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TRABALHO DE filosofia

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ANÁLISE DO FILME SÓCRATES. 
	“... o único bem é a sabedoria e o único mal é a presunção de saber.” Claras palavras ditas por Sócrates em um momento durante suas caminhadas por terras atenienses ao lado de seus fiéis e curiosos discípulos durante o século IV a.C. retratadas de forma esplêndida pelo ator Jean Sylvère no clássico filme de Roberto Rossellini que é intitulado com o próprio nome do filósofo grego. 
	O filme, com intuito didático, preza contar o final da vida de Sócrates onde aos setenta anos é condenado à morte por Meleto, filho de Meleto. 
	Sócrates com seus discípulos, muitos deles fazendo parte da juventude ateniense, reuniam-se para que pudessem refletir sobre a vida, princípios, política e aprender a ciência e arte da oratória. Para ele, nada mais devia importar a um homem do que sua virtude, deixando de lado até mesmo a riqueza. O filósofo, nunca adentrando à hipocrisia, via seus pensamentos e conhecimento como um estilo de vida, seguindo aquilo que ele próprio acreditava ser o caminho correto para a vida de um homem. 
	De maneira simples e até mesmo com humildade, Sócrates costumava questionar a forma de pensar de todos aqueles que cruzassem seu caminho com alguma ideia ou problema. Seu estilo de vida visava gozar da existência com o mínimo, o pouco, o simples e mesmo tendo dois filhos e uma esposa, Xântipe, ele alimentava-os com o que conseguia, sendo que muitas vezes permanecia longos períodos fora de casa em nome da oratória e filosofia, demonstrando ser um pai e marido ausente. 
	A sociedade em que vivia se polarizava tendo os que acreditavam em Sócrates e os que diziam ao pensador que sua função era corromper jovens com seus ideais e pensamentos malucos. Obviamente, a polarização entre as opiniões sobre Sócrates tiveram uma consequência que, em tese, poderia custar sua própria vida já que grande parte de Atenas não era agradada por suas filosofias. 
	Com a repercussão de tal caso, Sócrates é condenado a não se dirigir mais aos jovens e com inocência, questiona a seus condenadores qual era a idade de alguém jovem e afirma ser um obstetra igual sua mãe, mas que não dava luz à crianças deixando em aberto uma possível interpretação do fato de abrir mentes, questionar e ensinar tudo que sabe de maneira gratuita, ou seja, realizando o nascimento de pessoas críticas.
	“Sócrates não acredita nos deuses de Atenas. Sócrates prega novas crenças. Sócrates corrompe a juventude.” Esta era a acusação que Sócrates estava sofrendo por Meleto, poeta e filho de Meleto e seu acusador exigia a pena de morte. 
	Para sua defesa, Sócrates recebeu a ajuda de Lísias, um grande e reconhecido orador de Atenas que atuou como um advogado para ele, mas ao tomar conhecimento de seus argumentos, não achava justo fazer o bem para ele e o mal para os cidadãos, portanto decidiu defender-se sozinho. Sócrates então afirmava que a morte é uma liberação e nela, encontra-se o descanso do conhecimento. Ele não temia a morte e dizia que se a democracia queria vê-lo morto, assim teria de ser. 
	Em seu julgamento, seus discursos eram aplaudidos e o poder de sua oratória fascinava. Mas, com uma diferença mínima entre os votos, foi considerado culpado por seus atos e condenado a tomar veneno. 
	Nos dias atuais, afirmam que Sócrates não tem nenhum documento escrito ou prova de sua real existência. Tudo que sabem sobre o filósofo são relatos de outros pensadores que ouviram falar do homem ou conviveram de fato com ele. Sócrates acreditava que a verdadeira filosofia é praticada através da oralidade, ou seja, a oratória.

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