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Geometria Anaĺıtica - 2016/2 2a. Lista de Exerćıcios - Retas, Planos e Distâncias RETAS (1) Determinar o ponto da reta r : x = 2− t y = 5+ t z = 2− 2t que tem abscissa 5. (2) Achar os valores de m e n para que o ponto P(3,m,n) pertença à reta s : x = 1− 2t y = −3− t z = −4+ t . (3) Determinar as equações reduzidas, com variável independente x, da reta que passa pelo ponto A(4, 0,−3) e tem a direção do vetor ~u = (2, 4, 5). Resolução de 3: Da teoria sabemos que a equação vetorial de uma reta é da forma P = A+ t~v, com t ∈ R. Chamemos de r a reta que passa pelo ponto A(4, 0,−3) e tem vetor diretor ~u = (2, 4, 5). Então, r : (x, y, z) = (4, 0,−3) + t(2, 4, 5). Dáı temos as equações paramétricas de r: r : x = 4+ 2t y = 4t z = −3+ 5t , t ∈ R. Isolando t na primeira equação e substituindo nas demais temos: x = 4+ 2t⇒ t = x−42 ; y = 4t⇒ y = 4 (x−42 )⇒ y = 2x− 8 z = −3+ 5t⇒ z = −3+ 5 (x−42 )⇒ z = 52x− 13 . Assim, as equações reduzidas de r, com variável independente x, são:{ y = 2x− 8 z = 52x− 13 . (4) Quais as equações paramétricas das retas r, s e t paralelas aos eixos x, y e z, respectivamente, e que passam pelo ponto (1, 2, 3)? Faça um esboço das retas. (5) Qual deve ser o valor de m para que os pontos A = (3,m, 1), B = (1, 1,−1) e C = (−2, 10,−4) pertençam à mesma reta? (6) Sejam A = (3, 6,−7), B = (−5, 2, 3) e C = (4,−7,−6) pontos dados. (a) Escreva as equações vetorial e paramétricas para a reta r determinada pelos pontos B e C, e obtenha sua forma simétrica (se existir). O ponto D = (3, 1, 4) pertence a esta reta r? (b) Verifique que os pontos A, B e C são vértices de um triângulo. Página 1 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 (c) Escreva as equações paramétricas da mediana relativa ao vértice C do triângulo. Lembre-se que a mediana relativa ao vértice C do triângulo é a reta passando por C e pelo ponto médio entre A e B. Resolução de 6 (a): Primeiramente, tomemos o vetor determinado por B e C, que será o vetor diretor da reta r: −→ BC = C− B = (4+ 5,−7− 2,−6− 3) = (9,−9,−9). Escolhemos um dos pontos (ou A, ou B) para escrevermos a equação vetorial da reta r, por exemplo, o ponto B: r : (x, y, z) = (−5, 2, 3)︸ ︷︷ ︸ B + t(9,−9,−9)︸ ︷︷ ︸ −→ BC , t ∈ R. Para as equações paramétricas, montemos um sistema de equações, dependentes do parâmetro t, da seguinte maneira: r : x = −5+ 9t y = 2− 9t z = 3− 9t , t ∈ R. É evidente que há como obtermos as equações simétricas da reta r, isolando o parâmetro t nas equações paramétricas e igualando seus valores: r : x+ 5 9 = y− 2 −9 = z− 3 −9 . Por fim, analisemos se o ponto D(3, 1, 4) pertence à reta r. Para isso, usando as equações simétricas da reta r, substituimos as variáveis x, y e z pelas coordenadas de D: 3+ 5 9 6= 1− 2 −9 6= 4− 3 −9 . Portanto, as equações simétricas não se verificam para o ponto D. Concluimos que D não pertence à reta r. (7) Achar as equações das seguintes retas: (a) reta que passa pelo ponto A(3, 2, 1) e é perpendicular ao plano xOz; (b) reta que passa pelo ponto A(2, 3, 4) e é ortogonal ao mesmo tempo aos eixos Ox e Oy. Resolução de 7 (a): Seja r a reta pedida. Observemos que r poder ter vetor diretor ~j = (0, 1, 0), pois ~j é ortogonal ao plano xOz. Como A(3, 2, 1) pertence a r, podemos escrever r : (x, y, z) = (3, 2, 1) + λ(0, 1, 0), λ ∈ R, como uma equação vetorial da reta r. (8) São dados os pontos A = (2, 1, 2), B = (−1, 1,−1) e C = (−2,−5,−4). (a) Os pontos A, B e C formam vértices de um triângulo? (b) Escreva todas as formas posśıveis de equações para a reta que passa por B e C. O ponto D = (1, 1, 2) pertence a essa reta? (9) Sejam P = (2, 1,−1) e Q = (0,−1, 0). Determine um ponto C da reta PQ tal que a área do triângulo ABC seja 9, nos casos: (a) A = (0, 3, 0), B = (6, 3, 3); (b) A = (−1, 1, 2), B = (−5,−3, 4). (10) Achar o ângulo entre as retas: (a) r : x = −2− 2t y = 2t z = 3− 4t e s : x = 4t y = 2t− 6 z = 2t+ 1 ; (b) r : { y = −2x− 1 z = x+ 2 e s : { y 3 = z+1 −3 x = 2 . Página 2 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Resolução de 10 (b): Dados r : { y = −2x− 1 z = x+ 2 e s : { y 3 = z+1 −3 x = 2 , Observemos que as equações de s podem ser reescritas como equações reduzidas na variável z (ou y). Precisamos de vetores diretores das retas em questão. Escolhamos dois pontos em r, por