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Kayo 1º Bimestre Defesa da Constituição

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CONSTITUCIONALISMO
Considerações iniciais
Conceito: É o movimento político e social manifestado em um primeiro momento sob ideais liberais a partir dos quais se reivindica o estabelecimento do poder pelo povo, a contraposição ao absolutismo e, finalmente, à positivação de direitos. 
Características
Limitação do poder
Positivação de direitos a partir de uma constituição escrita 
Constitucionalismo antigo (séc. II a V)
Hebreus
Teoria de Loewenstein: A contraposição ao poder se daria no povo hebreu, a partir de regras divinas, religiosas, que deveria ser observada inclusive pelos governantes (não apenas para o povo). A limitação do poder estatal era oriunda das regras divinas e tinham que ser observadas para evitar a ira de Deus. 
Mas evidentemente que o constitucionalismo não poderia sobrevier apenas a partir dessa compreensão de regras religiosas, evidentemente que houve uma evolução. A Grécia então, se destaca grandiosamente na evolução do constitucionalismo. 
2.2 Gregos	Comment by Rayanna Castelo Branco: A Grécia avança e coloca para os cidadãos uma nova estrutura de ordenamento.
Politeia: Era designada não só pela estrutura da cidade-estado, mas também pelo modo como se exercia o poder nesta cidade. Esse poder precisava de uma regulamentação, a partir das NOMOIS (conjunto de regras/ componentes normativos que regiam a politeia). Se eu tenho uma estrutura de cidade-estado e se eu tenho postulados normativos regendo isso, havia a necessidade de se assegurar que tudo isso de fato funcionasse. Então surgiu a GrafeParanomon (que é a primeira experiência de controle de constitucionalidade). A Politeia, portanto, poderia ser entendida como a primeira constituição material, porque designava-se por ela a estrutura da cidade-estado e o modo como o poder era exercido a partir das Nomois. 
Nomoi: Postulados normativos que controlavam o poder na cidade-estado.
GrapheParanomon: A primeira experiência de controle de constitucionalidade. 
2.3 Ingleses
2.3.1 Magna Carta (1215)- João Sem Terra: Destaca-se na carta magna a figura do HC pela primeira vez (alguém socorrer outrem quando cerceada sua liberdade de forma ilegítima e ilegal). Foi um diploma normativo que contribuiu mais tarde para uma realidade mais completa para a positivação de direitos. 	Comment by ClienteRT: Ela se destaca porque trouxe algumas coisas interessantes, como a positivação de direitos de ordem liberal, a preocupação com os direitos individuais, e destaca-se a figura do habeas-corpus.
2.3.2 Instrumento of goverment (1654): Primeira constituição escrita, na Inglaterra, encerrando aí o constitucionalismo antigo. 
Constitucionalismo Moderno (Séc. XXVII)
3.1 Principais marcos
3.1.1 Revolução – Norte-Americana (1787): O principal postulado foi “O povo somos nós”. Trazia/ buscava a bandeira do poder constituinte. Este postulado se adequa exatamente a nossa primeira acepção do constitucionalismo no sentido de que se deve buscar a positivação de direitos e contraposição ao poder dominante. Essa bandeira erguida pela revolução americana ela também acontece na revolução francesa.
3.1.2 Revolução francesa (1789): “Igualdade, liberdade, fraternidade”. Quer menos Estado e mais liberdade. 
Conquistas a partir dos ideais liberais (Locke, Montesquieu e Rousseau): A partir dessas revoluções observa-se uma tendência de universalização das constituições escritas (positivação de direitos que garantissem a liberdade). Porque nas constituições escritas se conseguia positivar direitos, os que garantissem a liberdade e limitassem a atuação do Estado. 
O constitucionalismo moderno evolui, porque percebe que não bastaria a positivação de direitos, apesar da conquista valiosa, ainda faltava algo, e esse algo é conquistado com a revolução americana na constituição americana de 1787. Lá na constituição eu tenho o que chamamos de cláusula de supremacia.
Supremacia da constituição: Cláusula de supremacia
Const. EUA (1787): expressamente a constituição americana previa a supremacia da constituição. Lá diz expressamente que a Constituição dos EUA é suprema. 
Const. Portuguesa (1976): traz expressamente a cláusula de supremacia.
Const. Espanhola (1978): traz expressamente a cláusula de supremacia.
Const. Brasil (1988): não expressa o principio da supremacia, é preciso raciocínio indutivo (porque você percebe a partir dos mecanismos de defesa que demonstra que ela se coloca no ápice do ordenamento jurídico). Logo é insuficiente que se positive os direitos, é preciso agregar a constituição o postulado da supremacia para garanti-los. 
Postulado da supremacia:
Observância por todos que devem obedecer.
Entende-se que toda interpretação jurídica seja necessariamente uma interpretação constitucional. Daí porque interpreto o ordenamento jurídico a partir da constituição. 
Apesar de se agregar esse postulado colocando-a no ápice do ordenamento jurídico, para mantê-la é preciso mecanismos de controle e sustentabilidade, institui-se o controle de constitucionalidade (GrapheParanomon).	Comment by ClienteRT: Questão de prova: explique o surgimento do controle de constitucionalidade, a partir da perspectiva das revoluções liberais inerentes ao constitucionalismo. 
Então o controle de constitucionalidade nasce dessa maneira, daí, portanto, Jose Afonso da Silva falar que a uma intersecção entre os conceitos de constitucionalismo, supremacia da constituição e controle de constitucionalidade. 	Comment by ClienteRT: Essa pode ser uma outra questão da prova. 
Controle de constitucionalidade
Conceito: Sistema compreendido por instrumentos recursais e ações originárias destinadas a evitar violação ao texto constitucional, bem como, de restaurar a sua vigência em caso de subversão as suas normas. Pelo controle de constitucionalidade eu realizo, portanto, atividades preventivas, para evitar que a constituição seja violada, bem assim, uma atividade repressiva, para restaurar sua vigência em caso de violação ao seu texto. 
Bloco de constitucionalidade
Trata-se de conceito pensado por Louis Favoreau, constitucionalista francês, com propósito de estabelecer o conjunto de normas e princípios que servirão de parâmetro ao controle de constitucionalidade.	Comment by Rayanna Castelo Branco: É comum utilizar esse termo na doutrina para se referir à constituição. 
OBS: É necessário destacar que não será todo o texto constitucional que constituirá o parâmetro para o controle. 
OBS 2: A doutrina do bloco de constitucionalidade foi admitida pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: Princípios expressos e implícitos; os atos das disposições constitucionais transitórias (ADCT); os artigos da constituição (1º ao 250); a próprias emendas à constituição; e os tratados de direitos humanos aprovados pelo rito das emendas constitucionais (art. 5º §3º). Tudo compõe o bloco de constitucionalidade, excluindo-se o preambulo (mera diretriz hermenêutica). 
 
Aferição do controle
O bloco de constitucionalidade, portanto, se propõe a identificar os elementos aptos a ensejar a aferição do controle. Hora o controle de constitucionalidade consiste no confronto do ato normativo com a constituição. Quando eu pego um ato normativo e confronto com a constituição, com o que da constituição eu estou confrontando o ato normativo? Eu abro a constituição e vou identificar os elementos que estão inseridos dentro do bloco de constitucionalidade. Apenas o bloco de constitucionalidade é que acusa com exatidão os elementos passiveis de serem confrontados para fins de controle.
- Arts. 1 ao 250
- ADCT
Atos normativos vs. CF - Princípios expressos
 		 Implícitos
- Tratados internacionais de direitos humanos (art. 5º, § 3º, CF) 	Comment by ClienteRT: Tratados internacionais de DH não aprovados pelo Art. 5º não terão status de atos normativos
Pirâmide normativa Kelseniana STF (RE 466.343-SP Rel. G. Mendes) 
 
 A pirâmide normativaKelseniana traz uma concepção bastante singela, no sentido de que o ato normativo superior, constitui fundamento de validade para o ato inferior. Então o ato normativo primário retira seu fundamento de validade da constituição. E o ato normativo secundário, retira seu fundamento do ato normativo primário. 
	Ocorre que com o julgamento do RE 466.343-SP Rel. G. Mendes, o STF definiu que os Tratados Internacionais de Direitos Humanos terão status de emenda à Constituição. Portanto, os tratados virtualmente estão inseridos dentro do texto constitucional, gozam de uma hierarquia como se constitucional fosse. Agora, os Tratados de Direitos Humanos não aprovados pelo rito do artigo 5º, parágrafo terceiro, eles não terão status de emenda a constituição, integrando o bloco de constitucionalidade, eles terão caráter supralegal (acima do ato normativo primário, mas abaixo da constituição).
	A importância de saber essa mudança, é de poder identificar o que compõe o bloco de constitucionalidade e, portanto saber o que comporta o controle de constitucionalidade, para garantir a supremacia da constituição.
	
