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Petição Inicial regras

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - II
PETIÇÃO INICIAL
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PETIÇÃO INICIAL
É a peça por meio da qual se faz a propositura da ação.
É nela que se o autor fixa os contornos da demanda.
Em regra deve ser apresentada de forma escrita, em vernáculo (nos Juizados Especiais, pode ser apresentada pela parte oralmente e tomada a termo pelo servidor).
Deve ser assinada pelo advogado ou pelo próprio autor, se estiver advogando em causa própria. 
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REQUISITOS
INTRÍNSECOS – devem ser observados na própria peça (art. 282 e 39,I do CPC).
EXTRÍNSECOS – relacionados a documentos que devem, necessariamente, vir acompanhando a peça (art. 283, CPC)
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REQUISITOS INTRÍNSECOS - I
I - o “juízo” ou tribunal, a que é dirigida – é o cabeçalho – para quem se dirige a petição. Indica-se o órgão judiciário e não o nome da pessoa física do juiz;
II- os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu – ou seja, os dados relativos à qualificação das partes.
	
 * Admite-se a indicação de réus desconhecidos ou incertos (art. 231, I).
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REQUISITOS INTRÍNSECOS - II
III- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido – o autor tem de indicar o direito subjetivo que pretende exercitar contra o réu, e apontar o fato de onde ele provém (princípio da substanciação).
IV- o pedido, com suas especificações – é a revelação do objeto da ação e do processo. 
	
	O pedido é o núcleo da petição inicial, pois exprime aquilo que o autor pretende do Estado em face do réu. 
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DESDOBRAMENTO DO PEDIDO
PEDIDO IMEDIATO – o provimento jurisdicional postulado (sentença condenatória, constitutiva);
PEDIDO MEDIATO – o bem da vida que se quer obter.
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REQUISITOS DO PEDIDO – ART. 286
CERTO - o pedido deve ser expresso, pois não se admite que possa o pedido do autor ficar apenas implícito. 
DETERMINADO - se refere aos limites da pretensão. 
O autor deve ser claro, preciso, naquilo que espera obter da pretensão jurisdicional. 
Além de certo e determinado, o pedido deve estar de acordo com o fato e o direito exposto pelo autor, que são a causa de pedir. 
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CONSEQUÊNCIAS LEGAIS
Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida (CPC, art. 459, Parágrafo Único).
Nos processos sob o procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II, alíneas “d” e “e” é defesa sentença ilíquida. Podendo o juiz fixar o valor devido ao seu prudente critério (CPC, art. 475-A, § 3º).
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PEDIDO GENÉRICO – ART. 286
 * O pedido mediato (a utilidade prática visada pelo pode ser genérico nos seguintes casos): 
1° - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição inicial os bens demandados; 
2° - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito; 
3° - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (CPC, art. 286). 
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PEDIDO COMINATÓRIO
Quando se tratar de obrigações de fazer e não fazer, bem como nas obrigações de dar (entrega de coisa).
Consiste o pedido no requerimento ao magistrado para que, caso o devedor não cumpra sua obrigação, aplique pena pecuniária (astreinte) pelo descumprimento. 
Atualmente, mesmo que a parte não requeira, está o juiz autorizado a incluir a multa como meio de coerção nas decisões definitivas, bem como nas que concedem a antecipações de tutela (arts. 461 e 461-a do CPC). 
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PEDIDO ALTERNATIVO – ART. 288
Será lícito quando pela natureza da obrigação puder o devedor cumprir a obrigação por mais de um modo. Ou seja, o autor estará satisfeito com a prestação de qualquer um dos pedidos.
P. ex.: o autor requer ao juiz que condene o réu na entrega de um bem ou seu equivalente em dinheiro.
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PEDIDOS SUCESSIVOS – ART. 289
pedidos sucessivos – é lícito ao autor formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior. Não se trata de simples cumulação de pedidos, mas há um pedido principal e um ou vários subsidiários, que só serão examinados na eventualidade de rejeição do primeiro.
P. ex.: é lícito ao autor pedir a rescisão do contrato, ou se não configurada razão para tanto, a condenação do réu para pagar prestação vencida.