exemplo: A (0,−1, 2) e B (1,−3, 3) (que foram obtidos fazendo x = 0 e x = 1 nas equações de r). Escolhamos dois pontos em s, por exemplo: C (2, 0,−1) e D (2, 1,−2) (que foram obtidos fazendo y = 0 e y = 1 nas equações de s). Logo, ~u = −→ AB = B−A = (1,−2, 1) é um vetor diretor de r. Analogamente, ~v = −→ CD = D− C = (0, 1,−1) é um vetor diretor de s. De teoria, vimos que se θ é a medida do ângulo entre as retas r e s, então: cos (θ) = |~u ·~v| ||~u|| . ||~v|| = |(1,−2, 1) · (0, 1,−1)| ||(1,−2, 1)|| . ||(0, 1,−1)|| = |0− 2− 1|√ 1+ 4+ 1. √ 0+ 1+ 1 = 3√ 6. √ 2 = 3 2 √ 3 = √ 3 2 , ou seja, θ = π3 radianos, ou θ = 30 ◦. Lembremos que o ângulo entre duas retas nunca é obtuso, dáı o módulo no produto escalar da fórmula acima, ou seja, 0 ≤ θ ≤ π2 (ou 0 ◦ ≤ θ ≤ 90◦). (11) Calcular o valor de n para que seja de 30◦ a medida do ângulo entre as retas: r : x− 2 4 = y+ 4 5 = z 3 e s : { y = nx+ 5 z = 2x− 2 . (12) A reta r passa pelo ponto A = (1,−2, 1) e é paralela à reta s : x = 2+ t y = −3t z = −t . Se P(−3,m,n) ∈ r, determinar m e n. (13) A reta s : { y = mx+ 3 z = x− 1 é ortogonal à reta determinada pelos pontos A = (1, 0,m) e B = (−2, 2m, 2m). Calcular o valor de m. (14) Dado um triângulo de vértices A = (1, 4, 0), B = (2, 1,−1) e C = (1, 2, 2), escrever uma equação vetorial da reta que contém a altura relativa ao vértice B. Resolução de 14: Dados A(1, 4, 0), B(2, 1,−1) e C(1, 2, 2), consideremos a reta r que contém a altura relativa ao vértice B. r A B C H Página 3 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Da teoria, temos que uma equação vetorial da reta r é dada por X = B+ t −→ BH, t ∈ R, sendo H = A+ −→ AH. Porém, da teoria deduzimos que −→ AH = proj−→ AC −→ AB = −→ AB · −→ AC∥∥∥−→AC∥∥∥2 . −→ AC Assim, como −→ AB = B−A = (1,−3,−1) e −→ AC = C−A = (0,−2, 2), temos −→ AB · −→ AC = (1,−3,−1) · (0,−2, 2) = 0+ 6− 2 = 4∥∥∥−→AC∥∥∥2 = 02 + (−2)2 + 22 = 8 ⇒ −→AH = 48(0,−2, 2) = (0,−1, 1). Desta forma, H = A+ −→ AH = (1, 4, 0) + (0,−1, 1) = (1, 3, 1) −→ BH = H− B = (1, 3, 1) − (2, 1,−1) = (−1, 2, 2) Por fim, r : (x, y, z) = (2, 1,−1) + t(−1, 2, 2), t ∈ R. (15) Calcular o valor de m para que sejam coplanares as seguintes retas: r : { y = 2x+ 3 z = 3x− 1 e s : x− 1 2 = y −1 = z m . (16) Calcular o ponto de interseção das retas: (a) r : { y = 3x− 1 z = 2x+ 1 e s : { y = 4x− 2 z = 3x ; (b) r : { y = −5 z = 4x+ 1 e s : x− 1 2 = z− 5 −3 ; y = −5. Resolução de 16 (a): Se P = (x0, y0, z0) é o ponto de intersecção das retas r e s, então suas coordenadas devem satisfazer as equações dessas retas, ou seja,{ y0 = 3x0 − 1 z0 = 2x0 + 1 e { y0 = 4x0 − 2 z0 = 3x0 . Podemos igualar as expressões que contenham y0 ou que contenham z0 de cada equação de reta para encon- trarmos x0 (que deve ser o mesmo nas duas equações, se P de fato existir):{ 3x0 − 1 = 4x0 − 2 2x0 + 1 = 3x0 ⇒ x0 = 1. Substituimos o valor de x0 em qualquer uma das equações das retas r ou s encontramos os valores de y0 e z0 do ponto de intersecção: y0 = 2 e z0 = 3. (verifique esses valores substituindo x0 em ambas as equações das retas) Portanto, a interseção entre as retas r e s é o ponto P(1, 2, 3). (17) Em que ponto a reta que passa por A = (1, 0, 1) e B = (−2, 2, 3) intercecta o plano yz? Página 4 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 (18) Dadas as retas r : X = (0, 0, 2) + λ(1, 1, 3), λ ∈ R e s : x = 2 y = t z = 2− t , t ∈ R e o ponto A(4, 5, 1); ache uma equação vetorial da reta m que passa por A e seja ortogonal a r e a s. Resolução de 18: Chamemos de ~u = (1, 1, 3) e ~v= (0, 1,−1) os vetores diretores das retas r e s, respecti- vamente. Se a reta m é ortogonal a r e s podemos considerar ~n = ~u×~v com seu vetor diretor. Então, ~n = ~u×~v ≡ det ~i ~j ~k1 1 3 0 1 −1 ≡ (−4, 1, 1). Como A(4, 5, 1) ∈ m, podemos escrever m : (x, y, z) = (4, 5, 1) + µ(−4, 1, 1), µ ∈ R, como uma equação vetorial de m. (19) Estabelecer as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto de interseção das retas r : x− 2 = y+ 1 2 = z 3 e s : { x = 1− y z = 2+ 2y e é, ao mesmo tempo, ortogonal a ambas. (20) Calcular o ponto de interseção das retas r : x = 5+ t y = 2− t z = 7− 2t e s : x− 2 2 = −y −3 = −z+ 5 −4 . (21) Estude a posição relativa das retas r e s nos seguintes casos: (a) r : x+ 1 2 = y = z+ 12 e s : X = (0, 0, 0) + λ(1, 2, 0), λ ∈ R; (b) r : x− 1 3 = y− 5 3 = z+ 2 5 e s : x = −y = z− 