OBS: Que atos normativos podem ser objetos de controle?
Atos normativos primários podem ser objeto de controle? Sim.
Atos normativos secundários podem ser objeto de controle? A rigor não, porque o supremo resiste em sede de controle de constitucionalidade que um ato normativo secundário seja objeto de controle de constitucionalidade, porque o ato não retira seu fundamento de validade primeiramente da CF e sim do fundamento primário (que este sim, retira seu fundamento de validade na CF). Portanto, o STF resiste a hipótese de que um ato normativo secundário seja objeto de controle de constitucionalidade, porque a violação ao texto constitucional seria meramente reflexa ou indireta e para fins de violação deve ser direta. 
Mas poderia então haver declaração de inconstitucionalidade de ato normativo secundário? Pode, por hipóteses excepcionais que na visão do STF permitem a declaração de ato normativo secundário. Quais são:
B1. Declaração de inconstitucionalidades – Por arrastamento ou ricochete
Pode haver, hipóteses:
Ex: portaria, decisão, serve para regulamentar um ato normativo primário, por exemplo, uma lei de diretrizes e bases da educação. A lei pode ser objeto de controle, a sua portaria não. Mas havendo a declaração de inconstitucionalidade no todo ou em parte da lei, pode ser a portaria declarada inconstitucional também. A partir da técnica da declaração de inconstitucionalidade por arrastamento ou ricochete. Isto é, declara-se a inconstitucionalidade do ato normativo primário, o que vai fazer no mundo jurídico o ato normativo secundário, que regulamentava o ato normativo primário? Não faz sentido permanecer porque não vai ter mais o que regulamentar, então é declarado a inconstitucionalidade junto por arrastamento ou ricochete. Mesmo que este não tenha sido objeto da ação de declaração de inconstitucionalidade. 
STF pode declarar a inconstitucionalidade de algo que não foi objeto da demanda, sem ser declarado ultra petita, por tratar a ação de inconstitucionalidade de interesse subjetivo, por esse mesmo motivo o legitimado ativo não pode desistir da demanda após o seu início. 
Portanto, ela acontece geralmente no plano vertical, mas ela pode acontecer também no plano horizontal, alguns artigos são tão conexos que em razão dessa interdependência, o legislador poderá declarar a inconstitucionalidade por arrastamento no plano horizontal.
B2. Atos normativos secundários – Materialmente atos normativos primários
Formalmente é um ato normativo secundário, no entanto, se ele inova os limites da regulamentação do ato normativo secundário tornar-se-á materialmente primário, dessa forma, poderá haver declaração de inconstitucionalidade. 
Quando um ato normativo secundário, portanto, for um ato normativo primário materialmente, poderá haver declaração de inconstitucionalidade, porque nesse caso a ofensa vai ser direta. 
TEORIA DA NULIDADE DAS NORMAS INCONSTITUCIONAIS 
	Quando eu digo que uma norma é inconstitucional, atinge qual plano da lei: vigência, validade ou eficácia? Os atos normativos primários retiram seu fundamento de validade da Constituição Federal, o que torna uma lei ser válida é ela ser conforme a constituição. O vício da inconstitucionalidade, ele atinge a lei no plano da validade. O pronunciamento judicial do supremo que reconhece a existência da inconstitucionalidade, essa sim repercute no plano da eficácia. O vicio é de validade, a declaração reverbera sobre o plano da eficácia. 
	Se o vicio da inconstitucionalidade é um vicio de validade, eu posso afirmar que esse vicio então é continuo, a lei nasce inconstitucional. Ou seja, o vicio da inconstitucionalidade é congênito, a lei nasce com esse defeito, ela sempre foi inconstitucional só depois que ela foi declarada inconstitucional depois. O vicio da inconstitucionalidade pertence a lei, ela produziu efeitos até o STF declarar a sua inconstitucionalidade. Pois bem, quando o STF declara a inconstitucionalidade de uma lei os efeitos que ela produziu são mantidos ou desconstituídos? A declaração de inconstitucionalidade fere a lei no berço/nascimento, e portanto, os efeitos que ela produziu são desconstituídos.
REGRA – Eficácia: Retroativa (ex tunc )– Teoria da nulidade:
A declaração de inconstitucionalidade da lei, desconstituí todos os efeitos produzidos pela lei desde o primeiro dia que ela existiu. Trata-se de uma eficácia retroativa (ex tunc). 
É a regra porque quando eu declaro a inconstitucionalidade eu não estou falando que ela é invalida. Se ela é inválida é porque ela contrariou a constituição, e eu não posso admitir isso. Se eu preservar os efeitos produzidos pela lei eu estaria admitindo que ela fosse contraria a CF. Então, se eu preservo os efeitos produzidos pela norma declarada inconstitucional, isso equivaleria à suspensão da vigência da constituição. E o postulado da supremacia jamais admitiria isso.Logo, o postulado da supremacia, portanto, ele jamais admitiria que a regra fosse a teoria da anulabilidade.	Comment by ClienteRT: A regra será a teoria da nulidade, porque a anulabilidade entende-se que por um período a lei constitucional inexistiu, o que afetaria a segurança jurídica. 
 