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PEDIDOS IMPLÍCITOS - I
Pelo Art. 293 os pedidos devem ser interpretados restritivamente. 
Com exceção dos pedidos implícitos - mesmo sem menção expressa do autor na petição inicial considera-se incluídas no pedido (p. ex.: alugueis, juros, etc.). 
Outrossim, também pode o magistrado condenar o réu no pagamento das prestações vincendas, ou seja, nas prestações que só vencerão após a sentença, respeitado o art. 572 do CPC. 
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EXEMPLOS DE PEDIDOS IMPLÍCITOS
Os juros legais (art. 293) – os juros de mora são incluídos na liquidação mesmo que não requeridos pelo autor (Súmula 254 do STF). 
Correção monetária (mera atualização do valor nominal da moeda);
Pagamento de custas e despesas do processo
Honorários advocatícios (Súmula 256 do STF).
Prestações periódicas vencidas no curso do processo enquanto durar a obrigação - mesmo posterior à sentença – (Art. 290, CPC).
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SUMULAS DO STF
Súmula 254 – Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação. 
Súmula 256 – É dispensável pedido expresso para condenação do réu em honorários, com fundamento nos arts. 63 ou 64 do CPC. (art. 20 do atual CPC).
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PEDIDO DE PRESTAÇÃO INDIVISÍVEL
quando vários credores são titulares, em conjunto, de uma relação jurídica que representa obrigação indivisível, qualquer um dos credores é parte legítima para pedir a prestação por inteiro. 
Não obstante, aquele credor que não tiver movido a ação também receberá sua parte, devendo, porém, reembolsar ao autor as despesas feitas no processo, na proporção de sua parcela do crédito (CPC, art. 291). 
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CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Os pedidos podem ser cumulados, desde que respeitado os seguintes parâmetros traçados no art. 292 do CPC: 
1° os pedidos devem ser compatíveis entre si; 
2° o juiz deve ser competente para todos eles; 
3° o tipo de procedimento deve ser adequado para todos os pedidos. 
Pode, excepcionalmente, ocorrer cumulação de pedidos com ritos diferentes (rito ordinário + rito especial), caso em que o rito ordinário, por ser mais amplo e completo será o adotado. 
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A CUMULAÇÃO PODE SER:
simples – pedidos interdependentes e o resultado de um não dependa do outro (art.192);
sucessiva- o resultado de uma pretensão repercute no da outra;
alternativa dois ou mais pedidos postulando o acolhimento de apenas um deles sem estabelecer ordem de preferência (art. 288);
- eventual ou subsidiária o autor formula dois ou mais pedidos esperando o acolhimento de apenas um estabelecendo uma ordem de preferência.
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INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO
Artigo 293 do CPC - os pedidos são interpretados restritivamente. Isto que dizer que o critério interpretativo não pode ser o ampliativo ou extensivo. Integra o pedido tão-somente o que nele expressamente estiver contido, com as ressalvas do artigo 290 do CPC, sob pena do juiz julgar ultra ou extra petita.
 Existem ressalvas a essa nulidade como, por exemplo, a correção monetária que deve ser aplicada automaticamente às decisões judiciais, bem como o ressarcimento das custas e honorários advocatícios, em virtude da sucumbência, independentemente de pedido expresso.
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ADITAMENTO DO PEDIDO
antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa (CPC, art. 294). 
Após a citação, o autor poderá modificar o pedido, desde que haja consentimento do réu. 
Após o saneamento, nem mesmo com o assentimento
do réu é admissível a modificação da lide.
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MODIFICAÇÃO DO PEDIDO 
Antes da citação o autor poderá modificar o pedido ou a causa de pedir (art. 264).
Após a citação não poderá o autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu (art. 264).
Após o saneamento do processo é vedada quaisquer modificações art. 264, Parágrafo Único).
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REQUISITOS INTRÍNSECOS - III
V - o valor da causa – o autor deve a toda causa atribuir um valor certo, mesmo que a matéria posta em discussão não possa ser economicamente mensurada (CPC, art. 258). 
