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Cromwell, o homem de ferro

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Cromwell é um filme britânico de 1970, do gênero drama histórico, dirigido por Ken Hughes. O filme retrata um trecho da vida de Oliver Cromwell, puritano e democrata radical, que teve enorme importância na revolução inglesa no seculo XVII.
	Primeiramente, a trama explicita a frustração, desesperança de Cromwell nos assuntos referentes a política inglesa. À medida que a Inglaterra vivia sob grande arbitrariedade e severos impostos instituídos pelo rei Carlos I da dinastia dos Stuart, nesse momento, Cromwell tem como objetivo deixar sua terra natal com destino à América. Contudo, dois membros do parlamento inglês o convidam a não só permanecer no país, como fazer parte de uma guerra civil contra a coroa. Relutante no primeiro momento, ele nega a necessidade e a viabilidade de uma guerra civil, entretanto, ao longo do filme, em função de alguns atos do Rei, Cromwell muda de ideia. Um dos exemplos desses atos, é visto quando a Igreja em que frequenta é “recatolizada”, ou seja, é resgatado preceitos estritamente católicos colocando-os dentro das práticas religiosas da Igreja Protestante. 
	Após uma tentativa Real de arrecadar mais impostos para eventuais guerras, o Carlos I é questionado pelo parlamento e este anseia por autonomia nas questões políticas. Tal questionamento e audácia - do ponto de vista daquela época- fizeram com que o Rei não só negasse as revindicações, mas como fechasse o próprio parlamento. Tal medida, acarretou uma guerra civil ( a mesma que Cromwell havia sido convidado no início do filme)
	É interessante ressaltar ainda, o caráter miliciano dos grupos militares comandados por Cromwell. O filme mostra cidadãos comuns, e não mercenários, pegando em armas e indo a guerra para lutar pelos seus próprios interesses, como se fossem uma unidade. Treinados pelo próprio parlamentar, eles recebem conhecimentos militares de Infantaria, Cavalaria e Artilharia.[0: ideia explicitada por Maquiavel em seu livro O Príncipe ( cap. XII, XIII e XIV), a importância das milícias comparadas com os serviços de mercenários.]
	Por conseguinte, a vitória se torna realidade e vencem a coroa. Ele, então, tenta convencer o Rei de Reinar, mas não governar e, novamente, o Rei não aceita. Desse momento em diante, é relatado uma divergência no parlamento. De um lado, aceita-se a dissolução do exército em troca de um acordo com Carlos e do outro, lado de Cromwell, acredita-se que o acordo deve ser feito com tropas em condição de um retorno da guerra. Como a maioria dos parlamentares estavam na primeira e Cromwell na minoria, Cromwell resolve convocar o exército que estava ao seu comando e dissolver o parlamento.
	Vendo ser impossível a cooperação e um acordo com o rei Carlos, este é julgado e condenado a morte. Dessa forma, Cromwell volta para sua fazenda, deixando o parlamento como orgão decisório da vontade do povo, ou seja, como ele mesmo o diz : uma República Democrática.
	Agora já no final do filme, depois de alguns anos longe da vida pública, Cromwell é visitado por parlamentares ( assim como no começo do filme), sendo convidado a ser o rei da Inglaterra, uma vez que a necessidade de um rei, um poder centralizado é de suma importância para harmonia do povo britânico ( visão dos parlamentares). Ao retornar ao parlamento e deparar-se com gasto de dinheiro público para fim particular, corrupção e todos os problemas pelos quais ele lutara contra, os mesmos protagonizados por Carlos, ele fecha o parlamento novamente, e agora, prometendo a prosperidade inglesa e o respeito dessa terra referente as demais.
	Podemos inferir, então, o pioneirismo inglês no que tange os assuntos políticos de toda história ocidental, um parlamento que desde Henrique VIII se apresentava à frente das demais organizações politicas. Obviamente, tal pioneirismo teve como considerável influência as divergências religiosas entre católicos e protestantes. No tempo de Cromwell não foi diferente, esta guerra religiosa era muito presente, já que a Rainha MaryLand era católica e exercia tremenda influencia nos assuntos da coroa.
	Ademais, há um legado parlamentarista e democrático, um modelo a ser seguido de organização política. Não é à toa que tal legado foi cristalizado com galhardia pela grande colônia inglesa , os Estados Unidos.

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