EXCEÇÃO – Teoria da anulabilidade: Modulação dos Efeitos– Eficácia (ex nunc):
Quando o STF preserva os efeitos, a lei passa a ser inconstitucional, daquele momento em diante. Nesse caso, o supremo saí da teoria da nulidade e passa para a teoria da anulabilidade. Quando o Supremo aplica uma decisão sob o manto da teoria da nulidade, os efeitos são desconstituídos. Quando ele migra para a teoria da anulabilidade é porque ele realiza a técnica da modulação dos efeitos. A técnica da teoria da modulação dos efeitos é aquela que aplica a teoria da anulabilidade isto é, quando o supremo excepciona a regra da sua jurisprudência por razões de segurança jurídica e excepcional interesse social.	Comment by ClienteRT: Consiste na desconstituição dos efeitos.
Para realizar a técnica da modulação dos efeitos o que é necessário? O artigo 11 da lei 9.882/99 e o artigo 27 da lei 9.868/99 (que são idênticos), vão dizer que por razões de segurança jurídica e excepcional interesse social poderá o STF declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, pelo quórum de 2/3 dos seus membros, que a declaração de inconstitucionalidade opere efeitos pró-futuro, a partir da data da decisão ou qualquer outro termo que venha a ser fixado pelo tribunal. Isto é, quando o STF adota a técnica da modulação dos efeitos , ou seja, decide conforme a teoria da anulabilidade, a lei declarada inconstitucional, será considerada inconstitucional a partir da data da decisão ou qualquer outro termo que seja fixado pelo tribunal.	Comment by ClienteRT: Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica oude excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.	Comment by ClienteRT: Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.	Comment by ClienteRT: O quórum é tão qualificado para assegurar ainda mais a técnica da nulidade. 
As leis são de 99, então parece que uma autorização legislativa passou a permitir que o supremo adote a técnica da modulação dos efeitos. Isso quer dizer que antes de 1999, ele já realizava a técnica da modulação. Por isso a doutrina critica esses dispositivos porque o que autoriza a utilização dessa técnica, razões de segurança jurídica e excepcional interesse social, são valores. E isso requer uma atividade de ponderação de valores constitucionais, o que é uma tarefa pertencente a jurisdição constitucional. E o tribunal constitucional não precisa de uma autorização legislativa de uma norma inferior. Então, o STF já utilizava essa técnica antes dessas leis.
FORMAS OU ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE 
O vício de inconstitucionalidade que imácula a forma jurídica no plano da validade
E tão só a declaração do pronunciamento judicial reconhecendo a inconstitucionalidade, sendo inexistente uma vez que o vício é congênito, é próprio da norma, é que repercute no plano da eficácia.
Bom, que tipos de espécies e formas de inconstitucionalidade são essas? 
Em relação a norma constitucional ofendida:
A inconstitucionalidade quanto a norma propriamente ofendia ela pode ser formal ou material. 
Inconstitucionalidade formal:
Quando, em que circunstancias podemos falar em inconstitucionalidade formal?
A inconstitucionalidade formal ela está associada à forma prevista para o processo legislativo. 
O processo legislativo gênero dentro do qual há vários procedimentos legislativos. A constituição em seu art. 59 ela arrola as espécies normativas e a partir do art. 60 passa a descrever o processo legislativo para cada uma delas. É assim que funciona, cada espécie de norma jurídica tem um procedimento legislativo correspondente.
A prescrição do procedimento ela existe no plano inconstitucional, mas ela também existe no plano regimental. O procedimento legislativo aliás, ele é mais tratado, mais detalhado no âmbito dos regimentos das respectivas casas legislativas. O que a constituição estabelece são expedientes necessários que devem ser observados, mas é claro que o detalhamento do regimento é muito maior. 
Disso, a gente tem que destacar o seguinte: uma norma promulgada, vigente, se essa norma é editada sem que seja observada algum tramite algum expediente do procedimento legislativo previsto para ela no plano constitucional, há uma inconstitucionalidade? Uma prescrição constitucional não observada para o processo de confecção da norma. Sem dúvida! A constituição determina que ela observe o quórum, passe por uma determinada comissão, que seja de inciativa de alguém. Há uma inconstitucionalidade forma. A não observância, de algum passo, de algum expediente do procedimento descrito constitucionalmente, isso conduz a inconstitucionalidade formal. A inconstitucionalidade formal está ligada a forma como a lei é elaborada.
Isso parece fácil, mas e se a não observância de algum expediente de algum passo previsto no regimento? Posso sustentar a inconstitucionalidade? O procedimento legislativo está viciado, está imaculado, uma fase do procedimento legislativo previsto no regimento não foi observado. Pode se cogitar de uma inconstitucionalidade em razão disso? NÃO! A não observância de um expediente do regimento, a uma fase estabelecida no regimento não conduz a inconstitucionalidade.
Porque o STF entende que as matérias que tão só existem no plano regimental elas devem ser consideradas matérias “interna corporis”, ou seja, se esgotam no plano regimental no corpo da casa legislativa, desrespeito apenas internamente a ela, não há configuração de inconstitucionalidade tão só pq uma fase do regimento é que não foi observado.
Para destacar a inconstitucionalidade é necessário que uma fase dos preceitos constitucionais não tenha sido observadas. Logo, se houver a coexistência de uma determinada fase tanto no regimento quanto na constituição, a inconstitucionalidade estará configurada.
Portanto existindo só no regimento, não há o que se falar em inconstitucionalidade, porque para a jurisprudência do stf isso desrespeita a matéria interna corporis.
Outra questão IMPORTANTE de ser anotada: o Presidente da Republica, a ele é reservado a iniciativa do processo legislativo para determinadas matérias, se por ventura usurpam a competência de iniciativa do Presidente da República, como, mesa câmera, etc. e procedimento segue seu curso e chega a fase da sanção presidencial e o presidente vai sancionar. Chega lá no gabinete do presidente, ele olha o procedimento e acha que ta bem feito e resolve sancionar, não se importando com a usurpação da sua competência. Essa posição da sanção presidencial convalida, o vicio de iniciativa? NÃO! 
Então a inconstitucionalidade formal ela repousa nisso, desrespeito a uma fase de expediente, a um procedimento legislativo, e para configurar a inconstitucionalidade tem que se estabelecer que algum expediente da constituição não tenha sido observado. 
Inconstitucionalidade Material:
Está desrespeita ao conteúdo. É fácil, bem singela a compreensão, talvez interessante considerar que a abordagem da inconstitucionalidade de uma norma tão só por princípios ela também é suficiente. O stf tem inúmeros acórdãos em que a inconstitucionalidade é registrada e o supremo só se fundamenta em princípios. Portanto, a abordagem da inconstitucionalidade de alguma lei de alguma lei de algum dispositivo tão só por canta de uma questão principiologica ela é perfeitamente admitida no STF. 
Em relação a conduta:
A inconstitucionalidade pode ser por ação ou por omissão. 
Inconstitucionalidade por ação:
A por AÇÃO ela decorre do comportamento ativo dos poderes envolvidos no procedimento legislativo. Em relação a norma contra qual se acusa a inconstitucionalidade, ou seja, produziu-se uma norma inconstitucional, vamos verificar quem é responsável por isso. Geralmente é o Presidente da Republica, câmera e senado. 
É IMPORTANTE considerarmos o seguinte.. a adm publica tb pode ser acometida de inconstitucionalidade dos seus atos, isto é, atos administrativos sobre os quais o stf admite atribuir a inconstitucionalidade. São hipóteses excepcionais, por exemplo, o ato de criação de um território pode ser inconstitucional. 
Inconstitucionalidade por omissão:
Por OMISSÃO, pode ser verificada não tão somente por conta da ausência normativa, alias a primeira vez que se identificou uma inconstitucionalidade por omissão ela tinha lei. A inconstitucionalidade por omissão ela pode ser total ou parcial.
Total pq? Pq tem um vácuo normativo, ausência de lei. E pq se configura a inconstitucionalidade? Pq o poder legislativo tinha o dever e não o fez. A poder legislativo deixa de fazer uma lei que a constituição previa.
Norma de eficácia limitada, que exigem uma regulamentação, para que seus efeitos sejam produzidos.
A parcial é quando a regulamentação dela seja insuficiente, seja no conteúdo, seja no que pertine aos destinatários da norma, isto é, por exemplo, a norma editada deveria abranger uma determinada categoria de servidores e abrangeu menos. Há uma omissão aos destinatários. Ela tanto pode ser corrigida pelo mandado de injunção como por uma ação própria do controle de inconstitucionalidade que consiste na ação direta de inconstitucionalidadepor omissão (ADIO).
Em relação a extensão: pode ser total ou parcial:
Inconstitucionalidade total
A total todo o diploma legislativo é declarado inconstitucional. A lei toda é afetada pelo vicio de inconstitucionalidade.
Inconstitucionalidade parcial
A parcial parte do diploma legislativo é declarada inconstitucional, que parte? Um capitulo, um titulo, um artigo, o caput, etc. 
Questiona-se se pode haver declaração de inconstitucionalidade de um termo, palavra ou expressão que a entendimento dele tornou a norma inconstitucional? O stf pode fazer isso, desde que não subverta o sentido, o proposito da norma, sob pena de adentrar na vontade legislativa. O que caracteriza uma usurpação de poder.
Questão: eu posso ter uma inconstitucionalidade formal parcial? Não. Somente TOTAL.
Em relação ao momento: 30min
Inconstitucionalidade originária:
Inconstitucionalidade originária se caracteriza pelo vício da norma em relação ao parâmetro que lhe é preexistente. 
Inconstitucionalidade superveniente:
Questão: 
Uma lei foi editada em 1975 na vigência da constituição de 1967/1969, para que a Lei editada em 1975 possa participar do nosso ordenamento jurídico inaugurado em 1988, o que tem que acontecer? Ela tem que ser RECEPCIONADA.
Para que a Lei A, possa ser recepcionada possa integrar a constituição de 1988, ela tem que ser recepcionada.
O que significa o fenômeno de recepção? É aferir a compatibilidade de conteúdo, a compatibilidade material da Lei anterior à constituição com o novo ordenamento jurídico por ela inaugurado. 
Quando ela foi editada em 1975, ela era constitucional em relação a constituição de 67/69. Depois vem a constituição de 1988 e verifica-se que em relação a constituição de 1988, ela não é mais constitucional, era constitucional em relação a constituição anterior. Nesse caso a inconstitucionalidade é superveniente. 
Para a jurisprudência do stf é uma hipótese de mera não recepção, apenas isso. 
Somos o congresso e hoje 04/08/2017 vamos elaborar uma norma e em 2022 vai haver uma nova constituição. 
Hoje vamos elaborar uma norma de acordo com a CF/88, pois não tem como elaborar com base na constituição de 2022, não sabemos como a constituição vai tratar o processo legislativo. Então, pode haver inconstitucionalidade da dessa nova lei? PODE, por vicio formal, pq a recepção é apenas um juízo de compatibilidade material (conteúdo), pq ela entrou, só que alguém com muita sensibilidade falou “hmm, foi recepcionada ne? Mas tem vício formal. A lei A não respeitou o processo legislativo da constituição de 1969”. 
Diz Gilmar Mendes no voto que conduziu o acordão. É licito ao stf declarar a inconstitucionalidade de lei que padece de vicio formal em relação a constituição pretérita? Mas se houve essa declaração de inconstitucionalidade aqui já que a lei foi recepcionada? CLARO. A declaração de inconstitucionalidade pode existir, mas tão somente com vicio formal. 
Já que ela entrou no âmbito jurídico é pq houve compatibilidade de conteúdo, o fenômeno da recepção é um juízo de compatibilidade material, só, apenas.
Debora perguntou: pode o stf manter exercer o controle de inconstitucionalidade sobre um mesmo diploma normativo? PODE! 
