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Aula 14 - A Fundamentação Simples - Narrativa Jurídica

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CURSO DE DIREITO- SEGUNDO PERÍODO Identificar a estrutura do argumento de autoridade; 
 
 
 
Redigir diferentes tipos de argumentos para compor uma fundamentação simples; 
 
Redigir uma fundamentação simples, a partir de um caso concreto dado. 
Outro tipo de argumento muito utilizado é o de OPOSIÇÃO. 
É uma estratégia discursiva bastante eficiente. Consiste na introdução de uma perspectiva oposta ao ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-o como uma possibilidade, para depois apresentar como argumento decisivo a perspectiva contrária. Apoia-se no uso de conectivos argumentativos concessivos( embora, conquanto, ainda que) e adversativos( mas, porém contudo, todavia). 
Ex 1: Embora haja quem argumente ser impossível pensar a afetividade como valor jurídico, pois não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garante reaproximações indesejadas, a Justiça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afetiva. ( oposição concessiva) 
Ex. 2: Há quem argumente ser impossível pensar a afetividade como valor jurídico, ou seja, não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garante reaproximações indesejadas, mas a Justiça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afetiva. ( oposição restritiva) 
 
Para a produção da fundamentação, como já foi visto, importa que um fato concreto, colhido dos autos, possa ser avaliado segundo múltiplas possibilidades argumentativas, dependendo da valoração que se queira atribuir a tal fato. Por essa razão, não se pode dizer que um argumento é mais importante que o outro, mas que possui maior capacidade persuasiva em um determinado contexto. 
Veja o exemplo abaixo, formulado a partir do caso concreto em que uma mãe foi flagrada queimando as mãos de seus filhos porque não queria que eles lessem gibis de luta: 
FATO JURIDICAMENTE IMPORTANTE: segundo perícia realizada, os meninos precisam de cirurgia plástica nas mãos para recuperarem os movimentos dos dedos; 
COMO VALORÁ-LO NA FUNDAMENTAÇÃO; 
1- A integridade física e moral dos meninos, garantida pela Constituição e pela legislação infraconstitucional, foi violada. (argumento de autoridade) 
 
2- O ato é uma covardia que extrapola qualquer limite de razoabilidade imposto aos pais na tarefa de educar seus filhos. (argumento do senso comum) 
3- De acordo com especialistas da área de Psicologia, crianças que sofrem maus-tratos na infância tendem a se tornar adultos violentos com seus filhos. ( argumento de autoridade) 
4- Ainda que a intenção da mãe fosse educar os filhos (finalidade lícita), o meio a que recorreu foi ilícito, o que torna sua conduta criminosa à luz do Direito. ( argumento de oposição) 
Ao redigir a fundamentação – que se constitui num texto argumentativo – é necessário observar a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
A introdução ou introito pode ser de vários tipos, como explanação da ideia inicial, enumeração, localização do fato no tempo e no espaço, retomada histórica, enfim, o mais adequado à tese que se pretende defender. 
 
 
No parágrafos seguintes, tem-se o desenvolvimento, em que a tese, o ponto de vista escolhido será defendido por meio dos argumentos. Há que se observar a concatenação desses argumentos, para se evitar repetições cansativas e desnecessárias. Na média, tem-se de 3 a 5 parágrafos para o desenvolvimento da argumentação, em que serão usados diferentes tipos de argumentos. 
 
Por fim, no último parágrafo, há que se fazer a conclusão, em que, normalmente, se reitera a tese defendida, se retomam as ideias que foram expostas na introdução. 
Com base no texto narrativo a seguir, redija os seguintes tipos de argumentos aprendidos: 
A) argumento pró-tese; B) argumento de autoridade; C) argumento de oposição. 
CASO CONCRETO 
O caso julgado é de São Paulo. A autora obteve reconhecimento judicial de paternidade e entrou com ação contra o pai por ter sofrido abandono material e afetivo durante a infância e adolescência. O juiz de primeira instância julgou o pedido improcedente e atribuiu o distanciamento do pai a um "comportamento agressivo" da mãe dela em relação ao pai. A mulher apelou à segunda instância e afirmou que o pai era "abastado e próspero". O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reformou a sentença e fixou a indenização em R$ 415 mil. 
No recurso ao STJ, o pai alegou que não houve abandono e, mesmo que tivesse feito isso, não haveria ilícito a ser indenizável e a única punição possível pela falta com as obrigações paternas seria a perda do poder familiar. 
A ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma, no entanto, entendeu que é possível exigir indenização por dano moral decorrente de abandono afetivo pelos pais. "Amar é faculdade, cuidar é dever", afirmou ela na decisão. Para ela, não há motivo para tratar os danos das relações familiares de forma diferente de outros danos civis. 
 
"Muitos magistrados, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar - sentimentos e emoções -, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores", afirmou a ministra. "Contudo, não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família". 
A ministra ressaltou que, nas relações familiares, o dano moral pode envolver questões subjetivas, como afetividade, mágoa ou amor, tornando difícil a identificação dos elementos que tradicionalmente compõem o dano moral indenizável: dano, culpa do autor e nexo causal. Porém, entendeu que a paternidade traz vínculo objetivo, com previsões legais e constitucionais de obrigações mínimas. 
"Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem ou adotarem filhos", argumentou a ministra. 
No caso analisado, a ministra ressaltou que a filha superou as dificuldades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como "filha de segunda classe", sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos filhos posteriores, mesmo diante da "evidente" presunção de paternidade e até depois de seu reconhecimento judicial.

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