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Vitor Marinho da Costa 1 Vitor Marinho da Costa Quarta-feira 28/11/2018 1. INFECÇÃO AGUDA – SELEÇÃO DE ANTIBIÓTICOS – ALÉRGICOS A PENICILINA: • Macrolídeos: • Eritromicina – Uso restrito por conta da resistência bacteriana. • Claritromicina e azitromicina: • Maior espectro de ação. • Pacientes alérgicos a penicilinas. • Infecções em fase inicia. • Esses medicamentos são indicados para pacientes alérgicos a penicilina e que se encontrem em fase inicial. • Do grupo dos macrolídeos eu tenho três opções para escolha (eritromicina, clindamicina e azitromicina), no entando evitamos escolher a eritromicina devido ao seu intenso uso no passado e elevado índice de resistência atualmente. Vitor Marinho da Costa 2 Vitor Marinho da Costa • FDA: 5 dias de terapia com azitromicina pode causar arritmias cardíacas em pacientes portadores de determinados distúrbios cardiovasculares (Ex de doenças onde as arritmias aumentam com o uso de azitromicina: Prolongamento do intervalo QT, insuficiência cardíaca congestiva não compensada, bradiarritimias, dentre outras) – ENTRAR EM CONTADO COM OS CARDIOLOGISTAS. • Ao usarmos a azitromicina devemos ter cuidado pois ela é muito usada na área médica para combater infecções devido ao seu meio de admnistração (1 comprimido por dia durante 3 dias, diferente dos outros antibióticos que precisam ser usados por 7 dias). Dessa forma temos um alto risco de resistência a azitromicina). • Quais os problemas da azitromicina? 1) A grande difusão desse medicamento levou ao surgimento de bactérias resistentes e 2) Risco maior de Arritmias cardíacas fatais em pacientes com problemas cardiovasculares. • Clindamicina: • Infecções em fase mais avançadas. • Alérgicos a penicilinas. • Infecções graves ou profilaxia. • Utilizada de forma isolada, visto que seu espectro de ação é muito grande e não precisa ser associada com nenhum outro medicamento. • A clindamicina é usada em pacientes alérgicos em infecções agudas em fases mais avançadas ou para profilaxia antibiótica. • A clindamicina é uma espécie de “arma secreta’ e não deve ser usada como primeira escolha. • Tetraciclinas: • Grande número de espécies resistentes. • Doxiciclinas: • Tratamento de periodontites agressivas ou crônicas. • Alérgicos a penicilinas. • Efeitos adversos ao metronidazol. Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 3 Vitor Marinho da Costa • As tetraciclinas não são usadas para tratamento de infecções agudas na odontologia, devido ao seu grande uso no passado. Dessa forma a tetraciclina é utilizada para tratamento de INFECÇÕES CRÔNICAS como a periodontite, seja agressiva ou crônica. 2. DOSAGEM E INTERVALO ENTRE AS DOSES: • Dosagem ideal – Suficiente para combater os patógenos com efeitos adversos mínimos. • Infecções bucais: Início rápido. • Iniciar o tratamento com dose de ataque (geralmente dobro da dose de manutenção). • A dosagem ideal indicada para os tratamentos e é aquela que fica no meio do caminho entre os efeitos terapêuticos e o mínimo possível de efeitos adversos. • As infecções bucais evoluem muito rápido e por isso é necessário iniciar o tratamento com uma dose elevada na concentração plasmática e para isso fazermos uso da dose de ataque, normalmente uma hora antes de intervir (antes da realização do procedimento). Após a dose de ataque realizamos as doses de manutenção. • OBSERVAÇÃO: Concentração é o que existe na farmácia e DOSE é o que eu quero que o paciente tome. • A dose de manutenção tem que continuar por quanto tempo? • A terapia antibiótica foi decidida pela presença de sinais de disseminação (pedido de socorro do SI). A terapia irá continuar até que os sinais de disseminação desapareçam. • Duração do tratamento: • Duração ideal da terapia antibiótica deve ser a menor possível, desde que seja capaz de evitar reincidência clínica e microbiológica. • Quantos dias demoram para os sinais de disseminação de infecção desaparecerem? • A resposta é: Depende do paciente. Assim precisamos reavaliar o paciente dentro de X dias. Não se deve estabelecer um tempo padrão para todos os pacientes. Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 4 Vitor Marinho da Costa • Os erros da duração do tratamento estão baseados em: • Eliminação de microorganismos resistentes – “Se não tomar por 7 dias não elimina microorganismos resistentes”. • Infecção recorrentes – “Se não usar por 7 dias a infecção volta”. • Extrapolação de dosagem e terapias. • ATENÇÃO: A maioria dos erros comedidos na duração do tratamento com antibióticos são baseados na terapia indicada por 7 dias da medicina. Na odontologia não funciona assim! Preste atenção para não errar. • Atenção ao exemplo: A febre parou, mas ainda tem edema, limitação da abertura de boca obteve melhora, porém persiste. Nesses casos prescrevemos por mais dois dias e marcamos uma reavaliação. • Quando trocar um antibiótico? • Quando nenhum dos sintomas obteve melhora. Se o paciente obteve melhora, mas ainda não melhorou eu estendo a terapia por mais dois dias. • ATENÇÃO: Alguns pacientes falam que o antibiótico deve ser tomado por 7 dias pois se não – Não elimina os microorganismos, se não a infecção volta. 3. PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE ABCESSOS APICAIS AGUDOS: • Dentre as infecções agudas, o nosso principal foco de tratamento são os abcessos apicais agudos. • Devemos ter um tempo mínimo de prescrição da terapia antibiótica, assim temos: • Prescrição inicial de 3 dias (72 horas) – Antes dessas 72 horas se completarem é necessário rever o paciente, só podendo ser decidida pela manutenção da dose ou pela exclusão do antibiótico se baseando na remissão dos sintomas. • Reavaliação do paciente • Decisão baseada na remissão dos sinais e sintomas. Vitor Marinho da Costa 5 Vitor Marinho da Costa INDICAÇÃO ANTIBIÓTICO DOSE DE ATAQUE (30 min. A 1 h antes) DOSE DE MANUTENÇÃO Fase inicial Amoxicilina 1 g 500 mg 8/8 horas Alérgicos a penicilina (Fase inicial) Claritromicina 500 mg 250 mg 12/12 horas. Fase mais avançada (ainda em atendimento ambulatorial) Amoxicilina + Metronidazol 1 g 250 mg 500 mg 8/8 horas. 250 mg 8/8 horas. Alérgicos à penicilina (fase mais avançada) Clindamicina 600 mg 300 mg 8/8 horas. • OBSERVAÇÃO: O único parâmetro confiável para interromper a terapia antibiótica das infecções agudas é a remissão dos sinais e sintomas. • ATENÇÃO: Prescrição inicial por três dias + reavaliação + suspenção ou continuidade e por mais dois dias seguido de reavaliação. • ATENÇÃO: Dose de ataque de metronidazol não precisa ser dobrada, diferente do que acontece com a Amoxicilina. • INTERAÇÕES DE INTERESSE NA ODONTOLOGIA: 4. INTERAÇÕES COM BENZODIAZEPÍNICOS: • Hipnóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos. • > Efeito depressor aditivo sobre o SNC. • Indução enzimática: • Rifampicina + Carbamazepina (anticonvulsivante) – Indução de enzimas que metabolizam Diazepam e Midazolam – Redução de até 96% da biodisponibilidade. • Quando o metabolismo é mais rápido teremos uma diminuição da biodisponibilidade do fármaco, causando uma redução na ação do fármaco. • Se a rifampicina causa uma indução enzimática qualquer medicamento usado juntamente com ela, terá seuefeito diminuído. • Benzodiazepínicos e Álcool: • Deixar uma Alertar destacado no corpo da receita. • Proibido o uso de álcool etílico 24horas antes e 24 horas após o uso da medicação. • Mesmo em dose única ou prescrição por período restrito essa interação é considerada importantíssima (ainda assim teremos interação entre álcool e BZD). Vitor Marinho da Costa 6 Vitor Marinho da Costa • Possibilidade de depressão acentuada do SNC, visto que ambas essas drogas são depressoras do SNC. • ATENÇÃO: Quem trata ansiedade não DEVE beber. 5. INTERAÇÕES COM O PARACETAMOL: • Potencial hepatotóxicos: • Álcool etílico – Aumento da conversão em metabólitos hepatotóxicos. • Nimesulida, eritromicina e Clavulanato de potássio – Fármacos que também são hepatotóxicos (evitar associação). • A principal preocupação com o paracetamol é a hepatotoxicidade (essa hepatotoxidade é garantida pelo seu metabólito, a chamada NAPQI, que é neutralizada pela glutationa). • O paracetamol não deve ser misturado com outras substancias hepatotóxicos, tais como outros medicamentos ou álcool etílico. • O álcool além de ser hepatotóxicos, ele atua como indutor enzimático, assim causa uma aceleração