	
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VALOR DA CAUSA – ART. 259, DO CC
I - na ação de cobrança de dívida, o valor da causa é a soma do principal, da pena e dos juros vencidos até aa propositura da ação;
II -	se houver cumulação de pedidos, o valor da causa será a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;			
III - sendo alternativos os pedidos, será o do de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor da causa será do pedido principal; 
V -	quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação ou rescisão do negócio jurídico, o valor da causa será o do contrato; 
VI - na ação de alimentos, será o valor de 12 prestações mensais, pedidas pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para lançamento do imposto 
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VALOR DA CAUSA - II
Nas ações de despejo, consignação de alugueis, revisional de aluguel e renovatória de locação o valor será equivalente a 12 aluguéis (Lei n° 8.245/91).
 Nos casos de retomada de imóvel ocupado pelo locatário em razão de contrato de trabalho, o valor será equivalente a três salários mínimos vigentes por ocasião do ajuizamento da causa (Lei n° 8.245/01, art. 58, III).
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CONTROLE JUDICIAL DO VALOR DA CAUSA
IMPUGNAÇÃO: Art. 261, do CPC – Iniciativa do réu, no prazo da defesa. Autuada em apenso, e ouvido o réu em 5 dias, o juiz, sem suspender o processo determinará o valor da causa em 10 dias.
DE OFÍCO: (Jurisprudência do STJ)
	1) Quando o critério de sua fixação estiver fixado na lei;
	2) Na falta de previsão legal, foi fixado de forma não razoável, com repercussão sobre a competência ou sobre o procedimento. 
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JURISPRUDÊNCIA DO STJ
“A modificação do valor da causa, por iniciativa do magistrado, à falta de impugnação da parte, somente se justifica quando o critério estiver fixado na lei ou quando a atribuição constante na inicial constituir expediente do autor para desviar a competência, o rito procedimental adequado ou alterar a regra recursal” (STJ, 4ª Turma, REsp 120.363-GO, rel. Min. Ruy Rosado).
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REQUISITOS INTRÍNSECOS - IV
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados – incumbe ao autor indicar na petição inicial as espécies de provas que pretende produzir (perícia, depoimento pessoas, ouvida de testemunhas, etc.). 
VII - o requerimento para a citação do réu – cabe ao autor, ao propor a ação perante o juiz, requerer a citação do demandado, pois este é o meio de forçar, juridicamente, seu ingresso no processo. 
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REQUISITOS INTRÍNSECOS - V
O endereço do Advogado do autor (CPC, art. 39, I).
Não informando o endereço, o juiz mandará que supra a omissão em 48 horas, sob pena de indeferimento da petição inicial.
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS - I
Deverão ser juntados à inicial:
I - os documentos indispensáveis a propositura da ação (CPC, art. 283); 
II - todas as provas documentais que o autor possua (CPC, art. 396); 
III - Procuração do advogado, se não estiver em causa própria (art. 36), salvo nos casos do art. 37, do CPC. 
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS - II
Quando o autor for pessoa jurídica de direito privado, deve apresentar cópias dos seus atos constitutivos, que permita verificar se a pessoa que outorgou a procuração tinha poderes para fazê-los.
Documentos novos (prova de fatos ocorridos depois dos articulados na inicial) ou para contrapô-los (quando juntados com a defesa ou pelo autor) – poderão ser juntados a qualquer tempo (art. 397), devendo a outra parte ser ouvida em 5 dias (art. 398).
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OUTROS PEDIDOS QUE PODERÃO VIR NA INICIAL
ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA – Art. 273 do CPC
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CONCEITO
Consiste na possibilidade de antecipação, total ou parcial, dos efeitos da própria pretensão a ser deduzida na sentença, se deferido o pedido. Se o pedido for condenatório, a concessão de tutela antecipada permitirá ao autor dar início à execução provisória. Se o pedido for declaratório ou constitutivo, ela permitirá ao autor beneficiar-se, desde logo, das conseqüências que da declaração, constituição ou desconstituição da relação jurídica resultariam.
