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04/11/2018 1 Ventilação Mecânica Invasiva ME . J ÉSSICA DINIZ CAVALCANTI F ISIOTERAPIA E M TERAPIA IN TENSIVA Mecânica Respiratória Mecânica Respiratória – Modelo Mecânico 04/11/2018 2 Definição • Suporte ventilatório • Substituição total ou parcial da ventilação espontânea •TTO de pacientes com insuf. resp. aguda ou crônica agudizada •Melhora trocas gasosas • trabalho resp. Histórico da VMI • 1920: “Pulmões de aço” (Pressão negativa) Histórico da VMI Histórico da VMI Ventilação por Pressão (+): Aumenta pressão da VA proximal Ventilação por Pressão (-) : Diminui a pressão alveolar Objetivos • Manter das trocas gasosas; • Corrigir hipoxemia e acid. resp. associada à hipercapnia; • Aliviar o trabalho dos mm. resp.; • Reverter ou evitar a fadiga dos mm. resp.; • Diminuir o consumo de O2; • Permitir a aplicação de terapêuticas específicas (cirurgias). Classificação •INVASIVA e NÃO INVASIVA Aplicação de pressão (+) nas VAs 04/11/2018 3 Procedimento de Inserção do TOT •Escolha do tubo •Pré-oxigenar o paciente •Laringoscopia direta Procedimento de Inserção do TOT • Cada tentativa de IOT não deve ultrapassar 30 segundos • Se ocorrer falha, aguardar 3-5’ para nova tentativa • 3 tentativas sem sucesso VA difícil •Material e equipamento para aspiração •Material para fixação e posicionamento do tubo Procedimento de Inserção do TOT Após Inserção TOT Instalação da VM Fisioterapeuta 04/11/2018 4 Indicações PCR Hipoventilação e apnéia Insuf. Resp. Falência mecânica do aparelho resp. Prevenção de complicações (PO) trabalho muscular e fadiga Ciclo Ventilatório 1. Fase inspiratória 2. CICLAGEM: Mudança da fase insp. para exp. 3. Fase expiratória 4. DISPARO: Mudança da fase exp. para insp. Disparo • Mudança fase EXP p/ INSP •Tempo x Pressão (Sens) x Fluxo (Sens) Disparo • Tempo •Sem drive respiratório •Ajuste da f Disparo •Pressão (Sens) •Com drive respiratório •Sensibilidade Esforço do paciente 04/11/2018 5 Disparo • Fluxo (Sens) ◦ Com drive respiratório ◦ Sensibilidade Esforço do paciente Ciclagem •Mudança fase INSP p/ EXP •Pressão x Volume x Fluxo x Tempo Ciclagem por fluxo Parâmetros ventilatórios •Frequência respiratória (f): rpm •Volume corrente (Vt): ml •Fluxo: L/min •Onda de fluxo •Pressão inspiratória (PI): cmH2O •Tempo inspiratório (Ti): segundos •Relação Inspiração:Expiração: I:E •Sensibilidade (sens): cmH2O ou L/min •Fração inspirada de oxigênio (FiO2): % •Pressão positiva ao final da expiração (PEEP): cmH2O Princípios / Parâmetros da VM • Volume corrente (Vt): ◦ 6 ml/kg/peso •Fração inspirada de oxigênio (FiO2): ◦ 100% inicial ◦ Manter SaO2 entre 93 - 97% •Frequência respiratória (f): ◦ 12 a 16 rpm • PEEP: • 3-5 cm H2O Princípios / Parâmetros da VM •Sensibilidade (sens): cmH2O ou L/min ◦ Paciente disparar o ventilador ◦ Pressão: -1 e -2 cmH2O ◦ Fluxo: 2 a 4 L/min •Tempo inspiratório (Ti): ◦ 0,8 a 1,2 segundos •Relação I:E ◦ 1:2 a 1:3 04/11/2018 6 Princípios / Parâmetros da VM • Fluxo inspiratório: ◦ Velocidade de entrada do ar ◦ Aprox. 60 L/min Princípios / Parâmetros da VM • Pressão (inspiratória ou de suporte): •Variação entre a PEEP e o Pico de Pressão ◦ Vencer o componente resistivo (VAs) e elástico (pulmão e parede torácica) ◦ Gerar volume (buscar 6 ml/kg/peso) Modos Ventilatórios • Basicamente 3 modos... •Controlado •Assistido ou Assistido/controlado (A/C) •Espontâneos Volume / Pressão Pressão CONTROLADO •Ajusta todos os parâmetros (VC/PC, Fluxo/Tinsp, PEEP, FiO2, f) oFraqueza e atrofia dos mm.respi.!!! ASSISTIDO/CONTROLADO (A/C) •Ajusta todos os parâmetros (VC/PC, Fluxo/Tinsp, PEEP, FiO2, f, Sens) Assisto/Controlado – Volume Controlado (VCV) •Limitado à volume (ciclagem) •Necessário o fluxo •Indicação: maior controle do Vt •Pressão: variável (depende da mecânica resp.) •Utilizado para cálculo da mecânica respiratória Garante Volume minuto (VE): f x Vt 04/11/2018 7 Assisto/Controlado – Pressão Controlada (PCV) •Limitado à pressão •Ciclagem a tempo •Necessário o tempo inspiratório •Indicação: maior controle da pressão (mecânica comprometida) •Volume: variável (depende da mecânica resp.) Controle da pressão Evita lesão pulmonar (barotrauma). VCV x PCV 34 Artigos (RCT) Índice de Oxigenação, complacência, troca gasosa, hemodinâmica, trabalho da respiração e desfechos clínicos SEM DIFERENÇA VCV x PCV 3 Artigos (RCT) Mortalidade e Barotrauma SEM DIFERENÇA 41 ESPONTÂNEOS •Pressão Suporte (PSV), PEEP, FiO2, Sens 04/11/2018 8 ESPONTÂNEOS - PSV •Limitado à pressão •Ciclagem a fluxo •Indicação: drive espontâneo pacte. controla f •Indicado para desmame, trabalho resp. e manutenção da musculatura resp. ESPONTÂNEOS - PSV •Modo de aplicação • Baixo nível: vencer resistência do tubo; < 10cmH2O • Alto nível: suporte ventilatório; buscar Vt =6 mL/Kg/peso Esforço inspiratório, PSV pré-estabelecida e mecânica do sist. resp. SIMV (Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada) •ASSISTIDO/ CONTROLADO E ESPONTÂNEO •Ajusta alguns parâmetros (Pressão Suporte, VC/PC, Fluxo/Tinsp, PEEP, FiO2, f, Sens) oDificuldade para o desmame !!! PEEP- Pressão Positiva Expiratória Final •Manutenção de uma pressão supra-atmosférica ao final da expiração •TTO padrão para reverter hipoxemia (descrição na SDRA) •Melhora da oxigenação: CRF e redistribuição do fluxo sanguíneo pulmonar •Associada a todos os modos ventilatórios EFEITOS POSITIVOS DA PEEP • Melhor a oxigenação; • Reduz o trabalho respiratório • Redução da Resistencia Vascular Pulmonar (RVp); EFEITOS NEGATIVOS DA PEEP • Piora a oxigenação ( RV – pré-carga) • Aumento da pressão justacardíaca; • Aumento da RVp ( pós-carga VD); • Aumento do Trabalho respiratório (HP); • Barotrauma; • Redução da Perfusão Cerebral; • Redução do fluxo sanguíneo renal; Lesão Pulmonar Induzida • BAROTRAUMA x VOLUTRAUMA; • Toxidade do Oxigênio; • Aumenta o risco de PNM • Diminuição da performance cardíaca; 04/11/2018 9 Prejuízo da função muscular respiratória 18h de VM: atrofia de miofibras diafragmáticas Alteração da função diafragmática com 12h de VM (redução da força) 04/11/2018 10 REGRAS GERAIS DO SUPORTE VENTILATÓRIO 1. Testar e regular o ventilador antes de conecta-lo ao paciente. 2. Estabelecer os parâmetros ventilatórios do paciente 3. Manter a ventilação e a oxigenação do paciente em níveis adequados, de acordo com o exigido pela condição clínica ou pela fisiopatologia da doença. 4. Manter o nível de trabalho muscular apropriado. Adequar sensibilidade e fluxo inspiratório à demanda do paciente. 5. Evitar ao máximo as possíveis lesões estruturais do sistema respiratório escolhendo o modo ventilatório adequado. REGRAS GERAIS DO SUPORTE VENTILATÓRIO 6. Avaliar as possíveis repercussões negativas da ventilação mecânica sobre o sistema cardiovascular. Verificar se a introdução de droga vasoativa pode ser útil para a otimização da oferta de oxigênio aos tecidos. 7. Evitar complicações como infecção pulmonar, atelectasias, barotrauma e toxicidade do O2. 8. Preparar o organismo para reassumir o mais breve possível e com segurança as funções de ventilação e oxigenação espontâneas. Otimizar o suporte nutricional e a condição hemodinâmica. Corrigir distúrbios eletrolítico e ácido-básico. 9. Desmamar o paciente do ventilador progressivamente, utilizando uma técnica adequada que evite a fadiga e a sobrecarga. 10. Nos pacientes com dificuldades de desmame, avaliar a necessidade de monitorizaçãodas condições do “drive” neural, trabalho muscular e medidas de capacidade ventilatória Resumindo... • O que é ventilação mecânica ? • Objetivos? • Como ocorre o ciclo ventilatório? • Quais os modos ventilatórios ? Ventilação mecânica em situações especiais 04/11/2018 11 VM na Asma (crise) Modalidade: PCV ou VCV Volume corrente: 6 ml/kg peso predito (inicialmente) Frequência respiratória: 8-12/min Fluxo: necessário para manter tempo expiratório suficiente para terminar expiração – 60-100L/min PEEP: baixa (3-5cmH2O) DESINSUFLAÇÃO VM no DPOC Tentar VNI se possível Modalidade: PCV ou VCV Volume corrente: 6 ml/kg peso predito (inicialmente) Frequência respiratória: 8-12/min I:E manter relações de 1:3 PEEP: suficente para combater Auto-PEEP e hiperinsuflação DESINSUFLAÇÃO VM na Hipertensão Intracraniana Hiperventilação Diminuição da PaCO2 Alcalose ( pH) Alcalose ( pH) Vasoconstrição Vasoconstrição Aumento da RVC Aumento da RVC Diminuição da PIC ◦ Início rápido: 30 seg. ◦ Estabilização: 5 min. ◦ Duração: poucas horas VM na SDRA VM na SDRA Início súbito Infiltrado alveolar bilateral difuso Hipoxemia refratária ◦ PaO2/FiO2 200-300 = SDRA Leve ◦ PaO2/FiO2 100-200 = SDRA Moderada ◦ PaO2/FiO2 < 100 = SDRA Grave Sem evidências clínicas de falência cardíaca Estratégia Protetora Menor FiO2 possível para garantir SpO2 > 92% VT < 6 ml/kg de peso Pressão de Platô < 30 cmH2O Driving Pressure (diferencial de pressão Platô - PEEP )< 15 cmH2O 04/11/2018 12 Estratégia Protetora
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