1 4 . (22) Determinar as equações paramétricas da perpendicular comum às seguintes retas: r : x+ 1 3 = y+ 3 −2 = z− 2 −1 e t : x− 2 2 = y+ 1 3 = z− 1 −5 . (23) Determinar uma equação da reta que passa pelo ponto A(−4,−5, 3) e intersecta as retas: r : x+ 1 3 = y+ 3 −2 = z− 2 −1 e t : x− 2 2 = y+ 1 3 = z− 1 −5 . Resolução de 23: Das equações simétricas das retas r e t fornecidas temos: - O vetor ~u = (3,−2,−1) como vetor diretor de r e B(−1,−3, 2) como um de seus pontos. Logo, um ponto P genérico de r é da forma P = (−1,−3, 2) + λ(3,−2,−1) = (−1+ 3λ,−3− 2λ, 2− λ) com λ ∈ R. - O vetor ~v = (2, 3,−5) como vetor diretor de t e C(2,−1, 1) como um de seus pontos. Logo, um ponto Q genérico de t é da forma Q = (2,−1, 1) + µ(2, 3,−5) = (2+ 2µ,−1+ 3µ, 1− 5µ) com µ ∈ R. Página 5 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Determinemos valores λ e µ de tal modo que existam P e Q alinhados a A, ou seja, busquemos λ e µ tal que −→ AP seja paralelo a −−→ AQ, o que equivale à existência de α ∈ R tal que −→ AP = α −−→ AQ. Vejamos: −→ AP = P −A = (−1+ 3λ,−3− 2λ, 2− λ) − (−4,−5, 3) = (3+ 3λ, 2− 2λ,−1− λ) −−→ AQ = Q−A = (2+ 2µ,−1+ 3µ, 1− 5µ) − (−4,−5, 3) = (6+ 2µ, 4+ 3µ,−2− 5µ) De −→ AP = α −−→ AQ temos (3+ 3λ, 2− 2λ,−1− λ) = α(6+ 2µ, 4+ 3µ,−2− 5µ)⇒ 3+ 3λ = α (6+ 2µ) 2− 2λ = α (4+ 3µ) −1− λ = α (−2− 5µ) Trata-se de um sistema não linear nas incógnitas α, λ e µ que pode ser resolvido por meio de substituições de incógnitas. Entretanto, não vamos fazer isso, pois uma solução óbvia é λ = µ = 0 e α = 12 (verifique!). Desta forma, há uma reta s que passa pelos pontos P(−1,−3, 2) ∈ r e Q = (2,−1, 1) ∈ t e contém o ponto A(−4,−5, 3). Tomando ~w = −→ PQ = Q− P = (3, 2,−1) como vetor diretor de s, temos a equação vetorial s : (x, y, z) = (−4,−5, 3) + τ (3, 2,−1) , τ ∈ R. (24) Determinar a equação da reta que passa pelo ponto A(−1, 2,−3), é perpendicular ao vetor ~n = (6,−2,−3) e corta a reta r : x− 1 3 = y+ 1 2 = z− 3 −5 . PLANOS (1) Seja o plano π : 2x− y+ 3z+ 1 = 0. Calcular: (a) O ponto de π que tem abscissa 4 e ordenada 3; (b) O ponto de π que tem abscissa 1 e cota 2; (c) O valor de k para que o ponto P(2, k+ 1, k) pertença a π; (d) O ponto de abscissa zero e cuja ordenada é o dobro da cota. Resolução de 1 (d): Consideremos o plano π : 2x − y + 3z + 1 = 0. Como a abscissa do ponto P (x, y, z) procurado é zero e sua ordenada é o dobro de sua cota, então o ponto é da forma P(0, 2z, z). Portanto, substituindo P(0, 2z, z) na equação do plano, temos: (0) − (2z) + 3(z) + 1 = 0⇒ z = −1. Portanto, substituindo z = −1 em P , temos P(0,−2,−1). (2) Determinar a equação geral do plano que: (a) passa pelos pontos A(−3, 1,−2) e B(−1, 2, 1) e é paralelo ao vetor ~v = 2~i− 3~k. (b) contém os pontos A(1,−2, 2) e B(−3, 1,−2) e é perpendicular ao plano π : 2x+ y− z+ 8 = 0. (3) Dada a equação geral do plano π : 3x− 2y− z− 6 = 0, determinar um sistema de equações paramétricas de π. Resolução de 3: Dado o plano π de equação geral 3x − 2y − z − 6 = 0, podemos fazer obter equações paramétricas para π de diversas formas. Uma maneira “canônica” é escolher três pontos não coline- ares de π, escrever uma equação vetorial e, posteriormente, as equações paramétricas. Entretanto, quando a Página 6 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 equação geral apresenta as três variáveis (como nesse caso), podemos fazer duas das variáveis serem os parâmetros e isolar a última variável em função desses parâmetros, ou seja, x = λ y = µ z = −6+ 3λ− 2µ , com λ, µ ∈ R. (4) Obtenha as equações paramétricas dos planos π1 e π2, onde: (a) π1 é o plano que passa pelos pontos A(1, 1, 4), B(6, 5, 4) e C(−2, 0, 2); (b) π2 é o plano que passa pelo ponto D(1, 1, 1) e é paralelo aos vetores ~u = (2, 3,−2) e ~v = (8, 5, 2). (5) Seja r a reta que passa pelos pontos P(−2, 0,−1) e Q(−3, 2, 5). Verifique se r ⊂ πi, r ‖ πi ou r ∩ πi é um ponto, onde πi (i = 1, 2) são os planos do exerćıcio anterior. Caso r ∩ πi seja um ponto, determine este ponto. (6) O plano π : x + y − z − 2 = 0 intersecta os eixos cartesianos nos pontos A, B e C. Calcular a área do triângulo ABC. Resolução de 6: O ponto A do plano π que está no eixo x possui ordenada e cota nulas. Fazendo y = 0 e z = 0 na equação de π, chegamos a x = 2 e obtemos o ponto A(2, 0, 0). De modo análogo, B é da forma (0, y, 0). Fazendo x = 0 e z = 0 na