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TUTELA ANTECIPADA X TUTELA CAUTELAR
- Tutela antecipada é diferente de Cautelar. A cautelar tem que vir imbuída na fumus boni iuris e no periculum in mora, devendo, na inicial, haver menção à ação principal, a não ser que, excepcionalmente, trata-se de medida satisfativa (ex. cautelar de exibição); e não pode haver antecipação da prestação jurisdicional pedida no processo principal. Na tutela antecipada, a tutela específica pode ser concedida exatamente como antecipação da prestação jurisdicional que só seria alcançada no final do processo, quando prolatada a sentença, se fosse favorável ao autor.
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TUTELA ANTECIPADA X JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE
- Não se confunde, ainda, a tutela com o julgamento antecipado da lide. A primeira tem natureza provisória, e é dada com base em cognição superficial, contentando-se o juiz com a mera verossimilhança da pretensão alegada. O julgamento antecipado é definitivo, e o juiz prolata uma sentença fundada em cognição exauriente. Na tutela antecipada o juiz profere um juízo de probabilidade, ao passo que, no julgamento antecipado, um juízo de certeza.
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PROCESSOS EM QUE CABE
A tutela antecipada é própria do processo de conhecimento, não sendo admitida no processo de execução e nem nas cautelares. Cabe, portanto, nos processos de procedimento comum ordinário ou sumário, quando nos de procedimento especial. 
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AÇÕES QUE COMPORTAM ANTECIPAÇÃO DA TUTELA ESPECÍFICA
Existem algumas ações que são dotadas de tutela antecipada específica, que depende do preenchimento de requisitos próprios. É o caso das ações possessórias de força nova e das ações de alimentos de procedimento especial. Em ambas, há a possibilidade de concessão de uma liminar, cuja natureza é de tutela antecipada.
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ESPÉCIES
GERAL – Art. 273, CPC.
TUTELA ESPECÍFICA DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU NÃO FAZER – Art. 461, § 3º, CPC.
TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA – (art. 461-A, § 3º)
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REQUISITOS – ART. 273
a) Requerimento da parte; 
b) Juízo de probabilidade resultante da conjugação de prova inequívoca e verossimilhança da alegação;
c) Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou abuso de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu ou, ainda, em caso de incontrovérsia parcial do pedido (§ 6º).
d) reversibilidade do provimento (§ 2º).
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 A DECISÃO
É uma decisão interlocutória e deverá ser motivada.
Na primeira instância pode ser concedida até na sentença.
Pode ser concedida em processo pendente de recurso no tribunal, pelo relator.
Poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada (Art. 273, § 4º, CPC).
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 FUNGIBILIDADE ENTRE A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E TUTELA CAUTELAR
Introduzido pela Lei 10.444/2002, o art. 273, § 7º, do CPC, estabelece que quando o autor requerer a título de antecipação de tutela, providência de natureza cautelar, pode o juiz, caso haja os pressupostas da cautelar, concedê-la, em caráter incidental.
Será concedida ex officio, incidentalmente, nos próprios autos
do processo cognitivo.
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TUTELA ESPECÍFICA – ART. 461, § 3º
Para a obrigação de fazer ou não fazer 
REQUISITOS: 
a) requerimento da parte;
b) relevância de fundamento;
c) receio de ineficácia do provimento final;
d) reversibilidade do provimento.
Poderá o juiz fazer justificação prévia.
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ASTREINTES
Para a tutela específica do art. 461, § 3º E ART. 461-A,§ 3º, poderá ser aplicada multa periódica para forçar o cumprimento da obrigação. (art. 461, § 4º).
Para a tutela comum do art. 273, também poderá ser aplicada a multa – Art. 273, § 3º.
Poderá ser determinada de ofício.
O juiz poderá modificar o valor da multa e sua periodicidade – art. 273, § 6º.
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OUTRAS MEDIDAS
Além da multa, pode o juiz determinar a busca e preensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, bem como requisição de força policial para qualquer uma dessas diligências (art. 461, § 5º). 
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EMENDA À PETIÇÃO INICIAL
Se o autor não cumprir os requisitos legais, o juiz determinará a emenda da petição inicial, no prazo de 10 dias, sob pena de seu indeferimento (art. 284).