Ex: exerceu o controle de inconstitucionalidade e não declarou inconstitucional, passasse uns anos e tenta declarar a norma inconstitucional de novo e consegue.
Só que em duas situações:
Sabendo que controle é = norma X parâmetro: supondo que realizei um controle hoje, confrontei a lei hoje com a Constituição de hoje, daqui 5 a 10 anos a jurisprudência pode ter volvido na interpretação dessa lei, pode ter ganhado outras hipóteses de aplicação, então muda-se o objeto, como se fosse um objeto novo. 
Ou então pode ser que a lei permaneça a mesma, com a mesma interpretação , com as mesmas hipóteses de aplicação, so que a constituição não é mais essencialmente a mesma ai mudamos o parâmetro. 
Portanto, se muda o objeto ou muda o parâmetro eu reivindico a oportunidade para o novo controle de constitucionalidade. Mas vamos estudar isso mais pra frente.
Adendo:
A inconstitucionalidade superveniente entende que para o STF é apenas uma hipótese de mera não recepção. O supremo não gosta do termo inconstitucionalidade superveniente, tecnicamente ele não é adequado. Na doutrina quando estuda, esta dividida (originaria e superveniente).
O cespe fala que é mera revogação. 
CONTROLE POLÍTICO E CONTROLE JUDICIAL
Controle Politico: é aquele franqueado que é reservado a um órgão de natureza não jurisdicional, isto é confia-se a fiscalização a respeito da compatibilidade da lei a Constituição ao órgão politico. Os órgãos políticos não desempenham função jurisdicional. Quando se confia a fiscalização do Controle de Constitucionalidade a um órgão de natureza não jurisdicional, ou seja, de natureza politica se confia o exercício do poder de Controle de Constitucionalidade ao parlamento, logo é o legislativo então que fica incumbido de realizar o Controle de Constitucionalidade, dessa forma o controle politico será isso o controle que a rigor fica sobre a incumbência do parlamento (do poder legislativo), já que a produção normativa, a produção dos atos normativos, o processo legislativo é resultado da manifestação politica do parlamento só um órgão dotado de sensibilidade politica para conseguir verificar a adequação da lei ao texto constitucional. Dessa forma, a premissa para fundamentar isso seria a partir do controle de constitucionalidade de um órgão de natureza não jurisdicional, portanto um órgão politico. Mas por que isso acontece? Porque deu-se ao parlamento o exercício de controle de constitucionalidade, a premissa colocada é o principio da separação dos poderes. Ora, nós vimos naquela aula em que abordamos o Constitucionalismo que uma das principais conquistas foi exatamente a positivação de direitos, e aceitando esses direitos agora em um patamar constitucional, esses direitos eles são responsáveis por uma vontade liberal, de uma bandeira liberal e falando das revoluções liberais tem-se a revolução americanas, revolução francesa. Ora, não basta, claro! Que apenas a constituição seja o fundamento de validade do ordenamento jurídico, não bastaria que só a constituição reservasse a sua disciplina para estabelecer normas de índole liberal, a legislação infraconstitucional acompanhou o mesmo sentido, a legislação infraconstitucional também trouxe a positivação de direitos de ordem liberal. Essa conquista levada a efeito dos movimentos revolucionários que caracterizam o Constitucionalismo, conforme vimos elas se irradiaram na Europa com muita forca, veja, o resultado da produção normativa, o resultado de determinadas matérias no patamar constitucional e, por conseguinte o acompanhamento da legislação infraconstitucional no mesmo sentido, isso foi fruto de um movimento revolucionário, pois havia um apego/ culto muito forte a Lei e, por isso existe aquele ditado onde diz: “o juiz é a boca da lei”, não se permitia de forma alguma que o juiz pudesse investir na sua atuação ou estabelecer por ventura uma interpretação extensiva a norma. Como? Pois a lei era tida como uma coisa boa, era uma conquista e representava direitos conquistados o juiz tinha que se limitar apenas e tão somente aplicar a lei no caso concreto e por isso o juiz era a boca da lei. O culto/apego a lei, portanto era uma crença muito forte na Europa. Bem! Ao mesmo tempo o principio da separação dos poderes indica que se a produção normativa constitui uma tarefa típica de um parlamento, como eu vou prover outro poder com o encargo de anular o trabalho do outro? O poder judiciário não poderia se investir na tarefa de anular o trabalho do poder legislativo. Ora, sequer o judiciário poderia estabelecer uma interpretação diferente daquela que se extraia da literalidade da norma, quanto mais o judiciário anular uma lei, considerando ou fundando-se suas razões em uma inconstitucionalidade, isso certamente era repudiado no direito Europeu a partir do dogma/do cultoao direito positivo. Bem! Nisso se circunscreve o controle politico este será estabelecido exatamente nessas premissas e assim se fundamenta e assim se caracteriza. É um controle que a rigor, via de regra é um controle de feição preventiva, isto é, a atuação da fiscalização que diz respeito a conformidade do ato normativo ao texto constitucional se dá ANTES da lei adquirir vigência. É um controle que se estabelece no contesto do processo administrativo, com vista, portanto a impedir que uma norma imputada como inconstitucional adentre ao sistema jurídico. 
Fundamento 
A experiência Constitucional francesa Const. Francesa 1958 V Republica Conselho Constitucional: A experiência mais destacada do controle politico sem duvida seria o conselho Constitucional francês que não é um órgão de natureza jurisdicional. O conselho constitucional francês atua precipuamente na fiscalização da constitucionalidade do ato normativo de forma preventiva para evitar que a lei adentre no ordenamento jurídico. A constituição de 1958, instituidora da quinta republica francesa, o ministro Barroso diz que o arquétipo constitucional francês é a principal experiência do controle politico de constitucionalidade. O conselho constitucional francês não é uma constituição americana, não é um STF ele não pertence e não se enquadra na estrutura no poder judiciário, é um que fica a margem do poder judiciário, é um órgão de natureza politica, que julga 350 processos por ano. Enquanto o STF julga 1000 em cada turma por mês. 
Controle Judicial: é um controle que é confiado a órgãos que exercem função jurisdicional e a rigor de índole repressiva ao passe que o controle politico se estabelece sob feição preventiva o controle judicial de constitucionalidade atua de forma repressiva, isso é após a lei ter constituído vigência. O controle judicial também se fundamenta na premissa do principio da separação dos poderes, tal como estabelecida a premissa para justificar o controle politico, o controle judicial também se justifica no principio da separação dos poderes, as premissas são as mesmas, mas os raciocínios conduzem a conclusões diversas. A fundamentação do controle judicial aconteceu na primeira vez no caso de Medison X Marbury em 1803 nos EUA, neste caso o Juiz John Marshall disse: é exatamente em razão ao principio da separação dos poderes que a fiscalização da constitucionalidade deve recair sob o poder judiciário, visto que um dos postulados do principio da separação dos poderes é exatamente a possiblidade de que um poder limite o outro, ora se o próprio poder que produz a norma fica com o encargo de fiscalizar a norma produzida eu ficarei concentrando muito poder em um só órgão, é preciso equilíbrio, é preciso o freio e contrapeso, logo essa limitação só pode ser dada ao poder judiciário, dessa forma deve recair ao judiciário o poder de fiscalização. Quando Marshall desenvolve essa fundamentação ele o faz no contexto do controle difuso, o controle difuso se estabelece na possibilidade de qualquer órgão integrante do poder judiciário poder estabelecer o controle de constitucionalidade por isso que Medison o faz no modelo de controle difuso, pois ele se difunde pelos órgãos do poder judiciário ele não está concentrado a possibilidade não se esgota e, não se concentra em um único órgão como no controle concretado. Marshall desenvolve essa fundamentação para justificar a Controle Review - revisão a cargo do judiciário, ele faz no contexto do controle difuso. Perceba que em termos históricos do que controle judicial de constitucionalidade precede o controle politico, a primeira experiência do controle Review foi em 1803. 
Fundamento 
Experiência Constitucional EUA Medison (1803) VS Marbury (John Marshall) Judicial Reveien 
No Brasil: No Brasil há o controle judicial e o controle politico. O nosso controle e preponderantemente judicial, e este controle judicial no Brasil se bifurca tanto na forma difusa como na concentrada. No controle judicial no Brasil tem-se a existência da forma concentrada e difusa de controle em um controle há um sistema absolutamente complexo e o único país que apresenta um controle tão denso como o nosso será Portugal que aceita um controle misto/hibrido (o sistema hibrido é a existência de dois sistemas vigentes de controle).
Art. 66 paragrafo 1˚ da Constituição: nesse artigo tem-se a previsão do veto do presidente da republica, ainda no processo legislativo (o projeto de lei chega no gabinete do presidente ele pode sancionar o projeto ou ele pode veta-lo. O veto é um controle politico).
Medida provisória: ela tem forca de lei desde o primeiro dia é editada. O Congresso pode rejeitar MP? SIM! Mas se ele rejeita por razões de inconstitucionalidade isso é um controle politico. 
Art. 60 parag. 4˚ da Constituições: Não será admitida a proposta de emenda a Constituição tendente a abolir a clausulas pétrea e serão elas: forma federativa de estado, direitos fundamentais, voto direto e separação dos poderes. Veja que a Constituição estabelece uma censura de conteúdo p uma proposta de emenda a constituição e se essas propostas forem tendentes a substituir esses conteúdos a constituição não tolera o processo legislativo disso ela não admite nem que isso seja pensado no processo legislativo, porquanto a MERA proposta já configura uma inconstitucionalidade se abolir clausulas pétreas. Ex. tem-se a câmara e há uma PEC tendente a abolir cláusula pétreas, o que o partido da oposição faz? Impetra mandado de segurança no STF, buscando uma concessão de liminar para arquivar a PEC. No momento em que PEC está na câmara só um parlamentar da câmara e que pode impetrar um mandado de segurança. Não PODE UM SENADOR impetrar um mandado de segurança quando este estiver no CÂMARA, somente quando a PEC tiver no senado que este senador terá legitimidade impetrar um pedido de mandado de segurança no STF. Quando o STF fizer isso o controle será judicial. 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Art. 49, V da CF: traz a previsão de um decreto legislativo expedido pelo Congresso Nacional e este decreto irá sustar um ato normativo do presidente da republica que tenha extrapolado o limite de regulamentação ou tenha exorbitado os limites da delegação legislativa, incorrendo portanto o Presidente da Republica em uma inconstitucionalidade por não respeitar os limites da regulamenta ou da delegação administrativa e isso abre oportunidade para que o congresso nacional venha expedir um decreto legislativo, trata-se então de um controle politico. 
Art. 49, V - Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Sumula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. (Aqui o STF quis dizer que o TCU pode realizar controle de constitucionalidade e ele fará isso nos casos confiados para julgamento ao TCU e se o TCU entender que uma lei é inconstitucional ele não aplica e ele pode fazer isso porque o STF falou que podia fazer, trata-se de controle politico).
Art. 58: “O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.” a previsão das comissões funcionam dentro das casas legislativas. Importa para nós a constituição de cidadania e justiça, pois essas comissões caso identifiquem alguma inconstitucionalidade no projeto de lei elas iram emitir parecer para que aquela inconstitucionalidade seja censura, seja suprimida do projeto, para que o projeto de lei não avance com aquela inconstitucionalidade, trata-se de um controle politico. 
	O controle politico a rigor e de índole preventiva e o controle judicial a rigor é de índole repressiva,verifique-se todas as formas. Tem-se o controle judicial, politico, preventivo ou repressivo.
	