equação de π, obtemos o ponto B(0, 2, 0). Por fim, C é da forma (0, 0, z). Fazendo x = 0 e y = 0 na equação de π, obtemos o ponto C(0, 0,−2). Consideremos os vetores −→ AB = B−A = (−2, 2, 0) e −→ AC = C−A = (−2, 0,−2). Assim, a área do triângulo ABC será obtida da seguinte maneira: A = ∣∣∣∣∣∣−→AB×−→AC∣∣∣∣∣∣ 2 . Calculemos o produto vetorial: −→ AB× −→ AC = det ~i ~j ~k−2 2 0 −2 0 −2 = (−4,−4, 4). Logo, ∣∣∣∣∣∣−→AB×−→AC∣∣∣∣∣∣ =√(−4)2 + (−4)2 + (4)2 = √48 = 4√3. Portanto, temos que a área será: A = ∣∣∣∣∣∣−→AB×−→AC∣∣∣∣∣∣ 2 = 4 √ 3 2 = 2 √ 3. (7) Determinar a e b, de modo que os planos π1 : ax + by + 4z − 1 = 0 e π2 : 3x − 5y − 2z + 5 = 0 sejam paralelos. (8) Determinar m de modo que os planos π1 : 2mx + 2y − z = 0 e π2 : 3x − my + 2z − 1 = 0 sejam perpendiculares. (9) Mostrar que a reta r : x−11 = y+1 −2 ; z = 0 está contida no plano π : 2x+ y− 3z− 1 = 0. Resolução de 9: Primeiramente, observemos que as equações de r fornecidas podem ser facilmente escritas na forma reduzida na variável x (ou y). Fazendo x = 0 e x = 1 nas equações de r encontramos os pontos A (0, 1, 0) e B (1,−1, 0) de r. Mas as coordenadas de A e B satisfazem a equação do plano π (verifique!). Página 7 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Lembrando que se uma reta possui dois de seus pontos em um plano então ela está contida nesse plano, conclúımos que r ⊂ π. (10) Determinar o ângulo entre: (a) os planos π1 : x+ 2y+ z− 10 = 0 e π2 : 2x+ y− z+ 1 = 0; (b) a reta r : x−23 = −y 4 = z+1 5 e o plano π : 2x− y+ 7z− 1 = 0. (11) Encontrar equações reduzidas da reta interseção dos planos π1 : 3x−y+z−3 = 0 e π2 : x+3y+2z+4 = 0. (12) Determinar a equação geral do plano que contém o ponto A(2, 0, 1) e a reta interseção dos planos π1 : 2x− 3y− 5z = 0 e π2 : x− y = 0. (13) Obtenha uma equação geral do plano π que passa pelo ponto P(1, 1, 2) e é paralelo ao plano π1, com equação geral π1 : x− y+ 2z+ 1 = 0. Resolução de 13: Sendo o plano π procurado paralelo ao plano π1, o vetor ~n = (1,−1, 2), normal a π1, também é normal a π. Portanto, a equação geral de π é da forma π : x− y+ 2z+ d = 0. Como P (1, 1, 2) ∈ π, podemos encontrar d substituindo as coordenadas de P na equação acima: (1) − (1) + 2(2) + d = 0⇒ d = −4. Portanto, π : x− y+ 2z− 4 = 0. (14) Escreva a equação geral do plano que passa pelos pontos A(2, 1, 0), B(1, 2, 0) e C(1, 1, 0). (a) Verifique se o ponto D(4, 4, 0) está nesse plano. (b) Verifique se a reta que passa pelo ponto E(3, 3, 0) com vetor diretor ~v = (1, 1, 0) está contida nesse plano. (15) Decomponha ~u = (1, 2, 4) como soma de um vetor paralelo à reta r : X = (1, 9, 18) + λ(2, 1, 0) com outro paralelo ao plano π : x = 1+ λ y = 1+µ z = λ− µ , λ, µ ∈ R. (16) Note que dois planos transversais têm como interseção uma reta. Assim sendo, dados π1 : 2x+y+z = 0 e π2 : x+ y− z+ 3 = 0, verifique que eles são transversais e encontre a reta r = π1 ∩ π2. (17) Pelo exerćıcio anterior uma reta pode ser dada como a interseção de dois planos. Sendo assim, calcule m em cada caso, usando a informação dada sobre as retas em cada letra: r : { x−my+ 1 = 0 y− z− 1 = 0 s : x = y m = z t : { x+ y− z = 0 y+ z+ 1 = 0 (a) r e s são paralelas. (b) r e t são concorrentes. (c) r e s são reversas. Resolução de 17 (b): Queremos m tal que r∩ t tenha um único ponto, ou seja, que o sistema formado pelas equações de r e t tenha uma única solução. x−my+ 1 = 0 y− z− 1 = 0⇔ y− z = 1 x+ y− z = 0⇔ y− z = −x y+ z+ 1− 0 Página 8 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Da 2a e 3a linhas, temos: { y− z = 1 y− z = −x ⇒ x = −1 Da 2a e 4a linhas, temos:{ y− z = 1 y+ z = −1 ⇒ 2y = 0⇒ y = 0 e, portanto, z = −1 Por fim, substituindo os valores encontrados na 1a linha temos (−1) −m(0) + 1 = 0, ou seja, 0m = 0 e a igualdade é satisfeita para qualquer valor de m ∈ R. Desta forma, conclúımos que as retas r e t são concorrentes no ponto P (−1, 0,−1) para qualquer valor de m ∈ R. (18) Determinar o ponto de interseção das seguintes retas: r : { 3x+ y+ 6z+ 13 = 0 9x+ 3y+ 5z = 0 e s : { x = 1 4x+ y− z− 9 = 0 (19) Mostre que as retas r e s determinam um plano π e obtenha uma equação geral de π. (a) r : x− 1 = y = 2z e s : x− 1 = y = z. (b) r : x−12 = y−3 3 = z 4 e s : x 2 = y 3 = z−4 4 . Resolução de 19 (a): Temos as equações simétricas de r e s: r : x− 1 = y = 2z⇐⇒ x− 1 1 = y− 0 1 = z− 0 1 2 s : x− 