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* CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO Profa. Maria Rosa Chitolina Capítulo 16 Lehninger Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Naturais e Exatas Departamento de Química Setor de Bioquímica * Introdução Obtenção de energia (ATP) pelas células: Anaeróbia Aeróbia Fermentação Piruvato lactato etanol Respiração Piruvato CO2 H2O * Molécula de ATP * * Introdução Consumo de O2 e formação de CO2 pelas células RESPIRAÇÃO CELULAR 1º Formação de acetil-CoA a partir da oxidação dos combustíveis orgânicos: glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos. 2º Oxidação do acetil-CoA, através do ciclo do ácido cítrico. 3º Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa. * * Introdução RESPIRAÇÃO: + complexa que a glicólise Processo evolucionário: surgiu após o aparecimento das cianobactérias [O2] na atmosfera da Terra * * Produção do Acetil-CoA (acetato ativado) Glicose e outros açúcares Ácidos graxos Maioria aminoácidos CO2 e H2O CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO Acetil-CoA * Reações do Ciclo do Ácido Cítrico Ciclo do ácido cítrico papel central nos mecanismos metabólicos de obtenção e preservação de energia. Intermediários com 4 e 5 C são empregados como precursores biossintéticos. * * * TRANSPORTADORES DE ELÉTRONS NADH * FADH2 * Reações do Ciclo do Ácido Cítrico 1948 Eugene Kennedy Albert Lehninger Ciclo do ácido cítrico Eucariotos MITOCÔNDRIA Enzimas Coenzimas Enzimas Proteínas Ciclo do ácido cítrico Fosforilação oxidativa Enzimas Degradação de ác. Graxos em acetil-CoA; Degradação oxidativa dos aa em acetil-CoA, α-cetoglutarato, succinil-CoA ou oxaloacetato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 1º Formação do citrato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos O carbono metila do grupo acetil é reunido ao grupo carbonila (C-2) do oxaloacetato. No sítio ativo da enzima é formado o intermediário transitório citroil-CoA, que rapidamente é hidrolisado liberando o citrato e a CoA livre. A hidrólise do tioéster intermediário faz com que a reação seja altamente exergônica nesse sentido. A CoA livre é reciclada, podendo participar na descarboxilção oxidativa de outra molécula de piruvato pelo complexo da PDH. * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos O oxaloacetato, o 1º substrato a ligar-se na enzima, induz uma mudança conformacional no domínio flexível e faz aparecer um sítio de ligação para o segundo substrato, o acetil-CoA. Oxaloacetato Análogo do acetil-CoA * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 2º Formação do isocitrato via cis-aconitato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos A aconitase pode promover a adição reversível de água na dupla ligação do cis-aconitato por 2 caminhos diferentes: um levando a citrato e o outro a isocitrato. A reação é deslocada para a direita isocitrato é consumido rapidamente, diminuindo a [ ] de equilíbrio estacionário. * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos A aconitase (aconitase hidratase) contém um centro ferro-enxofre que atua tanto na ligação do substrato no sítio ativo quanto na catálise da adição ou remoção de água. * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 3º Transformação do Isocitrato a α-cetoglutarato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos O Mn2+ no sítio ativo interage com o grupo carbonila do produto intermediário, o oxalossuccinato, que é formado de forma transitória mas não abandona o sítio de ligação até que ocorra a descarboxilação. O Mn2+ também estabiliza o enol formado transitoriamente pela descarboxilação. * ISOCITRATO DESIDROGENASE * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 4º Oxidação do α-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2 * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos O NAD+ serve como receptor de elétrons. O CoA serve como carregador do grupo succinil. O complexo da α-cetoglutarato desidrogenase assemelha-se muito, em estrutura e função, ao complexo da piruvato desidrogenase (E1, E2, E3). No entanto suas sequencias de aa são diferentes e têm especificidades de ligação diferentes. * * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 5º Conversão do succinil-CoA em succinato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos A energia liberada no rompimento da ligação tioéster do succinil-CoA é empregada na síntese de uma ligação de anidrido fosfórico no ATP ou no GTP. Em um passo intermediário, a molécula da enzima é fosforilada em um resíduo de histidina específico presente no sítio ativo. A síntese de ATP (ou GTP) é outro exemplo da fosforilação ao nível de substrato. O ATP e o GTP são energeticamente equivalentes. * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 6º Oxidação do succinato a fumarato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 7º Hidratação do fumarato a malato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos A fumarase (fumarato hidratase) é altamente estereoespecífica; ela catalisa a hidratação da dupla ligação trans do fumarato, porém não é capaz de agir no maleato (o isômero cis do fumarato). * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos 8º Oxidação do malato a oxaloacetato * O ciclo do ácido cítrico tem 8 passos Embora o equilíbrio dessa reação esteja deslocado para a esquerda sob condições termidinâmicas-padrão, a contínua remoção do oxaloacetato pela citrato sintase (passo 1), desloca a reação da malato desidrogenase na direção de formação de oxaloacetato. * A energia de oxidação é eficientemente conservada no ciclo 2 C entram no ciclo – grupo acetil. 