	Controle Judicial
	Controle politico 
	Preventivo 
	Repreensivo 
	Art 66, para 1˚ (fala do veto do presidente da republica)
	
	X
	X
	
	Art. 49, V (fala do decreto adm. expedido pelo Congresso para cessar ato normativo do presidente da republica que tem extrapolado os limites da delegação adm. do poder de regulamentação) 
	
	X
	X (é preventivo, pois esta sustando um ato normativo e não um projeto de lei)
	
	Art. 58 (comissões existentes nas casas legislativas)
	
	X
	X
	
	Sumula 347 STF (que permite que o TCU exerça controle de constitucionalidade)
	
	X
	
	X
	Art. 60 para 4˚ (PEC)
	X
	
	X 
	
	Med. Prov. Ex. rejeição de MP pelo congresso.
	
	X
	
	X
	ADM. Publica (Ministro Barroso fala que a Adm. Publica sempre irá realizar controle politico e repressivo ao não observar os comandos normativos que ela entende como inconstitucional. Ex: uma lei destina espaço publico para realização de eventos, mas a adm. reconhece que aquele espaço e ato de proteção e se ele desobedecer a lei ela estará desbebendo a norma. )
Não concretizara comando normativos que ela entenda inconstitucional
	
	
X
	
	
X
	Ele disse que iria cobrar as hipóteses de controle jurídico, as premissas, a fundamentação. 
CONTROLE DIFUSO
Referências Históricas:
Mais do que propriamente justificar o controle judicial, este julgamento se estabelece no contexto do controle difuso. Trata-se de uma referencia do controle difuso de constitucionalidade em 1803 nos EUA. 
O controle demorou para chegar no país, no Brasil. O controle difuso no Brasil ele se estabeleceu em 1890, pelo decreto de numero 848. Aliás, foi esse decreto que criou o STF e o recurso extraordinário. 
Quando o recurso extraordinário é criado, ele não é criado com esse nome “recurso extraordinário”. Quando foi criado, deu-se o nome de recurso inominado, recurso que hoje é praticado no âmbito dos juizados especiais foi um recurso extraordinário em 1890. Em 46 o recurso extraordinário ganhou a denominação que conhecemos hoje. 
O controle difuso de constitucionalidade no Brasil, após uma comissão comandado por Rui Barbosa, em que o pessoal foi para os Estados Unidos ver como que acontecia e acabou por importar o controle difuso pra cá. 	
A primeira constituição a fazer referencia ao controle constitucionalidade no Brasil foi a constituição republicana de 1891. O controle foi inaugurado um pouquinho antes, no ano anterior (1890) pelo decreto n. 848, mas a primeira constituição que consagrou o controle difuso de constitucionalidade foi a constituição republicana de 1891.
 
