = −t z = 3 + 2t, t ∈ R. SOLUC¸A˜O: Um ponto pertence a` intersec¸a˜o de pi e r se estiver simultaneamente nestes dois objetos. Isso significa que suas coordenadas x, y e z podem ser escritas nas formas x = 1 + u− v y = −1 + 2u z = 3u− v e x = 1 + t y = −t z = 3 + 2t , isto e´, que o sistema x = 1 + u− v y = −1 + 2u z = 3u− v x = 1 + t y = −t z = 3 + 2t, tem soluc¸a˜o para valores de t, u, v ∈ R. Resolvendo o sistema, eliminando x, y e z, temos 1 + u− v = 1 + t −1 + 2u = −t 3u− v = 3 + 2t. A primeira equac¸a˜o da´ t = u− v que, substituindo nas outras duas, nos levam a −1 + 2u = −(u− v) 3u− v = 3 + 2(u− v) ∴ 3u− v = 1 u+ v = 3. Somando estas equac¸o˜es, temos 4u = 4 ∴ u = 1. 3 Com isso, como 3u− v = 1, temos v = 2 e, como t = u− v, temos t = −1. Susbtituindo t = −1 na parametrizac¸a˜o da reta, obtemos o ponto de intersec¸a˜o: x = 1 + (−1) y = −(−1) z = 3 + 2(−1) ∴ (x, y, z) = (0, 1, 1). Note que poder´ıamos tambe´m ter substitu´ıdo u = 1 e v = 2 na parametrizac¸a˜o do plano, e obter´ıamos o mesmo ponto: x = 1 + 1− 2 y = −1 + 2(1) z = 3(1)− 2 ∴ (x, y, z) = (0, 1, 1) (fazer as duas substituic¸o˜es e´, inclusive, uma boa forma de verificarmos se a soluc¸a˜o esta´ correta!). Questa˜o 3:(2,5 pt) Para uma constante a ∈ R, a reta r e´ parametrizada por r : (x, y, z) = (−4, 1, 4) + (1, 0, a) · t, t ∈ R. Determine um valor de a para que r seja tangente a` esfera de equac¸a˜o S : x2 + y2 + z2 − 2x+ 4y = 20. SOLUC¸A˜O: A reta r sera´ tangente a` esfera S se, e somente se, a intersec¸a˜o entre estes objetos for um u´nico ponto. Vamos enta˜o intersectar os objetos para ver o que encontramos: x = −4 + t y = 1 z = 4 + at x2 + y2 + z2 − 2x+ 4y = 20 (as treˆs primeiras equac¸o˜es veˆm da parametrizac¸a˜o da reta). Substituindo x, y e z na quarta equac¸a˜o, temos (−4 + t)2 + (1)2 + (4 + at)2 − 2(−4 + t) + 4(1) = 20, logo t2 − 8t+ 16 + 1 + a2t2 + 8at+ 16 + 8− 2t+ 4 = 20. Simplificando, temos (1 + a2)t2 + (−10 + 8a)t+ 25 = 0. Agora vamos pensar sobre a equac¸a˜o obtida. Cada valor de t da soluc¸a˜o desta equac¸a˜o correspon- dera´ a um ponto da intersec¸a˜o da reta com a esfera. Queremos, pore´m, que esta intersec¸a˜o consista de um u´nico ponto, logo a equac¸a˜o obtida so´ pode ter uma soluc¸a˜o. Isso significa enta˜o que ∆ = 0, onde ∆ = (−10 + 8a)2 − 4 · (1 + a2) · 25. Com isso, 100− 160a+ 64a2 − 100− 100a2 = 0, logo, −36a2 − 160a = 0 ∴ 4a(9a+ 40) = 0. Assim, temos a = 0 ou a = −40 9 . 4 Questa˜o 4:(1,0 pt) Sejam os vetores ~u = (a, b, c), ~v = (d, e, f) e ~w = (g, h, i) linearmente indepen- dentes. Dados pontos P,A,B e C do espac¸o tais que −→ PA = ~u+ k~v, −−→ PB = ~v + k ~w, −→ PC = ~w, onde k ∈ R, determine o valor de k para que os pontos A,B e C sejam coplanares. SOLUC¸A˜O: Treˆs pontos no espac¸o sempre sera˜o coplanares. Assim, k pode assumir qualquer valor real. 5
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