O autor, também será intimado para emendar a inicial se o Advogado não fornecer o endereço de seu escritório para receber intimações. O prazo é de 48 horas, sob pena de indeferimento da petição inicial (art. 39, parágrafo único).
Há decisões do STJ admitindo a emenda à inicial após a contestação. 
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INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - I
Caso o juiz observe a existência vício insanável, ou o não cumprimento da diligência saneadora por parte do autor (CPC, art. 284, parágrafo único) - o juiz deverá a proferir sentença de extinção do feito. 
Em regra, tal sentença não julga o mérito, podendo o autor propor novamente a demanda, obviamente sanando os vícios que a extinguiram. Entretanto, poderá o juiz extinguir o feito julgando o mérito, caso verifique a decadência ou a prescrição do direito não patrimonial (CPC, art. 295, IV). 
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CAUSAS DE INDEFERIMENTO DA INICIAL 
Art. 295, do CPC:
Inépcia da inicial – é a incapacidade de produzir resultados, por ser inapta a ser processada. O art. 295 em seu Parágrafo Único enumera as hipóteses, todas relacionadas ao pedido ou à causa de pedir: 
I – não contiver pedido ou causa de pedir;
II – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
III – o pedido for juridicamente impossível e
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
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CAUSAS DE INDEFERIMENTO DA INICIAL
Ilegitimidade de parte – somente quando a prova da ilegitimidade é contundente.
Falta de interesse processual-
Verificada a decadência ou a prescrição – A decadência é matéria de ordem pública podendo ser apreciada de ofício pelo juiz (a sentença é de mérito). A prescrição é matéria. A lei n. 11.280/2006, deu nova redação ao parág. 5º do art. 219, podendo o juiz se pronunciar de ofício para declarar a prescrição. 
Procedimento escolhido, não corresponder à natureza da causa ou ao valor da ação (somente se não adaptar-se ao tipo de procedimento legal);
Quando o advogado não suprir em 48 horas a indicação do endereço para receber intimações (art. 39, Parágrafo Único);
Quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284 do CPC;
 
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INDEFERIMENTO TOTAL OU PARCIAL
Pode haver indeferimento total ou parcial da petição inicial. Será parcial quando, sendo vários os pedidos manifestados pelo autor, o despacho negativo relacionar-se apenas com um ou alguns deles, de modo a admitir o prosseguimento do processo com relação aos demais. Será total quando o indeferimento trancar o processo no nascedouro, impedindo a subsistência da relação processual. Assim, no primeiro caso se trata de decisão interlocutória, e no segundo, sentença terminativa.
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Retratação
Havendo o indeferimento liminar da petição inicial, e o autor interpondo apelação, poderá o juiz se retratar da decisão no prazo de 48 horas (art. 296 do CPC). 
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DESPACHO DE DEFERIMENTO DA CITAÇÃO
Se a petição estiver em termos, o juiz a despachará, ordenando a citação do réu para responder (CPC, art. 285); 
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JULGAMENTO ANTES DA CITAÇÃO
A Lei n. 11.277/2006, que acrescentou o artigo 285-A, estabeleceu nova possibilidade de julgamento da ação antes da citação do réu, configurando-se como uma nova espécie de indeferimento da petição inicial.
Assim, poderá o juiz, na hipótese de se tratar de matéria exclusivamente de direito e de já existir no juízo, julgamento de casos idênticos, no mesmo sentido, prolatar sentença de improcedência, reproduzindo-se o teor da anterior decisão, sem a citação do réu, que somente será citado na hipótese de retratação ou para manifestar-se no recurso de apelação interposto pelo autor. 
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RETRATAÇÃO
Caso o autor apela da sentença, pode o juiz retratar-se em 5 dias e, reformando a decisão, prosseguir com a ação mandando citar o réu.
Não havendo a reforma, os autos serão remetidos imediatamente ao tribunal sem a necessidade de intimação do réu, posto que a relação processual ainda não foi formada. 
Poderá o réu contra-razoar caso entenda necessário. 
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