Natureza do controle: 
- Concreto processo subjetivo
É possível que encontrar expressões diferentes para o presente tema, inclusive na doutrina, a pressupor talvez uma equivalência entre os termos, o controle difuso e controle concreto (afirmando serem a mesma coisa). Contudo, isso não é verdade, tampouco é verdade que o controle difuso seja sempre concreto. Haverá hipóteses que o controle difuso será abstrato.
O controle difuso ele preponderantemente, a rigor, via de regra, é um controle de natureza concreta, mas haverá hipóteses em que o controle será difuso, mas terá natureza abstrata. 
E quando o controle difuso é abstrato, as coisas ficam mais interessantes, a rigor é isso, mas isso não é uma máxima, pois ele não é sempre concreto. Pq concreto? Pq ele se estabelece no âmbito do processo subjetivo. 
O processo subjetivo é um processo caracterizado por uma lide. Ex. Ação possessória, reintegração de posse, ação anulatória, ação condenatória, ação constitutiva, ação de despejo - qualquer lide - pretensões subjetivas. 
O controle difuso de natureza concreta se estabelece em processo judicial em que há pretensões que colidem no caso concreto. 
Competência
3.1- Juízes
3.2- Tribunais (art. 97, CF)
Quem tem a competência para realizar o controle difuso? Todo o poder judiciário, com exceção do CNJ. Juizes e tribunais realizam o controle difuso, por isso o controle é difuso, pq ele se difunde no poder judiciário - todo mundo realiza o controle de formas diferentes.
Se diz controle difuso e controle concentrado por se leva em conta o órgão a realizar o controle. Difuso porque se difunde no poder judiciário. Concentrado porque se concentra no STF. 
O concreto é só a natureza do controle. 
O conceito de concreto e abstrato é a natureza da fiscalização, não leva em consideração o órgão, mas sim a natureza.
O controle concreto não é uma subdivisão do controle difuso, controle concreto é uma natureza de controle, uma forma de controle. A rigor o controle concreto se da geralmente no controle difuso, via de regra, mas nem sempre.
Os juízes podem realizar o controle de constitucionalidade. Os tribunais podem realizar o controle de constitucionalidade, mas a realização se da de diferentes formas. Os juízes se abstém de aplicar a lei ao caso concreto se eles considerarem que a lei é inconstitucional- afasta a incidência da lei e se abstém de aplicar, mas não há declaração de inconstitucionalidade.
Os tribunais realizam controle de constitucionalidade, mas aí já há possibilidade de declaração de inconstitucionalidade.
Legitimidade para suscitar o controle:
Legitimidade para provocar: todas as pessoas (autor/réu/MP/juiz de ofício/ terceiros).
O controle difuso não se caracteriza por se estabelecer a rigor no caso concreto? Sim. Ex. Ação de despejo, o réu apresenta a contestação, ele suscita a inconstitucionalidade na contestação, o réu vai falar o seguinte “ tais e tais artigos são inconstitucionais” e começa a fundamentar as razões pelas quais ele entende que seja inconstitucional. O juiz pode acolher a inconstitucionalidade ou pode rejeitar, se o juiz acata a inconstitucionalidade, acaba por prejudicar o exame do mérito. A inconstitucionalidade arguida, ela funciona como ilegitimidade passiva, como arguição de prescrição, ausência de pressuposto do interesse de agir, prejudica o exame do mérito. 
É fácil visualizar o réu suscitando a inconstitucionalidade como meio de defesa. 
No entanto, a facilidade não se estende ao autor. —> O autor suscita a inconstitucionalidade - ex.: Chega o boleto do ipva e o autor percebe que a Alíquota sob o ipva está estranha, apura que houve e chega à conclusão que teve aumento por lei alterando a alíquota, porém a lei entrou em vigor depois da incidência do ipva. O autor impetra um MS para se eximir da obrigação tributária. Quando o autor fundamenta e argumenta sob a inconstitucionalidade da lei.
Essa lei vai ser constitucional no próximo ano, no ano da incidência do ipva da emissão do boleto, ela é inconstitucional.
Legitimidade do MP: O MP pode arguir a inconstitucionalidade, seja como parte ou como fiscal da lei. 
 O juiz de ofício também pode suscitar sobre a inconstitucionalidade, ainda que as partes não se manifestem nesse sentido, ainda que o MP não faça, o juiz poderá fazer oficiosamente.
Haverá limitação quanto a isso via recurso especial ou recurso extraordinário, desde que esteja pré-questionado. O Pré-questionamento significa que a matéria fundamentada nesses recursos forem devidamente debatidas no acórdão recorrido. Pode ser implícito no acórdão (apesar de não ter referencia expressa ao artigo de lei) ou pode ser explícito (quando há indicação do artigo).
 Terceiros também podem suscitar a inconstitucionalidade, seja para opor defesa, seja para se eximir dos efeitos da lei. 
Características do controle: 
5.1- Arguição preliminar;
5.2- Incidental; 
5.3- Prejudicial;
5.4- Questão constitucional como pressuposto lógico e necessário a ser resolvido.
A questão a cerca da inconstitucionalidade é arguida de forma preliminar, resolvida de forma incidental e prejudica o exame do mérito. Primeiro resolve se as questões inconstitucionais para depois resolver o mérito. 
Efeitos da decisão: 
O principio do STARE DECISIS(EUA):
Já que se trata de um controle que se estabelece em uma lide, os efeitos da decisão a rigor são inter partes se exaure entre as partes, alcança apenas o autor e o réu - é a dita eficácia intra muros - havendo exceções.
A eficiência inter partes é uma eficácia problemática, pois ofende o princípio da isonomia e também ofende o princípio da segurança jurídica. 
Nos EUA, berço do controle difuso, tem um princípio chamado “respeito aos precedentes” (Stare Decisis). Neste caso em que houve a declaração de inconstitucionalidade no controle difuso, isso se constituía um precedente de observância obrigatória por todos os demais, então esse princípio contornava o problema que nós enfrentamos que é a isonomia na aplicação da lei e da insegurança jurídica. Como nos EUA tem essa observância ao precedente, nao existia esse tipo de problema.
A atuação do Senado Federal: 
- CF de 1934, artigo 91, inciso IV. 
-CF de 1988, artigo 52, X.
Resolução do problema no Brasil: a previsão da atuação do senado federal - trouxe um órgão do legislativo para o controle difuso. Qual era o papel do Senado? Suspender no todo ou em parte a lei declarada inconstitucional. A lei era declarada inconstitucional pelos tribunais e o senado federal poderia suspender a execução dela. 
A suspensão da execução da lei é maior que a declaração de inconstitucionalidade no controle difuso, pois a declaração ela afeta a lei no caso concreto, a suspensão pelo Senado afeta a todos. 
Gilmar Mendes fala o seguinte: a atuação do Senado outorga a eficácia erga ominis aquilo que era inter partes. 
O senado expede uma resolução suspendendo a execução da lei - art. 52 da CF.
A regra da atuação do senado ainda existe e veio para corrigir e contornar o problema da isonomia e da segurança jurídica. 
	6.1- A releitura do artigo 52, X da CF:
A releitura do art. 52, inciso X, da CF, a seguir passa-se a identificar os fundamentos que parece prejudicar o papel do senado federal no controle difuso de constitucionalidade: 	Comment by Usuário do Windows: A resolução do Senado outorga efeito erga omnes a uma decisão que era inter partes.
1º Fundamento- Princípio da reserva de plenário (cláusula full benck): 
A hipótese disciplina-se pelo art. 97 da CF e art. 948 do CPC. Aplica-se também a sumula vinculante n. 10 do STF.
No controle difuso a decisão se exauri no âmbito daquela relação processual.
Apenas os sujeitos daquele processo ficam à mercê da decisão. Outras pessoas não são alcançadas, eficácia intra murus, efeito inter partes.
Ela sugere problemas em razão da segurança jurídica. Porque em uma lide a lei é declarada inconstitucional. Mas só para o caso, e num outro caso, parecido, pode ter a lei declarada const.
Isso porque no controle difuso trazido ao brasil, não foi importado o stare decisis.
O controle foi consagrado pela primeira constituição republicana de 1891. Apenas em 1934, que o brasil conseguiu contornar a problemática da insegurança jurídica, parcialmente.
Art. 91, IV CF/34- o senado federal suspenderia, no todo ou em parte, a execução da lei declarada inconstitucional A suspensão da execução da lei reverbera com maior amplitude que a decisão declaratória de inconstitucional Uma casa legislativa suspende para todos.
Desde 34 foi prevista em todas as CFs, na CF de 88, art. 52, X. Com a mudança de que, hoje, apenas as decisões do STF convocam o senado para expedir a resolução senatorial. 
Então é possível enxergar que a decisão do senado tem intuito de suspender a execução da lei entendida como inconstitucional Mas a atuação do senado encontra-se prejudicada, e hoje trataremos dos fundamentos que embasam a ideia da perda do “poder” do senado.
1º Laudo da reserva de plenário/ Princípio da reserva de plenário:
O art. 97 da CF diz que: 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Por isso cláusula de reserva de plenário, apenas o plenário ou órgão especial pode declarar.
Não se pode admitir que um juiz declare a inconstitucionalidade. A CF expressa o tribunal, não o juiz.
O juiz pode simplesmente se abster de aplicar a lei, ele não declara a inconstitucionalidade.
O Gilmar mendes, diz: Pela resolução senatorial, a decisão do senado federal outorga eficácia Erga omines à decisão que era inter partes.
Fundamentos que vão acusar uma mudança no papel do senado federal.
O poder judiciário e seus tribunais se organizam com órgãos fracionários e plenário.
Os órgãos fracionários são, à rigor, as turmas. E se dividem pela orientação da matéria.
Fora isso, tem-se o plenário.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
Art. 948.  Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
É fundamento como o art. 97 da CF como cláusula full bendge.
Existe uma sistemática de julgamento. Como é declarada a inconstitucional?
O processo pode chegar ao tribunal (órgão fracionário) por meio de distribuição.