1 = y = z⇐⇒ x− 1 1 = y− 0 1 = z− 0 1 que nos fornece: ~u = ( 1, 1, 12 ) como vetor diretor de r e A = (1, 0, 0) como um de seus pontos. ~v = (1, 1, 1) como vetor diretor da s e B = (1, 0, 0) como um de seus pontos. Notemos que o vetor ~u não é paralelo ao vetor ~v, o que significa que a reta r não é paralela à reta s. Além disso, notemos que A = B, ou seja, r e s são concorrentes e, portanto, determinam um plano π no espaço. Os vetores ~u e ~v podem ser tomados como vetores diretores de π e, portanto ~n = ~u × ~v pode ser tomado como um de seus vetores normais. Assim, ~n = ~u×~v = det ~i ~j ~k1 1 12 1 1 1 = (1 2 ,− 1 2 , 0 ) . Portanto, uma equação geral para o plano π pode ser tomada como 1 2 x− 1 2 y+ 0z+ d = 0. Para encontrar d precisamos de um ponto de π, por exemplo, A = (1, 0, 0) ∈ π: 1 2 (1) − 1 2 (0) + d = 0⇒ d = −1 2 . Por fim, π : 1 2 x− 1 2 y− 1 2 = 0⇐⇒ π : x− y− 1 = 0 . Página 9 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 (20) Encontre m ∈ R de modo que a reta r : x−1m = y 2 = z m seja transversal ao plano π : x+my+ z = 0. (21) Sejam r : X = (n, 2, 0) + λ(2,m,n) e π : nx − 3y + z = 1. Usando, em cada caso, a informação dada, obtenha condições sobre m e n para que: (a) r e π sejam paralelos, com r não contida em π; (b) r e π sejam transversais; (c) r esteja contida em π. Resolução de 21 (c): Consideremos: ~u = (2,m,n) um vetor diretor de r. A = (n, 2, 0) um ponto de r. ~n = (n,−3, 1) um vetor normal a π. Observemos que de r ⊂ π temos necessariamente que ~u · ~n = 0. Logo, (2,m,n) · (n,−3, 1) = 0, ou seja, 2n− 3m+ n = 0. Portanto, m = n. Também de r ⊂ π temos necessariamente que A ∈ π. Logo, n(n) − 3(2) + (0) = 1⇒ n2 = 7⇒ n = ±√7. Conclusão: m = n = ± √ 7. (22) Determine a equação do plano que contém a reta r : x−23 = y+3 2 = z e o ponto comum aos três planos: x+ y+ 2z+ 1 = 0 3x− y+ z− 1 = 0 x− 4y+ 2z+ 2 = 0 Resolução de 22: De acordo com o enunciado, os três planos fornecidos possuem um ponto P (x0, y0, z0) em comum. Suas coordenadas devem satisfazer as três equações simultaneamente, ou seja, x0 + y0 + 2z0 + 1 = 0 3x0 − y0 + z0 − 1 = 0 x0 − 4y0 + 2z0 + 2 = 0 ≡ x0 + y0 + 2z0 + 1 = 0 −4y0 − 5z0 − 4 = 0 −5y0 + 1 = 0 ⇒ y0 = 1 5 , z0 = − 24 25 e x0 = 18 25 . Logo, P ( 18 25 , 1 5 ,− 24 25 ) . Notemos que P 6∈ r pois suas coordenadas não satisfazem a equação de r. Tomemos A = (2,−3, 0) ∈ r e ~v = (3, 2, 1) vetor diretor de r. O plano π procurado possui vetores diretores ~u = −→ AP = P −A = ( − 3225 , 16 5 ,− 24 25 ) e ~v, conforme representação geométrica abaixo. v u n u v= x Ar P p Uma equação vetorial para o plano π pode ser escrita como π : (x, y, z) = (2,−3, 0) + λ (−4, 10,−3) + µ(3, 2, 1), com λ, µ ∈ R. (na equação acima trocamos ~u por 258 ~u, pois 25 8 ~u é paralelo a ~u e pode ser, também, tomado como um dos vetores diretores de π) Se quisermos a equação geral de π podemos considerar o vetor normal ~n = ~u×~v: ~n = ~u×~v ≡ det ~i ~j ~k− 3225 165 − 2425 3 2 1 ≡ 8 25 det ~i ~j ~k−4 10 −3 3 2 1 = 8 25 (16,−5,−38) Assim, podemos considerar 258 ~n = (16,−5,−38) no lugar de ~n para escrever a equação geral do plano π (pois 258 ~n é paralelo a ~n), ou seja, π : 16x− 5y− 38z+ d = 0. Página 10 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Para encontrar d basta substituir as coordenadas de A na equação acima: 16(2) − 5(−3) − 38(0) + d = 0⇒ d = −47. Logo, a equação geral do plano π pode ser escrita como π : 16x− 5y− 38z− 47 = 0. (23) Do ponto P(5, 4,−7) é traçada uma perpendicular ao plano π. Se o pé desta perpendicular é o ponto Q(2, 2,−1), encontre a equação cartesiana de π. (24) Determine a equação geral do plano mediador do segmento AB, onde A(4, 3,−2) e B(1, 9, 2). (25) Estude a posição relativa dos planos π1 : 2x+y+3z+1 = 0 e π2 : X = (1, 1, 1)+λ(1, 1, 0)+µ(2,−1,m), λ, µ ∈ R, de acordo com os valores posśıveis de m. (26) Determine o plano que passa pelo ponto A(4, 1,−1) e é perpendicular aos planos 2x + y − 3z = 0 e x+ y− 2z− 3 = 0. (27) Determine o ângulo entre a reta e o plano em cada caso: (a) r : x = 0 y = λ z = λ , λ ∈ R, e π : z = 0 (b) r : x = y = z e π : z = 0 Resolução de 27 (b): Dados o plano π : z = 0 (eq. geral) e a reta r : x = y = z (eq. simétricas), um vetor normal ao plano é ~n = (0, 0, 1) e um vetor diretor de r é ~v = (1, 1, 1). Da teoria, vimos que a equação que fornece a medida θ do ângulo