no metabolismo do paracetamol e com isso forma-se NAPQI em quantidades maiores. O segundo problema do álcool é a diminuição dos níveis de glutationa. Temos com tudo isso um aumento do risco de hepatotoxicidade. O risco maior é quando se toma o paracetamol no dia seguinte a ingestão de álcool. • São medicamentos hepatotóxicos – Nimesulida, Clavulanato e eritromicina • . • Paracetamol + Varfarina: • Aumento do efeito anticoagulante da varfarina. • Interferência nas enzimas do citocromo p450. • Evitar combinação. • O paracetamol potencializa o efeito anticoagulante da varfarina, principalmente, talvez, por indução enzimática. Interagindo nas enzimas do citocromo P450, que são responsáveis pela metabolização de vários medicamentos diferentes, inclusive o metabolismo da Varfarina. • Pacientes que tomam varfarina possuem uma prescrição bastante complicada, pois existem vários Vitor Marinho da Costa 7 Vitor Marinho da Costa medicamentos que aumentam o efeito anticoagulante da varfarina, principalmente os corticóides. Os corticoides são usados com a liberação do médico, porque usamos em uma dose única, o que não interferirá de maneira significativa no efeito da Varfarina. 6. INTERAÇÃO COM A DIPIRONA: • Informações do fabricante: • Potencialização do efeito do álcool. • Redução da ação da ciclosporina (imunossupressor, muito usado em pacientes transplantados ou com doenças autoimunes). • Potencialização das reações adversas da Clorpromazina (antipsicótico) – A dipirona deixa os efeitos adversos mais intensos, sendo o principal efeito adverso a hipotermia, logo, podemos ter uma queda brusca de temperatura. • A dipirona potencializa o efeito do álcool, reduz o efeito farmacológico da ciclosporina. • A dipirona é um problema devido a falta de informações sobre esse medicamento, visto que ela é proibida de ser vendida nos EUA, logo as informações que temos estão presentes na bula do medicamento. 7. INTERAÇÃO COM AINES: • Anticoagulantes: • Inibição da síntese de tramboxano nas plaquetas. • Inibição da agregação plaquetária. • Deslocamento do anticoagulante ligado a proteína plasmática – Aumento do fármaco livre – Maior risco de hemorragias. • Quando pensamos em interações farmacológicas com anti- inflamatórios pensamos em AINES, visto que os corticóides não trazem tanto prejuízo por imitarem um hormonio endógeno do nosso organismo. • Por que os AINES não devem ser usados em conjunto com os anticoagulantes? Vitor Marinho da Costa 8 Vitor Marinho da Costa Pois os AINES (antiagregante) e os anticoagulantes causam aumento do tempo de sangramento, aumentando o risco de sangramento desse paciente. • Os AINES são medicamentos que apresentam uma elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas. Quando usamos dois medicamentos que possuem alta afinidade pelas proteínas plasmáticas temos uma competição entre esses medicamentos pelas proteínas plasmáticas. O resultado dessa competição é o aumento da quantidade de droga livre desses dois medicamentos e com isso o aumento de seu efeito. • De que forma os AINES interagem com os anticoagulantes? Os anticoagulantes interagem com ao AINES pelo mecanismo de ação e pela ligação com as proteínas plasmáticas. O AINES desloca o anticoagulante, aumentando a quantidade livre e com isso aumentando o efeito, aumentado o risco de hemorragia. • Anti-agregantes plaquetários: • Inibição de tramboxano pelos AINES. • Aumento da inibição da agregação plaquetária. • Os AINES inibem tramboxano e quando combinados com o uso de ASS (usado diariamente, que também tem efeito de inibição do tramboxano) temos um aumento do efeito antiagregante. • Não devemos usar AINES com antiagregante plaquetários. • ATENÇÃO: Em pacientes que fazem uso de antiagregante NÃO devemos usar AINES, mas sim corticóides antes e paracetamol no pós-operatório. • Anti-hipertensivos: • Existem três classes de anti-hipertensivos que possuem a sua ação diminuída quando usados na presença de AINES, são eles: • Inibidores da ECA (Enzima conversora de angiotensina) – Captopril, enalapril, fosinopril e lisnopril. • Diuréticos – Furosemidas e hidroclorotiazida. • Betabloqueadores – Propanolol, nadolol, metoprolol e atenolol. Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 9 Vitor Marinho da Costa • Essa interação é muito PERIGOSA. • Essas três classes de anti-hipertensivos possuem seu efeito diminuído quando combinados com AINES pois, seu efeito depende da presença de prostaglandinas renais (essas prostaglandinas auxiliam na eliminação de sódio e líquido, auxiliam na vasodilatação, que regulam filtração glomerular). Os AINES, por sua vez, inibem a produção de prostaglandinas. • E se o meu paciente fazer uso de um medicamento que não pertence a nenhuma dessas três classes citadas? • Ai tudo bem, pois ele certamente não dependerá da presença de prostaglandinas. • E se o meu paciente precisar de um anti-inflamatório? O que fazer? • Usar corticóide. • OBSERVAÇÃO: AINES INIBEM COX – QUE INIBEM PROSTAGLANDINAS – DIMINUIÇÃO DO EFEITO DOS ANTI-HIPERTENSIVOS • Hipoglicemiantes orais: • Grupos das sulfonilureias (pacientes diabéticos tipo II) Ex: Clorpropamida e Glibenclamida (principal exemplo). • Deslocamento da ligação a proteínas plasmáticas. • Episódio de hipoglicemia significante. • Interação importante entre AINES e um grupo de hipoglicemiantes orais, em especial o grupo das sulfonilureias. • Como se dá essa interação? • Os AINES podem aumentar o efeito hipoglicemiante, através do deslocamento da ligação do fármaco com as proteínas plasmáticas. Esses hipoglicemiantes se ligam as proteínas plasmáticas de forma intensa, assim como os AINES. Logo, quando administrados juntos eles competem pelas proteínas, aumentando a quantidade de medicamento livre, aumentando o efeito do medicamento. Temos assim o risco de uma crise hipoglicemiante no meu paciente. 8. INTERAÇÕES COM OS ANTIBIÓTICOS: • Álcool: • Maior produção de ácidoclorídrico. Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 10 Vitor Marinho da Costa • Aumento dos movimentos peristáltico do estomago e intestino. • Diminuição da absorção dos fármacos. • Menor efeito antibacteriano. • O álcool diminui a biodisponibilidade do antibiótico, uma vez que ele aumenta o peristaltismo causando um aumento da velocidade da passagem do fármaco pelo trato gastrointestinal como um todo, como consequência teremos uma redução na quantidade de fármaco que é absorvida e com isso uma menor biodisponibilidade do medicamento na corrente sanguínea, temos também uma diminuição no efeito final do fármaco. • Não é que o álcool CORTE o efeito, mas sim causa uma redução do efeito. • Chamamos essa interação de farmacocinética. • O álcool causa um aumento da síntese de ácido clorídrico, que colabora para o aumento dos movimentos peristálticos. • Álcool e efeito Dissulfiram: • Medicamentos que podem causar efeito dissulfiram: Metronidazol – Ampicilina – Cefalosporina. • Presença de grupamento nitrogênio. • Inibição da enzima acetaldeído desidrogenase (efeito dissulfiram). • Reação direta com acetaldeído – Diminuição da concentração de antibiótico livre no sangue. • Uma outra interação possível é o efeito dissulfiram, embora essa interação seja restrita a algumas classes de fármacos. • Dos medicamentos que causam efeito dissulfiram, o metronidazol é o mais usado na odontologia e assim merece maior atenção em sua prescrição. • Esses medicamentos apresentam um grupamento nitro em sua composição, o que causa uma inibição da enzima acetado desidrogenase (enzima responsável por converter o acetaldeído em ácido acético). O acetaldeído é um composto tóxico, que se acumula no organismo quando a enzima está inibida. Temos como resultado: queda de PA, vermelhidão no rosto, dor no peito. Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 11 Vitor Marinho da Costa • Esses antibióticos podem se ligar ao acetaldeído e formar um composto que não é distribuído (Lembre-se que fármaco ligado não é distribuído). A ligação do antibiótico ao acetaldeído forma um conjugado, diminuindo a quantidade de droga que será distribuída, diminuindo o efeito. • Álcool: • Estolato de eritromicina + Azitromicina – Aumento do efeito hepatotóxicos em usuários crônicos de álcool. • Álcool – Inibição do hormonio antidiurético – Aumento da taxa de excreção dos fármacos. • Outra interação preocupante é a hepatotoxicidade do álcool e dos antibióticos, tais como (Estolato de eritromicina e azitromicina). Essa interação é mais preocupante em usuários crônicos de álcool. • O álcool promove a inibição do hormonio anti-diurético, causando assim um aumento da diurese e com isso aumentando a excreção pela urina dos antibióticos, com isso uma diminuição do efeito. • Contraceptivos orais: • Primeiro mecanismo -Indução de enzimas microssomais hepáticas – Mecanismo da rifampicina. • Segundo mecanismo -Interferência no ciclo êntero-hepático. • FOTO DO CICLO. • Terceiro mecanismo – Diminuição da absorção. • Quarto mecanismo – Aumento da excreção. • A frase popular é: “O antibiótico corta o efeito do contraceptivo”. • Os ginecologistas afirmam: Durante o tratamento com antibióticos, outros métodos contraceptivos devem ser usados em conjunto. • Existem quadro medicamentos usados para explicar essa interação, sendo dois comprovados e outros dois nem tão comprovados. • PRIMEIRO– A rifampicina é um forte indutor enzimático, logo, ela aumenta a metabolização dos anticoncepcionais orais, causando assim uma diminuição no efeito. Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 12 Vitor Marinho da Costa • SEGUNDO – Mecanismo usado para explicar a interação de antibióticos com contraceptivos com base de estrogênio. Os antibióticos interferem no ciclo êntero- hepático. Entenda: Os contraceptivos a base de estrogênio, parte do estrogênio é absorvido e metabolizado no fígado e metade da dose é convertida em metabólitos inativos (Ou seja, metade da dose é perdida após a primeira metabolização). Esses metabólitos inativos são eliminados junto com a bile no trato gastrointestinal. Quando chegam no trato gastrointestinal existe a presença de enzimas bacterianas que promovem uma reação química nesses metabólitos químicos por hidrólise e que vão reativar o estrogênio, que será reabsorvido e continuará fazendo seu efeito. • ATENÇÃO: Os antibióticos agem sobre as bactérias da flora normal, seja matando ou inibindo seu crescimento. Com isso não teremos a reativação dos contraceptivos, logo, temos um efeito diminuído. • Terceira explicação: • Os antibióticos aumentariam a chance de vomito, o que diminuiria a absorção dos contraceptivos. • Quarta explicação: • Os antibióticos podem causar diarreia aumentando a excreção dos contraceptivos. Vitor Marinho da Costa 13 Vitor Marinho da Costa • Carbonato de lítio: • Cátion monovalente indicado para tratamento de desordens bipolares. • Metronidazol e Cloridrato de tetraciclina. • Provocam aumento das concentrações de lítio, com risco de toxicidade. • Necessidade de mais estudos sobre o assunto. • O carbonato de lítio é um medicamento usado para o tratamento de desordens bipolares. Existem dois antibióticos que podem aumentar a concentração de lítio (O metronidazol e a tetraciclina), gerando risco de toxicidade. • O carbonato de lítio é um medicamento de baixo índice terapêutico, logo, qualquer medicamento que aumente a sua concentração plasmática vira um perigo, pois a chance de toxicidade acaba ficando maior. • Esse assunto precisa de mais estudos na literatura, visto que esse medicamento não é tão incomum de aparecer na clínica odontológica. • Varfarina: • Anticoagulantes oral • Age como antagonista da vitamina K. • Baixo índice terapêutico. • Eritromicina – Claritromicina – Metronidazol = Causam aumento nos efeitos da varfarina. • Tratamentos por 5 a 8 dias. • Existem antibióticos que aumentam o efeito anticoagulante da varfarina. • A varfarina age como antagonista da vitamina K, que é importante para formação do fator de coagulação. • A varfarina apresenta baixo índice, logo, qualquer medicamento que altere a concentração plasmática, para mais obviamente, tem risco de toxicidade, risco de um aumento significativo de sangramento, visto que a sua dose tóxica não é tão distante da dose terapêutica. • Os antibióticos que aumentam o efeito da varfarina são: Eritromicina, claritromicina e metronidazol principalmente em terapias de 5 a 8 dias (Embora não seja comum na odontologia, em algumas situações essa Vitor Destacar Vitor Marinho da Costa 14 Vitor Marinho da Costa duração de tratamento pode acontecer). 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