Suscitada a questão em torno da inconstitucional Ela precisa ser reconhecida pelo órgão fracionado. Esse reconhecimento se dá por maioria simples. 
FALOU QUE VAI COLOCAR NA PROVA QUE É POR MAIORIA ABSOLUTA! (Prometeu!) Kkkkkk. Depois desprometeu. .
O reconhecimento é pelo quórum de maioria simples. Reconhecida inconstitucional a questão é submetida ao órgão especial. A turma apenas reconhece a inconstitucional, não a declara. A partir desse momento, ocorre uma cisão de julgamento.
Porque nos termos do art. 97 da CF, somente pelo voto da maioria absoluta, poderá ser declarada a inconstitucionalidade Ocorre uma cisão de competências, o órgão especial ou plenário julgará a consti. Julgado, o processo volta. O órgão especial não julga o caso concreto, ele reserva a sua jurisdição para declarar,ou não a inconstitucionalidade.
Isso é um incidente no processo, no controle difuso a questão inconstitucional É arguida de forma preliminar, resolvida incidentalmente e guarda prejudicialidade em relação às demais matérias de direito. 
Uma demanda pode apresentar vários pedidos, com prejuízo entre eles ou não. Às vezes a questão da inconstitucionalidade Afeta um dos pedidos, não todos. Após o órgão se manifestar sobre a const. É que se julga o restante. 
O controle difuso, preponderantemente, se dá de forma concreta. Mas essa hipótese é abstrata, uma vez que se limita a julgar o mérito da inconstitucionalidade Não o processo em sí.
Súm. Vinculante 10.
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Os órgãos fracionários não declaravam, deixavam de aplicar a lei. Essa súmula impediu os órgãos fracionários de afastar o controle.
Exceções em que o órgão fracionário não precisa levar ao plenário:
Leis pré constitucionais (anteriores à CF de 88).
Processo similar já julgado. Questão já encaminhada ao plenário anteriormente.
Há uma antecipação dos efeitos vinculantes da decisão do STF, a decisão está vinculando órgão fracionário. Todos os órgãos fracionários devem dar atenção ao STF.
- Explique as razões pelas quais o órgão fracionário não pode exercer o controle de const. Afastando a incidência da lei por entende-laincosntitucional.?
A doutrina diz que quando eu submeto a questão do órgão fracionário para o especial, opera-se o efeito devolutivo limitado ou restrito.
Nas turmas importa apenas o julgamento do caso concreto. No plenário o caso concreto não vai.
No controle abstrato é a lei em confronto com a CF. o concreto é a lei, tem o fato concreto. No abstrato não interessa o caso. Por isso aqui o controle é difuso de natureza abstrata.
O direito brasileiro presume a constitucionalidade da lei.
2º fundamento- habeas corpus 82959 – reclamação 4335-5:
Nesse habeas corpus, houve a declaração de inconstitucionalidade de um dispositivo da lei de crimes hediondos.
O que aconteceu é que a lei de crimes hediondos tinha a previsão no sentido de vedar a progressão de regime para quem praticava crimes hediondos. 
E nesse habeas corpus, defendeu-se a possibilidade da progressão de regime pela prática de crimes hediondos.
 A relatoria desse habeas corpus coube ao Gilmar Mendes, e ele declarou incidentalmente a inconstitucionalidade deste dispositivo. Isto é, o artigo 2º, § 1º, da lei 8.072/90, o qual vedava a progressão de regime, foi declarado inconstitucional. 
Percebamos que a declaração de inconstitucionalidade se deu em um habeas corpus, controle difuso, portanto. Isto é, a vedação da progressão de regime foi afastada naquele habeas corpus, e desse modo, aproveitou apenas o paciente daquele habeas corpus. Quem se beneficiava da decisão era apenas o paciente, ninguém mais se beneficiou daquela decisão.
Por isso, o defensor publico do estado do Acre, começou a impetrar um monte de habeas corpus (um seguido do outro), sob o argumento de que existia uma decisão do STF que vedava o dispositiva da negativa de progressão de regime. O juiz da comarca julgou esses habeas corpus negou sob o fundamento de que essa decisão ocorreu em controle difuso, e a eficácia era inter partes, e que até aquela data não houve atuação do Senado Federal, não houve expedição pelo Senado de resolução suspendendo a execução da lei declarada inconstitucional pelo supremo. Porque se o Senado tivesse expedido a resolução, nesse caso sim, o dispositivo declarado inconstitucional estaria suspenso. 
Nos vimos que a resolução do senado ela outorga efeito erga omnes a decisão que opera efeitos inter partes. O juiz da comarca de Rio Branco, disse exatamente isso. Ele deixou expresso que não precisava aderir à decisão do supremo porque a eficácia da decisão se deu em controle difuso, e aproveita somente aquelas partes. 
O que o defensor público fez então diante das negativas do juiz, foi escolher um daqueles habeas corpus, e ajuizou a reclamação 4335-5 para o supremo. A relatoria dessa reclamação é do Ministro Gilmar Mendes. 	Comment by Usuário do Windows: Exige que a decisão reclamada (contra a qual se ajuíza a reclamação constitucional) tem que estar contraria a sumula do supremo ou a decisão tomada em controle concentrado.
Nela o defensor alegou que o juiz da comarca de Rio Branco, não estava querendo julgar conforme a decisão do Ministro Gilmar Mendes.
O Gilmar Mendes, em seu voto afirma que o respectivo juiz deveria observar aquilo que ele havia decidido. Em outras palavras, ele quis dizer que a decisão dele, em controle difuso, tem eficácia erga omnes. Ou seja, a decisão dele, ainda que em controle difuso deveria ser observada lá no Acre, até na contramão daquilo que se prescreve para o cabimento da reclamação constitucional.
No plano teórico, contudo o Gilmar defende a hipótese das decisões em controle difuso também respaldarem a reclamação. Porque cada vez mais, existe a tendência de abstrativização, cada vez mais a decisão que ainda que em controle difuso, você vê ela extrapolando os limites daquela relação processual. Então, o Gilmar Mendes se filia a essa compreensão. Hora, se as decisões em controle difuso cada vez mais reverberam eficácia além de inter partes, quase erga omnes, porque não acolher a reclamação constitucional em uma situação como essa.
O que nos temos que lembrar é que a atuação do Senado federal, em suspender a execução da lei declarada inconstitucional ela foi prevista pela primeira vez na Constituição de 1934 só que em 1934 o Brasil só praticava o controle difuso, nessa época ele desconhecia o concentrado. O controle concentrado só chega ao Brasil em 1965, desse modo, quando a intervenção do Senado foi pensada, foi num contexto de só existência do controle difuso. A partir do momento que o controle concentrado se estabelece e depois se agiganta na Constituição de 1988, a intervenção do senado fica diminuída. Trata-se de um controle de constitucionalidade pensado apenas para a sua modalidade difusa (só entre as partes, não se pensava a para todos). 
Por isso estamos fazendo um apanhado desses fundamentos que aproximam a eficácia das decisões no controle difuso da eficácia nas decisões no controle concentrado. O primeiro foi o que já estudamos a reserva do plenário. E agora um julgamento em que o Gilmar se depara com a reclamação constitucional 4335 e fala que sua decisão tem que ser observada. Mas isso não é um poder instituído, uma arbitrariedade, a uma reflexão teórica para isso. 
Votam nesse sentido, portanto, Gilmar Mendes e Eros Grau. A votação termina 2x2, em sentido contrario Joaquim Barbosa e Sepúlveda Pertence. O plenário ia retomar o julgamento e a reclamação restou prejudicada porque houve uma alteração na lei de crimes hediondos, sendo, portanto arquivada. 
Mas de qualquer forma, esse julgamento apontou uma inclinação do supremo para reconhecer também as decisões em controle difuso à eficácia erga omnes, típica das decisões em controle concentrado de constitucionalidade. 
3º fundamento- RE 197917 SP:
	A ação originaria foi promovida pelo Ministério Público de SP, em face do Município de Mira Estrela. 
	O artigo 29 da CF, denominado pela doutrina de cláusula de proporcionalidade para os municípios. Ele estabelece o numero de vereadores considerando o tamanho da população. Há a disciplina de quantos vereadores serão nomeados de acordo com o tamanho daquele município. 
	 O que aconteceu no município de Mira estrela, é que deram posse a mais vereadores do que deveriam. Ou seja, o MP acusou que a cláusula de proporcionalidade não foi observada. 
	Essa ação chegou ao supremo. E ele reconheceu a inconstitucionalidade do ato do poder público, por ofensa ao artigo 29 da CF, determinando a destituição de quem tinha tido o menor numero de votos e assumiu o cargo de vereador.
	Essa decisão então atinge o município de Mira estrela, porque foi em cede de controle difuso. 
	O TSE então olha a decisão do supremo e a partir daquela decisão, edita uma resolução, só que resolução é ato normativo é dotado de generalidade administrativa. A resolução do TSE, portanto, passa a atingir todos os municípios. Ou seja, ela pega a solução do STF e dá efeito erga omnes. 
	O que acontece, é que se passa a questionar a resolução do TSE, que passa a ser objeto de uma ADI no supremo. Que julga improcedente, reconhecendo a constitucionalidade da resolução do TSE. Ainda que tomada a decisão em controle difuso, o supremo chancela a resolução do TSE que no fim tornou a sua decisão eficácia erga omnes. 	Comment by Usuário do Windows: Relator Celso de Melo.
	Nesse julgamento, avançasse mais do que a reclamação 4335, porque o STF o concluiu. Chancelando a resolução do TSE. Ou seja, nesse caso a eficácia erga omnes atribuída a decisão do supremo se constituiu não por conta da intervenção do Senado, mas por conta de uma intervenção do TSE, ratificada na ADI pelo STF.
	Percebamos que o primeiro fundamento é de índole dogmática que se estrai a partir do principio da reserva de plenário, do artigo 97 da CF, do artigo 948 do CPC e da sumula vinculante 10. Agora esses outros dois fundamentos são de índole jurisprudencial. 
4º Fundamento - Controle Estadual de Constitucionalidade:
		