entre r e π é dada por sen (θ) = |~v · ~n| ||~v|| . ||~n|| . Lembremos que o ângulo entre uma reta e um plano nunca pode ser obtuso. Assim, sen (θ) = 1√ 3 √ 1 ⇒ sen (θ) = √3 3 ⇒ θ = arcsen(√3 3 ) . (28) Determine o ângulo entre os planos π1 e π2: (a) π1 : 2x− y+ 3z+ 3 = 0 e π2 : X = (0, 1, 2) + λ(3, 1, 2) + µ(1, 0,−1), λ, µ ∈ R. (b) π1 : x+ y+ 1 = 0 e π2 : X = (−1, 0, 0) + λ(1,−1, 0) + µ(−3, 0, 0), λ, µ ∈ R. Resolução de 28 (b): Temos π1 : x + y + 1 = 0 e π2 : X = (−1, 0, 0) + λ(1,−1, 0) + µ(−3, 0, 0), com λ, µ ∈ R, sendo (1,−1, 0) e (−3, 0, 0) vetores diretores de π2. Sabemos que a medida θ do ângulo entre estes dois planos é dado por cos (θ) = | ~n1·~n2| ||~n1||·||~n2|| , em que ~n1 = (1, 1, 0) e ~n2 = (1,−1, 0) × (−3, 0, 0) são vetores normais a π1 e π2, respectivamente. Calculando ~n2 temos ~n2 = det ~i ~j ~k1 1 0 −3 0 0 = (0, 0, 3). Substituindo na fórmula: cos (θ) = |~n1 · ~n2| ||~n1|| · ||~n2|| = |(1, 1, 0) · (0, 0, 3)| √ 12 + 12 √ 32 = 0 3 √ 2 = 0. Página 11 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Logo, θ = arccos (0) = π2 é a medida do ângulo entre os planos, ou seja, eles são ortogonais. (29) Considere a pirâmide ABCDE cuja base ABCD é um quadrado de lado 12 m e cada aresta lateral mede 12 m. Suponha que o centro do quadrado ABCD seja a origem O(0, 0, 0) do sistema de coordenadas e que o ponto A esteja sobre o eixo x positivo. A B CD E 12 m 12 m 12 m O (a) Determine as coordenadas dos pontos A, B, C, D e E. (b) Determine as equações dos planos que contêm cada uma das faces laterais da pirâmide. (c) Calcule o volume da pirâmide. (30) Dados os pontos A(2, 0, 0), B(0, 2, 0), C(0, 0, 1) e D(3, 2, 4), seja π1 o plano que contém o triângulo ABC. Determine o ponto P do plano π1 tal que ∣∣∣−→PD∣∣∣ é a altura do tetraedro ABCD, em relação à base ABC. (31) Determinar a equação do planoque passa pelo ponto M(1, 2,−3) e que é paralelo às seguintes retas: r : x− 1 2 = y+ 1 −3 = z− 7 3 e s : x+ 5 3 = y− 2 −2 = z+ 3 −1 Resolução de 31: As equações das retas r e s estão na forma simétrica. Logo, ~v1 = (2,−3, 3) e ~v2 = (3,−2,−1) são vetores diretores de r e s, respectivamente. Seja N = (x, y, z) um ponto qualquer do plano π procurado. Como M ∈ π, o vetor −−→ MN é paralelo ao plano π, sendo −−→ MN = N−M = (x− 1, y− 2, z+ 3). Como o plano π deverá ser paralelo aos vetores ~v1 e ~v2, chegamos à conclusão de que ~v1, ~v2 e −−→ MN devem ser vetores coplanares. Logo, o produto misto entre esses vetores deve ser nulo, ou seja, −−→ MN ·~v1 ×~v2 = 0⇒ det x− 1 y− 2 z+ 32 −3 3 3 −2 −1 = 9x+ 11y+ 5z− 16 = 0. Portanto, o plano π que estamos procurando terá equação geral 9x+ 11y+ 5z− 16 = 0. DISTÂNCIAS (1) Determinar, no eixo das ordenadas, um ponto equidistante de A(1, 1, 4) e B(−6, 6, 4). (2) (a) Seja P = (a, b). Determine o lugar geométrico dos pontos do plano que distam r de P. (b) Seja P = (a, b, c). Determine o lugar geométrico dos pontos do espaço que distam r do ponto P. (3) Sejam o ponto P(1, 2, 3) e a reta r : x = 1− 2t y = 2t z = 2− t . (a) Calcule a distância de P à reta r. Página 12 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 (b) Determine a distância de P a cada um dos eixos coordenados. Resolução de 3 (a): Dados o ponto P(1, 2, 3) e a reta r : x = 1− 2t y = 2t z = 2− t , para calcular d (P, r) por meio da fórmula d (P, r) = ∣∣∣∣∣∣−→AP ×−→v ∣∣∣∣∣∣ ||~v|| sendo A ∈ r um ponto qualquer e ~v um vetor diretor de r. Tomemos, por exemplo, A = (1, 0, 2). Logo, −→ AP = P −A = (1, 2, 3) − (1, 0, 2) = (0, 2, 1). Um vetor diretor de r pode ser ~v = (−2, 2,−1). Calculemos −→ AP ×~v: −→ AP ×~v = det ~i ~j ~k−2 2 −1 0 2 1 = (2+ 2)~i+ 2~j− 4~k = (4, 2,−4). Assim, d (P, r) = ∣∣∣∣∣∣−→AP ×−→v ∣∣∣∣∣∣ ||~v|| = √ 16+ 4+ 16√ 4+ 4+ 1 = √ 36√ 9 = 6 3 = 2. Resolução de 3 (b) A distância de um ponto P a uma reta r é dada por d(P, r) = ∣∣∣∣∣∣−→AP × ~u∣∣∣∣∣∣ ||~u|| , sendo A ∈ r e ~u vetor diretor de r. Dado P = (1, 2, 3), devemos calcular a distância de P aos eixos Ox, Oy e Oz, com vetores diretores ~i = (1, 0, 0), ~j = (0, 1, 0) e ~k = (0, 0, 1), respectivamente. Observemos que ∣∣∣∣∣∣~i∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣~j∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣~k∣∣∣∣∣∣ = 1. Então: (i) d(P,Ox) = ∣∣∣∣∣∣−→AP ×~i∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣~i∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣−→AP ×~i∣∣∣∣∣∣, fazendo A = (1, 0, 0) ∈ Ox, temos que −→AP = P −A = (0, 2, 3). −→ AP ×~i = det ~i ~j ~k0 2 3 1 0 0 = (0, 3,−2). Logo, d(P,Ox) = √ 32 + (−2)2 = √ 13. (ii) d(P,Oy) = ∣∣∣∣∣∣−→AP ×~j∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣~j∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣−→AP ×~j∣∣∣∣∣∣, fazendo A = (0, 2, 0), temos que −→AP = P −A = (1, 0, 3). −→ AP ×~j = det ~i ~j ~k1 0 3 0 1 0 = (−3, 0, 1). Logo, d (P,Oy) = √ (−3)2 + 12 = √ 10. (iii) d(P,Oz) = ∣∣∣∣∣∣−→AP × ~k∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣~k∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣−→AP × ~k∣∣∣∣∣∣, fazendo A = (0, 0, 3), temos que −→AP = P −A = (1, 2, 0). Página 13 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 −→ AP × ~k = det ~i ~j ~k1 2 0 0 0 1 = (2,−1, 0). Logo, d (P,Oz) = √ 22 + (−1)2 = √ 5. (4) Considere a reta r : { x = 1 z = −1 e o ponto A = (1, 2, 3). (a) Existem pontos da reta r que distam 4 unidades do ponto A? Se sim, quais? (b) Existem pontos da reta r que distam 3 unidades do ponto A? Se sim, quais? (c) Existem pontos da reta r que distam 5 unidades do ponto A? Se sim, quais? (5) Determinar a distância do ponto P(2,−1, 2) aos planos π1 : 2x− 2y− z+ 3 = 0 e π2 : x+ y+ z = 0. (6) Dado o tetraedro de vértices A(1, 2, 1), B(2,−1, 1), C(0,−1,−1) e D(3, 1, 0), calcular a medida da altura baixada do vértice D ao plano de face ABC. (7) Calcular a distância entre as retas r e s nos seguintes casos: (a) r : { x = 0 y = z e s : { y = 3 z = 2x (b) r : x = 1− t y = 2+ 3t z = −t e s : Eixo Ox (c) r : x = y = z− 2 e s : { y = x+ 1 z = x− 3 Resolução de 7 (a): Dados r : { x = 0 y = z e s : { y = 3 z = 2x , para calcular a distância entre r e s precisamos de um ponto e um vetor diretor de cada reta. Observemos que A = (0, 0, 0), B = (0, 1, 1) ∈ r e, portanto, ~u = −→ AB = (0, 1, 1) é vetor diretor de r. Analogamente, C = (0, 3, 0), D = (1, 3, 2) ∈ s e, portanto, ~v = −→ CD = (1, 0, 2) é vetor diretor de s. Tomemos o vetor −→ AC = (0, 3, 0) e lembremos, da teoria, que d (r, s) = ∣∣∣−→AC · ~u×~v∣∣∣ ||~u×~v|| . Assim, ~u×~v = det ~i ~j ~k0 1 1 1 0 2 = 2~i+~j− ~k = (2, 1,−1). e −→ AC · ~u×~v = det 0 3 00 1 1 1 0 2 = 3. Portanto, d (r, s) = |3|√ 22 + 12 + (−1)2 = 3√ 6 = √ 6 2 . (8) Escrever as equações dos planos paralelos ao plano π : 3x − 2y − 6z − 5 = 0 que distam 5 unidades da origem. Página 14 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Resolução de 8: Temos o plano π : 3x − 2y − 6z − 5 = 0 com vetor normal ~n = (3,−2,−6). Planos σ paralelos a π são normais a ~n. Portanto, possuem equações gerais da forma σ : 3x − 2y − 6z + d = 0. Busquemos d tais que d (O,σ) = 5, sendo O = (0, 0, 0). Como d (O,σ) = |3(0)−2(0)−6(0)+d|√ 32+(−2)2+(−6)2 temos a equação |3 (0) − 2 (0) − 6 (0) + d|√ 32 + (−2)2 + (−6)2 = 5⇒ |d| 7 = 5⇒ d = ±35. Portanto, há duas soluções: σ1 : 3x− 2y− 6z+ 35 = 0 ou σ2 : 3x− 2y− 6z− 35 = 0. (9) Calcular a distância entre os planos paralelos π1 : x− 2z+ 1 = 0 e π2 : 3x− 6z− 8 = 0. (10) Determinar a distância da reta r ao plano π : x+ y− 12 = 0, onde r : x = 3 y = 4 z = t . (11) Calcule a distância do ponto C(2, 1, 2) à reta determinada pelos pontos A(1, 0, 1) e B(0, 1, 1). (12) Obter a projeção ortogonal de P sobre a reta r e o simétrico de P em relação à reta r, se P(2,−1, 3) e r tem equações paramétricas x = 3t, y = 5t− 7 e z = 0. Calcule a distância de P a r. (13) Determine o ponto do segmento AB que está mais próximo de P e o que está mais afastado de P, sendo P = (1, 0, 4), A = (1, 2, 1) e B = (4, 5, 0). Sugestão: Para isto, comece encontrando a interseção da reta r que contém AB, com a perpendicular a r passando por P. Resolução de 13: Dados P(1, 0, 4), A(1, 2, 1), B(4, 5, 0), vamos encontrar a reta r que passa por A e por B: O vetor −→ AB = (3, 3,−1) é um vetor diretor de r e x = 1+ 3t y = 2+ 3t z = 1− t , com t ∈ R, equações paramétricas de r. Observemos que, sendo X = A + t −→ AB a equação vetorial da reta r, os pontos de r que estão no segmento AB correspondem aos valores de t entre 0 e 1 (o ponto A corresponde a t = 0 e o ponto B corresponde a t = 1). Consideremos o ponto Q = (1+ 3t0, 2+ 3t0, 1− t0) ∈ r tal que −→ PQ seja ortogonal a −→ AB. Assim, d (P, r) = d (P,Q) e o ponto Q é o ponto da reta r mais próximo de P. Será que Q está no segmento AB? Vejamos: nas condições acima, −→ PQ · −→ AB = 0, ou seja, (1+ 3t0, 2+ 3t0, 1− t0) · (3, 3,−1) = 0⇒ 3+ 9t0 + 6+ 9t0 − 1+ t0 = 0⇒ 8+ 19t0 = 0⇒ t0 = − 8 19 . Sendo t0 = − 8 19 valor fora do intervalo [0, 1], temos Q ∈ r fora do segmento AB. r Q P B A Desta forma, os extremos A e B do segmento AB são os pontos procurados: d (P,A) = √ (1− 1)2 + (0− 2)2 + (4− 1)2 = √ 4+ 9 = √ 13 d (P, B) = √ (4− 1)2 + (5− 0)2 + (0− 4)2 = √ 9+ 25+ 16 = √ 50 Página 15 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 (14) Mostre que as retas r : { x+ 2y+ 3z− 6 = 0 y− 2z+ 1 = 0 e s : x = 7t y = −2t− 1 z = −t+ 5 são paralelas e calcule a distância entre elas. Dica: Construa a perpendicular comum a r e s. (15) Determine a equação do plano que contém A(1, 0,−1) e a reta intersecção dos planos α : x+ y− z = 0 e β : 2x− y+ 3z+ 1 = 0, por dois processos distintos. Qual a distância do ponto A ao plano em questão? (16) Obtenha o lugar geométrico dos pontos equidistantes de A(2, 1, 0) e B(10, 7, 2). (17) Obtenha a equação do plano perpendicular a α : 3x− y+ z = 0 e β : x+ 5y+ 3z = 0 que dista √ 6 da origem. (18) Determine o ponto do eixo Oz que é equidistante do pontoM(1,−2, 0) e do plano π : 3x−2y+6z−9 = 0. Resolução de 18: Dados M(1,−2, 0) e π : 3x − 2y + 6z − 9 = 0, consideremos um ponto P = (0, 0, z0) do eixo Oz tal que d (P,M) = d(P, π). Da teoria, a distância entre os pontos A (x1, y1, z1) e B = (x2, y2, z2) é dada por d (A,B) = √ (x1 − x2)2 + (y1 − y2)2 + (z1 − z2)2, enquanto que a distância entre um ponto A = (x1, y1, z1) e um plano π : ax+ by+ cz+ d = 0 é dada por d (A,π) = |ax1 + by1 + cz1 + d|√ a2 + b2 + c2 . Desta forma, d (P,M) = d (P, π)⇒√ (0− 1)2 + (0+ 2)2 + (z0 − 0)2 = |3 (0) − 2 (0) + 6 (z0) − 9|√ 32 + (−2)2 + 62 ⇒ √ 5+ z20 = |6z0 − 9| 7 ⇒ 5+ z20 = 36z20 − 108z0 + 81 49 ⇒ 245+ 49z20 = 36z 2 0 − 108z0 + 81⇒ 13z20 + 108z0 + 164 = 0⇒ z0 = −2 ou z0 = − 82 13 . Portanto, há duas soluções: os pontos P1(0, 0,−2) e P2 ( 0, 0,− 82 13 ) , que são equidistantes de M(1,−2, 0) e π : 3x− 2y+ 6z− 9 = 0 e pertencem ao eixo Oz. (19) Encontre a equação do lugar geométrico dos pontos cujas distâncias a α : 3x− 2y− 6z = 12 e β : 3x− 2y− 6z = −2 Página 16 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 estão, nesta ordem, em uma razão 2. (20) Determine a distância do ponto P = (9, 1, 0) ao plano π : x− 2y+ z− 3 = 0 das seguintes maneiras: (a) calculando o pé da perpendicular; (b) pela fórmula da distância de ponto a plano; (c) por projeção de um vetor (qual?) na direção normal do plano (qual?). Resolução de 20 (a): Temos P(9, 1, 0) e π : x − 2y + z − 3 = 0, sendo ~n = (1,−2, 1) um de seus vetores normais. O vetor ~n pode ser vetor diretor da reta r que contem P e é ortogonal ao plano π. Assim. r : (x, y, z) = (9, 1, 0) + t(1,−2, 1), com t ∈ R. Sendo {Q} = r ∩ π, temos d (P, π) = d (P,Q). Assim, precisamos calcular Q (x0, y0, z0), cujas coordenadas satisfazem as equações de r e π simultanea- mente, ou seja: (9+ t0) − 2(1− 2t0) + t0 − 3 = 0⇒ 4+ 6t0 = 0⇒ t0 = −2 3 . Substituindo t0 na equação vetorial de r temos Q ( 25 3 , 7 3 ,− 2 3 ) . Assim, d (P, π) = d (P,Q) = √( 9− 25 3 )2 + ( 1− 7 3 )2 + ( 0+ 2 3 )2 = √( 2 3 )2 + ( − 4 3 )2 + ( 2 3 )2 = √ 4+ 16+ 4 3 = 2 √ 6 3 Resolução de 20 (b): Temos P(9, 1, 0) e π : x − 2y + z − 3 = 0. Pela fórmula da distância entre ponto e plano, fazemos: d(P, π) = |(9) − 2 (1) + (0) − 3|√ 12 + (−2)2 + 12 = |4|√ 6 = 4 √ 6 6 = 2 √ 6 3 . Resolução de 20 (c): Dados P = (9, 1, 0) e π : x − 2y + z − 3 = 0 devemos calcular d(P, π) por meio de projeção. Tomemos um ponto A ∈ π qualquer e consideremos o vetor −→ PA. Observemos que a distância de P a π coincide com o comprimento do vetor −→ PQ = proj~n −→ PA, sendo ~n um vetor normal qualquer ao plano π. n A P Q p Página 17 Geometria Anaĺıtica - 2016/2 Quanto ao ponto A tomemos, por exemplo, A = (0, 0, 3) (verifique que A ∈ π). Assim, −→ PA = A − P = (−9,−1, 3). Quanto ao vetor ~n, da equação geral de π podemos tomar ~n = (1,−2, 1). Assim, −→ PQ = proj~n −→ PA = −→ PA · ~n ||~n||2 ~n = −9+ 2+ 3 1+ 4+ 1 (1,−2, 1) = − 2 3 (1,−2, 1)⇒ d (P, π) = ∣∣∣∣∣∣−→PQ∣∣∣∣∣∣ = 2√1+ 4+ 1 3 = 2 √ 6 3 . (21) Obtenha uma equação vetorial da reta r contida no plano π : y = z, sabendo que a medida angular entre r e s : X = (1, 1, 2) + t(1,−1, 0) é 60o e que r dista 1 do ponto P = (1, 0, 0). Página 18
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