2 C saem do ciclo – CO2 – oxidações. A energia liberada por essas oxidações redução de 3 NAD+ e 1 FADH síntese de uma molécula de ATP ou GTP. 1 molécula de oxaloacetato regenerada * * A energia de oxidação é eficientemente conservada no ciclo Produção de ATP 1 molécula por volta Oxidações do ciclo grande fluxo de elétrons para a cadeia respiratória, através de NADH e FADH2. Grande número de moléculas de ATP Fosforilação oxidativa * Por que a oxidação do acetato é tão complicada? CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO Via do centro do metabolismo intermediário Sua função não está confinada à oxidação do acetato Produtos finais com 4 e 5 C de muitos processos metabólicos são lançados no ciclo para serem utilizados como combustível * Por que a oxidação do acetato é tão complicada? Ciclo do ác. cítrico: não é a vida mais curta entre o acetato e o CO2. Ao longo do tempo vantagem seletiva Organismos anaeróbios Processos biossintéticos Hoje: fonte de precursores de biossíntese; Fermentação (reação inversa não-oxidativa) Reações do ciclo do acido cítrico * Os componentes do ciclo do ácido cítrico são intermediários biossintéticos importantes Não funciona apenas no catabolismo oxidativo de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos, mas também fornece precursores para muitas vias biossintéticas. Ciclo do ácido cítrico VIA ANFIBÓLICA Serve tanto para processos catabólicos quanto anabólicos * * As reações anapleróticas repõem os intermediários do ciclo do ácido cítrico Reações anapleróticas: Reações que permitem um estado de equilíbrio dinâmico entre a transferência dos intermediários do ciclo do ácido cítrico para outras vias e o seu fornecimento. Assim, as concentrações dos intermediários do ciclo do ácido cítrico permanecem quase que constantes. * As reações anapleróticas repõem os intermediários do ciclo do ácido cítrico A reação anaplerótica mais importante nos tecidos hepático e renal de mamíferos é a carboxilação reversível do piruvato por CO2, para formar oxaloacetato, catalisada pela piruvato carboxilase. Quando o ciclo do ác. cítrico está deficiente em oxaloacetato ou em qualquer outro dos seus intermediários. * Na piruvatocarboxilase a biotina transporta grupos CO2 Piruvato carboxilase BIOTINA – papel chave nas reações de carboxilação. Os grupos carboxila são ativados em uma reação que quebra o ATP e une o CO2 à biotina ligada na enzima. O CO2 “ativado” é, então, passado para um receptor (piruvato) em uma reação de carboxilação. Biotina Transportador especializado de grupos com um átomo de carbono na sua forma mais oxidada: CO2 * Regulação do Ciclo do Ácido Cítrico efetores alostéricos Enzimas-chave modificação covalente OBJETIVOS: produzir intermediários e produtos manter a célula em um estado estacionário evitar a superprodução e desperdício dos intermediários * * Regulação do Ciclo do Ácido Cítrico Fluxo de C do piruvato para e através do ciclo do ácido cítrico: 1º nível – Conversão de piruvato em acetil-Coa 2º nível – Entrada de acetil-CoA no ciclo Obtenção de intermediários de outras vias. Reações da isocitrato desidrogenase e da α-cetoglutarato desidrogenase. * A produção de acetil-CoA pelo complexo da piruvato desidrogenase é regulada por mecanismos alostéricos e covalentes ATP * AMP Acetil-CoA * CoA NADH * NAD+ Ác. graxos Complexo da PDH Inibidores alostéricos Produtos da reação Ativadores alostéricos * * O ciclo do ácido cítrico é regulado na altura de seus três passos exergônicos 3 fatores governam a velocidade do fluxo metabólico através do ciclo do ác. cítrico: Disponibilidade de substratos; Modulação negativa por acúmulo de produtos; Modulação alostérica negativa retroativa das 1ªs enzimas do ciclo. 3 passos do ciclo são fortemente exergônicos: citrato sintase; isocitrato desidrogenase; α-cetoglutarato desidrogenase. * O ciclo do ácido cítrico é regulado na altura de seus três passos exergônicos Disponibilidade de substrato (acetil-CoA e oxaloacetato) pode limitar a velocidade de formação do citrato. Grande [NADH] inibe as duas reações de desidrogenação (oxidação do citrato e do α-cetoglutarato). Acumulação de produtos inibe os três passos limitantes do ciclo: o succinil-CoA inibe a α-cetoglutarato desidrogenase; o citrato bloqueia a citrato sintase; o produto final ATP inibe ambas: citrato sintase e isocitrato desidrogenase. * *
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