A cada fundamento apresentado o nosso intento é demonstrar como fica prejudicada a atuação do Senado no controle difuso e observar o estreitamentoda via difusa no controle de constitucionalidade. Pois bem, vamos visualizar que influencia a respeito disso pode trazer o controle estadual. 
Base constitucional:
A base constitucional do controle estadual de constitucionalidade está no art. 125 §2º da CF “Cabe aos estados a...”. Podemos extrair que a CF autoriza que também no âmbito estadual exista um controle concentrado de constitucionalidade, para averiguar se as leis estaduais e municipais respeitam ou não a constituição do estado. Então, há um microssistema no estado, de controle de constitucionalidade. 
- Competência: Quem vai realizar, julgar se esse controle? Ou seja, apreciar se a lei estadual ou municipal está de acordo com a constituição do estado? O tribunal de justiça do respectivo estado, ao passo que no âmbito federal esse controle é exercido pelo Supremo. 
- Objeto: leis e atos normativos estaduais e municipais.
- Legitimação: Quem pode ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual/municipal? A CF não fala, mas veda-se a legitimação a um único órgão. Cada constituição estadual vai definir os seus legitimados, sendo vedada a atribuição a um órgão. 
Natureza das normas (parâmetro):
- Normas da Constituição Estadual de reprodução voluntária;
- Normas da constituição Estadual de reprodução obrigatória.
Vou confrontar as leis estaduais e municipais com a Constituição do estado. Quando eu enxergo o parâmetro, isto é a constituição do estado, dentro dessa constituição eu acho normas de diferentes naturezas, tenho o que a doutrina e jurisprudência do STF denominam normas de reprodução voluntária e obrigatórias. As normas de reprodução voluntária são normas que voluntariamente seguiram o modelo federal, isto é, o constituinte estadual tinha liberdade/opção de legislar à sua maneira acerca de determinadas matérias, mas não utilizou de sua autonomia e preferiu seguir o modelo federal, replicando-o na constituição do estado. Já as normas de reprodução obrigatória são normas que o constituinte estadual, obrigatoriamente, teve que seguir o modelo federal, isto é, são normas essencialmente e materialmente pertinentes à CF, formalmente, em essência é uma norma de índole da CF. 
Parametrização dos Controles:
Se o parâmetro for a constituição do estado, quem realiza o controle é o tribunal de justiça do respectivo estado. Se for a constituição federal, que o realiza é o Supremo Tribunal Federal. Preciso ter o discernimento que no âmbito estadual, tem como objeto tanto as leis estaduais como as municipais, ao passo que no federal, a rigor, só tenho a lei federal e estadual; leis municipais, a rigor, não são confrontadas com a CF, haverá hipóteses excepcionais em que isto se torna possível, mas não é a regra. 
O controle estadual na jurisprudência do STF: 
- A dificuldade em discernir a natureza das normas no parâmetro.
-1º momento: apenas normas de reprodução voluntária.
-2º momento: também as normas de reprodução obrigatória.
Compreensão do Supremo em relação ao controle estadual de constitucionalidade: Em um primeiro momento, o STF definiu que apenas as normas de reprodução voluntária autorizavam o controle estadual, a argumentação era de que as normas de reprodução obrigatória não poderiam reivindicar a atuação do tribunal de justiça, porque apesar da norma formalmente existir na constituição do estado, materialmente era da CF e, portanto, o controle a ser exercido, deveria se limitar no controle estadual com as normas de reprodução voluntária. As normas de reprodução obrigatória, portanto, estavam alijadas do controle estadual de constitucionalidade. Num segundo momento, contudo, o STF, especialmente na Reclamação 383, definiu que a CF no art. 125 §2º não faz nenhum discernimento entre as normas da constituição do estado; E se a CF não faz essa distinção, não caberia ao STF fazê-la. Ou seja, o STF entendeu que já que na CF não há distinção entre as normas de reprodução voluntária e obrigatória, o STF não poderia fazê-la. 
Logo, passou-se a defender que o controle estadual também levasse em consideração quando o parâmetro fosse uma norma de reprodução obrigatória. Num primeiro momento defendia-se apenas o controle para as NRV, porque essas eram normas da constituição do estado mesmo. Agora, as NRO, apesar de formalmente existirem na constituição do estado, materialmente eram normas da constituição federal e, portanto, somente o STF teria o direito e a competência para falar a respeito delas. Em um segundo momento o Supremo revê o seu posicionamento, estabelecendo que a CF não faz a distinção e que, portanto, não poderia o Supremo realizá-la. E mais, não apenas pq a CF não realizou essa distinção, o próprio Supremo reconheceu, por meio de Gilmar Mendes que assim disse: “Nunca conseguimos definir quais seriam as NRV e as NRO” as doutrinas divergem. O importante para nós é lembrar de algumas matérias que são normas federais, das quais as constituição estaduais foram obrigadas a replicar, por exemplo: não pode uma constituição estadual extirpar a Defensoria Pública; não definir a atuação do seu respectivo MP; o princípio da simetria vai determinar a observância pelo constituinte estadual do funcionamento dos poderes (todos eles, executivo, judiciário e legislativo); normas e direitos fundamentais devem ser observadas, também pela constituição estadual, jamais ao arrepio da CF e a replicação é de observância obrigatória. O STF já teve chance de se posicionar sobre as matérias que são de índole federal, mas não há um rol taxativo que eu possa chamar de NRV E NRO, porque o Supremo vem definindo isso caso a caso. 
Se o próprio Supremo não sabe definir com que respaldo determinará ao Tribunal de Justiça o tipo de controle que ele pode realizar? Isso, na esteira do que disse Gilmar Mendes, prejudicaria o controle estadual de constitucionalidade. Assim, permitiu-se ao estado exercer o controle de constitucionalidade, seja a NRV ou NRO. Autorizou-se, portanto, na resolução 383, que os tribunais de justiça avançassem na realização do controle de constitucionalidade estadual (o problema não estava no objeto e sim no parâmetro).
A partir disso, ainda que se franqueasse ao TJ a realização do controle de constitucionalidade, independentemente da natureza da norma parâmetro, seja ela NRV ou NRO, o STF estabeleceu que ao se considerar que a norma parâmetro seja uma NRO e o TJ realizar o controle, o recorrente poderá trazer a discussão ao Supremo. O STF definiu que em se tratando de controle estadual de constitucionalidade, em que o parâmetro seja uma NRO, não posso deixar que a última palavra seja dada pelo TJ, porque materialmente a norma é da CF. 
Isto é, quando diante de uma NRO na constituição do estado, apesar de formalmente ser a constituição do estado, aqui por trás eu tenho a própria CF e por esse raciocínio, se estou ofendendo a própria norma da CF, o Supremo é quem deve dar a última palavra. Como? Deste acórdão é interposto recurso extraordinário para o STF. 
A NRV não deixa de ser uma norma da constituição, mas ela não tem relevância para ser questionada no âmbito federal.
Retomando, o RE é interposto contra o acórdão do controle estadual de constitucionalidade, quando no controle houver a deflagração de uma norma parâmetro de reprodução obrigatória. Pela via do RE uma lei municipal pode acender ao Supremo. Quando o RE é interposto eu migro essa discussão para o Supremo, e se é o Supremo o parâmetro passa a ser a CF, o STF não vai realizar o controle com base na constituição do estado e sim na Federal, até porque a norma da constituição do estado é essencialmente federal. Então interposto o RE, a lei sai do TJ, vai para o Supremo e possibilita a discussão de uma lei municipal versus a Constituição Federal. 
O Recurso extraordinário como uma via recursal é um instrumento típico do controle difuso. Mas aqui, o RE é um instrumento do controle concentrado atipicamente, porque foi interposto contra um acórdão do controle concentrado estadual e por meio dele está se reivindicando o controle concentradofederal. Anomalamente, o RE funcionando como típico instrumento do controle concentrado. 
Se o RE foi interposto contra o acórdão do controle estadual, qual a eficácia desse acórdão? Erga omnes. A discussão estabelece-se por meio de um RE no Supremo a partir de um acórdão com eficácia erga omnes. A decisão do RE então será erga omnes e nessa hipótese não terá a atuação do Senado. Primeiro porque não é controle difuso, mas eu tive um controle concentrado via recurso, atipicamente, afastando qualquer atuação do Senado. 
Recorribilidade do acordão em Controle Estadual: 
Quanto Federal eu não posso ter lei federal e estadual em face da constituição? No âmbito estadual eu posso ter estadual e municipal. Se tanto no âmbito federal quanto no estadual tenho uma intersecção (lei estadual, vide desenho), ocasionalmente, posso, por exemplo: Semana passada, o chefe do MP do estado de SP promoveu um ADI da Lei A do estado de SP, em face da constituição do estado de SP. Nessa semana, o Procurador Geral da República fez o mesmo, pegou a lei e levou a discussão para o Supremo. Concomitantemente a lei estadual está sendo questionada no TJSP e no STF. Nessa hipótese o que acontece? O STF determina o sobrestamento, a suspensão do julgamento do processo no TJSP “vocês esperem eu decidir aqui e depois continuem o julgado”. Porque se o Supremo declarar a inconstitucionalidade já era! E se ele declarar a constitucionalidade necessariamente o TJSP terá que considerar constitucional a lei? Se a parametrização e o objeto forem os mesmos a decisão do Supremo vincula. 
Concomitância de Controles:
A discussão simultânea em torno da constitucionalidade de uma lei estadual perante o TJ e o Supremo, ensejará a este (TJ) a determinação de sobrestamento do processo no âmbito estadual. 
5º Fundamento - Repercussão geral:
- Conceito: Trata-se de requisito intrínseco de admissibilidade do RE caracterizado pela transcendência da questão nele versada em relação às partes do processo, e também, pela relevância da matéria sob o prisma político, social, econômico ou jurídico. A negativa de repercussão geral, depende da manifestação, nesse sentido, de 2/3 (dois terços) dos ministros do STF. O quórum de 2/3 é para falar que NÃO tem repercussão geral! Se esse quórum não for atingido EXPRESSAMENTE, a repercussão geral é PRESUMIDA e, portanto, a repercussão geral é admitida. 
Da-se de um instituto que adentrou no ordenamento jurídico como requisito intrínseco de admissibilidade. A repercussão geral se caracteriza por dois atributos: Relevância (matéria deve ser relevante do ponto de vista político, social, econômico ou jurídico) e deve ter potencial transcendente (a matéria para a qual se reivindica a caracterização da repercussão geral não pode se circunscrever aos interesses das partes). Não é preciso que essa transcendência signifique ser do interesse de todos, é suficiente que um seguimento de pessoas, um determinado grupo/categoria tenha interesse na matéria. Ou seja, esse grupo ou seguimento deve ser impactado pela matéria cuja a repercussão geral se pretende reconhecer. 	Comment by Rayanna Castelo Branco: Revisão da aula anterior
No STF há uma trinca de 2/3, 1º modulação dos efeitos 2º repercussão geral e 3º súmula vinculante.
- Concepção: A repercussão geral foi concebida no que a doutrina chama de “a segunda crise do STF”, marcada pela sobrecarga de volume de recursos extraordinários que aportavam, chegavam, ao Supremo. A segunda crise se estabeleceu após o advento da CF/88, haja vista a equivocada crença de que as competências do Supremo confiadas ao STJ desafogariam os trabalhos no STF, levando este tribunal a abandonar o requisito da arguição de relevância previsto em seu regimento na década de 70. 
Instituto como legítimo filtro recursal para censurar o aporte de recursos extraordinários do STF. A repercussão geral é concebida para estancar o que originariamente se chama de segunda crise do STF. Tanto a primeira quanto a segunda crise se caracterizam pelo volume de recursos extraordinários submetidos a julgamento no STF, sobrecarregando a pauta da Corte. Com esse requisito da repercussão geral, cria-se um requisito para interposição do recurso, diminuindo o seu número no Supremo.	Comment by Rayanna Castelo Branco: Revisão aula anterior
Distinção da repercussão geral e arguição de relevância: Não há que se confundir a repercussão geral com a figura que existiu na instituição jurídica em 1973, que é a arguição de relevância, pensada e concebida para tentar contornar a primeira crise do STF. Ocorre que a arguição só tinha assentada regimental e como o próprio nome indica, exigia tão somente a atribuição de relevância. Disso se distingue já da repercussão geral, porque essa tem assentada regimental (nº21/07) e também no plano infraconstitucional, com a Lei 11. 418. A repercussão geral precisa ser fundamentada pelo Supremo, caso entenda que não exista repercussão geral na matéria, diferente da arguição, não havia necessidade de fundamentação, simplesmente dizia se havia ou não relevância no recurso e a partir disso promovia ou não seu julgamento. Em 1973, pré CF/88, portanto, ainda não havia o princípio da fundamentação das decisões judiciais. 
Convém considerar também entender como o requisito da repercussão geral se processa no STF, porque como se trata de um requisito intrínseco de admissibilidade a rigor poderíamos colocar a repercussão geral ao lado de tantos outros requisitos como tempestividade, regularidade formal, pré-questionamento, os requisitos de admissibilidade recursal, a repercussão geral é mais um requisito. Assim para o exame da repercussão geral no RE:
1º O relator se depara em examinar a tempestividade, a regularidade do recurso, se a matéria está pré-questionada, se houver exaurimento das vias ordinárias (sum 281 do STF), se o recurso eventualmente não exige do STF o revolvimento ao plano fático probatório ( vedação na Sum 279 STF), verificar se o recurso não reivindica a atuação do Supremo para matéria infraconstitucional que caracterizaria a ofensa indireta ao texto constitucional (sum 636 STF), se houve a impugnação específica dos acórdãos recorridos (sum 383 STF). O relator se depara com o RE e esse campo minado sumular como os demais requisitos e só se manifesta a respeito da repercussão geral depois de vencidos esses tradicionais requisitos de admissibilidade. A Emenda regimental nº 21/2007, disciplina essa sistematicidade de julgamento pelo Supremo, cabendo então primeiro ao relator, cumpre aos tradicionais requisitos de admissibilidade. Se o RE estiver em termos com relação a todos os requisitos, ai sim, sucede o exame da repercussão geral, que cabe a todo o Supremo pelo Plenário virtual, com prazo de 20 dias para se pronunciarem a respeito. 
Recurso de apelação, especial, extraordinário, quando chega ao relator ele pode julgar sozinho, se considerar que o Supremo já tem entendimento naquela matéria. Agora, pode ser que o relator não se sinta a vontade para julgar sozinho, e esteja em dúvida sobre a pertinência em estabelecer um julgamento monocrático, se a orientação do Supremo se aplica aquela hipótese, então leva ao colegiado, na turma, onde há 5 ministros. É possível que na turma exame da repercussão geral já termine, porque preciso de 2/3, se os 5 ministros de manifestarem a favor da manifestação geral, é impossível haver uma manifestação contrária de 2/3. Logo, na hipótese do relator levar o RE para julgamento na turma, a lógica pelo plenário virtual pode ficar prejudicada porque a própria turma pode trazer o acompanhamento de 5 ministros. A sistemática do plenário virtual ocorre quando o relator não leva para a turma, porque levando para a turma cria-se um atalho para o julgamento. 
O relator pode no máximo, tendo em vista que a repercussão geral é um requisito de admissibilidade, se manifestar acerca da existência ou não e aguardar os 20 dias para que os demais ministros se manifestem. Isso ocorre quando não leva para a turma, porque se levar para a turma pode se findar ali.

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