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Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.com ) 1 Economia I, UFRPE - Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.com ) 9a. e 10a. Semana (28/04 a 08/05): Excedentes do consumidor, do produtor, medidas de bem-estar e de eficiência nos mercados (Capítulos 7, 8 e 9). I-Conceituação: ● Economia do Bem-Estar (Welfare Economics): Ramo da economia que estuda a eficiência dos mercados e os fatores que reduzem essa eficiência e afetam a alocação de ganhos (benefícios, satisfação ou lucro) entre consumidores e produtores/vendendores. ● O excedente do consumidor: medida do bem estar de um consumidor bem informado, os bens de que ele necessita são negociados num mercado onde as pessoas pagam um mesmo valor (de equilíbrio), geralmente inferior ao que estariam dispostas a pagar. Graficamente representado pelo triângulo retângulo superior ao preço de equilíbrio (Gráfico abaixo). ● O excedente do produtor: medida do bem estar de um produtor bem informado, os bens que ele produz e vende são negociados num mercado onde as pessoas pagam um mesmo valor (de equilíbrio), geralmente superior ao que ele estaria disposto a cobrar. Graficamente representado pelo triângulo retângulo inferior ao preço de equilíbrio (Gráfico abaixo). ● Eficiência: característica de uma determinada alocação de recursos em que se maximiza a satisfação conjunta dos diversos membros da sociedade. Os excedentes de consumidores e produtores: P Q O D P* Q* Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.com ) 2 Que fatores alteram essa distribuição de “ganhos” entre produtores e consumidores? (em sala de aula, discutimos graficamente cada possibilidade) → Deslocamentos “naturais” das curvas de demanda e oferta; → Mudanças nas suas inclinações relativas (elasticidades); → A tributação (caso que merece nossa maior atenção) Os excedentes de consumidores e produtores na presença da tributação: Note bem: (a) Assim como antes, a elasticidade (inclinação) relativa das curvas determinará quem perde mais bem-estar, os consumidores ou os produtores/vendendores. (b) O arrecadação tributária total será igual ao produto entre a nova quantidade de equilíbrio e o valor do imposto (diferença entre preços pagos pelo consumidor e pelo produtor). Graficamente, AT = b + c (c) O excedente do consumidor era a + b + e... mas passou a ser apenas a; (d) O excedente do produdor era c + d + f... mas passou a ser apenas d; (e) À perda social representada e + f dá-se o nome de PESO-MORTO, a medida da ineficiência provocada pela tributação. Consumidores e produtores são privados daqueles ganhos, mas ninguém os absorve. Em termos líquidos, a sociedade perde. P Q O D P* Q* 0 a b c d e f Q* 1 P p P c Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.com ) 3 Nos diagramas que seguem, aplicaremos os mesmos conceitos e análises a outros eventos capazes de alterar a distribuição de Bem-Estar na Economia: Caso1: Tributação e Curva de Lafer Inicialmente, na medida em que o tamanho do imposto cresce, a arrecadação total se amplia, embora também cresça o peso morto da ineficiência dos impostos! O fato é que, se os impostos já estiverem em níveis exagerados, reduzi-los pode até ampliar a arrecadação total... Mas onde será que tal situação ocorre, de fato... Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.com ) 4 Caso 2: Comércio Exterior e Incidência de Tarifa de Importação Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz_maia@yahoo.com ) 5 Se o comércio internacional traz ganhos líquidos INEQUÍVOCOS para as economias, que argumentos são levantados para se justificar barreiras ao livre comércio? (1) O argumento dos empregos: na medidas que os países passam a importar bens do exterior, alguns setores da economia são prejudicados, reduzem o nível da produção interna e empregam menos. Contra-argumento: os países não devem tentar ser “bons em tudo”. Ao focarem nas produções de que dispõem vantagens comparativas, todos saem ganhando. (2) O argumento da segurança nacional: indústrias ameaçadas pela concorrência internacional podem ser consideradas estratégicas para a autonomia do país. Contra-argumento: ao impedir o comércio internacional, estimulamos essas mesmas indústrias a não se modernizarem e a não buscarem maior eficiência e melhor atendimento ao público nacional. (3) O argumento da indústria nascente: proteção se justificaria temporariamente, apenas na fase inicial de industrialização do país. Contra-argumento: a fase inicial, na visão dos empresários protegidos, nunca acaba. Ainda hoje a indústria brasileira reclama proteção contra a concorrência internacional, argumentando que nossa carga tributária torna a “luta” injusta...
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